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Jeep
fagmin
 

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Default [rip] Gabriel Garcia Marquez

17-04-14, 20:08 #1
http://oglobo.globo.com/cultura/gabr...-anos-12228417

RIO - O escritor colombiano Gabriel García Márquez morreu nesta quinta-feira, aos 87 anos, na Cidade do México. Ainda não há informações sobre a causa da morte, mas o autor de "Cem anos de solidão" chegou a ser internado no dia 31 de março, apresentando vários sintomas característicos de uma pneumonia, assim como um quadro infeccioso e desidratação.

Primeiro foi atendido em casa, mas como não melhorou, os médicos optaram pela internação. Mais tarde, recebeu alta. Ao saber da movimentação de jornalistas em frente à sua casa, Gabo teria dito: “Eles estão loucos? O que fazem lá fora? Que vão trabalhar, façam algo útil”.

Relatos sobre a volta do câncer

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou na quarta-feira que o autor não tinha câncer, contrariando informações publicadas pelo mexicano "El Universal" um dia antes. Segundo o jornal, depois de superar um câncer linfático 12 anos atrás, Márquez estaria novamente debilitado pela doença, com metástase no pulmão, nos gânglios e no fígado.
Escritor sofre de ‘demência senil’ desde 2012

Dois anos atrás, em julho de 2012 , Jaime García Márquez , irmão do escritor, revelou em uma conferência realizada em Cartagena, na Colômbia, que seu irmão estava sofrendo de “demência senil”, doença que atinge quase todos os seus familiares.

A declaração foi imediatamente rejeitada pelo titular da Fundación Gabriel García Márquez para el Nuevo Periodismo Iberoamericano, Jaime Abello, que disse que não haver diagnóstico para confirmá-la. A negativa foi reforçado por amigos e colegas do escritor .

Nos últimos anos, as aparições públicas de García Márquez diminuíram. A última foi no dia 6 de março, durante seu aniversário, quando saiu de sua casa para receber parabéns de jornalistas e alguns leitores. Estava com semblante tranquilo e bom humor.

A trajetória de um gênio latino-americano
Aos 22 anos, Gabriel García Márquez tinha acabado de abandonar a Faculdade de Direito para se dedicar à vida de boêmio literato. Instalado em Barranquilla, no litoral caribenho, flanava por aí de camisa florida e bigode frondoso, lia e escrevia sem parar, sobrevivendo com os trocados que ganhava num jornal local. Um dia veio procurá-lo, na livraria onde batia ponto, uma senhora que ele a princípio não reconheceu. Era sua mãe. Vinha pedir ajuda para vender a casa dos avós, na cidadezinha colombiana de Aracataca, onde ele havia nascido, em 1927, e vivido até 8 anos de idade. O reencontro com a terra natal abriu os olhos do aspirante a escritor para o potencial literário de memórias de família e lendas populares, que alimentariam nas décadas seguintes a obra do ganhador do Nobel de Literatura de 1982. Em sua autobiografia, “Viver para contar”, de 2002, García Márquez recordou aquela viagem como a decisão mais importante de sua vida.

Criado pelos avós, ambos exímios contadores de histórias, García Márquez teve com eles as primeiras lições de narrativa. O avô, Nicolás Ricardo Márquez Mejía, um temido coronel que o neto só chamava de “Papalelo”, descortinou para ele o mundo das relações de poder. A avó, Tranquilina Iguarán, cheia de superstições e histórias de fantasmas, apresentou ao jovem as maravilhas e terrores do folclore. Em dezenas de livros de ficção e não ficção publicados ao longo de seis décadas de carreira, muitos dos quais se tornaram clássicos do século XX, como “Cem anos de solidão”, “O outono do patriarca”, “Amor nos tempos do cólera” e “Crônica de uma morte anunciada”, García Márquez expressou uma visão de mundo que abarcava tanto os meandros da política latino-americana quanto a dimensão fantástica da existência.

A capital de um universo ficcional
Esse estilo começou a se consolidar em seu primeiro romance, “A revoada”, publicado em 1955. Foi nele a primeira aparição da cidade fictícia de Macondo, que criou ainda sob o impacto do regresso a Aracataca. Assim como sua terra natal, Macondo era um povoado colombiano empobrecido, dominado por uma companhia bananeira, mas com um rico repertório de histórias locais. A cidade surgiu em vários outros livros do escritor, como “Ninguém escreve ao coronel” (1961) e “Cem anos de solidão” (1967).

Foi este último que projetou o nome de García Márquez no cenário mundial. Aos 40 anos, ele já havia lançado outros cinco livros de ficção, mas nunca tinha ganhado um tostão com literatura. Mantinha-se como jornalista, primeiro em vários veículos colombianos, como “El Universal”, “El Heraldo” e “El Espectador”, onde aproveitava as horas vagas para escrever ficção (nessa época descobriu Kafka, que o impressionou muito, pois não imaginava que era permitido escrever sobre coisas como um homem que vira uma barata). Depois foi correspondente na Europa, nos Estados Unidos e no México, onde se instalou no início dos anos 1960 com a mulher, Mercedes Barcha, e o filho Rodrigo. Na capital mexicana, em 1964, nasceu seu segundo filho, Gonzalo.
Foi nessa época, enquanto dirigia numa estrada mexicana, que o escritor vislumbrou aquela que seria a frase de abertura de “Cem anos de solidão”: “Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo”. Gostava de dizer que, depois disso, deu um cavalo de pau, voltou para casa e se trancou pelos anos seguintes para escrever o romance que conta a história de sete gerações da família Buendía.

“Cem anos de solidão” acompanha a intrincada árvore genealógica dos Buendía, na qual o autor parece se divertir com a repetição de nomes (Aureliano, Amaranta, Remedio, José Arcadio), em uma narrativa repleta de personagens e situações fantásticas: o patriarca José Arcadio, fundador de Macondo; Úrsula Iguarán, a mulher que vive mais de 115 anos; José Arcadio Segundo, único sobrevivente do massacre dos grevistas da companha bananeira de Macondo; Maurício Babilônia, sempre envolto em uma nuvem de borboletas amarelas; ou o cigano Melquíades, cujos pergaminhos preveem glórias e tragédias da família.

Com mais de 30 milhões de exemplares vendidos em cerca de 35 idiomas, “Cem anos de solidão” se tornou não só o livro mais popular de García Márquez, mas também o emblema de uma geração da literatura latino-americana identificada com o rótulo do “realismo fantástico”. A partir de meados dos anos 1960, enquanto o continente ia sendo encoberto pela sombra de ditaduras militares, autores da região alcançaram uma projeção internacional inédita. Além do colombiano, fizeram parte do chamado “boom” da literatura latino-americana escritores como o argentino Julio Cortázar, o mexicano Carlos Fuentes, o cubano Alejo Carpentier e o peruano Mario Vargas Llosa.

Fidel: Identificação política e pessoal

A relação entre García Márquez e Vargas Llosa, também premiado com o Nobel em 2010, se tornou símbolo do “boom” e de suas contradições. A amizade inicial se desdobrou em admiração literária (o peruano publicou em 1971 o elogioso ensaio “García Márquez, história de um deicídio”), mas com o tempo os dois se afastaram, inclusive politicamente. Esquerdista na juventude, Vargas Llosa se alinhou ao neoliberalismo e chegou a concorrer à presidência do Peru, em 1990, quando foi derrotado por Alberto Fujimori. Admirador de primeira hora da Revolução Cubana, García Márquez se aproximou de Fidel Castro e defendeu o regime da ilha em várias ocasiões. Mas a divergência mais famosa entre os dois, em 1976, não teve fundo político: por ciúmes da mulher, Vargas Llosa deu um soco em García Marquez, que saiu com um olho roxo. Nunca mais se reconciliaram.

A atuação política de García Márquez rendeu-lhe admiradores e críticos. Muitos nunca o perdoaram por não denunciar os abusos do regime de Fidel, de quem se tornou amigo. Segundo o biógrafo inglês Gerald Martin, autor de “Gabriel García Márquez: uma vida", o líder cubano achava o escritor “pessimista e fantasioso”, mas gostava de suas observações políticas e sentia-se próximo dele por também ter crescido em uma região dominada pela United Fruit, multinacional americana de alimentos que inspirou a companhia bananeira de Macondo.





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Zedd
Trooper
 

17-04-14, 20:32 #2
RIP.
Agora quem sabe eu me presto a ler mais coisas dele

Zedd is offline   Reply With Quote
punisher
spkr
 

17-04-14, 20:37 #3
Só li Memória de Minhas Putas Tristes, (não, nunca li 100 anos de solidão, me julgue) e achei do caralho

rip in piece bro

punisher is offline   Reply With Quote
Mordred_X
Mandalorian
 

Steam ID: mordred_x
17-04-14, 20:39 #4
Quote:
Postado por punisher Mostrar Post
...nunca li 100 anos de solidão, me julgue.
Seu bosta.

Anyway, las palabras están de luto.

Mordred_X is offline   Reply With Quote
Zedd
Trooper
 

17-04-14, 20:40 #5
Porra, punisher, idem. Hua

Zedd is offline   Reply With Quote
Never Ping
🌀 Trooper
 

Gamertag: Willian Braga PSN ID: Never_Ping XFIRE ID: neverping Steam ID: neverping
17-04-14, 20:57 #6
Eu nem sei quem é. E nem sei pq tá todo mundo chorando por ele.

Never Ping is offline   Reply With Quote
Mordred_X
Mandalorian
 

Steam ID: mordred_x
17-04-14, 21:29 #7
Retiro o "seu bosta" do pupu e o recoloco no NP.

Mordred_X is offline   Reply With Quote
maurocool
 

PSN ID: maurocool-maurasia Steam ID: maurocool
17-04-14, 21:36 #8
Quote:
Postado por Never Ping Mostrar Post
Eu nem sei quem é. E nem sei pq tá todo mundo chorando por ele.
ele era um cafetão que aparentemente não tratava tão bem assim suas puputinhas

maurocool is offline   Reply With Quote
Many Kalaveraa
The real (1)
 

XFIRE ID: Mannyy Steam ID: 76561197992661279
17-04-14, 23:46 #9
gosto pra caralho dos livros dele, RIP

Many Kalaveraa is offline   Reply With Quote
diferent
Trooper
 

17-04-14, 23:52 #10
Alguem tem que ir consolar as putas, se ja eram tristes antes, imagina como estao agora?

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Stranger
Trooper
 

18-04-14, 00:17 #11
Vivendo em solidão.

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