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Eon
Trooper
 

Default PEC das domésticas é aprovado no senado

13-03-13, 17:58 #1
http://congressoemfoco.uol.com.br/no...ge-3/#comments

PEC das Domésticas passa pela CCJ do Senado

Proposta que garante aos trabalhadores domésticos os mesmos direitos assegurados aos demais vai para o plenário. FGTS, auxílio-creche e horas extras estão entre as novas conquistas

PEC das Domésticas: parte dos novos direitos vai depender de regulamentação para entrar em vigorPor unanimidade, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou há pouco proposta de emenda constitucional que estende às domésticas os mesmos direitos concedidos aos demais trabalhadores. A chamada PEC das Domésticas assegura aos trabalhadores jornada semanal de 44 horas, com oito horas diárias de trabalho, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), hora extra, auxílio-creche para dependentes de até cinco anos e adicional noturno, entre outros direitos. O texto já foi aprovado pela Câmara e precisa, agora, passar por duas rodadas de votação no plenário do Senado para poder ser promulgado.
Os principais pontos da PEC das Domésticas

O limite da carga horária e o pagamento de hora extra entram em vigor assim que a emenda constitucional for promulgada, ou seja, após ter sua tramitação concluída no Congresso. Também terão validade imediata o reconhecimento das convenções e acordos coletivos, a proibição de reter o salário intencionalmente, além da proibição de diferença nos salários por motivo de sexo, idade ou cor.

Mas a maior parte desses direitos ainda vai depender de regulamentação por meio de lei específica, que ainda será apresentada e discutida no Congresso. É o caso, por exemplo, do acesso ao seguro-desemprego, ao FGTS e ao salário-família, do auxílio-creche e do seguro contra acidentes.

Polêmica

A relatora da proposta, senadora Lídice da Mata (PSB-BA), manteve, inicialmente, o texto aprovado pela Câmara e rejeitou duas emendas apresentadas pelos tucanos Aloysio Nunes Ferreira (SP) e Paulo Bauer (SC). Aloysio queria estabelecer prescrição do direito de o empregado doméstico cobrar eventuais créditos trabalhistas na Justiça. Já Paulo Bauer defendia que a PEC não remetesse a lei específica a garantia da licença de 120 dias para as gestantes.

Em seu relatório, Lídice ressaltou que a Constituição já garante às trabalhadoras brasileiras o período de quatro meses de licença-maternidade. E que a jurisprudência dos tribunais já estabelece limites para a cobrança de eventuais dívidas trabalhistas. A relatora também admitiu que pretendia evitar que, com as mudanças, a proposta retornasse à Câmara, o que retardaria a entrada em vigor da emenda constitucional. Por fim, após apelo de vários parlamentares, a senadora admitiu a sugestão de Bauer como emenda de redação, o que evita o atraso na tramitação da proposta.

Maioria na informalidade

Hoje os trabalhadores domésticos não têm os mesmos direitos assegurados aos demais trabalhadores por não serem regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Segundo o Ministério do Trabalho, há cerca de 7 milhões de trabalhadores domésticos no Brasil. Desses, somente um milhão têm carteira assinada. Dados da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas apontam que a categoria quase duplicou em menos de dez anos, chegando a 9,1 milhões. Ainda de acordo com a entidade, cerca de 80% dos trabalhadores são negros e 94%, mulheres.

Em seu relatório, Lídice da Mata informa que há 410 mil crianças no trabalho doméstico e 1,8 milhão de trabalhadores domésticos recebendo até meio salário mínimo por mês. Segundo a senadora, a emenda constitucional põe um fim a “uma odiosa discriminação” aos empregados domésticos. “Com a presente proposta de emenda à Constituição, felizmente, chega-se ao fim de um ordenamento jurídico que validava diferenças injustificáveis”, ressaltou a relatora.


____________________________________________________________

E assim, com uma simples canetada, o governo risca uma categoria profissional inteira do mapa.

Boa Brazil!!!! rs.





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Sephiroth
Trooper
 

Gamertag: sephitoff PSN ID: alanpk
13-03-13, 18:00 #2
issae

O que vai acontecer é que haverá um boom de agencias de diaristas, que vao pagar uma merreca pras profissionais.
(se bobear as profissionais ainda vão ser contratadas no esquema de PJ - Empresa Individual, por essas agencias)

Ninguem em sã consciencia vai fazer contrato diretamente com empregada doméstica.

Sephiroth is offline   Reply With Quote
Buwem
Trooper
 

13-03-13, 18:02 #3

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Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
13-03-13, 18:04 #4
Que categoria profissional?

Cara eu não posso acreditar que vocês vão criticar essa PEC... na boa, elitismo tem limite, puta que pariu.

Conrado is offline   Reply With Quote
SsjGohan
Trooper
 

13-03-13, 18:08 #5
Foda-se ta passando na globo o novo papa

SsjGohan is offline   Reply With Quote
Buwem
Trooper
 

13-03-13, 18:09 #6

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MdKBooM
Trooper
 

13-03-13, 18:43 #7
Não inclui diaristas.

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Baron
Trooper
 

13-03-13, 18:52 #8
Vai ser mais difícil para empregadas domésticas arrumarem emprego. Vale muito mais a pena ter diarista.

Essa é a coisa mais óbvia do mundo.

Melhor, dá pra ter 2 ou 3 diaristas diferentes para trabalhar na mesma semana, caso a diferença de valores com essa nova lei fique muito grande.

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Hobbes
Trooper
 

13-03-13, 19:01 #9
Quote:
Postado por Sephiroth Mostrar Post
issae

O que vai acontecer é que haverá um boom de agencias de diaristas, que vao pagar uma merreca pras profissionais.
(se bobear as profissionais ainda vão ser contratadas no esquema de PJ - Empresa Individual, por essas agencias)

Ninguem em sã consciencia vai fazer contrato diretamente com empregada doméstica.
Tipo o pessoal de TI? A menos que você faça um freela num contrato "de boca"?

Hobbes is offline   Reply With Quote
jacu
Trooper
 

13-03-13, 19:46 #10
Contratarei uma diarista para cada dia do mês.

jacu is offline   Reply With Quote
Sephiroth
Trooper
 

Gamertag: sephitoff PSN ID: alanpk
13-03-13, 19:59 #11
Quote:
Postado por Hobbes Mostrar Post
Tipo o pessoal de TI? A menos que você faça um freela num contrato "de boca"?
A terceirizaçao em TI tá esfriando, as (grandes)empresas tão notando que vale mais a pena ter a maior parte do efetivo de TI 'de casa'.

Se for o lance de PJ - Empresa Individual, pra TI isso praticamente não existe pois a renda maxima mensal é coisa de 3.000/mes

Empresa Individual foi criada pra basicamente legalizar os camelôs, feirantes, e afins....e agora prevejo que as domésticas vão pro mesmo caminho.

Sephiroth is offline   Reply With Quote
Eon
Trooper
 

13-03-13, 20:06 #12
Ouvi dizer que diaristas serão limitadas a 2 dias por semana pra não configurar vínculo empregatício.

Vai ser a festa das diaristas pelo jeito. rs.

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jacu
Trooper
 

13-03-13, 20:53 #13
Ou seja, em vez de 31 diaristas, só precisarei de 8.

Se eu descontar os finais de semana, só de 6. Acho que consigo viver só com umas 4, não preciso de empregada todo dia.

Jamais contratarei uma doméstica.

jacu is offline   Reply With Quote
Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
13-03-13, 20:59 #14
Vocês estão supondo que é fácil achar diarista que faça o serviço direito, da forma como você precisa, que não quebre nada, e que seja de confiança pra ficar dentro da sua casa enquanto vocês trabalham, né? Pra dizer que vai contratar 2 ou 3 por semana.

Então tá bom.

Conrado is offline   Reply With Quote
SigSnake
Trooper
 

13-03-13, 21:10 #15
Por isso que a agencia de diarista é a melhor opcao, quem responde pelos danos é a PJ e nao a diarista

E outra, é 97x mais dificil encontar uma domestica de confianca que uma diarista de confianca.

SigSnake is offline   Reply With Quote
Buwem
Trooper
 

13-03-13, 21:11 #16

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Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
13-03-13, 21:13 #17
Não é.

E eu já cansei de ver minha mãe brigando com agência de diarista.

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SigSnake
Trooper
 

13-03-13, 21:14 #18
Quote:
Postado por Conrado Mostrar Post
Não é.

E eu já cansei de ver minha mãe brigando com agência de diarista.
BURGUES!

SigSnake is offline   Reply With Quote
Buwem
Trooper
 

13-03-13, 21:31 #19

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pacu
Trooper
 

13-03-13, 21:39 #20
Quote:
Postado por Buwem Mostrar Post
larga mao de ser chorao conrado, nego ta aloprando só pra te incomoda.

pra conseguir 1 diarista ja é um inferno, tao tudo ja comprometida, imagina arrumar 8 heaheaheaheah

pra achar uma que topasse 1x a cada 15 dias (e nao 1x por semana como elas gostam), ja foi foda, tive q arrumar outro cara pra que pegasse ela no dia que eu nao pego
Além de pagar, vcs tem q pegar a diarista? Credo

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Bombastic
The Alpha Male
 

13-03-13, 21:49 #21
PO
aonde q tem agencia de diarista?
cansei de falar com diarista, quero falar com um telefone com alguem q estudou ate a 4a serie

como fas

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Blazed
Trooper
 

13-03-13, 23:38 #22
Droga, papai vai ter que mandar uma das quatro secretarias do lar embora :/

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patrick
Trooper
 

PSN ID: rmferrari Steam ID: rmferrari
14-03-13, 07:06 #23
Legal que enquanto isso a PEC que regulariza a medicina não sai do papel...

E de boa, o serviço de empregada doméstica ta muito ruim pra valer o que vale hoje... Vc por a pessoa na sua casa, ela te rouba, avacalha com tudo tuas coisas e tem todos os direitos do mundo ainda... Na verdade as leis trabalhistas brasileiras hoje são muito distorcidas...

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KurtCobain
Trooper
 

14-03-13, 08:09 #24
A mulher aqui de casa roubou grana, jóia, até cheque meu falsificou a assinatura. Pior que manda embora sem nem falar nada pq se não depois da merda ainda, pq o empregado é sempre beneficiado.

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Sh3lld3r
Trooper
 

Steam ID: sh3lld3r
14-03-13, 08:25 #25
Agora só falta garantir os direitos aos programadores.

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mrxrsd
Trooper
 

PSN ID: mrxrsd_us Steam ID: mrxrsd
14-03-13, 08:28 #26
A PEC 300 não passa também, tudo que mexe no bolso do governo não passa, no nosso sempre passa, só pra fuder...

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user114
.
 

14-03-13, 08:49 #27
haueha véio já nao tem empregada doméstica, nao existe mais empregada doméstica...

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slay
 

14-03-13, 09:23 #28
Quote:
Postado por KurtCobain Mostrar Post
A mulher aqui de casa roubou grana, jóia, até cheque meu falsificou a assinatura. Pior que manda embora sem nem falar nada pq se não depois da merda ainda, pq o empregado é sempre beneficiado.

não não kurt, ai ja é crime

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EviLBraiN
Trooper
 

14-03-13, 15:33 #29
Minha diarista atual quebrou um efeite esta semana, minha sogra tava na casa escutou e foi ver... a mulher já tinha jogado o enfeite no lixo, ficou lah com cara de coolface e não falou nada... Fez q não aconteceu...

E assim se vai a sexta diarista do último ano ( não foi só quebrar e esconder, foi mais até por depois de repetidas orientações ainda não fazer o q era solicitado )...

Sério, não tem mais diarista neste mundo.... Empregada todo dia nunca precisei, mas acredito ser tão ou mais difícil...

Acho certo elas terem registro e tal ( até pq toda minha infancia teve uma mesma empregada em casa e era registrada tudo certo ), mas sei lá... Tá foda hj em dia achar...

Alguém já viu diaristO ou empregadO ? Tava pensando se mudaria algo... ( capaz aí de tomar minhas beras da geladeira... )

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Buwem
Trooper
 

14-03-13, 16:12 #30

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Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
28-03-13, 12:42 #31
Quote:
A revolta da “patroa” Danuza Leão com os direitos das domésticas

Postado em: 26 mar 2013 às 14:03

Tal qual os senhores de escravos do século XIX, que diziam que os negros não poderiam ser libertados, pois seriam entregues à própria sorte, a colunista Danuza Leão argumenta que a PEC das Domésticas na verdade pune tais profissionais, uma vez que, com maiores direitos trabalhistas, como FGTS e adicional noturno, elas serão dispensadas pelas patroas

No século XIX, os escravocratas tinham um discurso na ponta da língua. Negros não podiam ser libertados porque, sem a proteção dos fazendeiros, que, afinal de contas, lhes devam abrigo e alimentação, seriam entregues à própria sorte. Neste domingo, aquele velho discurso ecoou na Folha de S. Paulo, na coluna da escritora Danuza Leão, que já viveu seus dias de glória como socialite.

No texto “A PEC das empregadas”, Danuza escreve sobre o projeto de lei aprovado em primeiro turno pelo Senado Federal, que amplia direitos de tais profissionais, com a exigência de benefícios como o recolhimento de FGTS e o pagamento de FGTS. Ela prevê que o projeto, se não for bem discutido, colocará muita gente no olho da rua, uma vez que as patroas da classe média alta não conseguirão manter o privilégio – que, aliás, não existe em boa parte do mundo civilizado, que Danuza bem conhece.

Recentemente, Danuza já havia escrito que viajar a Paris e Nova York havia perdido a graça, porque havia o risco de dar de cara com o porteiro do prédio (leia mais aqui). Aparentemente, a socialite ainda não se acostumou com um Brasil em que as fronteiras sociais se movem e não são as mesmas do seu tempo.

Leia, abaixo, a coluna de Danuza:

A PEC das empregadas

Essa Pec das empregadas precisa ser muito discutida; como foi mal concebida, assim será difícil de ser cumprida, e aí todos vão perder.

A intenção de dar as melhores condições à profissional, faz com que seja quase impossível que o empregador tenha meios de cumprir com as novas leis; afinal, quem vai pagar esse salário é uma pessoa física, não uma empresa.

Vou fazer alguns comentários sobre as condições -diferentes- em que trabalham as domésticas aqui e em países mais civilizados.

Vou falar da França e dos Estados Unidos, que são os que mais conheço. Lá, quem mora em apartamento de dois quartos e sala, é considerada privilegiada, mas nenhum deles tem área de serviço nem quarto de empregada (costuma existir uma área comunitária no prédio com várias máquinas de lavar e secar, em que cada morador paga pelo tempo que usa); uma família que vive num apartamento desses tem -quando tem- uma profissional que vem uma vez por semana, por um par de horas.

É claro que cada um faz sua cama e lava seu prato, e a maioria come na rua; nessas cidades existem dezenas de pequenos restaurantes, e por preços mais do que razoáveis.

Apartamentos grandes, de gente rica, têm quarto de empregada no último andar do prédio (as chamadas “chambres de bonne”, que passaram a ser alugadas aos estudantes), ou no térreo, completamente separados e independentes da família para quem trabalham.

Essas domésticas -fixas e raras- têm salario mensal, e sua carga horária é de 8 horas por dia, distribuídas assim: das 8h às 14h (portanto, 6 horas seguidas) arrumam, fazem o almoço, põem a casa em ordem. Aí param, descansam, estudam, vão ao cinema ou namoram; voltam às 19h, cuidam do jantar rapidinho (lá ninguém descasca batata nem rala cenoura nem faz refogado, porque tudo já é comprado praticamente pronto), e às 21h, trabalho encerrado.

Mas no Brasil, muitos apartamentos de quarto e sala têm quarto de empregada, e se a profissional mora no emprego, fica difícil estipular o que é hora extra, fora o “Maria, me traz um copo de água?”. E a ideia de dar auxílio creche e educação para menores de 5 anos dos empregados, é sonho de uma noite de verão, pois se os patrões mal conseguem arcar com as despesas dos próprios filhos, imagine com os da empregada.

Quem vai empregar uma jovem com dois filhos pequenos, se tiver que pagar pela creche e educação dessas crianças? É desemprego na certa.

Outra coisa esquecida: na maior parte das cidades do Brasil uma empregada encara duas, três horas em mais de uma condução para chegar ao trabalho, e mais duas ou três para voltar para casa, o que faz toda a diferença: o transporte público no país é trágico. Atenção: não estou dando soluções, estou mostrando as dificuldades.

Na França, quando um casal normal, em que os dois trabalham, têm um filho, existem creches do governo (de graça) que faz com que uma babá não seja necessária, mas no Brasil? Ou a mãe larga o emprego para cuidar do filho ou tem que ser uma executiva de salário altíssimo para poder pagar uma creche particular ou uma babá em tempo integral, olha a complicação.

Nenhum país tem os benefícios trabalhistas iguais aos do Brasil, mas isso funciona quando as carteiras das empregadas são assinadas, o que não acontece na maioria dos casos; e além da hora extra, por que não regulamentar também o trabalho por hora, fácil de ser regularizado, pois pago a cada vez que é realizado? Se essa PEC não for muito bem discutida, pode acabar em desemprego.


Leia, ainda, o texto de Eduardo Guimarães em resposta à Danuza Leão

Danuza Leão é o símbolo vivo de uma elite inculta, egoísta e vil

Há um setor da sociedade que simplesmente não consegue enxergar e aceitar o processo civilizatório em que o Brasil mergulhou após os seguidos desastres administrativos, econômicos e sociais que governos medíocres, vendidos e ladrões lhe impuseram até 2002.

Talvez o mais eloquente símbolo do processo civilizatório em curso no Brasil seja estar se tornando raro famílias de classes média e alta terem “empregadas domésticas” que trabalhem de sol a sol por ninharias que não pagam refeição em um bom restaurante.

Agora, após séculos de verdadeira escravidão a que mulheres e até meninas pobres se submeteram trabalhando nessas condições para famílias de classe social superior, o Congresso criou vergonha e estendeu aos trabalhadores domésticos os direitos de todos os outros.

Um dos muitos avanços sociais para a maioria empobrecida do nosso povo que os governos Lula e Dilma vêm proporcionando está na raiz do ódio que a elite tem deles, pois acabou a moleza de madames como a colunista da Folha de São Paulo Danuza Leão terem escravas.

Eis que a socialite-colunista, que já andou vertendo seu ódio de classe devido à conquista dos aeroportos e viagens internacionais pelas classes “inferiores”, agora se revolta com os direitos trabalhistas serem estendidos também às “domésticas”.

Para tanto, como bem anotou o site Brasil 247, a socialite-colunista se valeu dos “argumentos” que há mais de século os escravocratas brasileiros usaram para manter este país como o único em que persistia a escravidão de negros.

Os escravocratas diziam que se os negros fossem libertados, seriam os principais prejudicados porque não conseguiriam se sustentar sem a “proteção” do senhor de escravos.

Agora, uma centena e tanto de anos depois, a colunista da Folha diz que dar direitos trabalhistas a domésticas seria ruim para elas porque, dessa forma, não conseguirão emprego.

Essa mulher é colunista do dito “maior jornal do país”. Espanta como alguém tão desinformada pode ter espaço em um veículo de projeção nacional para provar por escrito sua ignorância desumana.

Danuza é o retrato de uma elitezinha minúscula, iletrada, desinformada, egoísta, racista, sonegadora e pervertida. A sua diarreia mental na Folha deste domingo (texto acima) não me deixa mentir.

No Brasil, com a revolução social da década passada – desencadeada a partir de 2004 – há cada vez menos pessoas dispostas a realizar trabalhos domésticos, sobretudo devido à falta de direitos trabalhistas e aos salários de miséria que gente como Danuza quer pagar para ser servida 24 horas por dia em troca de alguns trocados, um prato de comida e uma cama.

Se a elite que Danuza simboliza não fosse tão desinformada, iletrada, delirante e egoísta, saberia que o IBGE vem detectando que é cada vez menor o número de pessoas dispostas a atuar em tarefas domésticas.

No ano passado, por exemplo, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, apenas 6,6% dos brasileiros atuaram em serviços domésticos. Foi o resultado mais baixo desde 2003.

Danuza tenta preservar a escravidão no Brasil usando um argumento vazio, como se vivesse na época de seu ídolo Fernando Henrique Cardoso. Ela não sabe que a escassez de trabalhadores domésticos elevou o poder de barganha deles

Os salários dos empregados domésticos crescem sem parar desde 2003 e o nível de formalização (carteira assinada) é hoje o mais alto da história.

Nos últimos 12 meses, o salário médio de uma empregada doméstica aumentou 11,83%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial de inflação do País, também apurado pelo IBGE.

Segundo o coordenador da pesquisa do IBGE, “Por causa da oferta baixa e da demanda crescente o preço das empregadas domésticas chegou num patamar em que muitas famílias estão abrindo mão do serviço todos os dias e optando por ter uma empregada duas vezes por semana, por exemplo, para não configurar um vínculo”.

Segundo o estudo, “A mudança na situação do mercado de trabalho doméstico foi sustentada por dois motivos: aquecimento na criação de postos de trabalho e melhora na educação do trabalhador. Esses fatores fizeram com que os trabalhadores domésticos conseguissem migrar para outros ramos de atividades”.

Mais dados da PME, do IBGE: “Entre 2003 e 2012, o porcentual de trabalhadores analfabetos ou com até oito anos de estudo recuou 15,5%. Já a quantidade de profissionais com 8 a 10 anos de estudo aumentou 27,7%, enquanto a parcela dos profissionais cresceu 139,4% no período”

A quantidade de trabalhadores domésticos, por conta disso, vem caindo, em média, 2,7% ao ano.

O coordenador da pesquisa do IBGE ainda explica que “Com a melhoria da educação e oportunidade de trabalhar em outros nichos, as trabalhadoras estão conseguindo se inserir principalmente nos serviços prestados a empresas, uma parte mais voltada para terceirização”.

Já o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho explica que “Em geral as pessoas não gostam de ser empregadas domesticas. Sempre que possível elas deixam essa profissão”. E as razões disso, a diarreia escrita de Danuza explica.

E o pior do texto dessa senhora é quando tenta fazer uma analogia entre os serviços domésticos no Brasil e nos países ricos.

A pesquisa do IBGE mostra que a mudança na estrutura do emprego doméstico no Brasil o tornará mais europeizado e americanizado. Segundo os pesquisadores do IBGE, “Em países de economia mais madura ter um trabalhador doméstico todos os dias da semana é considerado luxo. Quem trabalha no setor, por sua vez, se especializa e, obviamente, cobra mais”.

Minha filha Gabriela (26) vive há quatro anos em Sydney, na Austrália. Para pagar os estudos trabalhou como babá, ganhando o equivalente a 7 mil reais por mês, viajando ao exterior toda hora, comprando carro e trabalhando apenas seis horas por dia.

Nos países civilizados, empregados domésticos fazem muitas exigências e recusam vários serviços, como recolher roupas íntimas usadas e imundas que socialites deixam no box do banheiro e outras humilhações.

“A tendência é haver pessoas especializadas em serviços domésticos. Não vamos ter analfabeto fazendo esse trabalho, como era no passado. Teremos pessoas com mais escolaridade nessa função com uma remuneração mais elevada”, diz o economista Barbosa Filho.

Danuza, que como toda madame fútil quer se mostrar uma “expert” nas condições sociais e econômicas de países ricos, viaja a eles e não consegue entender o que vê. Assim, escreve as cretinices desinformadoras que escreveu naquele que se diz “maior jornal do Brasil”.

Brasil 247
http://www.pragmatismopolitico.com.b...omesticas.html

Conrado is offline   Reply With Quote
Gerson
Trooper
 

28-03-13, 12:50 #32
Quote:
Há um setor da sociedade que simplesmente não consegue enxergar e aceitar o processo civilizatório em que o Brasil mergulhou após os seguidos desastres administrativos, econômicos e sociais que governos medíocres, vendidos e ladrões lhe impuseram até 2002.
Esse tipo de coisa tira a credibilidade do texto. Chamar plano real de desastre administrativo e econômico? Tava indo tão bem.

Gerson is offline   Reply With Quote
leiden
Trooper
 

Steam ID: olhonolance
28-03-13, 12:55 #33
Quote:
Postado por Bombastic Mostrar Post
PO
aonde q tem agencia de diarista?
cansei de falar com diarista, quero falar com um telefone com alguem q estudou ate a 4a serie

como fas
(1)
se alguem souber de uma boa pra recomendar em sp, agradecido fico

leiden is offline   Reply With Quote
Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
28-03-13, 12:58 #34
Quote:
Postado por Gerson Mostrar Post
Esse tipo de coisa tira a credibilidade do texto. Chamar plano real de desastre administrativo e econômico? Tava indo tão bem.
Onde você leu "plano real"? Ou onde você leu "todos"?

Conrado is offline   Reply With Quote
Ted
Trooper
 

Gamertag: MassahudDS PSN ID: massahud Steam ID: massahud
28-03-13, 13:02 #35
O que fizeram foi que o cidadão comum tem obrigação de empresa mas nenhum das bonificações.
Vai aumentar o número de diaristas, pois vai aumentar o número de domesticas sem emprego.

Ted is offline   Reply With Quote
K o R n
Trooper
 

28-03-13, 13:55 #36
A minha diarista continuará mais diarista do que nunca! E vamo que vamo Brasil! iiiiihaaaaa

K o R n is offline   Reply With Quote
Gerson
Trooper
 

28-03-13, 14:02 #37
Quote:
Postado por Conrado Mostrar Post
Onde você leu "plano real"? Ou onde você leu "todos"?
Você leu o quote que coloquei?

Quote:
Há um setor da sociedade que simplesmente não consegue enxergar e aceitar o processo civilizatório em que o Brasil mergulhou após os seguidos desastres administrativos, econômicos e sociais que governos medíocres, vendidos e ladrões lhe impuseram até 2002.

Gerson is offline   Reply With Quote
Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
28-03-13, 14:02 #38
Eu li, e você?

Conrado is offline   Reply With Quote
Gerson
Trooper
 

28-03-13, 14:06 #39
Bom, fico feliz de saber que me enganei. O governos que resolveram um problema de 2.400% de inflação ao ano certamente não são, no mínimo, desastres econômicos.

Ele deve tar falando do Collor, do Sarney, do Itamar, da ditadura.

Gerson is offline   Reply With Quote
Zedd
Trooper
 

28-03-13, 14:08 #40
Que comparação fraca essa do TI com a de diarista
TI a empresa tem 'problemas recorrentes': mesma tecnologia, mesmos horários de pico, mesmos gargalos, mesmos deadlines, etc. recorrentemente. É óbvio que é melhor ter o mesmo profissional 'de casa' lidando com os problemas novos tendo a experiência dos passados

Diarista, desculpem se parece babaquice elitista, pode nunca ter visto o lugar na vida e o trabalho vai ser essencialmente o mesmo


Sobre essa coisa do 'troca doméstica por diarista', não é bem assim. Tem caso em que é impossível. Aquelas domésticas que fazem o trabalho de 'cudiador' de idoso, por exemplo. Você vai realmente fazer um rodízio de 20 pessoas diferentes (e deixar o idoso desacompanhado outros 10 dias por mês) pra poupar sei lá quantos % no final do mês?

Zedd is offline   Reply With Quote
Buwem
Trooper
 

28-03-13, 14:19 #41

Buwem is offline   Reply With Quote
Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
28-03-13, 14:22 #42
vei uaeuhaehueh o texto é gigante e voces ficam de mimimi por causa de um parágrafo e por causa do SITE (que nem é o autor do texto, mas sim o site www.brasil247.com.br)

eu tenho dó

Conrado is offline   Reply With Quote
Gerson
Trooper
 

28-03-13, 14:28 #43
Só falei que esse tipo de argumento tira ou pelo menos diminui muito a credibilidade do texto. Se tu também acha que todos os governos antes do PT foram um desastre, de boa, beleza.

Gerson is offline   Reply With Quote
Baron
Trooper
 

28-03-13, 14:59 #44
O extermínio das empregadas domésticas

Perdoem o sensacionalismo do título, mas é um fato: as empregadas domésticas entrarão em extinção, e por um motivo ruim. O motivo bom para a extinção das domésticas seria se pessoas que trabalharam ou consideram trabalhar como domésticas tivessem ofertas de trabalho melhores e mais bem remuneradas. Nesse caso, elas demandariam salários muito altos para trabalhar como domésticas; salários além das possibilidades da maioria dos domicílios. E assim o serviço doméstico seria gradualmente extinto, restringindo-se aos muito ricos. É algo que vem, aos poucos, acontecendo.
O motivo ruim para a extinção das domésticas se dá quando, embora muitas pessoas queiram trabalhar como domésticas e não tenham alternativas de emprego melhores, existe algo que as proíbe de fazê-lo. E é isso que quero discutir aqui. Os responsáveis por criar esse impedimento a um trabalho honesto são, como não poderia deixar de ser, nossos políticos, bem como sindicalistas e todos aqueles que defendem a ideia para lá de perniciosa dos direitos trabalhistas.

Muitos estão celebrando a recente conquista trabalhista brasileira: a extensão de FGTS e hora extra para empregadas domésticas (a qual aguarda aprovação do Senado). Foi uma grande vitória para as leis trabalhistas nacionais, e uma grande derrota para os brasileiros; empregadas inclusive. Vou analisar aqui os efeitos dessas duas mudanças legais. Mas enuncio já o problema de fundo: o estado é capaz de aumentar o preço de um serviço; mas não é capaz de aumentar de seu valor.

FGTS

O FGTS funciona quase como um fundo de investimento; isto é, um fundo com rendimentos baixíssimos, não raro inferiores à inflação, e que obriga seus depositantes a manter o dinheiro lá. Sua justificativa é que ele funciona como uma proteção ao trabalhador em caso de desemprego. Implícita aí está a premissa de que o trabalhador é burro demais para poupar por conta própria.

Claro que, quando deseja poupar parte de seu salário para se proteger de eventualidades futuras, qualquer trabalhador pode abrir uma conta bancária (como aliás várias empregadas já fazem; a minha está entre essas) e aplicar seu dinheiro a um retorno superior ao do FGTS. Quem ganha nessa história? Para o empregador, dá na mesma: o que ele paga de FGTS ele deixa de pagar em remuneração. A única diferença é que a vaga de emprego é ofertada a um salário básico menor. O valor que o empregador estaria disposto a desembolsar, que antes virava integralmente salário (dividido desigualmente por conta da obrigação de décimo terceiro e férias), agora divide-se entre salário e FGTS. Parte do que poderia ir para o bolso da empregada ficará nas contas do governo.

O trabalhador perde: parte de seu salário lhe é alienada e sub-remunerada. Já o governo... esse ganha! E aí está a explicação do FGTS. A Caixa Econômica Federal brinca de fazer investimento com o dinheiro do fundo, levando adiante as ambições do governo para o país e ajudando megaempresas público-privadas, segundo critérios políticos, e sem gerar retorno. Outra parte é usada para alimentar a bolha imobiliária criada e insuflada pelo governo. Um fundo de baixíssimo retorno e baixíssima liquidez; e um banco salvo do risco de corrida bancária, sem obrigação de dar retorno a seus "clientes". Tudo o que a Caixa ganha nessa conta (a diferença entre a remuneração que ela dá e a remuneração que o mercado daria por esse dinheiro) ela tira dos salários dos trabalhadores. As empregadas só têm a lamentar: serão agora obrigadas a ceder dinheiro para esse golpe financeiro do estado.

O FGTS supostamente se justifica porque os trabalhadores não poupariam por conta própria. Por que não? Os trabalhadores são perfeitamente capazes de poupar por conta própria. E para os psicologicamente incapazes de tomar essa decisão, que melhor escola de prudência do que aprender na prática? A existência do FGTS infantiliza o trabalhador, sem em nada ajudar a melhorar as supostas falhas de caráter generalizadas que visa compensar. Ao tirar de suas mãos a decisão de poupar, o FGTS garante que o bom hábito nunca será criado.

Sem falar que, em muitos casos, gastar todo o salário agora pode realmente ser a melhor decisão para um trabalhador; se ele quer um móvel ou um eletrodoméstico agora, ou se quer ir ao bar com o dinheiro que ganhou honestamente, quem negará a ele esse direito? Para gerações acostumadas a inflação alta, confisco, instabilidade institucional e irresponsabilidade fiscal, o mais razoável é mesmo gastar o máximo possível agora e não poupar; sabe lá quanto o dinheiro valerá no ano seguinte. É esse o efeito moral da intervenção do estado.

Hora Extra

O caso da hora extra é ainda mais complicado. Primeiro porque o impacto dela no custo de se contratar uma empregada é muito pesado. Segundo estimativas conservadoras, seria um aumento de pelo menos 45%. A princípio, isso não traria grandes problemas; bastaria o patrão reduzir o salário base. Claro que essa mudança não viria sem custos; dada a baixa educação do setor, pode demorar um tempo para se difundir a informação de que, com as horas extras contabilizadas, um salário muito menor resultaria na mesma remuneração final. Muitas se negariam a trabalhar pelos novos salários antes de se dar conta disso. A difusão de informação também tem custos.

O problema maior dessa redução do salário é que em muitos casos, para manter a mesma remuneração final, empregadores teriam de reduzi-lo a um valor inferior ao salário mínimo, o que é proibido. Assim, o resultado é que o custo de se contratar uma empregada doméstica efetivamente aumentará; resultado especialmente válido para as faixas inferiores de remuneração — ou seja, para os domicílios de classe C que recentemente vêm contratando empregadas. Na margem, a demanda pelo serviço doméstico cairá. Casas ficarão mais sujas, mulheres e homens (mas especialmente mulheres) trabalharão menos fora de casa e/ou terão menos tempo de lazer; e mulheres pobres desejosas de uma oportunidade de trabalho que demande baixíssima qualificação terão mais dificuldade em encontrar um patrão. Sua pobreza será mais duradoura. Todos saem perdendo.

Esse não é o único efeito nocivo de se instituir a hora extra. A novidade modifica profundamente a relação de trabalho em si. Pois neste setor é comum que os horários sejam flexíveis, e que a remuneração não se dê precisamente pelo número de horas. Isso não quer dizer que não existam remunerações diferentes para uma empregada que fique 6 horas diárias no serviço e outra que more na casa do patrão. É bem sabido por qualquer um que queira contratar uma empregada que é preciso pagar mais por uma que se disponha a dormir na casa. É a pergunta mais básica na hora de conseguir alguém: é pra dormir? Se sim, sai mais caro (ou é mais difícil encontrar quem tope, o que redunda na mesma coisa; pois aquelas que "não podem" aceitaria dormir na casa dos patrões por um certo preço). O mercado já encontrou, portanto, soluções para remunerar o valor adicional gerado por aquelas que ficam mais tempo no serviço; e essas soluções levam em conta a flexibilidade e a fluidez inerentes à função. Em que outro trabalho há tal flexibilidade com horário de chegada e de saída, ou com saídas e ausências para resolver problemas pessoais? Com férias longas e possibilidade de se escolhê-las livremente?

Impor a hora extra é um golpe particularmente nefasto porque quebra a relação de confiança na qual o trabalho de empregada doméstica se dá: ele deixa de ser um trabalho no qual favores podem ser dados de parte a parte e se transforma numa relação calculista, num cabo de guerra em que uma parte busca tirar mais da outra dando o mínimo possível. Patrão e empregado tornam-se inimigos. A realidade das piores relações virará, aos poucos, a regra para todas. Como sempre, é via legislação trabalhista que a luta de classes — pesadelo alimentado por esquerdossauros de gabinete — vira realidade.

Lei trabalhista como criadora da luta de classes

O mecanismo que instaura essa luta é simples. Ao aumentar a remuneração obrigatória de uma função, o estado cria uma disjunção falsa na mente da maioria dos empregados: "se eu não estou recebendo tudo o que a lei demanda, ainda que eu tenha concordado plenamente com os termos do contrato, estou sendo explorado". Como o estado é dotado de uma aura mágica e onisciente na cabeça de muita gente, seus ditames são vistos como expressão de um ideal possível, de uma realidade objetiva que deveria vigorar, e que se não vigora é porque alguém está sendo canalha. O que ele não percebe é que a lei, ao alterar a remuneração legal de um determinado trabalho, não altera o valor que aquele trabalho gera.

A pergunta que fica obscurecida, mas que deveria ser feita, é: será que meu trabalho vale o quanto quero ganhar? Será que alguém estaria disposto a pagar, voluntariamente, o salário que quero receber? Se não, pode ter certeza que nenhum governo do mundo conseguirá obrigar um patrão a lhe contratar pelo que você quer ganhar; tudo que o estado consegue fazer é impedir que esse patrão lhe contrate por um valor inferior a esse, mantendo-lhe no desemprego ou na informalidade. A medida estatal destrói possibilidades de contratação sem criar nada em seu lugar.

Não se sabe ao certo se os custos ficarão, de fato, proibitivos, pois ainda não se definiu como a hora extra será calculada e remunerada no caso das empregadas. Talvez a solução encontrada para não arruinar o setor seja torná-las algo muito leve. Nesse caso, assim como em todos os outros, vale a mesma regra: a lei trabalhista, na exata medida em que deixa de ser perversa, torna-se inócua. Ela é incapaz de aumentar salários; ela pode, no melhor dos casos, proibir remunerações abaixo do que o mercado já pratica, e assim não causar grandes danos.

O valor do salário

Há um dado da economia que é muito difícil para a maioria aceitar pois temos enraizada a noção de que todo mundo merece, por desempenhar uma função qualquer, uma remuneração que o permita se sustentar com dignidade. Infelizmente, tal concepção, embora fruto de um desejo nobre, seria catastrófica se levada a sério. Pois um trabalho ajuda a sociedade a viver melhor se ele produz valor; o mero tempo ou esforço gastos, em si mesmo, não trazem benefício algum. A remuneração ao trabalhador no mercado corresponde ao valor que seu trabalho cria, e apenas isso. O valor de um determinado trabalho é determinado pela capacidade desse trabalho de ser usado, direta ou indiretamente, para satisfazer a desejos e necessidades dos demais participantes do mercado.

Quem cria valor, recebe valor. O mercado — isto é, as pessoas que transacionam umas com as outras — não remunera horas de trabalho, não remunera os ATPs gastos com atividade física, não remunera o esforço mental, e não remunera nem mesmo o mérito e a dedicação; remunera a criação de valor. Todas essas outras coisas são remuneradas apenas na medida em que ajudam na criação de valor.

Desse princípio, segue-se que, quanto mais unidades de um bem ou serviço estão disponíveis, menor é o valor de cada uma dessas unidades. Se houvesse apenas uma pessoa na cidade capaz de limpar o chão, a remuneração dela seria altíssima, pois todos disputariam seus serviços com unhas e dentes. Se houver muitas — e há, posto que essa tarefa não exige habilidades ou conhecimentos incomuns — a remuneração de cada uma será baixa, pois é uma função cuja oferta está sobrando e que, a bem da verdade, eu mesmo poderia fazer se gastasse um pouco do meu tempo de lazer.

Como os salários das domésticas têm subido

É bem sabido que vivemos em uma época de crescente escassez relativa de empregadas, e que os salários vêm, por causa disso, subindo bastante. Sobem da única maneira que salários podem subir: pelo aumento do valor gerado pela mão-de-obra. Para as condições atuais, o salário que se pagava nos anos 90 não dá mais para contratar uma empregada. A mão-de-obra brasileira é mais produtiva do que era naquela época. O comércio e os serviços em geral demandam muitas mulheres que poderiam trabalhar como domésticas. Ao mesmo tempo, muitas pessoas em ascensão econômica agora querem, elas também, contratar empregadas. "É uma questão de oferta e demanda. Se há menos trabalhadores disponíveis, o custo desse serviço cresce." Se um pesquisador do IBGE é capaz de dizer isso, o Brasil ainda tem jeito! A lei trabalhista não tem nada a ver com o aumento dos salários.

É verdade que alguns trabalhadores se privilegiam dessas leis no curto prazo: aqueles cuja remuneração estava abaixo de seu potencial, que ainda não se deram conta de que há pessoas dispostas a contratá-los por preços mais altos. Esses continuarão contratados e terão um aumento salarial. Mas pensem: a alta rotatividade do setor de domésticas, em que muitas largam um emprego pouco tempo depois por encontrar uma alternativa melhor, indica que esse problema de sub-remuneração não deve ser muito duradouro. A tendência de alta dos salários prova o meu ponto. Se os salários estão subindo, é porque os trabalhadores estão conseguindo elevar sua remuneração; ou seja, ou estão mudando de empregador ou negociando termos melhores com o mesmo empregador. Seja como for, sua remuneração não está encontrando obstáculos para subir e chegar a seu valor potencial.

Já os malefícios são de longo prazo, quiçá permanentes. Todos cuja produtividade é inferior à remuneração mínima exigida pela lei (que leva em conta salário mínimo e todas as demais exigências) serão, com o tempo, demitidos e/ou não encontrarão emprego. As menos instruídas, com menos experiência e com menos habilidades terão muito mais dificuldade em encontrar quem as empregue. A governanta de décadas, que cozinha maravilhosamente e basicamente gere a casa, continuará encontrando demanda: sua remuneração atual já é maior do que o mínimo legal a ser estabelecido neste ano. Já a iniciante, analfabeta, que não sabe fritar um bife e mistura roupas brancas e coloridas na máquina, essa encontrará um mercado muito mais hostil; pois quem pagará mais de R$1.200,00/mês por seus serviços?

Sua alternativa é manter-se no setor informal, recebendo algo mais próximo de seu valor de mercado. Quem sabe, no futuro, ela consiga usar isso em sua vantagem em um processo trabalhista contra a patroa? O estado desempenha nesse caso o papel de agente corrosivo das relações de confiança das quais o mercado defende. Novamente, somos confrontados com o caráter imoralizante de sua influência.

O fim do serviço doméstico não é algo bom?

O serviço doméstico é alvo de muito preconceito nos meios esclarecidos. Não sei por quê. Ele sempre foi, e continua sendo, uma oportunidade de ascensão social para mulheres pouquíssimo qualificadas, e que não tiveram oportunidade de educação. É, inclusive, um caso muito interessante de discriminação pró-mulher; pelo menos por enquanto. Os empregadores preferem empregadas mulheres, e provavelmente só aceitariam um homem no serviço se fosse por um salário consideravelmente mais baixo. Por uma série de motivos (que podem ser reais ou fruto do preconceito, cabe a cada um decidir por si), a maioria das pessoas se sente mais à vontade deixando uma mulher cuidar de sua casa, o que envolve deixar alguém que (inicialmente) não é íntimo lidar com diversos âmbitos da intimidade dos patrões. Sendo assim, ele funciona como meio de ascensão social específico para as mulheres das classes mais pobres.

Muitos lamentam os salários baixos e o baixo grau de instrução de muitas empregadas. Mas o emprego doméstico não é a causa de nada disso; ele é parte da solução! Garanto que o leitor conhece casos de empregadas que vieram de contextos paupérrimos e cujos filhos hoje gozam de uma qualidade de vida superior à da mãe quando criança. Há até muitas empregadas que contratam empregadas e/ou diaristas para suas casas.

O valor do serviço doméstico advém da própria natureza da sociedade humana e do sistema de mercado. O valor que um membro de um domicílio de classe média gera trabalhando fora de casa é maior do que o custo de se pagar uma empregada para fazer o serviço doméstico. Ele valoriza mais o tempo de lazer do que o salário que a empregada demanda. A empregada, por outro lado, valoriza mais o salário que ganha ali do que o tempo livre que teria se não tivesse essa função; sua qualidade de vida cairia muito sem essa fonte de renda. Via de regra, tudo o mais considerado, ela ganha mais ali e tem um trabalho mais seguro e menos demandante do que em qualquer outra ocupação a que ela poderia ter acesso; a prova é que ela está lá. Quando melhores oportunidades surgirem, ela se vai.

"Mas no Primeiro Mundo esse negócio de empregada não existe!" É verdade. E essa verdade se deve a dois motivos, conforme enunciei no início do artigo: um bom e outro mau. Vejam: em países mais ricos, onde o valor criado por cada trabalhador é, em média, alto, é muito caro contratar uma empregada. Para aceitar trabalhar em uma casa, então, os trabalhadores exigirão um valor maior do que a maioria dos patrões está disposta a pagar. Esse é um desenvolvimento natural e que está, inclusive, em curso no Brasil.

Mas essa história tem também um lado mais sombrio. Afinal, bem se sabe que há uma classe baixa, tanto de imigrantes como de nativos, com baixa produtividade e com desemprego crônico morando nas periferias europeias. Ora, será que muitos profissionais de classe média alta europeus e americanos não adorariam ter empregadas domésticas como as que temos no Brasil? Arrisco que sim. Então por que todo esse desemprego? Será que os desempregados pobres se negam a desempenhar esse tipo de função "inferior"? Provavelmente. Mas eles não precisam engolir o próprio orgulho e trabalhar para sobreviver? Não.

O estado de bem-estar de países ricos garante a todos, mesmo a quem não trabalha, um padrão de vida relativamente alto, de modo que trabalhar não é mais uma necessidade. Há todo um filão do jornalismo de tabloide britânico que se dedica a expor os casos escandalosos — e também hilários — de famílias de gerações de desempregados, totalmente irresponsáveis e perdulários, cuja irresponsabilidade, ao invés de ser desestimulada, é premiada.

O Brasil, supostamente, também tem uma malha de proteção de social, só que nossos serviços e garantias estatais são ruins, o que não é uma surpresa. O estado não gera riqueza; ele apenas suga parte da riqueza produzida na sociedade. Assim, se a sociedade da qual o estado suga seus recursos for rica — isto é, se ela tiver alta concentração de capital físico e humano — então o estado poderá prover serviços generosos e de alta qualidade. Se a sociedade for pobre, o estado terá serviços precários e os benefícios por ele concedidos serão poucos. Quase todos os países pobres do mundo são welfare states, e isso não os faz menos pobres. A consequência disso para nós é que, enquanto o pobre europeu pode basicamente se recostar, o pobre brasileiro tem que se virar; quase nada está garantido para ele. E é por isso que a jovem pobre no Brasil aceita trabalhar de empregada e a jovem inglesa prefere ficar em casa e comprar um tablet. Assim, dada nossa realidade social, faz todo o sentido que mulheres com pouca formação procurem, entre outras atividades, a de empregada.

A solução do mercado

Felizmente, o mercado sempre encontra meios de burlar as ineficiências e pesos mortos criados pela intervenção estatal. Assim como, no meio empresarial, a legislação trabalhista praticamente obriga as empresas a pagar por serviços de PJ ao invés de contratar formalmente um funcionário, também no setor das domésticas vem ganhando peso a função da diarista para trabalhos específicos. Esse processo é em parte independente das leis trabalhistas: com o encarecimento da mão-de-obra, serviços especializados com tempos estritamente determinados tornam-se mais vantajosos. Não dá para pagar uma mulher para ficar o dia todo em casa, grande parte do tempo apenas de stand-by caso alguém precise de algo. Mas dá para pagar para essa mesma mulher passar uma hora produtiva dentro da casa toda semana. As leis trabalhistas, contudo, aceleram esse processo de mudança, tornando-o mais rápido do que deveria ser. Graças a elas, esse processo se dará um pouco antes de muitas mulheres terem conseguido encontrar alternativa melhor no mercado de trabalho.

Esse é provavelmente o novo paradigma ao qual os brasileiros se habituarão. Uma realidade com um pouco menos de lazer e um pouco menos de possibilidades para trabalhadoras pobres e pouco qualificadas, mas na qual, ainda assim, ambos os lados conseguem se beneficiar mutuamente.

A outra parte da solução é nossa velha e conhecida informalidade, que deve continuar a vigorar em muitos casos. É uma opção de risco para o empregador, mas que, num mercado como o das domésticas, em que a confiança pesa muito, continua fazendo sentido para muitos. Ao contrário do que se diz, não há problema absolutamente nenhum na existência do trabalho informal. O problema, como tentei mostrar, são as leis que criam a necessidade da informalidade.

http://mises.org.br/Article.aspx?id=1497



Salário mínimo, estupidez máxima

Em um livre mercado, a demanda sempre será em função do preço: quanto maior o preço, menor a demanda. O que é surpreendente para a maioria dos políticos é que essas regras valem igualmente tanto para os preços quanto para os salários. Quando os empregadores avaliam suas necessidades de capital e mão-de-obra, o custo é um fator primordial. Quando o custo de se contratar mão-de-obra pouco qualificada aumenta, vários empregos serão liquidados. Não obstante tudo isso, aumentos do salário mínimo sempre são vistos como um ato de benevolência governamental. Nada poderia estar mais distante da verdade.

Quando algum encanamento da nossa casa entope, qual o procedimento padrão que normalmente seguimos? Fazemos um levantamento de preços com vários bombeiros hidráulicos e contratamos aquele que tem o melhor preço. Se todos os preços forem altos, a maioria de nós irá preferir pegar uma chave inglesa e uma soda cáustica, e fazer o serviço por conta própria. O mercado de trabalho funciona da mesma forma. Antes de contratar outro empregado, o empregador precisa estar certo de que esse novo empregado irá trazer um acréscimo de produtividade que exceda esse custo suplementar (o qual inclui não apenas o salário, mas todos os encargos sociais e trabalhistas.) [Para ver os números do Brasil, clique aqui].

Assim, se um trabalhador pouco qualificado for capaz de contribuir com apenas $6 por hora em termos de aumento de produtividade, tal indivíduo estará desempregado caso o salário mínimo seja fixado em $7,25 a hora.

Os trabalhadores pouco qualificados precisam lutar pelo dinheiro do empregador. E para isso eles têm de disputar tanto com os trabalhadores qualificados quanto com o capital (o maquinário). Por exemplo, se um trabalhador qualificado cobra $14 a hora para fazer um serviço que dois trabalhadores menos qualificados cobram $6,50 cada, seria economicamente sensato um empregador contratar a mão-de-obra menos qualificada. Entretanto, se o governo aumentar o salário mínimo para $7,25 a hora, esses trabalhadores menos qualificados serão "precificados para fora" do mercado de trabalho.

É exatamente por causa dessa dinâmica que os sindicatos são ferrenhos defensores das leis do salário mínimo. Embora nenhum de seus membros receba o salário mínimo, a lei ajuda a protegê-los da concorrência dos trabalhadores menos qualificados. (Sindicato nada mais é do que isso: um cartel protegido pelo estado e que expulsa do mercado de trabalho aqueles trabalhadores menos qualificados - ao mesmo tempo em que utiliza a retórica da proteção aos desfavorecidos.)

Os empregadores também têm a opção de empregar máquinas ao invés de pessoas. Por exemplo, um empregador pode contratar uma recepcionista ou investir em um sistema de atendimento automatizado. Ele fará o que for menos custoso. Assim, da próxima vez que você estiver gritando obscenidades ao telefone enquanto tenta dialogar com um computador, você já sabe em quem colocar a culpa por sua frustração.

Há vários outros exemplos de empregadores que substituem a mão-de-obra humana pelo maquinário simplesmente porque o salário mínimo deixou os trabalhadores menos qualificados pouco competitivos. Por exemplo, nos aeroportos, os carregadores de mala foram substituídos pelos carrinhos de mão (embora aqueles ainda existam informalmente). A principal razão por que os restaurantes fast-food utilizam pratos de papel e utensílios de plástico é para não ter de contratar pessoas para lavá-los.

Como resultado, muitos daqueles trabalhos que exigiam pouca qualificação e que costumavam ser o primeiro degrau da escada do mercado de trabalho foram exterminados do mercado. Você consegue se lembrar da última vez que um lanterninha o conduziu até seu assento em um cinema escuro? Qual foi a última vez que alguém - além do indivíduo que fica no caixa - não apenas empacotou suas compras no supermercado, mas também as levou até seu carro? Por falar nisso, não demorará muito para que os próprios caixas sejam "precificados para fora" do mercado e substituídos por scanners automáticos, fazendo com que você tenha de empacotar suas comprar sem qualquer ajuda. Você pode até ser capaz disso, mas e as pessoas de mais idade?

O desaparecimento desses empregos traz consequências econômicas e sociais mais amplas. Os primeiros empregos que conseguimos são um meio de aperfeiçoarmos nossas habilidades, de modo que trabalhadores menos habilidosos possam adquirir experiência e, com isso, oferecer maior produtividade para seus empregadores atuais ou futuros. À medida que suas habilidades aumentam, o mesmo ocorre com sua capacidade de obter salários maiores. Entretanto, remova o degrau mais baixo da escada do mercado de trabalho e muitos nunca mais terão a chance de subir nela.

Portanto, quando você mesmo tiver de abastecer seu carro em um posto sob chuva, não pense apenas naquele adolescente que poderia estar fazendo isso pra você; pense também no mecânico que ele poderia ter se tornado, caso as leis do salário mínimo não lhe tivessem negado um emprego. Vários mecânicos de automóveis aprenderam segredos de seu ofício quando trabalhavam como frentistas. Entre uma abastecida, uma lavagem e uma calibragem de pneus, eles passavam boa parte de seu tempo auxiliando os mecânicos e aprendendo com eles. Isso vai acabar.

Como o salário mínimo impede que muitos jovens (inclusive um número desproporcional de minorias) consigam empregos básicos, eles nunca poderão desenvolver as habilidades necessárias para aspirar a empregos que paguem melhores salários. Como consequência, vários recorrem à criminalidade, enquanto outros recorrem ao assistencialismo governamental.

Defensores do salário mínimo argumentam que é impossível sustentar uma família quando se vive apenas com um salário mínimo. Sim, é verdade. Mas isso é totalmente irrelevante, pois os empregos que pagam salário mínimo não foram feitos para sustentar uma família.

O certo seria que as pessoas optassem por não iniciar uma família até que estivessem ganhando o suficiente para sustentá-las. Empregos de baixos salários servem para capacitar os trabalhadores a, com o tempo, adquirirem as habilidades necessárias que os permitirão ganhar salários altos o suficiente para sustentar uma família. Será que alguém realmente acha que um adolescente que trabalha como entregador de jornal deveria ganhar um salário capaz de sustentar uma família?

A única maneira de se aumentar salários é aumentando a produtividade. Se os salários pudessem ser aumentados simplesmente por decreto governamental, poderíamos determinar o salário mínimo em $10.000 por mês e todos os problemas estariam resolvidos. Já deve estar claro para todos que, nesse nível, a maioria da população perderia seus empregos, e a mão-de-obra remanescente seria tão cara que os preços dos bens e serviços iriam disparar. Este é exatamente o fardo que as leis de salário mínimo impõem aos trabalhadores pobres e pouco qualificados - e, em última instância, a todos os consumidores.

Dado que nossos líderes não conseguem compreender sequer este simples conceito econômico, por que ainda há pessoas que acreditam que eles irão solucionar os problemas econômicos bem mais complicados que nos assombram atualmente?

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=339

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Stranger
Trooper
 

28-03-13, 15:05 #45
O bacana desse site do texto do conrado é saber que estou pagando por ele.

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Eon
Trooper
 

28-03-13, 15:37 #46
Espetacular esse texto que o Baron colocou, é uma aula de economia, vale a pena ler pra entender a questão.

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Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
28-03-13, 15:48 #47
MEU DEUS Baron, que texto nojento. Extremamente preconceituoso, elitista e absurdamente conservador. Caralho, eu não acredito que você não tem vergonha de endossar uma opinião torpe dessas. Eu tenho que sair agora mas depois vou comentar melhor.

Quote:
Há um dado da economia que é muito difícil para a maioria aceitar pois temos enraizada a noção de que todo mundo merece, por desempenhar uma função qualquer, uma remuneração que o permita se sustentar com dignidade. Infelizmente, tal concepção, embora fruto de um desejo nobre, seria catastrófica se levada a sério. Pois um trabalho ajuda a sociedade a viver melhor se ele produz valor; o mero tempo ou esforço gastos, em si mesmo, não trazem benefício algum. A remuneração ao trabalhador no mercado corresponde ao valor que seu trabalho cria, e apenas isso. O valor de um determinado trabalho é determinado pela capacidade desse trabalho de ser usado, direta ou indiretamente, para satisfazer a desejos e necessidades dos demais participantes do mercado.

Quem cria valor, recebe valor. O mercado — isto é, as pessoas que transacionam umas com as outras — não remunera horas de trabalho, não remunera os ATPs gastos com atividade física, não remunera o esforço mental, e não remunera nem mesmo o mérito e a dedicação; remunera a criação de valor. Todas essas outras coisas são remuneradas apenas na medida em que ajudam na criação de valor.
PFFFFFFFFFFFFF
Velho, na boa.

Quer dizer que o trabalho do Marco Feliciano como palestrante vale mais do que o de um professor de escola pública? Ou um médico do SUS? Ou até mesmo professores e médicos particulares, que também ganham muito menos do que muitos pastores? Ah tenha santa paciência meu amigo.

Conrado is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
28-03-13, 15:55 #48
 

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Baron
Trooper
 

28-03-13, 16:14 #49
Quote:
Postado por Conrado Mostrar Post
MEU DEUS Baron, que texto nojento. Extremamente preconceituoso, elitista e absurdamente conservador. Caralho, eu não acredito que você não tem vergonha de endossar uma opinião torpe dessas. Eu tenho que sair agora mas depois vou comentar melhor.



PFFFFFFFFFFFFF
Velho, na boa.

Quer dizer que o trabalho do Marco Feliciano como palestrante vale mais do que o de um professor de escola pública? Ou um médico do SUS? Ou até mesmo professores e médicos particulares, que também ganham muito menos do que muitos pastores? Ah tenha santa paciência meu amigo.
Cara, desculpa acabar com o seu sonho, mas não é questão de ser elitista ou não, é uma questão empírica de como funciona a lei de oferta e demanda.

Sorry bro, não estou dizendo que isso é legal ou que gosto que seja assim (na verdade eu gosto), só estou postando um texto que explica o que ocorre na realidade.

Sim cara, o trabalho do Marco Feliciano como palestrante vale mais que um professor de escola pública ou um médico do SUS ou uma outra caralhada de empregos PARA O MERCADO.

Caso isso não fosse verdade, por que ele recebe mais que um professor? Por que as pessoas pagam essa quantia a ele de maneira completamente VOLUNTÁRIA?

Não estou falando do 'valor' no sentido abstrato da coisas (como você), estou falando no sentido concreto, real, o valor que o mercado dá para esse serviço.


De uma vez por todas, isso não é uma opinião, isso é empírico, entendeu a diferença? Não tem 'mais ou menos' ou 'acho que é assim' ou 'melhor se fosse assim', esse texto é apenas uma descrição exata do que acontece numa economia de mercado.

Muito importante essa última frase que eu coloco, pra você tirar de uma vez por todas da sua cabeça que isso é uma questão de opinião.

O seu problema ao interpretar os meus textos é que você leva para o lado abstrato.

Você é como uma criança fazendo escândalo porque não pode bater as asas e sair voando. Eu sou o cara que ao invés de ficar amaldiçoando os físicos que escancaram esse FATO na minha cara procuro maneiras viáveis de compreender e agir nessa realidade. Não adianta você se revoltar com a realidade, você precisa, antes de mais nada, entendê-la. Só depois disso que você vai poder agir nessa realidade de alguma maneira minimamente eficiente. Enquanto as pessoas tentam agir nessa realidade ignorando que fatos são fatos, temos pessoas sendo cada vez mais prejudicadas. Isso sim é triste.

Baron is offline   Reply With Quote
Zedd
Trooper
 

28-03-13, 16:34 #50
Pois é, mas isso aqui está objetivamente errado:

Quote:
Pois um trabalho ajuda a sociedade a viver melhor se ele produz valor; o mero tempo ou esforço gastos, em si mesmo, não trazem benefício algum.
Desde o começo da filosofia, o ócio criativo (ou 'trabalho intelectual livre') é um motor fortíssimo de desenvolvimento científico. De fato, se não fosse gente que "produz" nada mas investe tempo e esforço em algo sem "valor", jamais teríamos avanço suficiente. Trabalho intelectual direcionado (pesquisa 'para o mercado') produz mais desenvolvimento, trabalho intelectual livre (pesquisa por que foda-se, eu quero) gera mais quebra de paradigma. Teoria atômica clássica, geometria, álgebra booleana, genética mendeliana... nada disso servia a merda que o criador gerava na época em que foram pensados.

Claro que teve muita coisa criada nesse sistema que não serve pra nada até hoje, mas ainda assim... dizer que algo que não tem esse "valor" (objetivo, no que diz respeito ao mercado) "não traz benefício algum" é um erro bizarro, e parece ter origem no "querer muito que não exista alternativa melhor pra organizar o trabalho humano, capitalismo, yey"

Tenho nada contra um capitalismo decente, mas pelo menos defenda-se o sistema com vantages de verdade, não inventadas

Zedd is offline   Reply With Quote
Zedd
Trooper
 

28-03-13, 16:36 #51
Mesmo no capitalismo, depende-se da boa vontade de gente disposta a investir em coisas que não tem valor para que haja avanço humano, vide Bill Gates perdendo dinheiro pra gerar vacina porque se depender do mercado só vai ter investimento pra desenvolver viagra

Como meu amigo falou aqui: só porque uma pesquisa não pode ser monetizada, isso não quer dizer nada sobre o benefício que ela gera

Enfim, a não ser que você arrrume a frase para " não trazem benefício algum para o mercado", essa frase é uma bobagem completa. Posso citar bilhões de exemplos de coisas que traze benefício e tem pouco ou nenhum valor de mercado. Primeiro argumento: arte

Zedd is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
28-03-13, 16:45 #52
o ponto do zedd é interessante, artes tambem sao assim, eu nao sei se sempre podemos contar com "mecenas".

Tambem tenho alguns porens com o salario minimo, ok, acho que temos que ter contratos flexiveis, mas a partir do momento que vc quer que alguem trabalhe constantemente para vc, acho que um valor minimo tem que ter sim. Nao fazer isso é oficializar escravismo, ja que essa parte de "1o emprego" realmente faz sentido, mas como simplesmente nao existe possibilidade do cara dar o 2o passo, ele fica preso nisso pra sempre, alias, fica desinteressante ter esse 2o passo. Enquanto o cara é um adolescente ate da pra se levar, mas ao ficar mais velho, nunca que o cara vai conseguir ter algo a mais ou montar uma familia.

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Baron
Trooper
 

28-03-13, 16:55 #53
Zedd, no meu entendimento o mesmo vale ao ócio criativo: só vale ao mercado se traz valor.

Ninguém disse que o valor tem que ser imediato, na verdade você tem muitas empresas por aí que estão dando prejuízo contábil mas tem valor altíssimo ao mercado.

Por exemplo, não sei se agora o Facebook está dando lucro, mas até pouco tempo ele dava um prejuízo pesado, só que mesmo assim o valor de mercado da empresa já era incrível.

O próprio Google, que tem um valor de mercado bem grande, produz dezenas de produtos novos que são testados no mercado e fracassam. Isso faz parte do negócio deles, pois os produtos que vão dando certo pagam com sobras os outros que falharam.

O mercado leva sim em conta o valor futuro das coisas e espera benefícios futuros, logo, vejo a frase do cara como 100% correta, já que ele nunca especifica que o benefício é só no presente.

@Jeep
Arte tem sim valor no mercado. E algumas têm muito valor, certo?
Mas aí parte da percepção em que o próprio mercado tem da obra, do artista etc. Estamos falando exatamente da mesma coisa.

Quer outro tipo de arte? Neymar, Messi. Eles fazem arte e as pessoas pagam MUITO dinheiro pra ver essa arte. Isso se reflete no valor que esses artistas têm no mercado


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Zedd
Trooper
 

28-03-13, 17:11 #54
Dificilmente google e facebook vão gerar quebra de paradigma (o que é contraprodutivo pra uma empresa que no paradigma atual lidera seu campo, aliás, mas isso é outra conversa na qual vamos ter que falar sobre a indústria farmacêutica). Isso fora o fato de que na comparação que estamos fazendo, esse futuro no qual as empresas investem é de curtíssimo prazo

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Baron
Trooper
 

28-03-13, 17:13 #55
Zedd, Google e Facebook já geraram quebra de paradigma, justamente POR ISSO são empresas líderes de mercado.

Você discorda disso?

Indústria farmacêutica: são indústrias privadas, competindo entre si, que ganham dinheiro justamente com P&D e soluções a longo prazo. Esse é um exemplo clássico e há diversos outros.

BTW, perdi completamente o seu raciocínio do ócio criativo e afins. Novamente, qual é sua objeção em relação ao texto?

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Zedd
Trooper
 

28-03-13, 17:16 #56
O google até que sim, o Facebook absolutamente não (reforço: absolutamente não). E o google foi gerado como pesquisa em um sistema acadêmico que não visa 'valor' de mercado prioritariamente

Seus exemplos são contra-exemplos. Mesmo que fosse o caso, ainda estamos falando de prazo curtíssimo, de benefício imediato ou quase, e ignorando a arte que não é colecionável ou entretenimento (se você insistir em classificar neymar como arte)

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Baron
Trooper
 

28-03-13, 17:20 #57
Zedd, o texto diz 'valor' no sentido de valor absoluto, o que no meio capitalista acaba tendo valor monetário, quer se queira, quer não.

O Google trouxe valor, num primeiro momento era só um estudo acadêmico, mas já aí gerava valor (não-monetário), certo? Depois foi monetizado.

Eu acho que o problema está na definição de valor. A minha definição definitivamente parece ser diferente da sua.

Zedd, arte e entretenimento têm 'valor', oras. Isso fica explícito no texto, inclusive.


Last edited by Baron; 28-03-13 at 17:34..
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Zedd
Trooper
 

28-03-13, 17:31 #58
Nao, (pelo menos eu acho que nao) eu concordei com a definição de valor do texto e do seu comentário que seguiu, explicando pro Conrado. A definição da qual eu to discordando é 'benefício'... igualar esse valor com benefício que as coisas/profissoes/ideias tem para o mundo é que me parece completamente errado

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Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
28-03-13, 17:35 #59
Cara, eu tô com febre demais pra rebater todos os pontos (não seria difícil, mas cansativo).

Eu li direito? Você disse que o Mercado é uma realidade? Você quis dizer que ele é parte da natureza? O Mercado é uma VIRTUALIDADE, é um sistema, algo inventado, um jogo, um conceito. E se essa bosta fétida viabiliza a superioridade do valor do trabalho de vários tipos de escória da humanidade e de várias formas de estupro ao meio-ambiente em relação ao trabalho de criar cidadãos e zelar pelo bem-estar das pessoas, então PUTAQUEPARIU, de certo essa abominação tem que ser extinta o mais rápido possível, né?

Nossa, cara... na boa. Que coisa doente o seu discurso, o mundo enlouqueceu, Deus nos proteja.

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Baron
Trooper
 

28-03-13, 17:39 #60
É fácil rebater a realidade: feche os olhos e comece a sonhar.

É justamente o que eu vejo você fazendo nesses tópicos que envolvem economia.

Acho que você é uma pessoa bem intencionada e quer melhorar o mundo, só que a sua histeria não vai ajudar nisso, é justamente o contrário...

Conrado, se o mercado é inventado, alguém teve que fazer isso. Quem foi? (Se você disser "os capitalistas fdps que querem escravizar a humanidade" você vai tomar um owned, porque obviamente o mercado existia antes disso. Quando então? Quem?)

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Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
28-03-13, 17:43 #61
Anti-economia, você quer dizer. Só faz gerar débito, guerras, deixar o rico mais rico e o pobre mais pobre, e jogar os recursos do planeta pelo esgoto como se não houvesse amanhã.

Sério, ver você defendendo esse sistema aberrante que, ainda que na coleira, está implodindo o planeta e deixando todo mundo doente (e ainda querendo tirá-lo da coleira, meu Deus...) me dá vontade de vomitar. Você está simplesmente preso a um ideal pré-construído e já estabelecido ao ponto de não conseguir sequer sentir empatia.

No século XIII provavelmente haviam servos fazendo discursos no mesmo tom que o seu em relação ao Feudalismo.

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Baron
Trooper
 

28-03-13, 17:47 #62
Esse comportamento histérico já deu, você não acha?

Você acha que esse monte de bobeira sem embasamento vai fazer mais sentido porque você exprime revolta?

Então bro, não sei em qual meio você vive, mas aqui na DS não funciona muito bem. Você já deveria saber disso nessa altura do campeonato

EDIT: e a questão do mercado? Quem criou ele mesmo? Quando? Você se esqueceu de me contar essa parte.

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Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
28-03-13, 17:50 #63
Sua arrogância não muda os fatos, Baron. Você defende uma virtualidade, eu me preocupo com o bem-estar das pessoas. Quem vive no mundo da fantasia e tem que fechar os olhos pras mazelas do planeta aqui é você.

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Baron
Trooper
 

28-03-13, 17:52 #64
Uma virtualdiade criada quando e por quem?

(terceira vez seguida que pergunto. E contando...)

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Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
28-03-13, 17:53 #65
Por pessoas interessadas no bem-estar delas próprias e dos seus. Foi criada e se perpetua até hoje pelo mesmo motivo.

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Baron
Trooper
 

28-03-13, 17:55 #66
Aham. Essa é a sua resposta pra minha pergunta "Quem" e "Quando"?

"Por pessoas" e "foi criada"?

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jacu
Trooper
 

28-03-13, 18:18 #67
Demiti 3 empregadas hoje

Hello, diaristas!

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Gerson
Trooper
 

28-03-13, 18:21 #68
Quote:
Postado por Eon Mostrar Post
Espetacular esse texto que o Baron colocou, é uma aula de economia, vale a pena ler pra entender a questão.
Eu há alguns anos atrás não concordaria com o Baron. Mas depois de abrir empresa, começar a compreender *um pouco* melhor economia (certamente não no nível do Baron) isso tudo começa a parecer extremamente natural.
Não estou falando de ser bom ou mal. Simplesmente é.
+zim pro Baron e pro Eon.

Gerson is offline   Reply With Quote
Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
28-03-13, 18:22 #69
É, esse forum definitivamente não tem salvação.

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Stranger
Trooper
 

28-03-13, 18:36 #70
É uma pena que insistamos na realidade.

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Gerson
Trooper
 

28-03-13, 18:44 #71
Conrado, a maioria do pessoal que esta começando com empresa e não tem investimento de fora acaba desenvolvendo uma visão clara de valor.

Eu sou sócio de uma pequena empresa na área da educação que está começando os trabalhos. Eu tiro o dinheiro pra investir nesse negócio da minha pequena empresa de desenvolvimento web. Ou seja, to sempre produzindo.

Conheço pessoas de 19-20 anos em média, super dispostas a trabalhar, aprender, cheias de tesão pra iniciar nesse mundo. Não tem famíiia pra sustentar, moram com os pais.

Gostaria de contratar e fazê-las crescer junto comigo? Sim.
Posso contratá-las? Não. O valor do trabalho delas não tem um valor compatível com o que eu teria que pagar com o salário mínimo.
Então elas ficam de fora, eu não gero emprego, continuo trabalhando mais e com menos gente. E elas continuam no facebook e no 9gag. É assim que funciona, velho.

Empresário não é monstro. É gente também.

Gerson is offline   Reply With Quote
Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
28-03-13, 18:45 #72
É assim que funciona no sistema virtual e abstrato criado por seres humanos. O sistema deve funcionar em favor do ser humano, e não o contrário, pelo amor de Deus. Vocês perderam a noção completamente?

Conrado is offline   Reply With Quote
Gerson
Trooper
 

28-03-13, 18:50 #73
O que tem a ver funcionar a favor ou contra o ser humano com o case que acabei de te apresentar?
Daonde que trabalhar, criar, produzir é contra o ser humano?
Não entendi.

Gerson is offline   Reply With Quote
Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
28-03-13, 18:52 #74
Essas pessoas que você citou não estão sendo impedidas de trabalhar, criar e produzir? Você não está sobrecarregado por causa disso?

Conrado is offline   Reply With Quote
Baron
Trooper
 

28-03-13, 18:54 #75
Poha Conrado poha

Não é como 'o sistema deve funcionar', é como o sistema FUNCIONA!

São fatos, não opiniões.

Você obviamente não sabe por quem e nem quando o mercado foi criado. Pois bem, eu respondo: o mercado foi criado pelos primeiros seres humanos que ganharam capacidade de raciocinar, relacionar-se entre si e perceber que vivem num mundo de recursos escassos (no sentido de 'limitados', o contrário de 'infinitos').

É isso, sempre foi isso e enquanto existir pelo menos 1 recurso limitado e ao mesmo tempo desejado no planeta Terra existirá oferta x demanda.

Aí você vai me falar sobre desperdício de recursos naturais. Sim, recursos têm seu preço baixo (e são mais propensos a desperdício) enquanto há abundância e a noção de 'alta oferta'. Exemplo, no século XIX o ar era visto como um recurso infinito, portanto cago e ando se estou poluindo, 'o recurso não acaba mesmo'.

Pois bem, cada vez mais sabemos que recursos infinitos não existem, até o ar que parece ser infinito na realidade não é. Resultado? Hoje o mercado está cada vez mais preocupado com o meio ambiente, inclusive até já existem bolsas de valores baseadas em recursos naturais. é o mercado se arrumando para contemplar uma mudança de percepção dentro dele mesmo.

Como falei lá em outro tópico, o rei de Portugal teve que proibir os índios no Brasil de fazerem queimadas, porque para Portugal havia um mercado para a madeira, para os índios não. Tenho vários artigos sobre esse assunto, não posto aqui porque sai demais do tópico sobre SALÁRIO MÍNIMO.


Last edited by Baron; 28-03-13 at 19:02..
Baron is offline   Reply With Quote
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