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EviLBraiN
Trooper
 

Default Seu amigo psicopata [ reportagem ]

21-06-17, 20:41 #1
Reportagem bem informativa. Vou grifar uns pontos.

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Seu amigo psicopata

Seis milhões de brasileiros são incapazes de sentir emoções. Eles podem até matar sem culpa e estão ao seu lado. Agora, a ciência começa desvendá-los

Por Leandro Narloch 19 jun 2017

Tinha alguma coisa errada com o Guilherme. Desde quando era pequeno, 4 anos de idade, a mãe, Norma*, achava que ele não era uma criança normal. O guri não tinha apego a nada, era frio, não obedecia a ninguém. O problema ficou claro aos 9 anos. Guilherme, nome fictício de um rapaz do Guarujá, litoral de São Paulo, que hoje tem 28 anos, roubava os colegas da escola, os vizinhos e dinheiro em casa. Também passou a expressar uma enorme capacidade de fazer os outros acreditar no que inventava. Aos 18, o garoto conseguiu enganar uma construtora e comprar um apartamento fiado. “Quando um primo da mesma idade morreu de repente, ele só disse ‘que pena’ e continuou o que estava fazendo”, conta a mãe. Tinha alguma coisa errada com o Guilherme.

Em busca de uma solução, Norma passou 15 anos rodando com o filho entre psicólogos, psiquiatras, pediatras e até benzedeiros. Para todos, ele não passava de um garoto normal, com vontades e birras comuns. “Diziam que era mimo demais, que não soubemos impor limites.” Uma pista para o problema do filho só apareceu em 2004.

A mãe leu uma entrevista sobre psicopatia e resolveu procurar psiquiatras especializados no assunto. Então descobriu que o filho sofre da mesma doença de alguns assassinos em série e também de certos políticos, líderes religiosos e executivos. “Apenas confirmei o que já sabia sobre ele”, diz Norma. “Dói saber que meu filho é um psicopata, mas pelo menos agora eu entendo que problema ele tem.”

Guilherme não é um assassino como o Maníaco do Parque ou o Chico Picadinho. Mas todos eles sofrem do mesmo problema: uma total ausência de compaixão, nenhuma culpa pelo que fazem ou medo de serem pegos, além de inteligência acima da média e habilidade para manipular quem está em volta. A gente costuma chamar pessoas assim de monstros, gênios malignos ou coisa que o valha. Mas para a Organização Mundial da Saúde (OMS), eles têm uma doença, ou melhor, deficiência. O nome mais conhecido é psicopatia, mas também se usam os termos sociopatia e transtorno de personalidade anti-social.

Com um nome ou outro, não se trata de raridade. Entre os psiquiatras, há consenso quanto a estimativas surpreendentes sobre a psicopatia. “De 1% a 3% da população tem esse transtorno. Entre os presos, esse índice chega a 20%”, afirma a psiquiatra forense Hilda Morana, do Instituto de Medicina Social e de Criminologia do Estado de São Paulo (Imesc).

Isso significa que uma pessoa em cada 30 poderia ser diagnosticada como psicopata. E que haveria até 6 milhões de pessoas assim só no Brasil. Dessas, poucas seriam violentas. A maioria não comete crimes, mas deixa as pessoas com quem convive desapontadas.

“Eles andam pela sociedade como predadores sociais, rachando famílias, se aproveitando de pessoas vulneráveis e deixando carteiras vazias por onde passam”, disse à SUPER o psicólogo canadense Robert Hare, professor da Universidade da Colúmbia Britânica e um dos maiores especialistas no assunto.

Os psicopatas que não são assassinos estão em escritórios por aí, muitas vezes ganhando uma promoção atrás da outra enquanto puxam o tapete de colegas. Também dá para encontrá-los de baciada entre políticos que desviam dinheiro de merenda para suas contas bancárias, entre médicos que deixam pacientes morrer por descaso, entre “amigos” que pegam dinheiro emprestado e nunca devolvem… Lendo esta reportagem, não se surpreenda se você achar que conhece algum. Certamente você já conheceu.

Amigo da onça

O psicólogo Robert Hare tinha acabado de sair da faculdade, na década de 1960, quando arranjou um emprego no presídio de Vancouver. Função: atender os presos com problemas e montar diagnósticos de sanidade para pedidos de condicional. Lá conheceu o simpático Ray, um dos presos. Era um sujeito legal, contava histórias envolventes e tinha um sorriso que deixava qualquer um confortável. Como o sujeito parecia aplicado e dedicado a ter uma vida correta depois da prisão, o doutor resolveu ajudá-lo em pedidos de transferência para trabalhos melhores na cadeia, tipo a cozinha e a oficina mecânica.

Os dois ficaram amigos. Mas Ray não era o que parecia. Hare descobriu que o homem usava a cozinha para produzir álcool e vender aos colegas. Os funcionários do presídio também alertaram o psicólogo dizendo que ele não tinha sido o primeiro a ser ludibriado pelo “gente boa” Ray. E que a falta de escrúpulos do preso não tinha limites. Pouco depois, Hare sentiu isso na pele: teve os freios de seu carro sabotados pelo “amigo” presidiário.

Ray não era único ali. Boa parte de seus colegas no presídio de Vancouver era formada por sujeitos alegres, comunicativos e cheios de amigos que também eram egocêntricos, sem remorso e não mudavam de atitude nem depois de semanas na solitária. Nas prateleiras sobre doenças mentais, havia várias descrições parecidas. O francês Philip Pinel, um dos pais da psiquiatria, escreveu no século 18 sobre pessoas que sofriam uma “loucura sem delírio”.

Mas o primeiro estudo para valer sobre psicopatia só viria em 1941, com o livro The Mask of Sanity (“A Máscara da Sanidade”, sem tradução para o português), do psiquiatra americano Hervey Cleckley. Ele dedica a obra a um problema “conhecido, mas ignorado” e cita casos de pacientes com charme acima da média, capacidade de convencer qualquer um e ausência de remorso. Com base nesses estudos, Robert Hare passou 30 anos reunindo características comuns de pessoas assim, até montar sua escala Hare, o método para reconhecer psicopatas mais usado hoje.

Trata-se de um questionário com perguntas sobre a vida do sujeito, feito para investigar se ele tem traços de psicopatia. Seja como for, não é fácil identificar um. Psicopatas não têm crises como doentes mentais: o transtorno é constante ao longo da vida. Outras funções cerebrais, como a capacidade de raciocínio, não são afetadas. Algumas características, no entanto, são evidentes.

9 mentiras 1 verdade

Atributo número 1: mentir. Todo mundo mente, mas psicopatas fazem isso o tempo todo, com todo mundo. Inclusive com eles mesmos. São capazes de dizer “Já saltei de pára-quedas” e, logo depois, “Nunca andei de avião”, sem achar que existe uma grande contradição aí. Espertos, não se contentam só em dizer que são neurocirurgiões, por exemplo, sem nunca ter completado o colegial: usam e abusam de termos técnicos das profissões que fingem ter. Se o sujeito finge ser advogado, manda ver nos “data venias” da vida. Se diz que estudou filosofia, vai encher o vocabulário de expressões tipo “dialética kantiana” sem fazer idéia do que isso significa. Sim, eles são profissionais da lorota.

“Depois que descobri as mentiras que ele me contou, passei um tempo me perguntando como tinha sido tão burra para acreditar naquilo”, diz a professora carioca Ana*. Há 9 anos, ela conheceu um cara incrível. Ele dizia que, com apenas 27 anos, era diretor de uma grande companhia e que, por causa disso, viajava sempre para os EUA e para a Europa. Atencioso e encantador, Cláudio era o genro que toda sogra queria ter. “Em 5 meses, a gente estava quase(casando. Então a mãe dele revelou que era tudo mentira, que o filho era doente, enganava as pessoas desde criança e passava por um tratamento psiquiátrico.”

Ana largou Cláudio e foi tocar a vida. Mas nem sempre quem passa pelas mãos de um psicopata “pacífico” tem tempo para reorganizar as coisas. Que o digam as pessoas que cruzaram o caminho de Alessandro Marques Gonçalves. Formado em direito, ele resolveu fingir que era médico. E levou esse delírio às últimas conseqüências: forjou documentos e conseguiu trabalho em 3 grandes hospitais paulistas. Enganou pacientes, chefes e até a mulher, que espera um filho dele e não fazia idéia da fraude. Desmascarado em fevereiro de 2006, Alessandro aleijou pelo menos 23 pessoas e é suspeito da morte de 3.

“Ele usa termos técnicos e fala com toda a naturalidade. Realmente parece um médico”, diz o delegado André Ricardo Hauy, de Lins, que o interrogou. “Também acha que não está fazendo nada de errado e diz, friamente, que queria fazer o bem aos pacientes.” Quando foi preso, Alessandro não escondeu a cabeça como os presos geralmente fazem: deixou-se filmar à vontade.

“O diagnóstico de transtorno anti-social depende de um exame detalhado, mas dá para perceber características de um psicopata nesse falso médico. É que, além de mentir, ele mostra ausência de culpa”, afirma o psiquiatra Antônio de Pádua Serafim, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

E esse é um atributo-chave da mente de um psicopata: cabeça fresca. Nada deixa esses indivíduos com peso na consciência. Fazer coisas erradas, todo mundo faz. Mas o que diferencia o psicopata do “todo mundo” é que um erro não vai fazer com que ele sofra. Sempre vai ter uma desculpa: “Um cara que matou 41 garotos no Maranhão, Francisco das Chagas, disse que as vítimas queriam morrer”, conta Antônio Serafim.

Justamente por achar que não fazem nada de errado, eles repetem seus erros. “Psicopatas reincidem 3 vezes mais que criminosos comuns”, afirma Hilda Morana, que traduziu e adaptou a escala Hare para o Brasil. “Tem mais: eles acham que são imunes a punições.” E isso vale em qualquer situação. Até na hora de jogar baralho.

Foi o que mostrou o psicólogo americano Joe Newman num experimento em 1987. No laboratório, havia 4 montes de cartas. Sem que os jogadores soubessem, um deles estava cheio de cartas premiadas. Ou seja: quem escolhesse aquele monte ganhava mais dinheiro e continuava no jogo. Aos poucos, porém, a quantidade de cartas boas rareava, até que, em vez de dar vantagem, escolher aquele monte passava a dar prejuízo.

Pessoas comuns que participaram da pesquisa logo perceberam a mudança e deixaram de apostar nele. Psicopatas, porém, seguiram tentando obter a recompensa anterior. “Pessoas comuns mudam de estratégia quando não obtêm recompensa”, afirma o neurocientista James Blair, autor do livro The Psychopath – Emotion and the Brain (“O Psicopata – Emoção e o Cérebro”, sem edição brasileira). “Mas crianças e adultos com tendências psicopáticas continuam a ação mesmo sendo repetidamente punidos com a perda de pontos.”

Psicopatas não aprendem com punições. Não adianta dar palmadas neles.

Além disso, psicopata que se preze se orgulha de suas mancadas. Esse sujeito pode ser o marido que trai a mulher e se gaba para os amigos. Ou coisa pior. Veja o caso do promotor de eventos Michael Alig. Querido por todos, ele difundiu a cultura clubber em Nova York, organizando festas itinerantes. E em 1996 ele matou um amigo em casa. Quando o corpo começou a feder, retalhou-o e jogou os pedaços no rio Hudson.

Dias depois, em um programa de TV, Alig simplesmente descreveu o assassinato, todo pimpão. Os jornalistas acharam que era só uma brincadeira besta, claro. Dias depois, a polícia achou o corpo do amigo de Alig no rio. Ele foi condenado a 20 anos de prisão – sem perder a pose.

Isso é lugar-comum entre os psicopatas. O próprio psiquiatra Antônio Serafim está acostumado com relatos grandiosos de carnificinas: “Quando você pergunta sobre a destreza com que cometeram os crimes, eles contam detalhes dos assassinatos, cheios de orgulho.”

Zumbis

Se você estivesse indo comprar cerveja perto de casa e se desse conta que esqueceu a carteira, o que faria? Em vez de voltar para buscar dinheiro, um psicopata da Califórnia preferiu catar um pedaço de pau, bater num homem e levar o dinheiro dele. Também tem o caso de uma mulher que deixou a filha de 5 anos ser estuprada pelo namorado. Perguntada por que deixou aquilo acontecer, ela disse: “Eu não queria mais transar, então deixei que ele fosse com a minha filha.”

Eis mais um traço psicopático. “Eles tratam as pessoas como coisas”, afirma o psiquiatra Sérgio Paulo Rigonatti, do Instituto de Psiquiatria do HC. Isso acontece porque eles simplesmente não assimilam emoções. Para entender isso melhor, vamos dar um passeio pelo inferno.

Corpos decapitados, crianças esquálidas com moscas nos olhos, torturas com eletrochoque, gemidos desesperados. Só de imaginar cenas assim, a reação de pessoas comuns é ter alterações fisiológicas como acelerar as batidas do coração, intensificar a atividade cerebral e enrijecer os músculos.

No início dos anos 2000, o psiquiatra Antônio Serafim colocou presos de São Paulo para assistir a cenas assim. Cada um ouvia, por um fone, sons desagradáveis, como gritos de desespero. “Os criminosos comuns tiveram reações físicas de medo”, diz ele. “Já os identificados como psicopatas não apresentaram sequer variação de batimento cardíaco.”

Mais: uma série de estudos do Instituto de Neurociência Cognitiva, nos EUA, mostrou que psicopatas têm dificuldade em nomear expressões de tristeza, medo e reprovação em imagens de rostos humanos. “Outros 3 estudos ligaram psicopatia com a falta de nojo e problemas em reconhecer qualquer tipo de emoção na voz das pessoas”, afirma Blair.

É simples: assim como daltônicos não conseguem ver cores, psicopatas são incapazes de enxergar emoções. Não as enxergam nem as sentem, pelo menos não do mesmo jeito que os outros fazem. Em vez disso, eles só teriam o que os psiquiatras chamam de proto-emoções – sensações de prazer, euforia e dor menos intensas que o normal. “Isso impede os psicopatas de se colocar no lugar dos outros”, diz Hilda Morana.

Um dos pacientes entrevistados por Hare confirma: “Quando assaltei um banco, notei que uma caixa começou a tremer e a outra vomitou em cima do dinheiro, mas não consigo entender por quê”, disse. “Na verdade, não entendo o que as pessoas querem dizer com a palavra ‘medo’ ”.

No livro No Ventre da Besta – Cartas da Prisão, o escritor americano Jack Abbott descreve com honestidade o que acontece na sua cabeça de psicopata: “Existem emoções que eu só conheço de nome. Posso imaginar que as tenho, mas na verdade nunca as senti”.

É como se eles entendessem a letra de uma canção, mas não a música. Esse jeito asséptico de ver o mundo faz com que um psicopata consiga mentir sem ficar nervoso, sacanear os outros sem sentir culpa e, em casos extremos, retalhar um corpo com o mesmo sangue-frio de quem separa as asinhas do peito de um frango assado.

Cérebros em curto

Ok, o problema central dos psicopatas é que eles não conseguem sentir emoções. Mas por que isso acontece? “A crença de que tudo é causado por famílias instáveis ou condições sociais pobres nos faz fingir que o problema não existe”, afirma Hare.

Para a neurologia, a coisa é mais objetiva: os “circuitos” do cérebro de um psicopata são fisicamente diferentes dos de uma pessoa normal. Uma descoberta importante foi feita pelo neuropsiquiatra Ricardo de Oliveira-Souza e pelo neurologista Jorge Moll Neto, pesquisador do Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos dos EUA.

Em 2000, os dois identificaram, com imagens de ressonância magnética, as partes do cérebro ativadas quando as pessoas fazem julgamentos morais. Os participantes da pesquisa tiveram o cérebro mapeado enquanto decidiam se eram certas ou erradas frases como “podemos ignorar a lei quando necessário” ou “todos têm o direito de viver”, além de outras sem julgamento moral, como “pedras são feitas de água”. A maioria dos voluntários ativou uma área bem na testa, chamada Brodmann 10, ao responder às perguntas.

E aí vem o pulo-do-gato: a dupla repetiu o estudo em 2005 com pessoas identificadas como psicopatas, e descobriu que elas ativam menos essa parte do cérebro. Daí a incompetência que os sujeitos com transtorno anti-social têm para sentir o que é certo e o que é errado. Agora, resta saber se essas deficiências vêm escritas no DNA ou se surgem depois do nascimento.

Hoje, se sabe que boa parte da estrutura cerebral se forma durante a vida, sobretudo na infância. Mas cientistas buscam uma causa genética porque a psicopatia parece surgir independentemente do contexto ou da educação. “Nascem tantos psicopatas na Suécia ou na Finlândia quanto no Brasil”, afirma Hilda Morana. “Os pais costumam se perguntar onde foi que erraram.” A impressão é que psicopatas nasceram com o problema. “Eles também surgem em famílias equilibradas, são irmãos de pessoas normais e deixam seus pais perplexos”, afirma Oliveira-Souza.

James Blair vai pela mesma linha: “Estudos com pessoas da mesma famíla, gêmeos e filhos adotados indicam que o comportamento dos psicopatas e as disfunções emocionais são coisas hereditárias”, afirma.

Cobras de terno

Mesmo quem defende uma origem 100% genética para a psicopatia não descarta a importância do ambiente. A criação, nessa história, seria fundamental para determinar que tipo de psicopata um camarada com tendência vai ser.

“Fatores sociais e práticas familiares influenciam no modo como o problema será expresso no comportamento”, afirma Rigonatti. Por exemplo: psicopatas que cresceram sofrendo ou presenciando agressões teriam uma chance bem maior de usar sua “habilidade” psicopática para matar pessoas.

Um bom exemplo desse tipo é o americano Charles Manson. Filho de uma prostituta alcoólatra e dono de uma mente pra lá de sociopata, transformou um punhado de hippies da Califórnia em um grupo paramilitar fanático nos anos 70. Manson foi responsável pela carnificina na casa do cineasta Roman Polanski. Entre os 5 mortos, estava a atriz Sharon Tate, mulher do diretor e grávida de 8 meses. Detalhe: ele nem sequer participou da ação. Só usou sua capacidade de liderança para convencer um punhado de seguidores a realizar o massacre.

Já os que vêm de famílias equilibradas e viveram uma infância sem grandes dramas teriam uma probabilidade maior de se transformar naqueles que mentem, trapaceiam, roubam, mas não matam. Mais de 70% dos psicopatas diagnosticados são desse grupo, mas não há motivo para alívio. Psicopatas infiltrados na política, em igrejas ou em grandes empresas podem fazer estragos ainda piores.

Exemplos não faltam. O político absurdamente corrupto que é adorado por eleitores, cativa jornalistas durante entrevistas, não entra em contradição nem parece sentir culpa por ter recheado suas contas bancárias com dinheiro público é um. O líder religioso que enriquece à custa de doações dos fiéis é outro. E por aí vai.

“Eles costumam se dar bem em ambientes pouco estruturados e com pessoas vulneráveis. Agem como cartomantes, pais de santo, líderes messiânicos”, afirma Oliveira-Souza. Psicopatas não tão fanáticos, mas com a mesma falta de escrúpulos, também estão em grandes empresas, sugando dinheiro e tornando a vida dos colegas um inferno.

A habilidade para mentir despudoradamente sem levantar suspeitas faz com que eles se dêem bem já nas entrevistas de emprego. O charme que eles simulam ajuda a conquistar a confiança dos chefes e a pressionar para que colegas que atrapalham sua ascensão profissional acabem demitidos. Não raro, costumam ocupar os cargos hierárquicos mais altos.

O psicólogo ocupacional Paul Babiak cita o exemplo de Dave, um executivo de uma empresa americana de tecnologia. Logo na primeira semana, o chefe notou que ele gastava mais tempo criando picuinhas entre os funcionários do que trabalhando e plagiava relatórios sem medo de ser pego. Quando o chefe recomendou sua demissão, Dave foi reclamar aos chefes do seu chefe. Com sua lábia, conseguiu ficar dois anos na empresa, sendo promovido duas vezes, até causar um rombo na firma e sua máscara cair.

“Certamente há mais psicopatas no mundo dos negócios que na população em geral”, diz o psiquiatra Hare, que escreveu com Babiak o livro Snakes in Suits – When Psychopaths Go to Work (“Cobras de Terno – Quando Psicopatas vão Trabalhar”, inédito no Brasil). Para ele, sociopatas corporativos são responsáveis por escândalos como o da Enron, em 2002, quando a empresa americana mentiu sobre seus lucros para bombar preços de ações. “O poder e o controle sobre os outros tornam grandes empresas atraentes para os psicopatas”, diz.

O que fazer?

Seja nas empresas, nas ruas, ou numa casinha de sapê, nossos amigos com transtorno anti-social são tecnicamente incapazes de frear seus impulsos sacanas. Mas, para os psiquiatras, essa limitação não significa que eles não devam ser responsabilizados pelo que fazem. “Psicopatas têm plena consciência de que seus atos não são corretos”, afirma Hare. “Apenas não dão muita importância para isso.” Se cometem crimes, então, devem ir para a cadeia como os outros criminosos.

Só que até depois de presos psicopatas causam mais dores de cabeça que a média dos criminosos. Na cadeia, tendem a se transformar em líderes e agir no comando de rebeliões, por exemplo. “Mas nunca aparecem. Eles sabem como manter suas fichas limpas e acabam saindo da prisão mais cedo”, diz Antônio de Pádua Serafim.

Por conta disso, a psiquiatra forense Hilda Morana foi a Brasília em 2004 tentar convencer deputados a criar prisões especiais para psicopatas. Conseguiu fazer a idéia virar um projeto de lei, que não foi aprovado. Nas prisões brasileiras, não há procedimento de diagnóstico de psicopatia para os presos que pedem redução da pena.

“Países que aplicam o diagnóstico têm a reincidência dos criminosos diminuída em dois terços, já que mantêm mais psicopatas longe das ruas”, diz ela. Tampouco há procedimentos para evitar que psicopatas entrem na polícia – uma instituição teoricamente tão atraente para eles quanto as grandes empresas. Também não há testes de psicopatia na hora de julgar se um preso pode partir para um regime semi-aberto. Nas escolas, professores não estão preparados para reconhecer jovens com o transtorno.

“Mesmo dentro da psiquiatria existe pouca gente interessada no assunto, já que os psicopatas não se reconhecem como tal e dificilmente vão mudar de comportamento durante a vida”, diz o psiquiatra João Augusto Figueiró, de São Paulo. Também não existem tratamentos comprovados nem remédios que façam efeito.

Outro problema: quando levados a consultórios, os psicopatas acabam ficando piores. Eles adquirem o vocabulário dos especialistas e se munem de desculpas para justificar seu comportamento quando for necessário. Diante da falta de perspectiva de cura, quem convive com psicopatas no dia-a-dia opta por vigiá-los o máximo possível. É o que faz a dona-de-casa Norma, do Guarujá, com o filho Guilherme. “Enquanto eu e o pai dele estivermos vivos, podemos tomar conta”, diz. “Mas… e depois?”

Meu filho psicopata*

“Ele mentia muito. Armava um teatro para nos transformar em culpados. Não tinha apego nem responsabilidade. Não evitava falar coisas que deixassem os outros magoados. Nunca pensou que, se fizesse alguma coisa ruim, os pais ficariam bravos. Na escola, ele não obedecia a ordens. Se não queria fazer a lição, não tinha ninguém que o convencesse. A inteligência dele até era acima da média, mas um mês ele tirava 10 em tudo e no outro tirava 0. Dos 3 aos 25 anos, ele rodou comigo por psicólogos. Foi uma busca insana. Começamos a tratar pensando que era hiperatividade, ele tomou antidepressivos e outros remédios. Nada deu certo. Pessoas como o meu filho conseguem manipular psicólogos com facilidade. E os pais se tornam os grandes culpados. Quando descobri o problema, com uma psiquiatra, foi uma luz para mim. Hoje sei que pessoas como ele inventam um mundo na cabeça. É um sofrimento para os pais que convivem com crianças ou com adultos assim. Hoje, temos que vigiá-lo e carregá-lo pela mão para tudo que é canto. Senão, ele rouba coisas ou arma histórias. Fica 3 meses em cada emprego e pára, diz que não está bom. O problema nunca é com ele, sempre os outros é que estão errados. Eu ainda torço para que tenha um remédio, porque viver assim é muito ruim. Se está tudo bem agora, você não sabe qual vai ser a reação daqui a 5 minutos. É como uma bomba relógio, uma panela de pressão que vai explodir. Nunca dá pra saber exatamente o que ele pensa nem para acreditar em alguma coisa que ele promete. Às vezes penso que deveriam criar uma sociedade paralela só para sociopatas, mas uns matariam os outros, com certeza. Para não correr o risco de botar no mundo outra pessoa dessas, convencemos nosso filho a fazer vasectomia. Dói muito dizer que seu filho é um psicopata, mas fazer o quê? Matar você não pode. Tem que ir convivendo na esperança de que um dia a medicina dê conta de casos assim.”

*Depoimento de Norma, 50 anos, dona-de-casa do Guarujá (SP), mãe de Guilherme, 28, diagnosticado como psicopata.

As características de um psicopata

Charme

Tem facilidade em lidar com as palavras e convencer pessoas vulneráveis. Por isso, torna-se líder com freqüência. Seja na cadeia, seja em multinacionais.

Inteligência

O QI costuma ser maior que o da média: alguns conseguem se passar por médico ou advogado sem nunca ter acabado o colegial.

Ausência de culpa

Não se arrepende nem têm dor na consciência. É mestre em botar a culpa nos outros por qualquer coisa. Tem certeza de que nunca erra.

Espírito sonhador

Vive com a cabeça nas nuvens. Mesmo se a situação do sujeito estiver miserável, ele só fala sobre as glórias que o futuro lhe reserva.

Habilidade para mentir

Não vê diferença entre sinceridade e falsidade. É capaz de contar qualquer lorota como se fosse a verdade mais cristalina.

Egoísmo

Faz suas próprias leis. Não entende o que significa “bem comum”. Se estiver tudo ok para ele, não interessa como está o resto do mundo.

Frieza

Não reage ao ver alguém chorando e termina relacionamentos sem dar explicação. Sabe o cara que “foi comprar cigarro e nunca mais voltou?” Então.

Parasitismo

Quando consegue a confiança de alguém, suga até a medula. O mais comum é pedir dinheiro emprestado e deixar para pagar no dia 31 de fevereiro.
Fazia tempo que eu não lia uma reportagem da super interessante que achasse boa. Mas talvez seja o autor, já li vários textos bons dele.

A maioria desses estudos que ele cita superficialmente eu já vi citarem em congressos e cursos...

[MENTION=104]night[/MENTION]; curte !

Fonte: http://super.abril.com.br/comportame...igo-psicopata/





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troy
Trooper
 

21-06-17, 23:40 #2
Muito bom. Me interesso muito no assunto.

Acredito que existam níveis de psicopatia e isso não foi levado em conta no texto.. ele generalizou demais, mas excelente.

troy is offline   Reply With Quote
death2k
Trooper
 

Gamertag: flavinhufix Steam ID: 76561197981543846
22-06-17, 08:49 #3
Se não for o seu amigo do lado, então sou eu ? =D kkkkk

death2k is offline   Reply With Quote
ReDEviL
Trooper
 

Steam ID: manolobio
22-06-17, 09:03 #4
Muito bom o texto, eu tenho 100% de certeza que tem um cara sociopata/psicopata onde trabalho, agora lendo isso tenho mais convicção ainda hehe. O tipo é mentiroso, nunca está errado ou assume as cagadas, mesmo todos tendo certeza absoluta de que foi ele o culpado, além de tentar se passar como amigão de todos, mas na verdade é uma baita sanguessuga, apenas age assim pra conseguir o que tem interesse..

ReDEviL is offline   Reply With Quote
Hades
Trooper
 

22-06-17, 16:12 #5
não consegui ler tudo, mas me lembrei de um livro que comecei a ler há uns anos e não terminei:

Mentes Perigosas - o Psicopata mora ao lado.

conhece esse, [MENTION=110]EviLBraiN[/MENTION]; ?

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ircF
Trooper
 

22-06-17, 17:10 #6
Evil, sei que existe mtas variáveis, mas o documentario do canibal japones me deixou com algumas duvidas com relação a esses indices de psicopatia.

Eu lembro que ele tinha cometido os assassinatos na França e quando retornou pro Japao por alguns "problemas " da lei ele acabou solto. E o que mais me marcou foi a entrevista dele, ja velho ,no documentario, falando de como estava esperando ser preso e executado.

Ele chega a sorrir ate, como quem se sentia alegre de que finalmente iam parar com a loucura dele, como alguem preso dentro de um corpo de um assassino pedindo para ser detido.

Achei bem complexo o tema, poderia ter sido que nesse caso trata-se de uma pessoa normal dentro de um corpo de psicopata, por assim dizer, onde os instintos assassinos acabam controlando a pessoa (ele varias vezes menciona q ele chegava a perder o controle de tanta vontade que tinha de morder e comer a carne das nadegas das pessoas).. existe alguma condição assim identificada oficialmente tambem?

ircF is offline   Reply With Quote
Zigfried
Trooper
 

XFIRE ID: k00patroopa Steam ID: koopatroopa_
22-06-17, 17:19 #7
Tive uma aluna que na época, ela tinha uns 12 anos (hj deve ter uns 16) que foi adotada por uma família bem de grana.
Não sei ao certo o pq a adotaram, sendo que o casal já tinha 2 filhos pequenos e a menina foi adotada já com uma idade "incomum". Aos 11 anos +-.

Como a familia tinha grana, colocaram a menina numa vida que ela jamais imaginaria. Aniversário na Disney, iPhone no bolso, férias em Cancun e por aí vai. Os pais nem tinham emprego basicamente. Viviam, pelo que falavam, de renda de herança e tal.

Na escola, apesar da defasagem absurda, era uma gracinha. Mto educadinha, simpática e ar de maturidade comparada a molecada dessa faixa etária.

Um certo dia a menina desapareceu. Não ia mais pra escola. Soubemos dps de alguns dias que ela tinha sido "devolvida pro orfanato".

Dps de alguns dias descobrimos que foi devolvida pq a menina tinha tentado, mais de uma vez, matar a filha mais nova do casal. Coloco veneno de rato na mamadeira, algo assim. Sem falar na zueira em casa. Rasgou roupa de não sei qm, jogava perfume no ralo, etc. Os pais até dormiam com a porta trancada.

Uma psicopatinha.

Me lembrou aquele filme O Anjo Malvado.

Zigfried is offline   Reply With Quote
percezione
Trooper
 

Steam ID: brunorei
22-06-17, 19:11 #8
Evil, sempre tive uma dúvida: ter posicionamento político de extrema direita neoliberal pode ser considerado como psicopatia ou sociopatia em algum nível?

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downcast
Trooper
 

22-06-17, 19:57 #9
Tudo culpa do demonho do quake

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troy
Trooper
 

22-06-17, 20:16 #10
Pode ter certeza que em Brasília o nível é altíssimo.
Os grandes são todos psicopatas. Mentem descarada e continuamente, não sentem culpa, não assumem os erros, acumulam capital, etc..

troy is offline   Reply With Quote
EviLBraiN
Trooper
 

22-06-17, 20:17 #11
Quote:
Postado por Hades Mostrar Post
não consegui ler tudo, mas me lembrei de um livro que comecei a ler há uns anos e não terminei:

Mentes Perigosas - o Psicopata mora ao lado.

conhece esse, [MENTION=110]EviLBraiN[/MENTION]; ?
Não li. Será que seria a história q originou o filme com o mesmo nome ? Com a Michelle Pfeiffer gostosona.

To lendo o Let´s Talk about Kevin. Do filme tb. Mas o livro é denso, e comprei em ingles e usa uma linguagem foda de se ler...

Quote:
Postado por ircF Mostrar Post
Evil, sei que existe mtas variáveis, mas o documentario do canibal japones me deixou com algumas duvidas com relação a esses indices de psicopatia.

Eu lembro que ele tinha cometido os assassinatos na França e quando retornou pro Japao por alguns "problemas " da lei ele acabou solto. E o que mais me marcou foi a entrevista dele, ja velho ,no documentario, falando de como estava esperando ser preso e executado.

Ele chega a sorrir ate, como quem se sentia alegre de que finalmente iam parar com a loucura dele, como alguem preso dentro de um corpo de um assassino pedindo para ser detido.

Achei bem complexo o tema, poderia ter sido que nesse caso trata-se de uma pessoa normal dentro de um corpo de psicopata, por assim dizer, onde os instintos assassinos acabam controlando a pessoa (ele varias vezes menciona q ele chegava a perder o controle de tanta vontade que tinha de morder e comer a carne das nadegas das pessoas).. existe alguma condição assim identificada oficialmente tambem?
Não conheço o caso. Mas o diagnóstico não é excludente. Pode-se ter psicopatia e mais outros problemas. Casos graves em geral possuem vários. ( aquele champinha por ex, ouvi de quem avaliou ele que ele além de psicopatia possui retardo mental leve, ficando praticamente impossível dele entender pq o q ele fez é errado )

Acredito que talvez ele tenha percebido que ele seria "anormal" comparado ao restante da sociedade. E q ele tinha muita dificuldade em não ser quem ele era. Então reconhecia que seria melhor pra sociedade se ele morresse. Mas não acredito em um arrependimento dele, pq seria uma habilidade que ele não teria.

Quote:
Postado por percezione Mostrar Post
Evil, sempre tive uma dúvida: ter posicionamento político de extrema direita neoliberal pode ser considerado como psicopatia ou sociopatia em algum nível?
 


https://www.amazon.com.br/Esquerdist.../dp/8567394872

Quote:
O Dr. Lyle Rossiter escreveu este livro para contribuir no combate à destrutividade dos ataques da mentalidade progressista ao estabelecimento da justiça, à promoção da paz, à garantia da defesa da nação, à promoção do bem-estar geral e às bênçãos da liberdade.

O conteúdo do livro é resultado de um interesse de toda a vida do pesquisador e cientista por saber como funciona a mente humana. Trata-se de uma tentativa de conectar mecanismos da mente a certas condições econômicas, sociais e políticas, aquelas sob as quais a liberdade e a ordem podem florescer.
Dá uma lida aí champz...

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EviLBraiN
Trooper
 

22-06-17, 20:17 #12
Quote:
Postado por troy Mostrar Post
Pode ter certeza que em Brasília o nível é altíssimo.
Os grandes são todos psicopatas. Mentem descarada e continuamente, não sentem culpa, não assumem os erros, acumulam capital, etc..
Exato.

Na psiquiatria a gente brinca que o psicopata burro vira assaltante de mão armada. O psicopata inteligente vira político.

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
percezione
Trooper
 

Steam ID: brunorei
22-06-17, 20:47 #13
http://www.libertymind.com/

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

percezione is offline   Reply With Quote
percezione
Trooper
 

Steam ID: brunorei
22-06-17, 21:10 #14
This
"Like all other human beings, the modern liberal reveals his true character, including his madness, in what he values and devalues, in what he articulates with passion. Of special interest, however, are the many values about which the modern liberal mind is not passionate: his agenda does not insist that the individual is the ultimate economic, social and political unit; it does not idealize individual liberty and the structure of law and order essential to it; it does not defend the basic rights of property and contract; it does not aspire to ideals of authentic autonomy and mutuality; it does not preach an ethic of self-reliance and self-determination; it does not praise courage, forbearance or resilience; it does not celebrate the ethics of consent or the blessings of voluntary cooperation. It does not advocate moral rectitude or understand the critical role of morality in human relating. The liberal agenda does not comprehend an identity of competence, appreciate its importance, or analyze the developmental conditions and social institutions that promote its achievement. The liberal agenda does not understand or recognize personal sovereignty or impose strict limits on coercion by the state. It does not celebrate the genuine altruism of private charity. It does not learn history's lessons on the evils of collectivism."


Then this:
"What the liberal mind is passionate about is a world filled with pity, sorrow, neediness, misfortune, poverty, suspicion, mistrust, anger, exploitation, discrimination, victimization, alienation and injustice. Those who occupy this world are "workers," "minorities," "the little guy," "women," and the "unemployed." They are poor, weak, sick, wronged, cheated, oppressed, disenfranchised, exploited and victimized. They bear no responsibility for their problems. None of their agonies are attributable to faults or failings of their own: not to poor choices, bad habits, faulty judgment, wishful thinking, lack of ambition, low frustration tolerance, mental illness or defects in character. None of the victims' plight is caused by failure to plan for the future or learn from experience. Instead, the "root causes" of all this pain lie in faulty social conditions: poverty, disease, war, ignorance, unemployment, racial prejudice, ethnic and gender discrimination, modern technology, capitalism, globalization and imperialism. In the radical liberal mind, this suffering is inflicted on the innocent by various predators and persecutors: "Big Business," "Big Corporations," "greedy capitalists," U.S. Imperialists," "the oppressors," "the rich," "the wealthy," "the powerful" and "the selfish.""

TL;DR: Quem obtém sucesso no mundo capitalista conservador do guru do Evil é auto-confiante, determinado, corajoso, paciente, tolerante, resiliente, ético, com retidão moral, competente, altruísta e caridoso.

Considerando que 1% dos mais ricos possuem 50% da riqueza do mundo, esses 1% são os mais éticos, competentes, etc.

Os que não se deram bem no mundo capitalista do guru do Evil: fizeram escolhas erradas, possuem máus hábitos, julgamento equivocado, não tem vontade suficiente, falta ambição, baixa tolerância a frustrações, doença mental, desvios de caráter, não sabem planejar o futuro ou aprender com suas próprias experiências.

Eu queria fazer parte daqueles 1% de altruístas

percezione is offline   Reply With Quote
CtrlA
Trooper
 

Steam ID: ctrla0
22-06-17, 22:42 #15
Mantém o foco do tópico, por favor. Deixa essas picuinhas políticas pro privado de vocês. Pqp

CtrlA is offline   Reply With Quote
ReDEviL
Trooper
 

Steam ID: manolobio
23-06-17, 06:11 #16
Pra que tu vem cagar o tema político aqui cara? DS já está morrendo, daí qdo tem um tema massa vem um arrombado querendo desvirtuar td....

ReDEviL is offline   Reply With Quote
kakarotto
Trooper
 

PSN ID: kakarotto_DS
23-06-17, 08:26 #17
Vai ver que o brunogay eh carente e quer atenção.
Ta conseguindo, parabens!

kakarotto is offline   Reply With Quote
troy
Trooper
 

23-06-17, 09:15 #18
Acho válido fazer essa relação porque de fato nós somos governados por psicopatas.
A questão é que o brunogay é uma ovelhinha e atribui tudo a uma ideologia política. Nesses momentos ele se esquece das atrocidades de hitler, stalin, mao, fidel, assassinos renomados que conquistaram seus ideais de poder através de atitudes psicopatas. Mais recentes, os atos de chaves, maduro, lula, renan, etc.. mentirosos compulsivos e que o cativam.

Há duas maneiras de conquistar o poder, uma é pela política outra é pela economia.

O psicpata político adora as ovelhas e nós sabemos qual pensamento busca mais ovelhas. Eles adoram o estado grande e o povo no limbo porque é mais fácil de impor suas vontades.

O psicopata rico adora dinheiro, busca altos rendimentos e alta lucratividade. Explora os trabalhadores, adora o caos e as guerras.

Existe uma excessão nos ricos, porque há muitos que não são psicopatas mas sim gananciosos. Agora nos esquerdistas é impossível fazer o que fazem sem muita mentira e desonestidade. Obviamente não estou falando da massa de manobra, que na essência é ignorante, mas dos que realmente chegam no poder e cativam multidões.

troy is offline   Reply With Quote
ircF
Trooper
 

23-06-17, 09:31 #19
denunciei pois esta desvirtuando o topico.

Para de encher o saco Brunorei.

ircF is offline   Reply With Quote
whiplash
Trooper
 

Steam ID: whi
23-06-17, 10:32 #20
lula diagnosticado amanhã



also: you must spread some reputation around
exijo negativar esse GORDO ESTRUMOSO do brunorei mais de uma vez nesse tópico
dá teus pulo aí jeep
tem até o meio dia

whiplash is offline   Reply With Quote
death2k
Trooper
 

Gamertag: flavinhufix Steam ID: 76561197981543846
23-06-17, 10:40 #21
Nunca dê sua confiança livremente. Cuidado com qualquer pessoa que espere isso de você. Nossa confiança deve ser conquistada.
O sinal mais ignorado da psicopatia é um "comportamento estranhamente tranquilo".
Não confronte um psicopata a respeito da psicopatia, isso seria o equivalente a acuar um animal selvagem em um canto.
Tome cuidado ao confiar nos familiares supostamente gentis da pessoa em questão, a psicopatia é uma condição comprovadamente genética.

Os psicopatas podem entrar nas suas redes sociais para aproximarem-se de você ou para jogar seus amigos contra você no futuro.
O alvo dos sociopatas são pessoas muito legais. Se você foi vítima de um, isso não significa que exista algo errado, mas talvez que você tenha alguma coisa que ele queira e se sinta no direito de tomar.
Os sociopatas testam seus limites para descobrir se você é do tipo que se sacrifica para agradar aos outros. Eles começam pedindo pequenos favores pessoais que fazem você se sentir incluído, mas o incomodam levemente ("Ligue para me acordar", "Ajude-me a encontrar um emprego", etc.)
Um psicopata fornece quatro mensagens: 1. Eu gosto de você; 2. Eu sou exatamente como você; 3. Seus segredos estão seguros comigo; 4. Sou o amigo/amante perfeito para você. Assim, ele cria uma ligação íntima muito rapidamente com sua vítima.[16]
Os sociopatas são pessoas divertidas porque estão sempre à procura de novas formas de entretenimento e o convidam para acompanhá-lo. Eles poderão levá-lo a um parque de diversões e dizer que estão fazendo isso especialmente para você, quando na verdade já estavam indo de qualquer forma, independentemente da companhia. Nada é feito para você porque, neurologicamente, os psicopatas só pensam neles mesmos.

Isso tudo não seria um Sociopata ?

death2k is offline   Reply With Quote
EviLBraiN
Trooper
 

23-06-17, 18:57 #22
É praticamente sinônimo. Alguns fazem uma leve diferenciação, mas pode tratar como sinônimo.

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
WaR WoLf
Trooper
 

24-06-17, 11:15 #23
Eu tenho isso. Um método simples que me ajudou a lidar com esta condição foi carregar uma pequenina agenda de bolso negra.

Sempre que acabo de conhecer uma pessoa nova procuro nos bolsos a caderneta e anoto o nome do dito-cujo ou dita-cuja com a seguinte observação "Favor não matar". Creio que por ser um comando meu, e não externo, tenho facilidade de cumpri-lo.

E as coisas estão correndo de forma excelente! Meu ratio este ano é de 92% - mas vou tentar melhor esse número conhecendo mais pessoas até o final do ano.

WaR WoLf is offline   Reply With Quote
troy
Trooper
 

24-06-17, 11:18 #24
Hello Dexter!

pior que eu não duvido nada...

troy is offline   Reply With Quote
yahoo!?
Trooper
 

Steam ID: STEAM_0:0:3711915
25-06-17, 20:24 #25
Eu sinto "cheiro" de psicopatas de longe, sabe como?

Assistindo DATENA! Eu aprendo muito vendo os casos

Cheguei a uma conclusão outro dia, falam de PSICOPATAS, mas existe uns 11 tipos de psicopatas:

1 - O assentimental: A palavra diz tudo, nem amor, nem ódio.

2 - O persecutório: Conspira que todos estão conspirando contra ele.

3 - O psicótico: Age pela imaginação de algo que nunca aconteceu.

4 - O prepotente: Acredita ser superior a todos os mortaiis

5 - O mentiroso: Inventa estorias sobre si, sem evidências ou testemunhas. E inventa dos outros, também.

6 - O stalker: Não larga o osso, e diz saber tudo da pessoa

7 - O falso: Tá nem aí para voce, desde voce pague a breja

8 - O pervertido: geralmente encoxa menina no onibus

9 - O pedófilo: A palavra diz tudo...

10 - O especialista: arma o plano perfeito para o objetivo

11 - O político: abusa da sua autoridade ou posição hierarquica superior para obter alguma benesse ilicita.

Todos eles agem particularmente iguais, reagem até mesmo na hora de serem presos de modo que não se importam com o que fizeram, nem ao menos, tem importancia, valor, virtude ou qualquer tipo de parametro de regras sociais.

Talvez a maior iluminação que já tive sobre isso estudando o tema, é que os Psicopatas não temem policia, armas ou morte, desde que ele consiga uma vingança, um roubo, um estupro, um assassinato, que é o desejo do psicopata, de alguma forma, fazer um mal para ter um certo objeto, ou ter prazer, ou ter dinheiro, ou simplesmente, porque é no fundo, um assassino por natureza.

yahoo!? is offline   Reply With Quote
NITRO
Trooper
 

25-06-17, 20:58 #26
"Não li. Será que seria a história q originou o filme com o mesmo nome ? Com a Michelle Pfeiffer gostosona. "

Mentes perigosas o livro fala sobre psicopatas
 


Mentes perigosas o filme fala de uma professora e uma turma de desequilibrados, mas não tinha nenhum psicopata na parada.
 


Last edited by NITRO; 25-06-17 at 21:11..
NITRO is offline   Reply With Quote
kakarotto
Trooper
 

PSN ID: kakarotto_DS
26-06-17, 09:03 #27
Eu tenho esse livro, eh mto show. A autora conta os casos reais que existiram e comenta o perfil dos assassinos. Tem ate o caso daquele Guilherme de Padua que matou a Daniella Perez.


Last edited by kakarotto; 26-06-17 at 09:09..
kakarotto is offline   Reply With Quote
NITRO
Trooper
 

26-06-17, 10:55 #28
Eu li a primeira edição em PDF e comprei a segunda edição.

NITRO is offline   Reply With Quote
vegetous
Trooper
 

XFIRE ID: carniceiru
26-06-17, 13:27 #29
Pela reportagem existe o psicopata assassino e o psicopata filho da puta, mas não se falou nada sobre a existência ou não de psicopata que não seja nocivo à sociedade!

vegetous is offline   Reply With Quote
EviLBraiN
Trooper
 

26-06-17, 14:00 #30
Quote:
Postado por vegetous Mostrar Post
Pela reportagem existe o psicopata assassino e o psicopata filho da puta, mas não se falou nada sobre a existência ou não de psicopata que não seja nocivo à sociedade!
A característica essencial é a falta de empatia. Ele não sente nada pelos outros. Então ele sempre faz o q vai trazer retorno pra ele. Não é q ele quer fazer bem ou mal pra sociedade. Isso não entra na conta. Se o q for bom pra ele fizer bem pra sociedade, ok. Se o q for bom pra ele fizer mal pra sociedade, ok tb.

Tanto q é a proposta sobre o q se fazer com eles. Colocar ele numa forma q o melhor pra ele sempre seria resultado dele fazer algo bom, ou pelo menos não ruim, pros outros. ( não q isso já não seja a forma q a sociedade tenta ser para todos, talvez falte só ser efetivo)

Agora quem além da falta de empatia ainda tem esses instintos assassinos "do nada". Aí é foda total.

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
KurtCobain
Trooper
 

26-06-17, 16:23 #31
Tenho um amigo aqui que mente pra caralho e fala com uma naturalidade absurda, quem não conhece acaba acreditando mas quem conhece sabe que é absurdo, até acabam se afastando dele.

Por exemplo fala que tem jatinho, empresa com 8000 funcionários.
Depende a pessoa ele fala tal coisa tb, pros mais próximos não fala esses absurdos mas fala outras coisas.

Sempre achei que era mitomano tinha achado essa palavra, mas será que ele cabe como psicopata tb?

KurtCobain is offline   Reply With Quote
Never Ping
🌀 Trooper
 

Gamertag: Willian Braga PSN ID: Never_Ping XFIRE ID: neverping Steam ID: neverping
26-06-17, 16:36 #32
Quote:
Postado por KurtCobain Mostrar Post
Tenho um amigo aqui que mente pra caralho e fala com uma naturalidade absurda, quem não conhece acaba acreditando mas quem conhece sabe que é absurdo, até acabam se afastando dele.

Por exemplo fala que tem jatinho, empresa com 8000 funcionários.
Depende a pessoa ele fala tal coisa tb, pros mais próximos não fala esses absurdos mas fala outras coisas.

Sempre achei que era mitomano tinha achado essa palavra, mas será que ele cabe como psicopata tb?
Pra mim está mais pra mitomania do que psicopatia.

Never Ping is offline   Reply With Quote
EviLBraiN
Trooper
 

26-06-17, 17:40 #33
Nesse caso a mentira deve ser uma ferramenta. Tem q ver o q ele quer mentindo. O objetivo.

Se for pra comer mulher. Ser aceito em grupos. Etc... Agora se for pra convencer outros a entrarem pra MMN, aí é psicopatia... Hahaha

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
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