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Eon
Trooper
 

Default Ensinar os filhos em casa ganha força no Brasil e gera polêmica

05-11-13, 10:08 #1
Ensinar os filhos em casa ganha força no Brasil e gera polêmica
DA BBC BRASIL


Uma nova batalha vem sendo travada dentro e especialmente fora das salas de aula do Brasil. A polêmica gira em torno da chamada educação domiciliar, em que famílias optam por ensinar seus filhos na própria casa e não na escola.

De um lado da trincheira estão pais que defendem o direito de eles próprios - e não o Estado - decidirem como e onde os filhos serão educados. Ao se dizerem insatisfeitos com o sistema educacional do país, eles mostram aprovações dos filhos em exames como o Enem para corroborar a eficácia da educação domiciliar.

No outro lado da disputa estão o governo e alguns juristas alegando que tirar uma criança da escola é ilegal, além de alguns educadores, que criticam a proposta, especialmente com argumento de que essa prática colocaria as crianças em uma bolha.

Mais sedimentado em países como os Estados Unidos, o homeschooling (como também é conhecido pela expressão em inglês) vem ganhando fôlego no Brasil. Segundo a Aned (Associação Nacional de Educação Domiciliar), há mil famílias associadas no grupo. Mas Ricardo Iene, cofundador do órgão, calcula que, pela quantidade de e-mails que recebe, sejam mais de 2 mil famílias educando seus filhos em casa no Brasil.

O movimento também está conquistando espaço na esfera política. No próximo dia 12, haverá uma audiência pública em Brasília para discutir o tema, na Comissão de Educação e Cultura da Câmara. Na pauta, estará também o Projeto de Lei (PL) do deputado Lincoln Portela (PR-MG), que autoriza o ensino domiciliar.

Para a Aned, o direito ao ensino domiciliar já é reconhecido por convenções internacionais de que o Brasil é signatário, mas a previsão das regras em lei daria mais segurança aos pais que optam por esta modalidade de ensino.

POR QUE EM CASA?

"Quando meu filho tinha 7 anos, um garoto da escola, que tinha 10 anos, batia nele e o perseguia por causa do nosso sotaque baiano", conta Ricardo Iene, cofundador da Aned (Associação Nacional de Educação Domiciliar), que é natural da Bahia, mas mora em Belo Horizonte (MG) há cinco anos. "Também havia um garoto que ficava assediando milha filha."

"Fui várias vezes na escola, reclamar, conversar, tentar resolver esses problemas. Mas nunca adiantou."

O bullying foi um dos motivos que, há três anos, influenciou Ricardo a tirar da escola, Guilherme, de 13 anos, e Lorena, de 15 anos. Mas certamente não foi a única motivação. Tanto para o publicitário que vive em BH como para outros pais ouvidos pela BBC, é sempre um conjunto de fatores que o impulsionam a tomar essa decisão.

Mas um deles parece estar sempre presente: o desejo de estar mais envolvidos e presentes na criação dos filhos.

"Vemos crianças hoje em dia que entram na escola às 7 da manhã e ficam até bem depois das 17h ou 18h, porque elas ficam fazem balé, natação e várias outras atividades. Além da agenda cheia como a de um adulto dessas crianças, mal sobra tempo para o convívio familiar", diz M.L.C, mãe de 4 filhos, todos em homeschool, que não quis se identificar por temor de ser denunciada.

Ricardo também sentia falta do envolvimento de outros pais quando frequentava as reuniões na escola dos filhos, tanto das instituições públicas como das particulares. "Muitos pais nem participavam. E aí, ficava ainda mais difícil melhorar a situação da escola."

Outro ponto que impulsionou o publicitário e outras famílias a optarem pelo homeschool é o fato de não concordarem com alguns valores morais passados na escola. Ricardo diz que ele e outros associados da Aned costumam se incomodar especialmente com a abordagem de temas como sexo e homossexualidade.

VIVENDO EM UMA BOLHA?

Mas se do lado dos pais praticantes da educação domiciliar só se ouve elogios do tipo "agora meu filho aprende e não apenas decora", do lado dos educadores, o que se vem são dúvidas e críticas. Muitas críticas.

"Se os pais estão insatisfeitos com a escola, há muitas outras alternativas antes de se colocar o filho em uma bolha", afirma a educadora Silvia Colello, professora de Psicologia da Educação e outras disciplinas da Faculdade de Educação da USP.

"Além do mais, qual a lição subliminar que se está passando ao filho ao tirá-lo da escola? Certamente algo como, diante de um problema, basta resolver apenas a minha parte, salvar a própria pele, e o resto que se dane."

Para a educadora, os pais também erram ao acreditarem que com educação domiciliar estão protegendo seus filhos, por estarem em um ambiente amigável, sem bullying, sem competição. "Infelizmente, a vida não é assim. Mais cedo ou mais tarde, essa criança vai se deparar com a realidade. Vai começar em um emprego, por exemplo, onde há competição, bullying, tudo isso."

Silvia também cita a importância da escola não apenas pelo conteúdo, mas também pela convivência que se tem com outras pessoas e o aprendizado que se tem com isso, seja na hora de se aprender a lidar com o outro, de aprender com os colegas, comparar seus trabalhos e até mesmo de lidar com brigas e desentendimentos. "Toda essa vivência é tão importante quanto português, matemática ou história", diz a educadora.

Os homeschoolers, no entanto, dizem que as crianças não vivem em uma bolha e têm essa convivência ao encontrarem amigos no clube, na praça, na igreja ou na casa deles e ao frequentarem atividades, como natação, fotografia e judô.

"Acho contraditório", afirma a educadora. "Se o problema é a perseguição na escola, não tem bullying na aula de natação?"

LUTA DE TODOS

A educadora Maria Celi Chaves Vasconcelos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) aponta um outro problema na prática da educação domiciliar no Brasil de hoje: a falta de fiscalização do Estado. Algo que foi reforçado durante a pesquisa para seu pós-doutorado, sobre o homeschooling e suas implicações hoje tanto no Brasil como em Portugal.

"Diferentemente dos portugueses, que já conseguiram colocar todas as suas crianças na escola, nós ainda estamos caminhando para isso. Então, no momento, seria difícil conciliar sistemas diferentes de educação", diz.

"Como o governo conseguiria fiscalizar as crianças em educação domiciliar se ainda não faz isso de maneira satisfatória nem com as próprias escolas públicas?" Segundo ela, em Portugal, as crianças em homeschools são registradas nós órgãos regionais e as autoridades fazem um acompanhamento da educação delas.

Ela vê aspectos positivos no método, como ensinamentos passados não apenas em salas de aula, mas também em locais como museus e planetários. E acredita que escolha dos pais em relação à educação dos filhos seja algo inevitável no futuro, quando o Brasil atingir suas metas educacionais.

Enquanto isso, Silvia, a educadora da USP, também defende que essa opção é prejudicial ao projeto de educação do país como um todo.

"É claro que a ensino no Brasil ainda está bem aquém do esperado, mas é preciso se ter uma frente de luta e não de alienação. E essa luta não é só do Estado, mas também das escolas, dos pais, dos professores e de toda a sociedade."



__________________________________________________________________

Está aí algo em que acredito muito, nos EUA já é comum há muito tempo e cresce absurdamente todos os anos, e agora que as primeiras gerações estão chegando ao mercado do trabalho por lá, acabaram descobrindo o óbvio: o negócio funciona mesmo.

Aqui em casa de certa maneira já fazemos home schooling, mudamos a língua de casa desde cedo para inglês para as crianças aprenderem e nos recusamos a colocar os filhos nas famosas "escolinhas de período integral", postergamos a matrícula ao máximo e mesmo assim decidimos jamais optar por nada que seja maior do que meio período justamente para que nossos filhos passem mais tempo conosco do que com estranhos, pelo menos na primeira infância.

Enfim, optamos por educar nossos filhos como nós fomos educados, basicamente. E sinceramente flertamos muito com a idéia de homeschooling, principalmente quando olhamos os preços que as escolas cobram (exorbitantes) e qualidade do ensino que elas oferecem (terrível), e vemos que a esmagadora maioria dos pais que conhecemos compartilham dessa insatisfação.

Resumindo, creio os próprios pais já estão percebendo que pagar escolas ruins e inflacionadas requer que ambos os pais trabalhem muito além de reduzir absurdamente a possibilidade de convivência com os filhos, mas quando um dos pais decide ficar em casa para educar os filhos a conta magicamente fecha, ou seja, homeschooling tem tudo para ser uma tendência no Brasil como já é em outros lugares.

OBS: No Brasil, pra variar atrasado duas décadas em relação ao resto do mundo, chegou a hora dos favelados mentais repetirem ad nauseam todas as abobrinhas que já foram refutadas por anos experiência em outros países. Mas faz parte, acho que isso vai ser mais um termômetro para mostrar para que lado as coisas estão caminhando aqui. Prevejo o governo brasileiro, mais comunista a cada dia que passa, criando sérios problemas para os pais que ousarem educar seus próprios filhos em casa retirando-os assim do sistema de doutrinação marxista massificado que nós chamamos de "escola" no Brasil.





Eon is offline   Reply With Quote
roadster
Banned
 

05-11-13, 10:33 #2
masa, vou façer isso com meu filho certessa!

roadster is offline   Reply With Quote
Mordred_X
Mandalorian
 

Steam ID: mordred_x
05-11-13, 10:36 #3
Boa Eon, posso mandar os meus para tua casa?

Que na minha iam estar fudidos, iam acabar ateus (ou pior, budistas), microsoftistas e comunistas, deuzulivre.

Mordred_X is offline   Reply With Quote
Yakov
Trooper
 

Steam ID: kovyakov
05-11-13, 10:37 #4
eu penso em fazer durante alguns periodos da semana
mas ir pra escola é fundamental, nego tem que aprender a sofrer com bullyng e porrada desde cedo pra ficar esperto com a vida

Yakov is offline   Reply With Quote
u3663
Trooper
 

05-11-13, 10:46 #5
Quote:
Postado por Yakov Mostrar Post
eu penso em fazer durante alguns periodos da semana
mas ir pra escola é fundamental, nego tem que aprender a sofrer com bullyng e porrada desde cedo pra ficar esperto com a vida
Não é só isso.

Existem TANTAS questões pedagogicas que envolvem a criança estar na escola, aprender a socializar, aprender a conviver com outras pessoas e longe dos pais.

Muitas pessoas confundem escola com apenas ser estudo de matérias mas até a quarta-série é muito mais do que isso.

My Waifu é professora e vai dar risada quando ler isso.

u3663 is offline   Reply With Quote
Eon
Trooper
 

05-11-13, 10:51 #6
Claro que sua mina vai dar risada, afinal de contas ela ganha a vida com isso e portanto ela só tem a perder se os pais começarem a educar seus filhos em casa. O riso vai ser de nervoso, é claro. rs.

Eon is offline   Reply With Quote
Mordred_X
Mandalorian
 

Steam ID: mordred_x
05-11-13, 10:53 #7
Não faz vento que o bicho alevanta...

Mordred_X is offline   Reply With Quote
taco
Trooper
 

05-11-13, 10:54 #8
Aja leite com pera pra criar essa mulecada em casa hein eon.

taco is offline   Reply With Quote
u3663
Trooper
 

05-11-13, 10:54 #9
Dude, você acha que eu realmente vou argumentar com um cara que defende a Biblia e agora acha uma boa idéia tirar os filhos dele da escola porque "OMG INFLUENCIA"?

Keep trying Bro.

u3663 is offline   Reply With Quote
Never Ping
🌀 Trooper
 

Gamertag: Willian Braga PSN ID: Never_Ping XFIRE ID: neverping Steam ID: neverping
05-11-13, 10:58 #10
Eu apóio o homeschooling no intuito educacional, mas eu acho prejudicial pro filho pela argumentação de bolha. Se quiser tornar seu filho melhor, reforce a educação. Mas deixe-o ir a escola.

Bullying faz parte da vida. Se ele não sofrer quando criança, vai sofrer como adulto e morrerá de depressão em 1 ano.

Never Ping is offline   Reply With Quote
Kenny
Trooper
 

05-11-13, 11:06 #11
Eu apoio a livre-iniciativa dos pais preferirem educar seus filhos em casa, mas tb devem entender os riscos desse ato, principalmente se o filho não conseguir entrar numa faculdade, por exemplo.

Não que eu adotaria essa pratica no meu caso, mas defendo a posição daqueles que preferem agir dessa forma, com a ressalva, já feita por todos, que a criança vai perder em socialização.

Kenny is offline   Reply With Quote
SigSnake
Trooper
 

05-11-13, 11:10 #12
se nao tiver socializacao, se o estudo ficar uma bosta, se, se, se...

isso é problema dos pais e dos filhos

nao do estado

SigSnake is offline   Reply With Quote
Mordred_X
Mandalorian
 

Steam ID: mordred_x
05-11-13, 11:12 #13
Quote:
Postado por Saico Mostrar Post
Dude, você acha que eu realmente vou argumentar com um cara que defende a Biblia e agora acha uma boa idéia tirar os filhos dele da escola porque "OMG INFLUENCIA"?

Keep trying Bro.
O que estou dizendo é que it’s a trap. Qualquer colocação em contrário ao que ele colocou neste topic (que já começou com um wall of text) já foi antecipada, como evidenciado no último parágrafo, e seus rebates já estão preparadinhos, provavelmente com uma porrada de “citações”. The only winning move is not to play.

Mordred_X is offline   Reply With Quote
u3663
Trooper
 

05-11-13, 11:12 #14
Quote:
Postado por SigSnake Mostrar Post
se nao tiver socializacao, se o estudo ficar uma bosta, se, se, se...

isso é problema dos pais e dos filhos

nao do estado
shhhhh

É mais fácil culpar o que está fora do que assumir as próprias falhas.

--

Sim Mordred, eu concordo.

Por isso que quotei o Yakov. Porque APESAR do trollismo já vir preparado, eu estou comentando com o resto da DS. Não perco mais o meu tempo com o Eon pois obviamente é de proposito. Tinha um outro user da DS que sempre vinha com textos de ocultimos e et's apenas para polemizar, esqueci o nick dele... mas eu preferia ele.

u3663 is offline   Reply With Quote
Eon
Trooper
 

05-11-13, 11:15 #15
Erm....

Acho que ele estava defendendo o home schooling, Saico. rs.
Quote:
Postado por Mordred_X Mostrar Post
O que estou dizendo é que it’s a trap. Qualquer colocação em contrário ao que ele colocou neste topic (que já começou com um wall of text) já foi antecipada, como evidenciado no último parágrafo, e seus rebates já estão preparadinhos, provavelmente com uma porrada de “citações”. The only winning move is not to play.
Se você considera uma "winning move" continuar emitindo opiniões sobre um assunto que você desconhece totalmente, então talvez seja o caso. Mas qualquer outra pessoa que esteja disposta a vir aqui e agregar informações úteis, colar links, vídeos, divulgar recursos, etc, será muito bem vinda!

Eon is offline   Reply With Quote
cebols
Trooper
 

05-11-13, 11:19 #16
eon só faz isso por medo dos filhos tomarem um cacete dos coleguinhas na escola quando começarem a defecar pela boca como o pai defendendo amiguinho imaginario.

boa saida..

cebols is offline   Reply With Quote
Eon
Trooper
 

05-11-13, 11:25 #17
Aliás, um comentário para quem já saiu me acusando de troll religioso: eu não acho que o home schooling é para todos, de forma alguma.

Mesmo nos EUA onde esse sistema tem pouca resistência da população (menos de 50% dos americanos se opõem ideologicamente ao home schooling) a adesão é relativamente pequena.

Nem todos os pais tem tempo, disciplina ou motivação necessários para educar os filhos em casa. Isso é fato.
Quote:
Postado por cebols Mostrar Post
eon só faz isso por medo dos filhos tomarem um cacete dos coleguinhas na escola quando começarem a defecar pela boca como o pai defendendo amiguinho imaginario.

boa saida..
Acho que bullying é um dos últimos motivos que me levaria a tirar um filho da escola!

E outra, na minha casa Krav Magá fará parte do home schooling de qualquer forma, matriculados em colégio ou não.

Quem você acha que vai tomar um cacete de quem? Aehauehauheuaheuahuea.

Eon is offline   Reply With Quote
Vassourada
Cada vez mais ridículos
 

05-11-13, 11:28 #18
Pq vc não cria o seu próprio fórum, Eon. Ai você e os seus filhos vão poder discutir e argumentar, sem risco de sofrer bullying ou ridicularizações. Inclusive, se lançar essa ideia, aposto que o Jeep vai rir - mas rir de nervoso.

No mais:

Vassourada is offline   Reply With Quote
Mordred_X
Mandalorian
 

Steam ID: mordred_x
05-11-13, 11:29 #19
Quote:
Postado por Eon Mostrar Post
Se você considera uma "winning move" continuar emitindo opiniões sobre um assunto que você desconhece totalmente, então talvez seja o caso. Mas qualquer outra pessoa que esteja disposta a vir aqui e agregar informações úteis, colar links, vídeos, divulgar recursos, etc, será muito bem vinda!
Oh, voce me provocou, vou preparar um enorme post para me defender, espera aí. Vai esperando. Sentadinho.

Você não costuma me responder, Eon, que que houve agora...?

Mordred_X is offline   Reply With Quote
cebols
Trooper
 

05-11-13, 11:35 #20
Quote:
Postado por Eon Mostrar Post
Acho que bullying é um dos últimos motivos que me levaria a tirar um filho da escola!

E outra, na minha casa Krav Magá fará parte do home schooling de qualquer forma, matriculados em colégio ou não.

Quem você acha que vai tomar um cacete de quem? Aehauehauheuaheuahuea.
Tem que ensinar aquele manualzinho de como entrar numa briga tambem hein, senão não adianta muita coisa. E tem o esquema de correr em ziguezague, ensinado pelo chakan.

cebols is offline   Reply With Quote
taco
Trooper
 

05-11-13, 11:43 #21
 

 

taco is offline   Reply With Quote
rockafeller
Chief Rocka
 

05-11-13, 11:49 #22

rockafeller is offline   Reply With Quote
Chronos
Caldas
 

PSN ID: lschronos2 Steam ID: lschronos
05-11-13, 11:53 #23
terceira vez que leio o título do tópico como "ensinar os filhos da puta..." huauhuhauha osso

acho que vale umas aulas de reforço em casa... eu gosto de estudar (aprender, na verdade. Estudar é boring, mas necessário), acho que vou conseguir passar isso para meus filhos. Assim espero.

Chronos is offline   Reply With Quote
troglodita
Trooper
 

Steam ID: mcarvalho83
05-11-13, 13:29 #24
Quote:
Postado por Eon Mostrar Post
Enfim, optamos por educar nossos filhos como nós fomos educados, basicamente.
Vai dar merda, basicamente.

Mas whatever, cada um faz o q quer, desde q n se meta na minha vida...

troglodita is offline   Reply With Quote
Zigfried
Trooper
 

XFIRE ID: k00patroopa Steam ID: koopatroopa_
05-11-13, 13:39 #25
sou professor de escola particular.
e te afirmo: escola particular, na maioria da vezes, é uma bosta por causa dos próprios pais.

Zigfried is offline   Reply With Quote
Kenny
Trooper
 

05-11-13, 13:52 #26
Porra EON, Krav Magá é para quem sabe usar, não adianta ensinar um moleque, sim, crianças são moleques ... e esperar que ela saiba se defender na escola ...

Onde estudei, cansei de ver nego que fazia kung-fu, jiu-jitsu, capoeira e etc... tomando cacete em briga na rua.

Kenny is offline   Reply With Quote
Yakov
Trooper
 

Steam ID: kovyakov
05-11-13, 14:01 #27
Quote:
Postado por Eon Mostrar Post
Claro que sua mina vai dar risada, afinal de contas ela ganha a vida com isso e portanto ela só tem a perder se os pais começarem a educar seus filhos em casa. O riso vai ser de nervoso, é claro. rs.
Nao é a mesma coisa que a igreja enganar o povo pois ele é o ganha pao dela?

Yakov is offline   Reply With Quote
Eon
Trooper
 

05-11-13, 14:15 #28
Quote:
Postado por Zigfried Mostrar Post
sou professor de escola particular.
e te afirmo: escola particular, na maioria da vezes, é uma bosta por causa dos próprios pais.
Isso é verdade!!!

Não faz muito tempo fui numa reunião de pais e mestres com minha mulher, na sala tinham outras 6 mães e zero pais de um total de 22 alunos.

Tem muito pai que não quer nem saber dos filhos, e o fato de existirem tantas famílias desagregadas não ajuda em nada também.

Eon is offline   Reply With Quote
Sh3lld3r
Trooper
 

Steam ID: sh3lld3r
05-11-13, 14:18 #29
Eu acho valido educar os filhos em casa
 

Sh3lld3r is offline   Reply With Quote
vitorueda
Trooper
 

05-11-13, 14:31 #30
Não li a matéria inteira, mas li os comentários abaixo do EON.

Cara, eu concordo com o EON sobre a liberdade de ensinar os filhos em casa... As vezes é melhor do que estudar em escolas... Filho de bancários, militares e outros cargos, as vezes se mudam mais do que uma vez por ano, acho muito pior ficar mudando de escola assim do que estudar em casa... E para algumas famílias também deve funcionar. E com certeza precisa de acompanhamento de profissionais, então acho que invalida um pouco esse caso de desempregar os pedagogos.

Outra coisa, não concordo quando o EON fala mal da qualidade do ensino particular e caro do Brasil... Temos muitas escolas boas por aqui....

ps.: a doutrinação marxista acontece principalmente no ensino superior público, acredito que esse homeschooling não seja válido para tirar um diploma... rs

vitorueda is offline   Reply With Quote
rini
 

05-11-13, 14:42 #31
imagina como sairiam os filhos ensinados pelo eon rsrsrsrs

novos Anders Behring Breivik

ensinamentos tirados daqui
(quem tiver tempo, paciência e estômago.. enjoy)

[SPOILER]
Quote:
A ética da liberdade

14. As crianças e seus direitos
Já estabelecemos o direito de propriedade de cada homem à sua própria pessoa e à terra virgem que ele encontra e transforma através de seu trabalho, e mostramos que, a partir destes dois princípios, podemos deduzir a estrutura completa dos direitos de propriedade a todos os tipos de bens. Isto inclui os bens que ele adquire por meio de troca ou como resultado de uma herança ou de uma doação voluntária.
No entanto, resta definir o complicado caso das crianças. O direito de autopropriedade de cada homem foi estabelecido para adultos, para autoproprietários naturais que têm que usar suas mentes para selecionar seus fins e ir atrás deles. Por outro lado, é óbvio que um bebê recém-nascido não é, em nenhum sentido natural, um autoproprietário já existente, mas sim um autoproprietário em potencial.[1] Porém isto levanta uma difícil questão: quando, ou de que maneira, uma criança em desenvolvimento adquire seu direito natural à liberdade e à autopropriedade? Gradualmente ou de uma hora para outra? Em qual idade? E qual critério estabelecemos para esta mudança ou transição?

Primeiro, vamos começar com a criança no período pré-natal. Qual é o direito de propriedade sobre o feto que os pais, ou mais especificamente a mãe, possuem? Em primeiro lugar, devemos observar que a posição conservadora católica geralmente tem sido rejeitada muito rapidamente. Esta posição afirma que o feto é uma pessoa viva e, portanto, que o aborto é um ato de assassinato e, por isso, deve ser declarado ilegal como qualquer outro caso de assassinato. A resposta mais comum é que se deve simplesmente demarcar o nascimento como o início da vida de um ser humano possuindo direitos naturais, incluindo o direito de não ser assassinado; antes do nascimento, prossegue a contra-argumentação, a criança não pode ser considerada uma pessoa viva. Contudo, a réplica católica de que o feto está vivo e na iminência de ser uma pessoa em potencial fica então perto demais da opinião geral de que um bebê recém-nascido não pode ser agredido porque ele é um adulto em potencial. Enquanto o nascimento é de fato a linha de demarcação apropriada, a formulação usual faz do nascimento uma linha de divisão arbitrária, e falta fundamentação racional suficiente na teoria de autopropriedade.

A fundamentação apropriada para analisar o aborto está no absoluto direito de autopropriedade de cada homem. Isto imediatamente implica que toda mulher tem o absoluto direito ao seu próprio corpo, que ela tem o domínio absoluto sobre seu corpo e sobre tudo que estiver dentro dele. Isto inclui o feto. A maioria dos fetos está no útero da mãe porque a mãe consentiu a esta situação, porém o feto está lá pelo livre e espontâneo consentimento da mãe. Mas, se a mãe decidir que ela não deseja mais o feto ali, então o feto se torna um invasor parasitário de sua pessoa, e a mãe tem o pleno direito de expulsar o invasor de seu domínio. O aborto não deveria ser considerado o "assassinato" de uma pessoa, mas sim a expulsão de um invasor não desejado do corpo da mãe.[2] Quaisquer leis restringindo ou proibindo o aborto são portanto invasões dos direitos das mães.

Tem sido objetado que, já que a mãe originalmente consentiu com a concepção, ela consequentemente "assumiu um compromisso" com o feto e não pode "violar" este "contrato" fazendo um aborto. No entanto, existem muitos problemas nesta doutrina. Em primeiro lugar, como veremos a seguir, uma mera promessa não é um contrato que pode ser compelido: os contratos só são apropriadamente executáveis se sua violação envolver roubo implícito, e claramente tal consideração não pode ser aplicada aqui. Segundo, obviamente não há "contrato" aqui, já que o feto (óvulo fertilizado?) dificilmente pode ser considerado uma entidade contratante voluntária e consciente. E terceiro, conforme vimos anteriormente, um ponto crucial da teoria libertária é a inalienabilidade da vontade e, portanto, a impossibilidade de se forçar contratos voluntários de escravidão. Então, mesmo se tivesse sido firmado um "contrato", ele não poderia ser executado porque a vontade da mãe é inalienável e ela não pode ser legitimamente escravizada a carregar e ter um bebê contra a vontade dela.

Outro argumento dos anti-aborcionistas é que o feto é um ser humano vivo e, por isso, é dotado de todos os direitos dos seres humanos. Muito bem; vamos admitir, apenas para dar seguimento a argumentação, que os fetos são seres humanos — ou, de um modo mais geral, potenciais seres humanos — e são, por conseguinte, dotados da totalidade dos direitos humanos. Mas, podemos perguntar, que humanos possuem o direito de ser parasitas coercivos dentro do corpo de um hospedeiro humano relutante? Obviamente, nenhum humano que já nasceu tem tal direito e, portanto, a fortiori, o feto também não pode ter tal direito.

Os anti-aborcionistas geralmente exprimem o argumento anterior em termos do "direito à vida" do feto, em paralelo ao direito que os humanos nascidos possuem. Não utilizamos este conceito neste volume por causa de sua ambiguidade, e porque qualquer direito apropriado subentendido por seus defensores está incluído no conceito do "direito de autopropriedade" — o direito de a pessoa estar livre de agressões. Até a professora Judith Thomson, que, em sua discussão da questão do aborto, tenta inconscientemente manter o conceito de "direito à vida" ao lado do direito de se possuir o próprio corpo, demonstra lucidamente as armadilhas e os erros da doutrina do "direito à vida":

Para algumas pessoas, ter o direito à vida inclui ter o direito a receber ao menos as necessidades mínimas suficientes para se continuar vivo. Mas suponha que o que na verdade é o mínimo suficiente que um homem necessita para continuar vivo seja algo que ele não tem nenhum direito de receber? Se eu tenho uma doença terminal e a única coisa que irá salvar minha vida é o toque da mão gélida de Henry Fonda em minha testa febril, então, ainda assim, eu não tenho o direito de receber o toque da mão gélida de Henry Fonda em minha testa febril. Seria extremamente gentil da parte dele voar da costa oeste para me prover isto. . . . Mas eu não tenho absolutamente nenhum direito ante qualquer um de tal maneira que ele devesse fazer isso por mim.

Em resumo, é inadmissível interpretar o termo "direito à vida" para conceder a alguém um direito de compelir a ação de outra pessoa para prolongar aquela vida. Em nossa terminologia, tal direito seria uma violação inadmissível do direito de autopropriedade de outra pessoa. Ou, como diz a professora Thomson convincentemente, "ter o direito à vida não é garantia de um direito cujo uso lhe seja dado, nem de ter um direito de poder continuar a usar o corpo de outra pessoa — mesmo se a própria vida de alguém depender disso". [3]

Agora suponha que o bebê tenha nascido. E agora? Primeiro, podemos dizer que os pais — ou preferivelmente, a mãe, que é o único parente garantido e visível —, por serem criadores do bebê, tornam-se proprietários dele. Um bebê recém-nascido não pode ser um autoproprietário de verdade em nenhum sentido. Por essa razão, a mãe ou qualquer outra parte ou partes podem ser o dono do bebê, contudo, afirmar que uma terceira parte possa reivindicar sua "propriedade" sobre o bebê daria a esta pessoa o direito de confiscar à força o bebê de seu dono natural, ou "original", a sua mãe. A mãe, então, é a dona natural e legítima do bebê, e qualquer tentativa de confiscar o bebê através da força é uma invasão do direito de propriedade dela.

Mas certamente a mãe ou os pais não podem receber a propriedade da criança como um domínio absoluto de bens herdados, porque isto implicaria a bizarra situação de um adulto de cinquenta anos de idade estar sujeito à absoluta e inquestionável jurisdição de seus pais de setenta anos de idade. Assim, o direito de propriedade dos pais necessitam de um limite de tempo. Mas ele também tem que estar limitado no tipo, pois certamente seria grotesco para um libertário que acredita no direito de autopropriedade defender o direito de um pai assassinar ou torturar seus filhos.

Portanto, devemos dizer que, mesmo a partir do nascimento, a propriedade dos pais não é absoluta mas sim uma espécie de tutela ou de "consignação". Resumindo, todo bebê, assim que nasce, e que consequentemente não está mais no interior do corpo de sua mãe, possui o direito de autopropriedade em virtude de ser uma entidade separada e um adulto em potencial. Portanto, deve ser ilegal e uma violação dos direitos da criança que os pais agridam sua pessoa mutilando, torturando, assassinando etc. Por outro lado, o próprio conceito de "direito" é um conceito "negativo", que demarca as áreas de ação de uma pessoa em que nenhum homem pode interferir justamente. Portanto, nenhum homem pode ter um "direito" de compelir alguém a efetuar um ato positivo, pois neste caso a compulsão viola o direito à pessoa ou à propriedade do indivíduo que está sendo coagido. Deste modo, podemos dizer que um homem tem um direito à sua propriedade (i.e., um direito de não ter sua propriedade invadida), porém não podemos dizer que qualquer um tenha o "direito" a um "salário digno", pois isto significaria dizer que alguém seria coagido a prover este salário a ele, e isto violaria os direitos de propriedade da pessoa que está sendo coagida. Como um corolário, isto significa que, em uma sociedade livre, nenhum homem deve ser sobrecarregado com a obrigação legal de fazer qualquer coisa por outro, já que isso invadiria os direitos do primeiro; a única obrigação legal que um homem tem para com outro é respeitar os direitos do outro homem.

Aplicando nossa teoria ao relacionamento entre pais e filhos, o que já foi dito significa que os pais não têm o direito de agredir seus filhos, mas também que os pais não deveriam ter a obrigação legal de alimentar, de vestir ou de educar seus filhos, já que estas obrigações acarretariam em ações positivas compelidas aos pais, privando-os de seus direitos. Os pais, portanto, não podem assassinar ou mutilar seu filho, e a lei adequadamente proíbe um pai de fazer isso.[4] Mas os pais deveriam ter o direito legal de não alimentar o filho, i.e., de deixá-lo morrer. A lei, portanto, não pode compelir justamente os pais a alimentar um filho ou a sustentar sua vida.[5] (Novamente, se os pais têm ou não têm mais propriamente uma obrigação moral ao invés de uma obrigação legalmente executável de manter seu filho vivo é completamente outra questão.) Esta regra nos permite resolver aquelas questões complicadas como: será que os pais deveriam ter o direito de deixar um recém-nascido deformado morrer (e.g., ao não alimentá-lo)?[6] A resposta é claramente sim, resultando a fortiori do direito mais amplo de permitir que qualquer recém-nascido, deformado ou não, morra. (Não obstante, como iremos ver a seguir, em uma sociedade libertária a existência de um livre mercado de bebês irá fazer com que tal "desprezo" seja mínimo.)

Nossa teoria também nos possibilita examinar a questão do Dr. Kenneth Edelin, do Hospital da Cidade de Boston, que em 1975 foi condenado por homicídio culposo por permitir que um feto morresse (obviamente, conforme o desejo da mãe) após realizar um aborto. Se os pais possuem um direito legal de permitir que um bebê morra, então, a fortiori eles possuem o mesmo direito quanto a fetos fora do útero. Semelhantemente, em um mundo futuro onde os bebês possam nascer em aparelhos fora do útero ("bebês de proveta") mais uma vez os pais teriam o direito legal de "desligar os aparelhos" dos fetos, ou melhor, de se recusarem a pagar pelo funcionamento dos aparelhos.

Examinemos as implicações da doutrina de que os pais deveriam ter uma obrigação legalmente executável de manter seus filhos vivos. O argumento a favor desta obrigação contém dois componentes: que os pais criaram o filho através de um ato proposital feito por livre escolha; e que a criança está temporariamente indefesa e não é uma autoproprietária.[7] Se considerarmos primeiro o argumento do desamparo, então antes temos que considerar a questão geral de que é uma falácia filosófica afirmar que as necessidades de A justamente impõem a B obrigações coercivas de satisfazer estas necessidades. Porque, deste modo, os direitos de B são violados. Segundo, se é possível afirmar que uma criança indefesa impõe obrigações legais a alguém, por que especificamente a seus pais e não a outras pessoas? O que os pais têm a ver com isso? A resposta, obviamente, é que eles são os criadores da criança, porém isto nos leva ao segundo argumento, o argumento da criação.

Então, considerando o argumento da criação, ele imediatamente exclui qualquer obrigação de uma mãe manter vivo um filho que tenha sido resultado de um ato de estupro, já que este não foi um ato livremente empreendido. Ele também exclui qualquer obrigação de um padrasto, madrasta, tutor ou pais adotivos que não participaram de maneira alguma da criação da criança.

Além disso, se a criação engendra uma obrigação de sustentar a criança, por que essa obrigação deveria cessar quando a criança se torna um adulto? Como Evers declara:

Os pais continuam sendo os criadores da criança, por que eles não são obrigados a sustentar a criança para sempre? É verdade que a criança não é mais indefesa; mas o desamparo (como mostrado acima) não é por si só um motivo de se vincular obrigações. Se a condição de ser o criador de um outro indivíduo é a fonte da obrigação, e esta condição persiste, por que a obrigação também não persiste?[8]

E quanto ao caso, em alguma época futura, de um cientista tornar-se capaz de criar vida humana em laboratório? O cientista é o "criador". Será que ele também deve ter uma obrigação legal de manter a criança viva? E suponha que a criança seja deformada e doente, quase não humana; será que ele ainda tem um vinculo de obrigação legal de manter a criança? E, se tem, quanto de seus recursos — seu tempo, energia, dinheiro, bens de capital — ele deveria ser legalmente obrigado a investir para manter a criança viva? Quando esta obrigação cessa, e por qual critério?

Esta questão dos recursos é igualmente relevante no caso de pais naturais. Como Evers mostra:

[C]onsideremos o caso de pais pobres que tem um filho que adoece. A doença é grave o bastante para que os pais, a fim de obter cuidados médicos para manter o bebê vivo, teriam que passar fome. Será que os pais têm uma . . . obrigação de reduzir a qualidade de suas próprias vidas mesmo a ponto de se autoextinguirem para assistir a criança?[9]

E, se não, podemos acrescentar, especificamente em que ponto cessa a obrigação legal dos pais? E através de qual critério? Evers continua:

Alguém pode querer argumentar que os pais devem ter a obrigação de prover apenas um cuidado mínimo normal (calor, abrigo, nutrição) necessário para manter a criança viva. Mas, se alguém vai defender a posição da obrigação, parece não ter lógica — tendo em vista a enorme variedade de qualidades e características humanas — vincular a obrigação ao leito procrustiano da média humana.[10]

Um argumento comum defende que o ato voluntário dos pais criou um "contrato" pelo qual os pais são obrigados a manter a criança. Mas (a) isto também implicaria que o alegado "contrato" valeria para o feto, o que proibiria o aborto, e (b) isto incide em todas as dificuldades da teoria do contrato conforme analisado acima.

Finalmente, como Evers mostra, suponha que consideremos o caso de uma pessoa que voluntariamente resgata uma criança de um violento naufrágio em que os pais dela acabam morrendo. Num sentido bem real, o salvador trouxe vida à criança; então será que o salvador tem atada a ele uma obrigação legal de manter a criança viva daí para frente? Isto não seria uma "monstruosa servidão involuntária que estaria sendo impingida ao salvador?"[11] E, se seria para o salvador, porque não também para os pais naturais?

A mãe então, no nascimento de seu filho, torna-se a "proprietária da guarda" dele, com a única obrigação legal de não agredir a pessoa de seu filho, já que a criança possui a autopropriedade potencial. Sem considerar isso, enquanto a criança viver em casa, ela tem que necessariamente estar sob a jurisdição de seus pais, já que ela está vivendo na propriedade que pertence aos pais. Certamente os pais têm o direito de estabelecer regras para o uso da casa deles e propriamente para todas as pessoas (crianças ou não) que vivem naquela casa.

Mas quando é que diremos que esta jurisdição de guarda dos pais sobre os filhos deve terminar? Com certeza qualquer idade específica (21, 18 ou qualquer outra) será totalmente arbitrária. A pista para a solução desta espinhosa questão está nos direitos de propriedade dos pais sobre a casa deles. Pois o filho tem seus plenos direitos de autopropriedade quando demonstra que os têm naturalmente — resumindo, quando ele sai ou "foge" de casa. Independentemente de sua idade, temos que conceder a toda criança o absoluto direito de fugir e de encontrar novos pais de criação que irão voluntariamente adotá-la, ou de tentar sobreviver por si só. Os pais podem tentar convencer a criança fugitiva a retornar, mas é totalmente inadmissível que eles escravizem e agridam os seus direitos de autopropriedade usando a força para compeli-la a retornar. O absoluto direito de fugir é a expressão suprema dos direitos de autopropriedade da criança, independentemente de sua idade.

Agora se os pais podem possuir seu filho (dentro do sistema da não agressão e da liberdade de fugir), então eles podem também transferir esta posse para outra pessoa. Eles podem entregar o filho para adoção ou podem vender os direitos sobre a criança em um contrato voluntário. Em resumo, temos que nos defrontar com o fato de que a sociedade genuinamente livre terá um próspero livre mercado de crianças. Superficialmente isto parece monstruoso e desumano. Mas uma reflexão mais apurada irá revelar o humanismo superior de tal mercado. Pois temos que constatar que já existe um mercado de crianças hoje, mas, já que o governo proíbe a venda de crianças por um preço, os pais hoje podem apenas doar seus filhos a uma agência de adoção licenciada sem cobrar nada.[12] Isto quer dizer que de fato temos hoje um mercado de crianças, mas que o governo impinge um controle de preço máximo a zero e restringe o mercado a umas poucas agências privilegiadas e, portanto, monopolistas. O resultado tem sido o de um típico mercado onde o preço do produto é mantido pelo governo muito abaixo do livre preço de mercado: uma enorme "escassez" do produto. A demanda por bebês e crianças é geralmente muito maior do que a oferta, e consequentemente nos deparamos com tragédias diárias de adultos sendo privados das alegrias da adoção de crianças por agências de adoção tirânicas e intrometidas. Na verdade, encontramos uma grande demanda insatisfeita de adultos e casais por crianças, assim como um grande número de bebês excedentes e indesejados que são negligenciados ou maltratados por seus pais. Ao se permitir um livre mercado de crianças, este desequilíbrio seria eliminado, e se possibilitaria que bebês e crianças fossem alocados para longe de pais que desprezam seus filhos ou que não se importam com eles, e para perto de pais adotivos que desejam profundamente estas crianças. Todos os envolvidos: os pais naturais, as crianças e os pais adotivos que compram as crianças estariam em uma situação melhor neste tipo de sociedade.[13]

Então, na sociedade libertária a mãe teria o absoluto direito sobre seu próprio corpo e, portanto, o absoluto direito de fazer um aborto; e teria a propriedade da guarda de seus filhos, uma propriedade limitada somente pela ilegalidade da agressão contra suas pessoas e pelo absoluto direito de a criança fugir ou deixar o lar a qualquer momento. Os pais poderiam vender seus direitos de guarda das crianças a qualquer um que desejasse comprá-los por um preço acordado reciprocamente.

Pode-se destacar que o estado atual das leis juvenis nos Estados Unidos é, em muitos pontos, praticamente o inverso do nosso desejado modelo libertário. Na situação atual, tanto os direitos dos pais quanto os das crianças são sistematicamente violados pelo estado.[14]

Primeiro, os direitos dos pais. Na lei atual, as crianças podem ser confiscadas de seus pais por outros adultos (quase sempre, o estado) pelas mais variadas razões. Duas razões, abuso físico dos pais e abandono voluntário, são plausíveis, já que no primeiro caso os pais agrediram o filho e, no segundo, os pais voluntariamente abandonaram a custódia. No entanto, dois pontos deveriam ser mencionados: (a) que, até poucos anos atrás, as decisões dos tribunais conferiam imunidade aos pais para delitos corriqueiros de agressões físicas contra seus filhos — felizmente, isto está sendo reparado;[15] e (b) apesar da grande publicidade sendo dada à "síndrome da criança espancada", tem sido estimado que apenas 5% dos casos de "abuso infantil" envolvem agressão física por parte dos pais.[16]

Por outro lado, os dois outros fundamentos usados para se confiscar filhos de seus pais, ambos sendo inseridos na classificação geral de "negligência infantil", claramente violam os direitos dos pais. Eles são: não prover alimentação, abrigo, educação ou cuidados médicos "adequados" a seus filhos; e não proporcionar um "ambiente conveniente" a seus filhos. Deveria ser óbvio que estas duas categorias, especialmente a segunda, são vagas o suficiente para fornecer uma desculpa para o estado confiscar praticamente qualquer criança, já que cabe ao estado definir o que é "adequado" e "conveniente". Igualmente vagos são os outros critérios, corolários, que permitem ao estado confiscar filhos cujo "desenvolvimento ideal" não esteja sendo promovido pelos pais, ou quando os "melhores interesses" da criança (novamente, tudo definido pelo estado) assim sugerirem. Alguns casos recentes servirão para exemplificar o quão abrangente tem sido este poder confiscatório. No caso In re Watson de 1950, o estado considerou que uma mãe negligenciou três filhos em virtude do fato de que ela era "incapaz pela razão de seu status emocional, sua condição mental e seus supostos sentimentos profundamente religiosos equivalerem a fanatismo". Nesta decisão, repleta de implicações totalitárias, o tribunal salientou a suposta obrigação de os pais criarem seus filhos de acordo com as "convenções e costumes da comunidade em que pretendem viver" e em respeito a elas.[17] Em 1954, no caso Hunter v. Powers, o tribunal novamente violou a liberdade religiosa, bem como os direitos dos pais, ao confiscar um filho sob o fundamento de que os pais estavam muito intensamente devotados a uma religião dissidente, e que a criança deveria na verdade estar estudando ou brincando ao invés de decorando literatura religiosa. Um ano antes, no caso In re Black, um tribunal de Utah confiscou oito filhos de seus pais porque os pais se omitiram em ensinar às crianças que a poligamia era imoral.[18]

Além da religião, a moralidade pessoal também tem sido ditada pelo governo. Em 1962, cinco crianças foram confiscadas da mãe por um tribunal sob a alegação de que a mãe "frequentemente recebia companhias masculinas no apartamento". Em outros casos, os tribunais têm considerado que os pais foram "negligentes" com os filhos, e, por isso, confiscaram as crianças, porque as brigas dos pais ou um sentimento de insegurança do filho supostamente colocavam em risco seus melhores interesses.

Em uma decisão recente, o juiz Woodside do Tribunal Superior da Pensilvânia alertou diretamente a respeito do enorme potencial coercivo do critério de "melhores interesses":

O tribunal não deveria tomar dos pais a custódia de um filho somente sob o fundamento de que o estado ou suas agências podem encontrar um lar melhor para ele. Se o critério do "lar melhor" for o único critério, os funcionários públicos de bem estar social poderiam tomar os filhos de metade dos pais cujos lares são considerados menos desejáveis e colocá-los nos lares da outra metade da população que possui os lares considerados mais desejáveis. Estendendo mais este princípio, veríamos que a família que fosse considerada a possuidora do melhor lar poderia escolher qualquer um de nossos filhos.[19]

Os direitos das crianças, ainda mais que os dos pais, têm sido invadidos sistematicamente pelo estado. As leis de frequência escolar obrigatória, endêmicas nos Estados Unidos desde a virada deste século, obrigam as crianças a comparecer às escolas públicas ou privadas aprovadas oficialmente pelo estado.[20] As leis de trabalho infantil supostamente "humanitárias" têm sistematicamente impedido, através do uso da força, que as crianças entrem no mercado de trabalho, privilegiando assim os seus concorrentes adultos. Ao impedi-las violentamente de trabalhar e de ganhar a vida, e ao obrigá-las a ir para escolas que elas geralmente desgostam ou que não sejam apropriadas para elas, as crianças frequentemente se tornam "vadias", uma acusação usada pelo estado para colocá-las em instituições penais chamadas "reformatórios", onde as crianças são de fato aprisionadas por agirem ou deixarem de agir de formas que jamais poderiam ser consideradas "crimes" se efetuadas por adultos.

Na verdade, foi estimado que de 25% a 50% dos "delinquentes juvenis" atualmente encarcerados pelo estado não cometeram atos que seriam considerados crimes se cometidos por adultos (i.e., agressões contra a pessoa e a propriedade).[21] Os "crimes" dessas crianças estavam no exercício de suas liberdades de maneiras que desagradam os asseclas do estado: vadiagem, "incorrigibilidade", fuga de casa. Entre os sexos, são particularmente as meninas que são presas desta maneira por ações "imorais" ao invés de por ações verdadeiramente criminosas. A porcentagem de garotas presas por imoralidade (relações sexuais "impertinentes") ao invés de por crimes genuínos vai de 50% até mais de 80%.[22]

Desde a decisão da Suprema Corte dos EUA no caso de 1967, In re Gault, tem sido concedido aos réus juvenis, ao menos teoricamente, os direitos processuais elementares de adultos (o direito de ser informado sobre as acusações formais específicas, o direito à assistência judiciária, o direito de interrogar testemunhas), mas eles foram concedidos somente em casos onde eles foram acusados de algum crime. Como Beatrice Levidow escreveu, a decisão de Gault e outras similares:

não se aplicam a quaisquer audições adjudicativas exceto àquelas em que o delito de que o jovem está sendo acusado seja uma violação de leis criminais se cometido por um adulto. Portanto, as garantias dos casos Kent, Gault e Winship não protegem devidamente os direitos processuais dos jovens que são dependentes, que estão abandonados, necessitados de supervisão, que são vagabundos, que fugiram de casa ou realizaram outros atos que só são delitos quando praticados por jovens como fumar, beber, ficar na rua até tarde etc.[23]

Como resultado, os jovens são comumente privados destes direitos processuais elementares concedidos aos réus adultos, como o direito a fiança, o direito a uma transcrição, o direito à apelação, o direito a um júri, o ônus da prova caber à acusação e a ilegalidade de se usarem provas que são baseadas apenas em rumores. Como Roscoe Pound escreveu, "os poderes da Star Chamber inglesa eram uma ninharia quando comparados àqueles de nossos tribunais juvenis". De vez em quando, um juiz dissidente faz uma crítica incisiva deste sistema. Assim, o juiz Michael Musmanno declarou em um caso na Pensilvânia em 1954:

Certas garantias legais e constitucionais, como a isenção da autoincriminação, a nulidade de testemunhos de terceiros que se baseiem em rumores, a interdição ex parte e de informações secretas, tudo isso sustentado invejosamente nas decisões do Wyoming ao Alabama, devem ser jogadas fora na Pensilvânia quando a pessoa que comparece ante o tribunal de justiça for um menino ou menina de pouca idade.[24]

Além disso, os códigos de leis juvenis do estado são guarnecidos de uma linguagem vaga que possibilita acusações e encarceramentos quase que ilimitados por diversas formas de "imoralidade", "vadiagem comum", "desobediência habitual", "incorrigibilidade", "ingovernabilidade", "depravação moral", "risco de se tornar moralmente depravado", "conduta imoral" e até associação com pessoas de "caráter imoral".[25]

Além do mais, a tirania de sentenças indefinidas (veja nosso capítulo anterior sobre punição) tem sido manejada contra os jovens, com eles frequentemente recebendo uma sentença mais longa do que um adulto receberia pelo mesmo delito. Na verdade, a regra na justiça juvenil contemporânea tem sido impor uma sentença que pode deixar um jovem na cadeia até que ele atinja a maioridade. Além disso, recentemente, em alguns estados, esta deplorável situação tem sido agravada separando-se os jovens em duas categorias — criminosos genuínos que são classificados como "delinquentes", e a outra, crianças "imorais" que são classificadas como "pessoas que necessitam ser supervisionadas" ou PENS ("Pessoa Em Necessidade de Supervisão"). Depois disso, os "criminosos" PENS recebem sentenças mais longas do que os verdadeiros criminosos juvenis! Assim, em um estudo recente, Paul Lerman escreve:

A extensão da permanência institucional era de dois a vinte e oito meses para delinquentes e de quatro a quarenta e oito meses para garotos PENS; a média era nove meses para delinquentes e trinta meses para PENS; e a duração média de permanência era 10,7 meses para delinquentes e 16,3 meses para PENS. . . .

Os resultados de tempo de permanência não incluem o período de detenção; o estágio do processo correcional anterior a colocação em uma instituição. Análises de números recentes de detenções nas cinco regiões da cidade de Nova Iorque revelam o seguinte padrão: (1) garotos e garotas PENS têm mais chances de serem detidos do que os delinquentes (54% a 31%); e (2) uma vez que os jovens PENS são detidos, eles têm o dobro de chances de serem detidos por mais de 30 dias do que os delinquentes normais (50% a 25%).[26]

Mais uma vez, são as jovens femininas que predominantemente são punidas por delitos "imorais". Por exemplo, um recente estudo no Havaí descobriu que garotas acusadas meramente de fugir de casa passavam normalmente duas semanas na detenção aguardando julgamento, enquanto os garotos acusados por crimes reais eram detidos por apenas poucos dias; e que quase 70% das garotas presas em uma escola reformatória estatal estavam encarceradas por delitos de imoralidade, enquanto o mesmo ocorria com apenas 13% dos garotos presos.[27]

A concepção judicial atual, que considera que a criança praticamente não tem nenhum direito, foi analisada vigorosamente pelo juiz Abe Fortas da Suprema Corte em sua decisão no caso Gault:

A ideia de crime e de punição deveria ser abandonada. A criança deveria ser "tratada" e "reabilitada" e os procedimentos, da detenção até a institucionalização, deveriam ser "clínicos" ao invés de punitivos.

Estes resultados deveriam ser obtidos, sem nenhum prejuízo conceitual e constitucional, ao se insistir que os procedimentos não eram inimigos, pois o estado estava procedendo como parens patriae (o estado como pai). A frase em latim provou-se ser uma grande ajuda para aqueles que visam racionalizar a exclusão de jovens do cenário constitucional; mas este significado é obscuro e suas credenciais históricas são de relevância duvidosa.

. . . O direito do estado, como parens patriae, de negar às crianças os direitos processuais disponíveis aos mais velhos foi elaborado a partir da asserção de que uma criança, diferentemente de um adulto, não tem um direito "à liberdade e sim à custódia". . . . Se seus pais falharem em executar efetivamente suas funções de custódia — isto é, se a criança for "delinquente" — o estado pode interferir. Ao fazer isso, ele não priva a criança de quaisquer direitos, porque ela não tem nenhum. Ele apenas fornece a "custódia" que a criança merece. Baseando-se nisso, os procedimentos envolvendo jovens eram descritos como "civis", não "criminais", e, portanto, não sujeitos aos requerimentos que restringem o estado quando ele busca privar uma pessoa de sua liberdade.[28]

Pode-se acrescentar que chamar uma ação de "civil" ou de "custódia" não faz a prisão deixar de ser uma prisão, nem a torna um pouco mais agradável para a vítima do "tratamento" ou da "reabilitação". O criminologista Frederick Howlett criticou vigorosamente o sistema do juizado de menores, e o colocou em um abrangente contexto libertário. Ele escreve sobre

a negação de certos direitos básicos dos indivíduos — o direito de se associar com quem eles escolherem e de se engajar voluntariamente em atos que não prejudiquem ninguém a não ser eles mesmo. O bêbado que entope nossos tribunais deveria ter o direito de ficar bêbado; a . . . prostituta e seu cliente não deveriam ter que responder à justiça por um ato que é decisão pessoal deles. Do mesmo modo, a criança malcriada tem o direito fundamental de ser uma criança, e, se ela não cometeu nenhum ato que seria considerado crime se fosse realizado por um adulto, por que levá-la diante de um tribunal . . . ? Antes de se apressar em ameaçar ou em "ajudar" uma pessoa fora do sistema judicial, será que a comunidade não deveria considerar primeiramente a alternativa de não se fazer nada? Será que ela não deveria reconhecer o direito da criança, enquanto pessoa, a não receber tratamento ou a ser livre de interferências de uma autoridade externa?[29]

Uma defesa particularmente eloquente dos direitos das crianças ocorreu em uma decisão de 1870 em Ilinois, anos antes da moderna afirmação do despotismo estatal no sistema de juizado de menores, iniciada na virada do século do período progressivo. Nesta decisão em People ex rel. O'Connell v. Turner, o juiz Thornton declarou:

O princípio de assimilação da criança pelo estado e sua completa submissão a ele são totalmente inadmissíveis em um mundo moderno civilizado. . . .

Estas leis proporcionam a "proteção cuidadosa" da criança; elas conduzem suas "obrigações", e somente um "ticket de saída", dependente da discrição incontrolada de uma junta de guardiões, permite que um garoto encarcerado respire o ar puro do paraíso do lado de fora dos muros de sua prisão e sinta os instintos da idade adulta através do contato com o mundo ativo. . . . O confinamento pode ser de um a quinze anos, conforme a idade da criança. A clemência do executivo não pode abrir as portas da prisão, pois nenhum delito foi cometido. O mandado do habeas corpus, um mandado para assegurar a liberdade, não pode proporcionar alívio nenhum, pois o poder soberano do estado, como parens patriae, determinou que o encarceramento é impossível de ser revogado. Esta restrição da liberdade natural é tirania e opressão. Se, sem crime, sem condenação por qualquer delito, as crianças do estado devem assim ser confinadas pelo "bem da sociedade", então seria melhor que a sociedade fosse reduzida a seus elementos originais, e que o governo livre reconhecesse seu fracasso. . . .

A incapacidade dos menores não faz deles escravos ou criminosos. . . . Podemos deter crianças responsáveis por seus delitos; responsáveis por suas ofensas; impor pesados fardos sobre seus ombros, e ainda privá-las de suas liberdades, sem acusação ou sem ter havido condenação por crimes? [A Carta de Direitos de Ilinois, seguida da Declaração de Direitos da Virginia e da Declaração da Independência, declara que] "todos os homens são naturalmente livres e independentes, e possuem certos direitos inerentes e inalienáveis — entre eles à vida, à liberdade e à busca da felicidade". Esta linguagem não é restritiva; ela é clara e compreensiva, e declara uma grande verdade, a de que "todos os homens", todas as pessoas, em todo lugar, possuem o direito inerente e inalienável à liberdade. Devemos dizer às crianças do estado, vós não podereis usufruir deste direito — um direito independente de todas as leis e regulamentos humanos. . . . Mesmo os criminosos não podem ser condenados e aprisionados sem o devido processo da lei.[30]


[1] John Locke, em seu Dois Tratados Sobre o Governo, pág. 432, expressou-se desta forma:

Os filhos, confesso, não nascem nesse estado pleno de igualdade (de direito à sua liberdade natural), embora nasçam para ele. Quando vêm ao mundo, e por algum tempo depois, seus pais têm sobre eles uma espécie de domínio e jurisdição, mas apenas temporários. Os laços dessa sujeição assemelham-se aos cueiros em que são envoltos e que o sustentam durante a fraqueza da infância. Quando crescem, a idade e a razão os vão afrouxando até caírem finalmente de todo, deixando o homem à sua própria e livre disposição.

[2] O que estamos tentando estabelecer aqui não é a moralidade do aborto (que pode ou não pode ser moral por outras razões), mas sua legalidade, i.e., o direito absoluto de a mãe fazer um aborto. O que nos interessa neste livro é o direito de as pessoas fazerem ou não fazerem diversas coisas, não se elas deveriam ou não deveriam exercer estes direitos. Deste modo, argumentaríamos que todas as pessoas têm o direito de comprar e consumir uma Coca-Cola de um vendedor voluntário, não que qualquer pessoa deveria ou não deveria realmente realizar tal compra.

[3] Judith Jarvis Thomson, "A Defense of Abortion," Philosophy and Public Affairs (Outono 1971): 55–56.

[4] Sobre a distinção entre eutanásia ativa e passiva, veja Philippa R. Foot, Virtues and Vices (Berkeley: University of California Press, 1978), págs. 50ff.

[5] Confira a visão do teórico anarquista individualista Benjamin R. Tucker: "Sob uma liberdade equitativa, ao passo que ela [a criança] desenvolve individualidade e independência, lhe é conferida imunidade de ataques ou invasões, e isso é tudo. Se os pais deixarem de sustentá-la, não por isso eles obrigam qualquer outro a sustentá-la". Benjamin R. Tucker, Instead of a Book (New York: B.R. Tucker, 1893), pág. 144.

[6] O programa original da Euthanasia Society of America incluiu o direito de os pais deixarem que bebês monstruosos morram. Esta também tem sido uma prática comum e crescente de parteiras e de obstetras, que deixam bebês monstruosos morrerem no nascimento ao simplesmente não executarem ações positivas para mantê-los vivos. Veja John A. Robertson, "Involuntary Euthanasia of Defective Newborns: A Legal Analysis," Stanford Law Review (Janeiro 1975): 214–15.

[7] O argumento deste e do próximo parágrafo fia-se excessivamente em Williamson M. Evers, "Political Theory and the Legal Rights of Children," (manuscrito não publicado), págs. 13-17. Veja também Evers, "The Law of Omissions and Neglect of Children," Journal of Libertarian Studies 2 (Inverno1978): 1-10.

[8] Evers, "Political Theory," pág. 17.

[9] Ibid., pág. 16.

[10] Ibid., págs. 16–17.

[11] Ibid., pág. 15–16.

[12] Hoje é possível fazer "arranjos independentes" de uns pais para outras pessoas, mas eles só podem ser feitos com a aprovação de um juiz, e tais arranjos são desencorajados oficialmente. Assim, em Petitions of Goldman, a Suprema Corte de Massachusetts recusou-se a permitir que um casal judeu adotasse gêmeos nascidos de pais católicos, ainda que os pais naturais estivessem totalmente de acordo com a adoção. O fundamento da recusa foi de que os regulamentos estatais proibiam adoções inter-religiões. Veja Lawrence List, "A Child and a Wall: A Study of 'Religious Protection' Laws," Buffalo Law Review (1963–64): 29; citado em Evers, "Political Theory," págs. 17-18.

[13] Alguns anos atrás, as autoridades de Nova Iorque orgulhosamente anunciaram que haviam desmembrado um "conluio ilegal de bebês". Os bebês estavam sendo importados da Grécia, por determinado preço, por negociantes audazes e então vendidos a ansiosos pais em Nova Iorque. Ninguém pareceu perceber que todos os envolvidos nesta transação alegadamente bárbara se beneficiaram: os necessitados pais gregos ganhavam dinheiro, assim como a satisfação de saber que seu bebê iria crescer em um lar muito mais abastado; os novos pais tinham a realização de seu imenso desejo de terem um filho; e os bebês, que eram transferidos para um ambiente muito melhor. E os negociantes colhem seus lucros como intermediários. Todos ganharam; quem perdeu?

[14] Sobre o atual estado do direito juvenil em relação ao modelo libertário, estou em débito com Evers, "Political Theory," passim.

[15] A imunidade foi originalmente concedida aos pais em uma decisão de 1891 de um tribunal do Mississipi em Hewlett v. Ragsdale. No entanto, recentemente, os tribunais têm concedido às crianças seus plenos direitos de apresentar processos por lesões. Veja Lawrence S. Allen, "Parent and Child-Tort Liability of Parent to Unemancipated Child," Case Western Reserve Law Review (novembro1967): 139; Dennis L. Bekemeyer, "A Child's Rights Against His Parent: Evolution of the Parental Immunity Doctrine," University of Illinois Law Forum (Inverno 1967): 806-7; e Kenneth D. McCloskey, "Parental Liability to a Minor Child for Injuries Caused by Excessive Punishment," Hastings Law Journal (fevereiro 1960): 335-40.

[16] Quanto a isso, veja o relato do condado de Cook em Patrick T. Murphy, Our Kindly Parent — the State (New York: Viking Press, 1974), págs. 153-54

[17]Compare o pronunciamento de Sanford Katz, um proeminente especialista em "abuso infantil": "negligência infantil envolve uma conduta dos pais, geralmente pensada em termos de comportamento passivo, que resulta em uma ausência de provisão das necessidades da criança conforme definidas pelos valores escolhidos da comunidade". Sanford Katz, When Parents Fail (Boston: Beacon Press, 1971), pág. 22. Sobre a disputa entre pais e sobre In re Watson, veja Michael F. Sullivan, "Child Neglect: The Environmental Aspects," Ohio State Law Journal (1968): 89–90,152–53.

[18] Veja Sullivan, "Child Neglect," pág. 90.

[19] Citado em Richard S. Levine, "Caveat Parens: A Demystification of the Child Protection System," University of Pittsburgh Law Review (Outono 1973): 32. O conceito frequentemente proposto de um "direito de a criança ser desejada" tem implicações muito mais bizarras e totalitárias. Sem considerar a impossibilidade de se utilizar a violência para impingir uma emoção a alguma outra pessoa, tal critério iria dar às partes não envolvidas, na prática o estado, o poder de determinar quando o "desejo" existe e de confiscar os filhos de pais que não obedeçam a este critério praticamente indefinível. Deste modo, Hillary Rodham, do Fundo de Defesa à Criança, desafiou este critério: "Como um 'direito de ser desejado' deve ser definido e imposto? . . . As diretrizes necessariamente vagas e amplas desta imposição poderiam ressuscitar os perigos das leis atuais, novamente requerendo que o estado faça julgamentos gerais discricionários a respeito da qualidade da vida de uma criança." Hillary Rodham, "Children Under the Law," Harvard Educational Review (1973): 496.

[20] Sobre a educação compulsória nos Estados Unidos, veja William F. Rickenbacker, ed., The Twelve-Year Sentence (LaSalle, III.: Open Court, 1974).

[21] Veja William H. Sheridan, "Juveniles Who Commit Noncriminal Acts: Why Treat in a Correctional System?" Federal Probation (Março 1967): 27. Veja também Murphy, Our Kindly Parent, pág. 104.

[22] Além de Sheridan, "Juveniles Who Commit Noncriminal Acts," pág. 27, veja Paul Lerman, "Child Convicts," Transaction (julho-agosto1971): 35; Meda Chesney-Lind, "Juvenile Delinquency: The Sexualization of Female Crime," Psychology Today (Julho 1974): 45; Colonel F. Betz, "Minor's Rights to Consent to an Abortion," Santa Clara Lawyer (Primavera 1971): 469-78; Ellen M. McNamara, "The Minor's Right to Abortion and the Requirement of Parental Consent," Virginia Law Review (fevereiro 1974): 30532; e Sol Rubin, "Children as Victims of Institutionalization," Child Welfare (janeiro 1972): 9.

[23] Beatrice Levidow, "Overdue Process for Juveniles: For the Retroactive Restoration of Constitutional Rights," Howard Law Journal (1972): 413.

[24] Citado em J. Douglas Irmen, "Children's Liberation — Reforming Juvenile Justice," University of Kansas Law Review (1972–73): 181-83. Veja também Mark J. Green, "The Law of the Young," em B. Wasserstein and M. Green, eds., With Justice for Some (Boston: Beacon Press, 1970), pág. 33; Sanford J. Fox, Cases and Material on Modern Juvenile Justice (St. Paul, Minn.: West, 1972), pág. 68.

[25] Veja a discordância da Justiça de Cadena no caso E.S.G. v. State de 1969 no Texas, em Fox, Cases and Material on Modern Juvenile Justice, págs. 296–98. Veja também Lawrence J. Wolk, "Juvenile Court Statutes — Are They Void for Vagueness?" New York University Review of Law and Social Change (Inverno 1974): 53; Irmen, "Children's Liberation," págs. 181 — 83; e Lawrence R. Sidman, "The Massachusetts Stubborn Child Law: Law and Order in the Home," Family Law Quarterly (Primavera 1972): 40–45.

[26] Lerman, "Child Convicts," pág. 38. Veja também Nora Klapmuts, "Children's Rights: The Legal Rights of Minors in Conflict with Law or Social Custom," Crime and Delinquency Literature (setembro 1972): 471.

[27] Meda Chesney-Lind, "Juvenile Delinquency," pág. 46.

[28] Fox, Cases and Material on Modern Juvenile Justice, pág. 14.

[29] Frederick W. Howlett, "Is the YSB All it's Cracked Up to Be?" Crime and Delinquency (outubro 1973): 489 — 91. Em seu excelente livro, The Child Savers, Anthony Platt chama a atenção para o fato de que a origem do sistema juvenil de juizado reformatório escolar do período progressivo, na virada do século XX, foi especificamente programada para impor uma "reforma" despótica na "imoralidade" das crianças da nação de maneira significativa. Deste modo, Platt, em The Child Savers (Chicago: University of Chicago Press, 1970), pág. 99–100, escreve que os "protetores da criança"

se mostraram muito mais ativos e alcançaram maior êxito na tarefa de estender o controle governamental sobre todo o conjunto de atividades juvenis que anteriormente eram ignoradas ou tratadas informalmente. . . . Os protetores da criança eram em um sentido geral proibicionistas que acreditavam que o progresso social depende da imposição eficiente da lei, da estrita supervisão do lazer e da recreação das crianças, e da regulamentação de prazeres ilícitos. Seus esforços eram direcionados ao resgate de crianças de instituições e situações (teatros, salões de festas, bares etc.) que ameaçassem suas "dependências". O movimento de proteção à criança também levantou o assunto da preservação da criança a fim de fazer objeções a uma série de instituições "depravadas": assim, as crianças só poderiam ser protegidas do sexo e do álcool através da destruição de bordéis e bares.

Veja também ibid., págs. 54,67-68, 140. Para manifestações anteriores de "proteção às crianças", parens patriae, e para o encarceramento de jovens por vadiagem, veja J. Lawrence Schultz, "The Cycle of Juvenile Court History," Crime and Delinquency (outubro 1973): 468; e Katz, When Parents Fail, pág. 188.

[30] 55 I11. 280 (1870), republicado em Robert H. Bremner, ed., Children and Youth in America (Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1970–74), vol. 2, págs. 485–87. Naturalmente, os reformadores da "proteção à criança" irritaram-se com os resultados da decisão O'Connel, que o proeminente reformador social e infantil Frederick Wines chamou de "absolutamente prejudicial. Ela emana de uma sensibilidade mórbida a respeito da liberdade pessoal". Veja Platt, The Child Savers, pág. 106.
http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=18

meus pêsames.


Last edited by Jeep; 05-11-13 at 15:51.. Motivo: caimbra no polegar pelo tapatalk
rini is offline   Reply With Quote
Baron
Trooper
 

05-11-13, 14:53 #32
Se você tivesse lido minimamente esse texto teria visto os fortes indícios de que o Eon é contrário a muita coisa que diz aí.

Você se esquece que libertarianismo não é uma doutrina igual o marxismo.

Quanto a criança sendo criada em casa, penso que a qualidade da escola seria muito superior, mas a falta de contato social seria muito perigosa. Na verdade não tenho muito conhecimento do caso, assumo, mas me preocupa isso.

Quanto ao fato de os pais terem o direito de fazer homeschooling com os filhos acho que nem preciso comentar... Óbvio que o contrário é ridículo.

Baron is offline   Reply With Quote
Baron
Trooper
 

05-11-13, 15:21 #33
Não ficou claro ali em cima porque escrevi correndo: "Quanto a criança sendo criada em casa, penso que a qualidade do aprendizado seria muito superior...,"

Baron is offline   Reply With Quote
Kenny
Trooper
 

05-11-13, 15:33 #34
Quote:
Postado por Eon Mostrar Post
Isso é verdade!!!

Não faz muito tempo fui numa reunião de pais e mestres com minha mulher, na sala tinham outras 6 mães e zero pais de um total de 22 alunos.

Tem muito pai que não quer nem saber dos filhos, e o fato de existirem tantas famílias desagregadas não ajuda em nada também.
Não sei se foi esse o sentido que ele quis dizer ...

Tb não vejo necessidade dos pais comparecerem em conjunto na reunião com os professores, podem até revesar, sem que implique em desinteresse pelos filhos ou pela educação destes. Isso pq geralmente as famílias conversam, especialmente sobre esse tipo de assunto.

Ou cada vez que vc vai passar um cheque que seja vc leva sua esposa junto, exatamente por sua família ser "agregada"?

Kenny is offline   Reply With Quote
Eon
Trooper
 

05-11-13, 15:34 #35
Quote:
Postado por Baron Mostrar Post

Quanto a criança sendo criada em casa, penso que a qualidade da escola seria muito superior, mas a falta de contato social seria muito perigosa. Na verdade não tenho muito conhecimento do caso, assumo, mas me preocupa isso.

Quanto ao fato de os pais terem o direito de fazer homeschooling com os filhos acho que nem preciso comentar... Óbvio que o contrário é ridículo.
É, mas apesar de ser ridículo, aqui no Brasil mesmo houve um caso de dois pais que quase perderam a guarda dos filhos por ensiná-los em casa. Algum babaca fez uma denúncia e um agente social mais babaca ainda caiu matando na família presumindo que estava fazendo um favor para a humanidade.

Forçaram as crianças a fazer testes aos quais crianças comuns dificilmente seriam capazes de responder (ex: o teste incluia conhecimentos de francês) e pasmem, as crianças foram super bem e ficou todo mundo com a cara no chão. Foi aquela situação onde deu pra perceber que queriam MUITO ferrar com a famíia, só que eles eram muito mais bem preparados e cultos do que seus pares matriculados em escolas comuns. Não teve como, só por isso conseguiram se livrar.

Enfim, depois desse episódio o home schooling começou a ganhar popularidade, só que a mensagem que o Estado mandou para os pais foi a seguinte: "seremos infinitamente mais rígidos com vocês do que nós somos com nós mesmos, vamos ver se vocês vão querer comprar essa briga".

Tanto é que existem muitos pais que até querem ensinar os filhos em casa, mas não fazem isso porque ficaram com a impressão de que estão burlando a lei ou algo que o valha.
Quote:
Postado por Kenny Mostrar Post
Tb não vejo necessidade dos pais comparecerem em conjunto na reunião com os professores, podem até revesar, sem que implique em desinteresse pelos filhos ou pela educação destes. Isso pq geralmente as famílias conversam, especialmente sobre esse tipo de assunto.

Ou cada vez que vc vai passar um cheque que seja vc leva sua esposa junto, exatamente por sua família ser "agregada"?
Isso explicaria ter mais mães do que pais presentes (supondo que eles tenham dividido a tarefa previamente, algo que eu mesmo já fiz uma vez) mas não explicaria apenas 7 mães presentes quando a sala tem 22 alunos. Onde estão os pais e as mães das 15 crianças cujos pais e mães simplesmente não compareceram? É bizarro isso.

Eon is offline   Reply With Quote
rini
 

05-11-13, 15:40 #36
lógico que ele deve ser contra algumas coisas ali.. se fosse a favor de tudo acredito que estaria banido da ds.

aquele texto é doença PURA.. só quis mostrar que as diretrizes pra chegar lá estão montadas.

rini is offline   Reply With Quote
mojud
Trooper
 

05-11-13, 16:34 #37
Mas Eon, vc vai ensinar pros seus filhos que a origem do Universo foi concepção de Deus, ou vai ensinar a verdade?

mojud is offline   Reply With Quote
rockafeller
Chief Rocka
 

05-11-13, 16:36 #38
CRIACIONISMO, CLARO, A CIÊNCIA DA VERDADE

rockafeller is offline   Reply With Quote
Eon
Trooper
 

05-11-13, 16:39 #39
Vou ensinar pela cartilha do padre lemaitre, que é a mesma cartilha de Deus.

Eon is offline   Reply With Quote
rockafeller
Chief Rocka
 

05-11-13, 16:44 #40
1/10

rockafeller is offline   Reply With Quote
Eon
Trooper
 

05-11-13, 16:52 #41
Ué, se para explicar cientificamente a origem do universo é preciso citar a teoria de um padre católico, não sou eu quem vai ter problemas em educar os filhos na Verdade.

Muito pelo contrário. rs.

Eon is offline   Reply With Quote
mojud
Trooper
 

05-11-13, 16:52 #42
Quote:
By 1951, Pope Pius XII declared that Lemaître's theory provided a scientific validation for Creationism and Catholicism. However, Lemaître resented the Pope's proclamation.[17][18] When Lemaître and Daniel O'Connell, the Pope's science advisor, tried to persuade the Pope not to mention Creationism publicly anymore, the Pope agreed. He convinced the Pope to stop making proclamations about cosmology. While a devoted Roman Catholic, he was against mixing science with religion.
Curti o Lamaître, falou que o Papa tava falando merda e o Papa teve que engolir, mas gostei mais ainda pela última frase, afinal qualquer um com o mínimo de inteligência sabe que se vc começar a pensar um pouco, fica difícil sustentar a baboseira da igreja.

mojud is offline   Reply With Quote
taco
Trooper
 

05-11-13, 18:26 #43
 

taco is offline   Reply With Quote
jacu
Trooper
 

05-11-13, 18:34 #44
Eu ri desse gif acima aeuhaehaeuh

jacu is offline   Reply With Quote
Zedd
Trooper
 

05-11-13, 18:40 #45
HAheah
Cartilha do padre Lemaitre

Eu até faria piada, mas o negócio se ridiculariza sozinho

Edit: pra ficar claro, nao o trabalho do cara
só o fato de existir uma 'cartilha papalogicamente aceita'

Zedd is offline   Reply With Quote
jacu
Trooper
 

05-11-13, 18:54 #46
Po, mas esse Lemaitre foi um grande gênio

O cara foi fodidasso e ainda revolucionou a forma como a igreja encarava a ciência

E calou a boca de um monte de cientistas que falavam asneira

jacu is offline   Reply With Quote
u3663
Trooper
 

05-11-13, 19:11 #47
Favor Ban no Mojud.



Bullying é crime.


Vou fazer meu próprio forum fechado onde não permitiremos este tipo de comportamento. HMPF.

u3663 is offline   Reply With Quote
Jila
Trooper
 

05-11-13, 21:28 #48
Sou professor de escola particular e estou rindo de nervoso, com medo de que agora irei perder meu emprego...

Jila is offline   Reply With Quote
NITRO
Trooper
 

05-11-13, 21:42 #49
Quote:
Postado por Saico Mostrar Post
Dude, você acha que eu realmente vou argumentar com um cara que defende a Biblia e agora acha uma boa idéia tirar os filhos dele da escola porque "OMG INFLUENCIA"?

Keep trying Bro.
Nesse caso aí eu nem vejo a influência como o maior problema.
Quem tem contato com educação sabe muito bem que os professores estão cada vez mais mal preparados para ensinar. Eu já vi coisas bem bizarras: palavras erradas no quadro, passagem de preconceitos ( o índio não era usado como escravo porque era preguiçoso, etc)

O contato com outras crianças é importante para a formação.
Mas nada impede que os pais estudem em casa com a criança, complementando o que falta na escola.

NITRO is offline   Reply With Quote
Keane
Trooper
 

05-11-13, 21:50 #50
Tem que olhar a origem do problema, por que os colégios são uma merda? Por que muitas vezes os professores trabalham desmotivados com um salário de 2 mil por mês e aguentando os capetas o dia inteiro

Keane is offline   Reply With Quote
Eon
Trooper
 

05-11-13, 22:56 #51
Quote:
Postado por mojud Mostrar Post
Curti o Lamaître, falou que o Papa tava falando merda e o Papa teve que engolir, mas gostei mais ainda pela última frase, afinal qualquer um com o mínimo de inteligência sabe que se vc começar a pensar um pouco, fica difícil sustentar a baboseira da igreja.
Errado, a questão é que na época que ele bolou a teoria ainda havia muita resistência pelo fato dele ser padre, e os discursos do Papa não estavam ajudando nem um pouco. Pra você ver que o preconceito não é de hoje, por mais que o sujeito seja um gênio e brilhante cientista, para alguns a única coisa que conta é a crença do cara.

Ainda no caso do Big Bang houve grande resistência em adotar a teoria também porque ela casava perfeitamente com a descrição bíblica da criação, e os cientistas seculares de então, que já eram maioria, temiam que a teoria do padre lemaitre fornecesse fundamentos científicos para os grupos religiosos. E isso de fato aconteceu.

Ou seja, tudo isso para meio século depois você dar uma de boçal graças ao ensino marxista de lixo que você recebeu, que te ensinou sobre o big bang mas "esqueceu" de mencionar que muito longe de contradizer a minha fé, essa teoria foi barrada e ridicularizada durante anos justamente porque dava munição para os crentes, sendo que de quebra foi um padre que a elaborou e com isso não apenas entrou pra história como calou uma geração de cientistas arrogantes que foram forçados a admitir que estavam errados.

E os judeus e cristãos puderam gritar a plenos pulmões quando se divulgaram as evidências de que o universo havia sido criado num momento específico da história: "IA, IA, IA, A GENTE JÁ SABIA!"

Better luck next time!


Last edited by Eon; 05-11-13 at 23:05..
Eon is offline   Reply With Quote
rini
 

06-11-13, 02:21 #52
Houve resistência na comunidade científica? Qual problema?
Vc acha que a comunidade deveria aceitar prontamente qualquer teoria? Ainda mais vindo de uma pessoa ligada a igreja? Obvio que nao.

Sobre o universo SURGIR em um ponto específico no tempo ("criado" remete a um criador. não foi isso que foi constatado) realmente foi uma boa. Até hoje passa no crivo da ciência. Porém o que isso dá mérito a igreja? As explicações possíveis eram duas: um surgimento em algum momento ou sempre ter existido.

Quer mérito?
Segundo a icar deus sempre existiu. Cadê? Isso seria um "ia ia ia a gente já sabia".

rini is offline   Reply With Quote
mojud
Trooper
 

06-11-13, 03:00 #53
Eon, comecei a ler, mas deu preguiça de terminar...

mojud is offline   Reply With Quote
Eon
Trooper
 

06-11-13, 12:18 #54
Quote:
Postado por rini Mostrar Post
Houve resistência na comunidade científica? Qual problema?
O problema é que essa resistência foi fundamentada sobre o preconceito contra um homem religioso, e não sobre o desejo de conhecer mais sobre o universo por meio da ciência que ele fazia.

Ou seja, muitas vezes as pessoas não são assim tão racionais e progressistas quanto elas gostam de parecer para os outros.

Eon is offline   Reply With Quote
rini
 

06-11-13, 12:39 #55
Quem não é doutrinado pela icar não é perfeito. Isso pode ter acontecido e não me espanta nem um pouco. Apenas espero que não aconteça mais.
Da minha parte por exemplo, tento não ser assim.
A proposição dessa teoria pelo padre não quer dizer que o universo foi criado pela entidade que a icar acredita. É necessário separar o joio do trigo. rs

rini is offline   Reply With Quote
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