Trooper
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O Sonho Acabou!
14-02-17, 17:01
#1
Justiça do Trabalho de MG decide que motorista tem vínculo empregatício com Uber
Empresa de transporte alternativo terá de pagar férias e 13º salários proporcionais, horas extras, adicional noturno, entre outros benefícios. Por Helton Simões Gomes, G1 14/02/2017 15h01 Atualizado há 5 minutos A justiça do Trabalho reconheceu a existência entre o vínculo empregatício de um motorista e a Uber. A decisão foi emitida pela 33ª Vara do Trabalho, em Belo Horizonte (MG), do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, nesta segunda-feira (13). Com isso, a empresa alternativa de transportes terá de pagar benefícios trabalhistas referentes ao período em que o trabalhador esteve ligado a ela, além de outros encargos como verbas rescisórias e o gasto com combustível, balas e água. (veja abaixo os argumentos da Uber e como o juiz os rebateu) O autor da ação é o motorista Leonardo Silva Ferreira, de 39 anos, que trabalhou para a Uber de fevereiro de 2015 a dezembro daquele ano, quando foi desligado. Durante esse período ganhava entre R$ 4 mil e R$ 7 mil por mês. A reclamação dele é que, por não reconhecê-lo como empregado, a companhia não pagava benefícios descritos na CLT. Motorista profissional há 16 anos, Ferreira já foi taxista por 10 anos e trabalhou como motorista executivo antes de aderir ao Uber. Hoje, atua em uma concorrente, a Cabify. Em nota enviada ao G1, a Uber informa que vai recorrer da decisão "já que 37ª Vara do Trabalho da mesma cidade, no dia 31 de janeiro de 2017, determinou exatamente o oposto". "Já existe precedente judicial que confirma o fato de que não há relação de subordinação da Uber sobre seus parceiros", informa a empresa. (veja a nota na íntegra ao final do texto). Férias, 13º salário, aviso prévio... Segundo a decisão, a Uber terá de pagar horas extras, adicional noturno, recolher FGTS, pagar férias e 13º salário proporcionais, aviso prévio, pelos feriados trabalhos, além de outras multas previstas pela lei trabalhista. Na decisão, o juiz Márcio Toledo Gonçalves diz que “uberização” se caracteriza pela “tentativa de autonomização dos contratos de trabalho e na utilização de inovações disruptivas nas formas de produção” Para ele, esse é “um fenômeno que descreve a emergência de um novo padrão de organização do trabalho a partir dos avanços da tecnologia” e “tem potencial de se generalizar para todos os setores da atividade econômica”. O magistrado reconheceu que a relação entre Ferreira e Uber cumpria os requisitos fixados na lei trabalhista para definir um vínculo de trabalho: a) relação entre empresa e pessoa física; b) pessoalidade (só o motorista pode dirigir); c) onerosidade (a remuneração é feita pela empresa); d) não eventualidade ou habitualidade (o serviço não é prestado de forma esporádica); e) subordinação (os condutores têm de respeitar as regras da Uber). Já a Uber argumentava, segundo o texto da decisão, ser uma "empresa que explora plataforma tecnológica que permite a usuários de aplicativos solicitar, junto a motoristas independentes, transporte individual privado". Para ela, foi Ferreira "que a contratou para uma prestação de serviço de captação e angariação de clientes”. 1) Pessoalidade O que diz a Uber: Não há pessoalidade porque os usuários podem ser atendidos por qualquer um dos motoristas que estejam atuando na plataforma. O que decidiu o juiz: “Não se pode confundir a pessoalidade marcante da relação motorista-Uber com a impessoalidade da relação usuário-motorista. Assim, da mesma forma que, na maioria das vezes, não podemos escolher qual cozinheiro irá preparar nosso prato em um restaurante ou qual vendedor ira nos atender em uma loja de sapatos, não é dado ao usuário do aplicativo indicar qual motorista o transportará”. 2) Onerosidade O que diz a Uber: A empresa afirma que Ferreira não recebeu remuneração alguma. Foi ele quem pagou pela utilização do aplicativo. O que decidiu o juiz: O magistrado afirma que “a roupagem utilizada pela ré para tentativa de afastar o pressuposto da onerosidade não tem qualquer amparo fático”. Ele explica assim: “Os demonstrativos de pagamento jungidos aos autos pelo demandante revelam que os pagamentos realizados pelos usuários são feitos para a ré, que retira o seu percentual e retém o restante, repassando-o aos motoristas somente ao final de cada semana. Isso demonstra que a reclamada não apenas faz a intermediação dos negócios entre passageiros e condutores, mas, ao contrário, recebe por cada serviço realizado e, posteriormente, paga o trabalhador”. 3) Não eventualidade O que diz a Uber: Não existe habitualidade “por não existir dias e horários obrigatórios para a realização das atividades”, segundo o texto da decisão. Além disso, o conceito de não-eventualidade só poderia ser aplicado a colaboradores com alguma função relacionada com sua atividade-fim. A Uber diz que esse não é o caso dos motoristas, que a contratam por ser ela uma empresa de tecnologia. O que decidiu o juiz: O magistrado reconhece que a Uber é uma empresa de tecnologia, mas que o transporte não pode ser descartado de sua operação principal. “Se fosse apenas uma empresa de tecnologia não fariam sentido os robustos investimentos em carros autônomos que têm sido realizados pela companhia, como notoriamente tem divulgado os veículos de comunicação." “Por qualquer ângulo que se analise a matéria, é inconteste a estreita correspondência entre o labor do reclamante (função de motorista) com as atividades normais da reclamada (serviços de transporte), sendo certo, por conseguinte, deduzir a não eventualidade da prestação dos serviços”, afirmou o juiz. 4) Subordinação O que diz a Uber: Os motoristas têm independência para usar o aplicativo quando e onde quiserem, escolher os horários em que trabalham e prestar os serviços como quiserem. O que decidiu o juiz: O magistrado chamou o discurso da Uber de “marketing”, já que os motoristas têm de cumprir regras rígidas caso queira continuar a trabalhar. “O fornecimento de ‘balinhas’, água, o jeito de se vestir ou de se portar, apesar de não serem formalmente obrigatórios, afiguram-se essenciais para que o trabalhador consiga boas avaliações e, permaneça ‘parceiro’ da reclamada, com autorização de acesso a plataforma”, afirmou. “O autor estava submisso a ordens sobre o modo de desenvolver a prestação dos serviços e a controles contínuos. Além disso, estava sujeito à aplicação de sanções disciplinares caso incidisse em comportamentos que a ré julgasse inadequados ou praticasse infrações das regras por ela estipuladas”. Leia o posicionamento da Uber: A Uber vai recorrer da decisão da 33ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, já que 37ª Vara do Trabalho da mesma cidade, no dia 31 de janeiro de 2017, determinou exatamente o oposto - ausência de vínculo empregatício entre a Uber e um de seus motoristas parceiros. Já existe precedente judicial que confirma o fato de que não há relação de subordinação da Uber sobre seus parceiros. Os pontos levados em consideração são a atividade da Uber como empresa de tecnologia, a liberdade para que o motorista parceiro escolha suas horas online, sem qualquer imposição por parte da Uber, a liberdade para não aceitar e cancelar viagens e a relação não-exclusiva entre o motorista parceiro e a Uber, que permite que os mesmos prestem o serviço de transporte individual de passageiros também por meio de outras plataformas. |
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Trooper
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14-02-17, 17:03
#2
Vou aproveitar essa onda de Corolla preto usado a preço de banana que vai rolar agora.
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Trooper
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14-02-17, 17:14
#3
justiça do trabalho
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fagmin
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14-02-17, 18:48
#4
bom, entao resta processar a operadora de cartao que faz a parte de receber o dinheiro da operacao e repassar, bem como o google, que atraves do waze determina a rota e o custo da corrida. Acho que rola chegar ate o fabricante do celular, nao?
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Trooper
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15-02-17, 11:38
#5
Vocês notaram que o camarada que entrou com a ação na justiça do trabalho, era um taxista né?
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Trooper
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15-02-17, 13:24
#7
Para entender o que acontece é importante, também, conhecer quem faz acontecer.
Vou colar um post de Priscila Chammas Dáu Quote:
"Assim, resta evidenciado o quadro de exploração de mão-de-obra barata que não se coaduna com as normas do nosso ordenamento jurídico, cabendo, pois, ao Direito do Trabalho, o controle civilizatório para proteção social dos trabalhadores(...)" Não precisa tanta reflexão para perceber que é mais um magistrado que abusa do ativismo judicial, achando que sua caneta é instrumento para impor ideologia. Logo a porca e nefasta ideologia esquerdista. |
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Caldas
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15-02-17, 13:26
#8
E se os motoristas de UBER se tornarem autônomos com cnpj e prestarem o serviço com contratos com a empresa?? Pergunto isso pq não sei mesmo se seria viável, se já é assim, etc etc...
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Trooper
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15-02-17, 13:30
#9
Quote:
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Trooper
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15-02-17, 13:32
#10
Não é surpresa pra mim nem pros poucos que militam na justiça do trabalhador.
Mas agora essa realidade pode ser mostrada também a quem não é da área. |
Trooper
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15-02-17, 13:37
#11
Vai comprar em outra padaria.
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Trooper
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16-02-17, 11:18
#13
pelo menos é com o Uber, que tem grana suficiente pra fazer a discussão chegar no TST e eventualmente STF
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#NPNÃO
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16-02-17, 11:33
#14
Acabou!
HUEzil! País de merda! Só aqui acontece esse tipo de bosta Vergonha! Quote:
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fagmin
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16-02-17, 12:55
#15
proxima etapa, vendedores do ml e ebay devem processar a plataforma pedindo comissoes, ferias, despesas com correios e afins.
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Trooper
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16-02-17, 13:04
#16
Em cada local q tiver essa decisão o uber devia simplesmente fechar as portas. E pedir aos motoristas que estavam ganhando a vida trabalhando de uber q procurem seus governantes locais para pegar um emprego ( que eles devem ter aos montes pra dar, já q tão atrapalhando quem tá gerando emprego).
Não é o uber q tem q brigar com governos. É o povo q tem q acordar pra como as coisas são. |
Caldas
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16-02-17, 13:16
#17
Normal, [MENTION=110]EviLBraiN[/MENTION]; o povo cai direitinho na ideia de que a culpa é do serviço, é do trabalhador... Quando deveria pressionar o governo para conseguir melhores serviços, melhor qualidade de vida...
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Trooper
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16-02-17, 13:38
#18
Quote:
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#NPNÃO
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16-02-17, 15:46
#19
Quote:
leia a fundamentação, se não a da decisão brasileira, a da inglesa, você não concorda com ela em qual sentido? topic no estilo "sou feito de trouxa, but im ok with dat" EB acho que está misturando judiciário com legislativo com executivo com a porra toda |
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Trooper
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16-02-17, 16:33
#20
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Trooper
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16-02-17, 16:49
#21
A solução aqui será a PJotização dos motoristas.
Provavelmente se aplica no mundo todo. Se tem horario flexivel e sem mínimo nem máximo de horas semanais, pra mim não é vínculo empregatício. |
Trooper
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16-02-17, 16:49
#22
realmente cara. taxi nos ultimos 5 anos ficaram caríssimos .... curti o Uber, agora que tava começando aqui .. kkkkkk aqui os taxistas foram nos vereadores para barrar,...
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Trooper
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16-02-17, 17:03
#23
não esqueça do pessoal que produz conteúdo para o YouTube, essa empresa maquiavélica que explora o dom dos coitadinhos donos de canal, ganhando bilhões de dólares e remunerando apenas uma mixaria.
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fagmin
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16-02-17, 17:13
#24
Quote:
ué? no uber vc tem um carro, dirige ele e pode levar pessoas do ponto A ao B, é seu produto. Vc pode ficar parado na rua com uma plaquinha, distribuir panfletos, spam, ou usar um aplicativo chamado uber que lhe da algumas linhas gerais de como atender clientes e que faz o meio de campo entre vc e seus clientes, ficando com uma comissao. Vc é avaliado pela ferramenta e tem uma nota de atendimento dado pelos usuarios. no ml/ebay vc tem um produto pra vender. Vc pode ficar parado na rua com uma plaquinha, distribuir panfletos, spam, ou usar um aplicativo chamado ml/ebay que lhe da algumas linhas gerais de como atender clientes e que faz o meio de campo entre vc e seus clientes, ficando com uma comissao. Vc é avaliado pela ferramenta e tem uma nota de atendimento dado pelos usuarios. Inicialmente os taxistas quiseram bloquear, depois o governo quis regular, nao foram bem recebidos pela populacao e tiveram de recuar, entao o que fazer? Ora, usar a vaca sagrada dos Direitos Trabalhistas, ai fica mais facil de condenar o uber, ja pensou? ela nao paga as balinhas de brinde! Resta ver se o povao embarca nessa. Last edited by Jeep; 16-02-17 at 17:19.. |
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Trooper
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16-02-17, 18:59
#25
se não estão presentes os pressupostos de um contrato trabalhista
tampouco estão presentes os do hipotético contrato civil de transportes, se analisar a liberdade negocial, a única parte que tem manobra pra estipular o valor do contrato é o Uber nem o motorista, nem o cliente tem eles só aderem fere, no mínimo, o princípio da Autonomia da Vontade. A doutrina alemã, aponta que a liberdade de contratar se manifesta em três partes: - - Liberdade de criação do contrato, OK no caso - a faculdade de contratar e não contratar e a liberdade de escolha da pessoa com quem contratar (Abschlussfreiheit), not OK no caso (se negar, tomar negativo dos passageiros) - a liberalidade de determinar o conteúdo da avença (Gestaltungsfreiheit). not OK nos casos. |
fagmin
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16-02-17, 19:21
#26
Obviamente nao vao faltar argumentos pra afirmar que pessoas serem motoristas sem uma autorizacao estatal nao pode, quanto a isso eu nao tenho a menor duvida, o que eu discuto é apenas que TODOS os envolvidos sabem muito bem do que se trata, mas quando é conveniente, jogam a carta da "ah, mas eu achei que era empregado, que tinha um vinculo empregaticio, mim paga!".
Sobre o preco, vc pode optar por um uberx, um uberblack, um uberpool, um uberdog, uberbike, cada um com um tipo de cobranca diferente, em seguida vc tem a liberdade de escolher o trajeto ou seguir o preco sugerido pelo waze. Pode optar por fazer paradas, pegar outras pessoas, tudo sendo incluido no pacote. Alias, nada que ao ligar para uma central de taxis nao ocorra, mas ninguem sugere (talvez agora) que a central de taxi deva ser considerada como empresa empregadora do taxista. sobre seus 3 itens, o 2o eu posso te dizer que ja vi o motorista operando isso na minha frente, aparecem os chamados, ele simplesmente nao atende e fim, "ah, por hj ja deu, vou desligar e pegar o rumo de casa". |
Trooper
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16-02-17, 19:48
#27
a relação de emprego tem 5 requisitos
- trabalho por pessoa fisica, OK - só pessoa fisica pode se inscrever no uber - pessoalidade, OK - so o inscrito pode trabalhar no nome do inscrito, nao pode outro trabalhar no seu lugar - onerosidade, OK - trabalhou, ganhou - subordinação, aqui o juiz fez um malabarismo falando que o uber tem regras pre definidas (vestimenta, conduta, agua, balas, etc) que o "parceiro" nao tem como alterar, aiiiiiii, com muita boa vontade e ignorando milhares de outros requisitos da pra admitir... - mas ai chega na ultima: não eventualidade...ai cabou, nao tem como o "parceiro" uber se enquadrar aqui, ele trabalha se quiser e quando quiser, o fato dele ter trabalhado todo dia nao tira a OPÇÃO dele nao trabalhar sem ter que justificar nada pra ng so é relação de emprego qdo presente todas, faltando uma, pode ser outro tipo de contrato, nao o contrato especifico de relação de trabalho estipulado pela nossa querida e amada clt |
Trooper
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16-02-17, 19:57
#28
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Agora já fui de taxi de um ponto poucas quadras pra rodoviária, pq tinha malas, e o cara socando o painel de raiva pq ia ganhar pouco e falando: só acontece comigo. Ou da rodoviária pra casa, poucas quadras ( por conta das malas ), q qnd falei o endereço o cara falou: Mais fácil eu levar as malas a pé ! Eu falei: BORA ? Só que taxi não tinha como negativar. Logo, uber injusto ! |
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Trooper
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16-02-17, 20:08
#29
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o resto é choro de comunista estatólatra de merda. abs |
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Trooper
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16-02-17, 20:17
#30
Jeep, eu estou usando o seu paradigma liberalóide pra argumentar (que é o único meio possível na ds17)
vamo esquecer a configuração trabalhista que vc demoniza a escolha de uberx, ubery, uberz caratceriza relação consumerista, pq é entre o cliente e o Uber, não é isso que tá sendo discutido o que eu falo é que mesmo no paradigma liberal, é uma situação anômala o Uber tem ingerência na relação. na relação rádio-táxi/taxi os 3 pontos ai ainda ficam a cargo do taxista. e se voltar ao mundo real, sem paradigma liberal, tem MUITO taxista que processa gestor/dono de frota que cobra taxa assim como o Uber, tem milhões de julgados reconhecendo como relação trabalhista http://www.trt4.jus.br/portal/portal...lse&cod=384351 e obviamente o Uber sabia disso tudo quando entrou nessa, ele achou que ia revolucionar o mundo? (sem nem entrar na questão da evasão fiscal) e como o didz falou, não é um problema só da nossa CLT né, tem processo trabalhista contra ele em tudo que é lugar, com formação de associação de motoristas de certas localidades pra atuar com mais força (não são só questões de "ah achei que era empregado, mim paga"). https://en.wikipedia.org/wiki/Uber_p..._legal_actions |
fagmin
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16-02-17, 20:33
#31
cara, relaxa, eu acho que estou argumentando na boa, ok?
Como eu ja disse no 1o paragrafo, razao legal pra condenar nao vai faltar, e vc falar que em outros locais do mundo ja rolou isso e ter usado termos em alemao pra dar respaldo so mostra que as leis aqui e la fora tem varias caracteristicas em comum, sendo copiadas pra la e pra ca. A questao é, sao justas? contemplam os casos atuais? querer colocar nas leis de 1900 e guarana com rolha uma empresa que usou tecnologia atual e mudou todo o paradigma de transporte é realmente necessario? Quem esta sendo prejudicado? eu e todo mundo que converso adora uber ou 99pop ou cabify, os motoristas se dividem em "se nao melhorar eu vou sair" e "Nossa, estou me dando bem", com a zona cinza do "é... nao esta mal, mas podia melhorar", quem nao esta feliz apenas sai, ué? |
Trooper
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16-02-17, 20:39
#32
tou falando na boa tb, tio
onde eu me excedi? diz ae que procuro melhorar. a casa é sua, não minha. |
fagmin
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16-02-17, 20:43
#33
ah, na abertura do seu texto, ate pq alem de nao ser liberaloide eu realmente acredito que basta ter argumentos que facam sentido pra se discutir por aqui. Mas se nao foi com essa intencao, sussa.
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Trooper
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16-02-17, 20:50
#34
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fagmin
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17-02-17, 15:01
#35
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Trooper
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18-02-17, 21:29
#36
Uber - Rebu
rebu substantivo masculino (d1980) B infrm. confusão, desordem, briga. |
Trooper
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18-02-17, 23:30
#37
O negócio é o seguinte: que a empresa Uber se aproveita da inexistencia de direito trabalhista pra colocar uma PORRADA de gente trabalhar pra si é óbvio
Que o modelo de negócios fica inviável com os encargos trabalhistas brasileiros é óbvio também; e se o Uber parar fica pior pra praticamente todo mundo (que não é taxista ou dono de licença de taxi) Entao a conclusao obvia é que é preferível que ALGUM vinculo trabalhista seja dado a motorista de Uber, mas que nao precisaria ser um que da FGTS, 30 dias de ferias e a caralha toda. Só a garantia do cara continuar ganhando uma renda minima depois de ter dirigido 40h/semana por X semanas caso fique doente já seria uma melhora, e duvido que o Uber sumisse por causa disso |
Trooper
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18-02-17, 23:57
#38
Quote:
e ele ganha sim caso fique doente (auxilio acidente), tem aposentadoria por idade, aposentadoria por invalidez caso se acidente p.ex, tem salario maternidade caso tenha filho, dentre outros beneficios |
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Trooper
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19-02-17, 02:31
#39
E é só não ser idiota e pagar algum seguro.
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Trooper
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19-02-17, 10:22
#40
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19-02-17, 11:31
#41
Quote:
Essa CLTzação dos autônomos é sintoma clássico do ideal de mundinho cor-de-rosa. Se eu tiver algum problema (sou do comércio) ng vai lá fazer o meu, é parte do negócio... Talvez por isso nunca tenha deixado de ir trabalhar em 7 anos por caganeira ou resfriado... Óbvio que é uma porra, mas por outro lado tenho o benefício de fazer o q quiser e administrar meu tempo como eu quiser, meus ganhos como eu quiser... cabe a mim me planejar e ter uma reserva no caso de alguma eventualidade... isso é básico do empreendedor e do profissional autônomo, não sei pq caralha essa necessidade de ficar mamando na teta de alguém no primeiro vento contra... Se não fosse a uber 90% desses motoristas aí tariam fodidos sem atividade... agora já tem babaca entrando na trabalhista... típico do hue. |
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Trooper
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19-02-17, 15:27
#42
Nao é a mesma coisa uma empresa ter um monte de gente 'AUTONOMA' trabalhando pra si e um regime lei trabalhista na qual essas pessoas sao empregadas
Motorista do uber sofre acidente, trablahando pra empresa: se fodeu Motorista do uber é assaltado, trabalhando pra empresa: se fodeu Volta e meia tem noticia sobre isso e sobre como o uber caga e anda. Etc. Uber deveria se responsabilizar integralmente por essas coisas? Acho que nao. Deveria ter culpa zero? Tambem acho que nao A nao ser que alguem discorde da premissa basica de que o Uber é uma empresa e os motoristas sao, óbvio, pessoas trabalhando pro uber Last edited by Zedd; 19-02-17 at 15:33.. |
Trooper
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19-02-17, 18:00
#43
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Trooper
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19-02-17, 19:21
#44
Quote:
nao concordo que os motoristas sao pessoas trabalhando PARA o uber e sim COM o uber e isso tem uma grande diferença na esfera trabalhista diferença essa que descaracteriza no minimo um dos pilares da relaçao de emprego, apesar da relação de autonomo continuar se vc defende uma CLT flex, sendo mais que autonomo e menos que empregado, bls, faz uma lei nova e boa...mas isso HOJE nao existe. Hoje não da pra considerar em sendo o motorista uber um empregado. yeap, nada impede ter o seguro particular TAMBEM, mas todo autonomo tem obrigatoriedade de se filiar ao inss |
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Trooper
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19-02-17, 20:31
#45
Concordo absolutamente que nao da pra considerar um motorista do uber como um empregado CLT. É exatamente esse o ponto.
Acho que a gente precisa de um modelo que nao seja esse vale tudo do caralho nem o vale nada do caralho. Eu nao quero nem que as pessoas que so tem o Uber agora fiquem todas na merda pq o Uber feche, nem que o Uber tenha zero responsabilidade enquanto cada motorista que dirige 16h por dia e acaba batendo o carro, desenvolvendo uma pedra nos rins, sendo assaltado se foda sozinho. Pra mim, o custo desses dias parados, da pedra no rim passar no hospital, e do dinheiro perdido com assalto TEM que ser, em parte, atribuido ao uber. E é um sentinemento egoista. Nao é dificil imaginar uma proporcionalidade que nao inviabiliza o negocio do Uber e é melhor pra mim, usuário, ja que vai manter o servico com um preço ainda razoável sem me gerar o onus de pagar imposto a mais pra sustentar o cara quando ele se foder e o Uber lavar as maos Além disso é óbvio que o modelo-uber é mais generico do que só motoristas. A ideia de empresa gerenciadora matadora de middleman já tá aplicada em turismo, imobiliaria, contabilidade, etc. E vai ser aplicada cada vez mais. Pq nao ter leis que consideram o profissional meio-parceiro, meio-empregado da empresa que de fato é meio-parceiro meio-empregadora? (meio é um exemplo, pode ser 80/20, 70/30, etc.) |
Trooper
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19-02-17, 20:42
#46
Uma solução intermediaria e de aplicaçao imediata seria a tributária
voce aumenta o tributo dessas empresas que exploram diretamente esses nichos de corte de middleman (ou da beneficio tributario para as que empregam diretamente), ai o uber contribuiria sim para as pedra nos rins/assaltos, inderetamente... |
e tenho dito
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20-02-17, 12:54
#48
Eu acho que ninguém te obriga a ser motorista do Uber. Estas são as condições, quem topar, dirige, se não concorda é só ir procurar outra coisa.
Se bem que isso também se aplicaria a qualquer outro emprego, acho que meu libertarianismo está muito aflorado. |
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