Darkside  

Voltar   Darkside > Darkside > Entretenimento

Responder
 
Thread Tools
deadcow
Trooper
 

Gamertag: deadcaw PSN ID: deadcaw
Default Black Swan, Darren Aronofsky

22-08-10, 00:34 #1
 

Direção: Darren Aronofsky
Elenco: Mila Kunis, Barbara Hershey, Winona Ryder (Beth), Vincent Cassel, Natalie Portman

Sinopse: Situado no mundo do balé, o filme aborda a conturbada e manipuladora relação entre uma dançarina veterana e uma rival.

Black Swan segue Nina, uma bailarina de Nova York cuja vida gira em torno de sua dança. Quando o diretor Thomas Leroy (Cassel) decide substituir a dançarina principal (Ryder) para a nova temporada de Lago dos Cisnes, Nina se torna sua primeira opção.

Mas ela tem competição: uma nova bailarina, Lily (Kunis), também chama a atenção do diretor. O papel requer uma dançarina que possua a inocência e a graça do Cisne Braco e, ao mesmo tempo, a sensualidade e a malícia do Cisne Negro.

Enquanto Nina seria perfeita para viver o cisne branco, Lily é a própria personificação do cisne negro. A rivalidade entre as duas personagens vai se transformar em uma estranha amizade e Nina vai se aproximar, perigosamente, de seu lado negro.

O filme estreia nos Estados Unidos em 01 de dezembro. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil.







deadcow is offline   Reply With Quote
Kerpa!100
Carry
 

PSN ID: Kerpa100 Steam ID: Kerpa Wii Code: 1715 1365 8365 5261
22-08-10, 00:56 #2
Li o plot e achei chato
Vi o trailer e acabei curtindo! HAEUHEW

Kerpa!100 is offline   Reply With Quote
intel
Banned
 

22-08-10, 20:05 #4
Natalie Portman + Mila Kunis = meupauesfolado

intel is offline   Reply With Quote
Many Kalaveraa
The real (1)
 

XFIRE ID: Mannyy Steam ID: 76561197992661279
23-08-10, 23:30 #5
(1)

Many Kalaveraa is offline   Reply With Quote
intel
Banned
 

30-01-11, 17:44 #6
Filme foda!


[SPOILER]JIZZ IN MY PANTS!

intel is offline   Reply With Quote
Gunner
Doctor
 

30-01-11, 17:48 #7
Filme sensacional mesmo! Mais pela atuação de Portman e pela direção impecável de Aronofsky, cada vez mais sou fã desse cara...a forma como ele termina os filmes arrepia...

Gunner is offline   Reply With Quote
Mavericko
Trooper
 

02-02-11, 02:54 #8
Foda d+ o filme, Natalie Portman destruiu e atuou epicamente, recomendadissimo.

PS:esse filme me lembrou bastante perfect blue, oq me fez gostar + ainda.

Mavericko is offline   Reply With Quote
FeDaYkIn
e tenho dito
 

02-02-11, 11:53 #9
gostei mto tb

não sou nenhum especialista em filmes, mas esse me deixou ligadao o tempo todo, belas atuações e putz... parecia q ja estava assistindo a um classico.

recomendo

FeDaYkIn is offline   Reply With Quote
intel
Banned
 

04-02-11, 11:18 #10
Entrevista do Omelete com a Mila Kunis...
http://www.omelete.com.br/cinema/cis...ta-mila-kunis/

Você pode falar um pouco sobre a cena sexo? Foi sua primeira cena do tipo?
Eu fiz um filme chamado Depois do Sexo, com a Zoë Saldana, onde ela interpretava minha namorada, mas nunca tivemos uma cena de sexo. Tivemos a cena do que acontece depois que você transa, então talvez isso não conte. Então esta seria minha primeira vez.

Você e Natalie chegaram a discutir alguma coisa antes de fazer a cena, para deixar as coisas mais confortáveis?
Toda vez que se faz uma cena de sexo em um filme é um pouco desconfortável, seja do mesmo sexo ou do sexo oposto. A parte boa de tudo isso é que Natalie e eu tivemos a sorte de já sermos amigas antes da produção, o que fez as coisas ficarem bem mais fáceis. Nós não chegamos a discutir muito. Nós meio que só fizemos. Fazia sentido para a personagem. Não foi só pelo choque. Não era algo que nós precisássemos justificar em nossas mentes enquanto fazíamos. Foi aquilo. A verdade é que nós eramos amigas antes do filme, então foi tudo bem mais fácil.


Pronto spoilei... mentira, não tem como estragar uma cena dessas. Vão ver no cinema isso. hauehueahue

intel is offline   Reply With Quote
Kerpa!100
Carry
 

PSN ID: Kerpa100 Steam ID: Kerpa Wii Code: 1715 1365 8365 5261
06-02-11, 13:56 #11
Vi no cinema ontem! Fantástico o filme, altas cenas foderásticas
Arrepiei em dobro no final!

[SPOILER]E em triplo nas briga de aranha

Kerpa!100 is offline   Reply With Quote
Vassourada
Cada vez mais ridículos
 

06-02-11, 14:15 #12

Vassourada is offline   Reply With Quote
Hobbes
Trooper
 

06-02-11, 16:33 #13
Muito bom o filme, recomendo.

Hobbes is offline   Reply With Quote
deadcow
Trooper
 

Gamertag: deadcaw PSN ID: deadcaw
06-02-11, 20:47 #14
só comentando vassourada, aquele logo do baconfrito parece um penis com cara uhahuauhe

deadcow is offline   Reply With Quote
u3663
Trooper
 

07-02-11, 08:24 #15
Assisti e afirmo que é o melhor filme de 2011.

Segue critica do pablo villaça.

[SPOILER]Parte 1: Odette e a Razão

Cisne Negro é o que o clássico Os Sapatinhos Vermelhos seria caso tivesse sido dirigido por David Cronenberg e David Lynch numa parceria inédita. Utilizando o balé O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky, como centro narrativo exatamente como aquele excepcional longa de Michael Powell e Emeric Pressburger empregava a fábula concebida por Hans Christian Andersen, este filme de Darren Aronofsky representa não apenas uma bela homenagem ao balé como ainda funciona como um fascinante olhar sobre o processo criativo de uma artista obcecada por detalhes – além, claro, de representar uma experiência aterrorizante que deixaria orgulhosos os dois Davids citados no início deste texto.

Escrito por Mark Heyman, John J. McLaughlin e Andres Heinz a partir de argumento concebido por este último, Cisne Negro acompanha a bailarina Nina Sayers (Portman), que, depois de anos integrando o corpo de baile de uma grande companhia de dança, finalmente ganha a oportunidade de protagonizar um espetáculo quando a antiga estrela do grupo, a veterana Beth Macintyre (Ryder), é obrigada pelo diretor Thomas Leroy (Cassel) a se aposentar depois que o público começa a escassear. Profundamente dedicada à dança, Nina mora com a mãe, a ex-bailarina Erica (Hershey), e enxerga a chance de estrelar O Lago dos Cisnes com ambigüidade: por um lado, é a realização de um antigo sonho; por outro, logo começa a sentir a pressão por não conseguir incorporar toda a sensualidade exigida pelo papel de Odile, o “cisne negro” que se passa pela casta Odette (esta naturalmente vivida pela moça sem dificuldades). Torturada por estranhas visões, Nina ainda enfrenta a ameaça representada pela chegada de uma nova bailarina, Lily (Kunis), cuja espontaneidade logo atrai a atenção de Thomas.

Adotando uma lógica sombria já em sua cena inicial, o filme mergulha o espectador no inconsciente de Nina desde o primeiro segundo, quando acompanhamos seu pesadelo calcado em escuridão. Já desperta, a moça não perde um momento sequer antes de calçar as sapatilhas e testar o próprio corpo, deixando claro de imediato que todos os minutos de seu dia são dedicados incondicionalmente à sua Arte. Além disso, mesmo antes de ser eleita sucessora de Beth pelo exigente Thomas, a protagonista já surge insegura e intimidada como se estivesse sendo vítima de um escrutínio impiedoso por parte de suas colegas – e o design de som da produção é fabuloso ao nos remeter a esta paranóia contínua de Nina através de sussurros constantes que ora soam como risadas de escárnio, ora como críticas veladas às suas performances no palco.

Magra a ponto de inspirar preocupação, Natalie Portman encarna Nina como uma criatura extremamente frágil que parece sempre prestes a desabar: bulímica e determinada a atingir a “perfeição” (um conceito que Thomas enxerga de forma diferente, por sinal), a garota se comunica com uma voz delicada que muitas vezes parece nem deixar sua garganta completamente, falhando em se impor até mesmo ao ser provocada pelas demais bailarinas. Parte desta passividade enlouquecedora se deve, claro, à própria falta de paixão que se manifesta também em sua técnica excessiva, mas não só: infantilizada pela mãe, Nina expõe sua fragilidade emocional até mesmo em seu quarto de tons rosas e abarrotado de bonecos de pelúcia – e que, como se não bastasse, não lhe oferece a menor privacidade, já que Erica jamais permite que a filha tranque a porta.

Assim, o que resta à garota é mesmo o balé – algo que Portman ilustra com uma verossimilhança impressionante desde a primeira cena, quando Aronofsky acompanha os movimentos elegantes de seus pés apenas para subir a câmera e revelar que se trata da própria atriz e não de uma dublê. Além disso, ao manter seus quadros sempre próximos da moça enquanto esta gira pelo palco, o cineasta imprime uma formidável energia aos números, retratando a intensidade dos exaustivos ensaios com brilhantismo (e aqui mais uma vez o design sonoro merece destaque por ressaltar os esforços da protagonista através do ranger do assoalho sob seus pés e até mesmo ao remeter ao desgaste de suas articulações durante as coreografias). Neste sentido, aliás, Aronofsky é hábil também ao explicitar a necessidade da repetição infinita durante os ensaios até que tudo chegue ao ponto ideal – um tema caro a qualquer artista e que é representado também pelas várias pinturas que, praticamente idênticas, preenchem o quarto (e o tempo) da mãe da bailarina.

Erica, vale dizer, é interpretada por Barbara Hershey com uma complexidade intrigante: ainda que pareça realmente torcer pelo sucesso da filha, a ex-bailarina exibe uma sutil crueldade ao discutir os obstáculos enfrentados por esta – e o fato de manter o cabelo preso num coque típico de dançarina remete diretamente à carreira que teve que abandonar ao se tornar mãe e que ainda é motivo de um claro ressentimento na relação das duas mulheres (além disso, ao vestir-se sempre de preto, Erica se torna uma alusão constante ao lado adulto, independente e sedutor, que Nina tem dificuldade em alcançar). Enquanto isso, Vincente Cassel surge intenso e exibindo imensa autoridade como Thomas, sendo competente ao deixar óbvia a frustração que seu personagem sente diante da incapacidade de sua nova estrela de abraçar a própria sensualidade ao dançar como Odile, o cisne negro – e em certo momento, o ator consegue a proeza de permitir que o espectador perceba, sem que diga uma palavra, o impulso do diretor de substituir Nina por Lily.

Um impulso natural e compreensível, diga-se de passagem, já que a Lily composta por Mila Kunis é o oposto da Nina de Portman: enquanto a primeira claramente se diverte ao dançar (mesmo que pecando pela ocasional falta de técnica), a segunda parece sempre torturada em seus esforços absurdos de realizar cada movimento com precisão absoluta, contrapondo a visceralidade da novata à racionalidade artística da veterana – e discutirei outros aspectos desta dualidade na segunda parte do texto. Aliás, Natalie Portman merece todos os aplausos do mundo ao deixar evidente a dureza da performance de sua personagem ao dançar como Odile: ao mesmo tempo em que apreciamos a fluidez de seus passos, percebemos claramente a ausência do elemento de sedução cobrado por Thomas, o que é fundamental para que compreendamos o arco dramático percorrido pela protagonista.

Mas Cisne Negro não é uma vitória apenas para Portman; dono de um currículo tão impecável quanto o da Pixar (e, sim, incluo aí o subestimado Fonte da Vida), Darren Aronofsky exibe uma inteligência admirável ao forçar o público a compartilhar a paranóia de Nina não só através do já comentado design de som, que ilustra seu medo do fracasso e do ridículo, mas também seu crescente desequilíbrio psíquico e emocional, começando em pequenos instantes de incerteza (como a impressão de ver uma sósia no metrô ou o assustador movimento em uma pintura capturado pelo canto dos olhos) até atingir uma espécie de esquizofrenia descontrolada. Além disso, o cineasta confere autenticidade ao projeto ao enfocar em detalhes o cotidiano das bailarinas, como ao mostrá-las “quebrando” as sapatilhas e arranhando o solado para aumentar o atrito ou ao trazê-las sendo massageadas após um dia de desgastantes ensaios.

Fotografado com talento por Matthew Libatique, que utiliza as sombras com eficiência para estabelecer o clima sufocante da narrativa, Cisne Negro também é beneficiado pela excepcional trilha sonora de Clint Mansell, outro colaborador habitual de Aronofsky, que parece incorporar versões dissonantes dos temas concebidos por Tchaikovsky em sua própria trilha, remetendo constantemente ao balé que se torna uma obsessão dos personagens ao mesmo tempo em que o transforma em algo próprio e profundamente evocativo. E se o design sonoro de Brian Emrich e Craig Henighan merece uma terceira menção neste texto ao evocar também O Lago dos Cisnes através de ruídos como o bater de asas que acompanha sutilmente certos movimentos da protagonista, os efeitos visuais empregados pela produção também se apresentam fabulosos não só pela maneira orgânica com que são incorporados ao projeto, mas também pela qualidade técnica apresentada (e aqui me refiro especificamente aos acontecimentos – que não irei revelar, obviamente – vistos no terceiro ato da projeção).

Explorando ao máximo o sensacional roteiro de Heyman, McLaughlin e Heinz, Cisne Negro acaba criando intrigantes ecos temáticos com a própria obra de Tchaikovsky (vide Os Sapatinhos Vermelhos e Andersen) e também com os demais longas da carreira de seu cineasta, desde a metamorfose autodestrutiva vista em Pi até o salto característico de Mickey Rourke ao final de O Lutador – e, no processo, forja não apenas uma narrativa densa e repleta de simbolismos como ainda surge como um soberbo estudo do processo criativo de uma artista que, como tantos outros colegas de profissão, só consegue se enxergar completa e realizada ao entregar-se sem reservas ao ofício de construir algo belo e significativo.



Parte 2: Odile e o Espelho

(Atenção: aqui discutirei alguns aspectos temáticos e narrativos mais específicos de Cisne Negro e, assim, abordarei incidentes significativos da trama.)

Espelhos e reflexos sempre representaram uma obsessão para cineastas de todo o mundo – algo que surgiu como conseqüência da riqueza de simbolismos que inspiram, claro, mas também do próprio desenvolvimento psíquico pelo qual todos atravessamos até nos reconhecermos como indivíduos (algo que levou, por exemplo, o teórico Jean-Louis Baudry a estabelecer sua genial analogia entre o espectador cinematográfico e a fase do espelho descrita por Lacan). Assim, de Hitchcock a Buñuel ou de Fritz Lang a Tarkovsky, diretores das mais diversas épocas e donos de estilos variados empregaram o jogo de duplos como base temática de uma ou mais de suas obras – mas talvez poucas vezes este tenha sido utilizado de maneira tão intensa e orgânica como em Cisne Negro.

Constantemente levada a observar os próprios movimentos em vários espelhos a fim de refinar sua técnica, Nina Sayers já surge nos primeiros minutos de projeção sentada diante de múltiplos reflexos na sala de seu pequeno apartamento – e não demora muito até que, no metrô que a leva aos ensaios, seja novamente reproduzida na janela do vagão enquanto repara uma figura que, no carro seguinte, parece uma cópia de si mesma (mas envolvida em roupas pretas que contrastam com a brancura de seus próprios trajes). Com isso, Aronofsky logo estabelece a lógica visual que irá reger sua narrativa: o contraste entre branco e preto e, claro, a natureza partida da protagonista.

Pois Nina, como já discutido na primeira parte da crítica, é uma bailarina cuja personalidade frágil e infantilizada estabelece uma combinação perigosa com sua obsessão pela perfeição – especialmente ao ser obrigada a explorar um aspecto desconhecido de sua natureza: a sexualidade. Reprimida por acreditar que a disciplina absoluta lhe trará a precisão técnica que a transformará numa grande dançarina, a moça deixa de lado qualquer prazer que o balé possa oferecer, repetindo mecanicamente os passos concebidos por seu diretor sem jamais conseguir se libertar a ponto de enriquecê-los com a espontaneidade que o sujeito tanto deseja reconhecer em sua performance – e esta limitação auto-imposta que Thomas já afirmara ter observado ao longo dos anos se torna ainda mais prejudicial quando a garota é obrigada a assumir uma personagem que só virá à tona completamente caso construída com visceralidade: Odile, o cisne negro.

É quando surge em cena Lily, que Nina enxerga ora como rival, ora como parceira: espontânea e alegre, a garota logo se apresenta como o reflexo da protagonista, remetendo ao seu tipo físico, mas se comportando de maneira diametralmente oposta – o que se reflete não só nas cores de suas roupas, mas também no fato de Mila Kunis ser uma alternativa morena à alva Natalie Portman. Com isso, o conflito entre Odette, a princesa amaldiçoada de O Lago dos Cisnes, e a mal-intencionada Odile, se reflete também na dinâmica das duas bailarinas, encontrando respaldo nas asas negras que Lily traz tatuadas nas costas e na facilidade com que esta seduz todos ao seu redor. A partir daí, Nina passa a empregar a outra como a representação de seu possível fracasso, criando um alter-ego que, possuindo o rosto de Lily, surge como uma espécie de Tyler Durden de sapatilhas e collant preto.

Assim, aos poucos este lado de Nina parece se descolar de sua metade mais retraída – algo que Aronofsky inicialmente retrata com sutileza ao trazer os reflexos da bailarina se movendo com um levíssimo atraso com relação à moça até eventualmente se libertarem de vez, embora permaneçam por um bom tempo presos do outro lado do espelho (leia-se: em sua mente). À medida que a protagonista se esforça para encontrar Odile, porém, seu alter-ego “Lily Durden” (para diferenciá-la da verdadeira Lily) ganha força e passa a se manifestar fisicamente, como se Nina buscasse liberar a sexualidade há tanto sufocada – e é fascinante notar, por exemplo, como ao surgir deitada na cama, a estampa preta de seu travesseiro branco parece formar um esboço de asa saindo de suas costas, num belo indício da transformação que ela irá experimentar.

E, de fato, a metamorfose é absoluta: se inicialmente Nina dançava de maneira fria e reprimida como Odille, na fantástica dança final ela se entrega de vez à personagem – e Portman oferece uma performance inesquecível ao ilustrar a diferença para o espectador, já que até sua respiração pesada provocada pelo cansaço surge como um gemido quase sexual.

Mas alcançar este feito tem um preço: a esta altura, Nina e Lily “Durden” rivalizam pelo corpo e pela consciência da protagonista (reparem o memorável plano no qual Aronofsky parece fundir as duas brevemente num jogo de reflexos no apartamento da garota até que a segunda se separe e se afaste da primeira) – e, assim, a única maneira de Odile surgir no palco seria através da eliminação completa da recalcada Nina, que, para isso, mata aquela figura que se encontrava em seu caminho rumo à almejada perfeição: ela mesma.

Sua arma? Um afiado pedaço de vidro.

Extraído de um espelho.

Freud teria um orgasmo com este desfecho. E com razão.


Sem mais. O Filme é sensacional. Ele evolui constantemente... causa angustia... preocupação.... 10/10.

u3663 is offline   Reply With Quote
SigSnake
Trooper
 

09-02-11, 23:05 #16
Muito bao o filme
Vale ver no cinema, pra entrar de vez na atmosfera.

[SPOILER]
Além do ja citado: Para o Cisne Negro surgir, o Branco precisava morrer, mostra a perda da ingenuidade, amadurecimento, que quando atravessa essa etapa, nao tem mais volta.

Outro tema que achei muito bem explorado foi o ocaso dos artistas, a mãe da Nina (que nem chegou a ser uma artista propriamente dita, mas teve um fim triste, depositando sua vida em cima da filha) e a propria Beth (uma artista com A maiusculo, e teve um fim mais terrivel que sua mae), e a Nina (provavelmente a sua metade negra) toma a decisao consciente de que nao quer ter o mesmo destino, e ela traça o seu, de maneira felomenal

SigSnake is offline   Reply With Quote
XUXU
Trooper
 

PSN ID: duMagrao Steam ID: xuxuzao
10-02-11, 01:16 #17
achei o filme bem legal
mto bom mesmo

mas acho q vcs estao exagerando um pouco!

XUXU is offline   Reply With Quote
SigSnake
Trooper
 

10-02-11, 06:44 #18
Vai ver é pelo mar de mediocridade que esta sendo produzido atualmente, quando aparece algo diferente, tem que ser elogiado...

SigSnake is offline   Reply With Quote
DiE LuCiaNo
Trooper
 

Steam ID: luhdie
10-02-11, 14:44 #19
Ia postar no Gostei Vids, mas achei melhor aqui mesmo heheue


E ainda tem a Lola!!!

DiE LuCiaNo is offline   Reply With Quote
FeDaYkIn
e tenho dito
 

10-02-11, 14:57 #20
[SPOILER]
A cena dela dançando e se transformando em cisne foi mto épica, pqp.
Fazia tempo memso q nao tinha um filme desse nível.

Só não vai fazer a rapa dos premios pq os premios, bem, vcs sabem

FeDaYkIn is offline   Reply With Quote
Zigfried
Trooper
 

XFIRE ID: k00patroopa Steam ID: koopatroopa_
12-02-11, 01:04 #21
Quote:
Postado por XUXU Mostrar Post
achei o filme bem legal
mto bom mesmo

mas acho q vcs estao exagerando um pouco!
(1)

o filme é demais, mto bom

mas realmente tem um certo exagero em cima disso aee...

Zigfried is offline   Reply With Quote
ircF
Trooper
 

13-02-11, 15:48 #22
discordo,o filme eh FODASTICO e todo elogio eh pouco..

mas eu ouvi tanta merda qdo sai do cinema,especialmente de uns mulekes retardados mentais na fila de cima q considerei genocidio..

ircF is offline   Reply With Quote
du123
Trooper
 

14-02-11, 00:08 #23
Achei sensacional, cheio de links espalhados pelo filme todo. Muito foda MESMO.

du123 is offline   Reply With Quote
MdKBooM
Trooper
 

19-02-11, 16:37 #24
Pela sinopse parecia uma merda, mas com tantas recomendações resolvi ver. Sensacional!

Toda a transformação, as ilusões.. Muito bom mesmo!

MdKBooM is offline   Reply With Quote
maxcool
Banned
 

PSN ID: atcasanova
19-02-11, 16:40 #25
eu achei o melhor do ano (fev/2010 a fev/2011)

maxcool is offline   Reply With Quote
MdKBooM
Trooper
 

19-02-11, 16:44 #26
Quote:
Postado por SigSnake Mostrar Post
de maneira felomenal
 

MdKBooM is offline   Reply With Quote
maxcool
Banned
 

PSN ID: atcasanova
19-02-11, 16:48 #27
Quote:
Postado por Vassourada Mostrar Post
prEvilegiado doeu até no cu
e discordo gigantemente disso:

que se encontra presa a uma teia de intrigas e competição com uma nova rival interpreta por Mila Kunis


[SPOILER]todas as cenas em que ela se encontra em "uma teia de intrigas e competição" com a colega são fruto da sua mente perturbada por causa da pressão que ela se coloca para atingir a perfeição, não tem intriga REAL alguma entre as duas


Last edited by maxcool; 19-02-11 at 16:54..
maxcool is offline   Reply With Quote
Norton
Trooper
 

PSN ID: marcos_norton
19-02-11, 22:08 #28
[SPOILER]Natalie Portman merece o Oscar com certeza. Ela conseguiu transmitir todo o drama que a personagem passa neste filme que é praticamente um monólogo. A maneira como o Cisne Negro vai tomando conta sobre a frágil Nina começa sutil (desde a primeira vez que ela vê Lily e se vê no metrô, o que me lembrou o Clube da Luta) e explode conforme a personagem mergulha em sua loucura. Atingir a perfeição é o objetivo de Nina, não importa as conseqüências, por isso ela se torna o personagem que ela interpreta (Nina, não a Natalie).
Quando o filme terminou, várias pessoas ao meu redor não gostaram e saíam dizendo as manjadas críticas dos ignorantes “quero meu dinheiro de volta’’. Eu não conseguia me levantar da cadeira, queria mais e estava satisfeito pelo que tinha visto. Uma dualidade de sentimento que é bem a cara do filme. Um filme que tem seu desfecho assim como o desfecho da personagem resumido em uma palavra: “perfeito”.

Norton is offline   Reply With Quote
SigSnake
Trooper
 

20-02-11, 14:49 #29
mdk: felomenal > fenomenal

SigSnake is offline   Reply With Quote
Norton
Trooper
 

PSN ID: marcos_norton
20-02-11, 15:10 #30
felomenal é uma espécie de meme de novela. Era repetido infinitamente pelo personagem do Zé Wilker (aquele que acha que entende de cinema e deixa a transmissão do Oscar mais chata p/ quem só tem TV aberta) em "A Senhora do Destino". E eu não me orgulho de saber essa informação.

Norton is offline   Reply With Quote
Vassourada
Cada vez mais ridículos
 

20-02-11, 16:02 #31
Quote:
Postado por maxcool Mostrar Post

que se encontra presa a uma teia de intrigas e competição com uma nova rival interpreta por Mila Kunis
A maneira que isto é colocado é ambíguo, mas não as reações do Cassel e da Winona Ryder, perante ao sistema de "só a melhor ganhará ao palco" durante todo o filme.
A rivalidade é real - o que fica obscuro é se ela acontece de tal maneira ou de outro.

Vassourada is offline   Reply With Quote
EviLBraiN
Trooper
 

20-02-11, 19:44 #32
Achei bom pra caramba também... e vendo no cinema, tela grande, som alto e potente... passa mto bem as emoções...

É um filme que eu pagaria novamente pra rever no cinema....

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
dreisao
Banned
 

23-02-11, 18:05 #33
Gostei do filme, principalmente os enquadramentos do diretor.. o jogo de camera é mto foda, e nunca vi tanta nuca da protagonista em um filme..
Logico q parece a natalie estava chorando o filme inteiro..

eu fui assistir com uma mina, mas pensando em outra q tinha pego q era mto parecida com ela (sorriso e olhar)
 

 



Sobre o filme, a atuacao da natalie é foda, mas mais foda ainda é qdo ela vira a cisne, ela faz uma cara, que dá medo e arrepio, e assim se transforma totalmente.. merece um oscar com certeza...

dreisao is offline   Reply With Quote
deadcow
Trooper
 

Gamertag: deadcaw PSN ID: deadcaw
23-02-11, 18:28 #34
dresion, você está virando o corpi travestido de felipe dylon?

deadcow is offline   Reply With Quote
Aqualung
Trooper
 

Gamertag: Mr Aqualungz Steam ID: Aqualunguer
23-02-11, 18:31 #35
Não é o dreiso esse ae vaca.

Aqualung is offline   Reply With Quote
deadcow
Trooper
 

Gamertag: deadcaw PSN ID: deadcaw
23-02-11, 18:34 #36
eu sei que não, mas ele ta usando um cabelo nojento no mesmo naipe riariairi

deadcow is offline   Reply With Quote
dreisao
Banned
 

23-02-11, 20:24 #37
Quase cara.. quase..

 

dreisao is offline   Reply With Quote
Norton
Trooper
 

PSN ID: marcos_norton
23-02-11, 23:39 #38
 

Norton is offline   Reply With Quote
Jiraya
Trooper
 

24-02-11, 16:12 #39
Aronofsky é o cineasta mais moralista da atualidade ( requiem for a dream e o próprio cisne negro são exemplos claros disso: no primeiro, os óbvios malefícios do excesso de drogas são levado ao extremo, com direito a putrefação, amputação e... degradação sexual; no segundo, a libertação sexual leva à loucura e à morte). Por trás da mensagem pobre de seus roteiros, aronofosky abusa de uma estética forçadona, como aquela garota bonitinha que usa maquiagem demais pra impressionar e acaba se tornando grotesca.

Lógicamente a tchurmina das "artes" que acha que entende de cinema vai à loucura, em um caso clássico de superação da mensagem pela imagem: sinal dos tempos, é claro.

Para não dizer que nunca fez nada de bom, o lutador é um filme decente, contido, com boas atuações. Mas , perceba-se, o cara teve o dom de repetir o final do lutador no cisne negro! É muita cara de pau, jesus...

Jiraya is offline   Reply With Quote
Norton
Trooper
 

PSN ID: marcos_norton
24-02-11, 19:42 #40
Ô sucessor de Togakure, você realmente acredita que se resume a isso? Mero moralismo imposto subliminarmente p/ fazer polêmica?

O filme fala sobre perda da inocência, o desabrochar de uma menina que foi forçada a vida inteira a conseguir o que a mãe dela não conseguiu. A evolução do personagem ao longo do filme não é algo comum de se ver no cinema atual muito menos em cinema americano. De maneira alguma vejo essa imposição de moral que você diz, apenas a exploração do emocional do personagem que já se tornou marca registrada do diretor e não cara de pau de se repetir.

Norton is offline   Reply With Quote
Hobbes
Trooper
 

24-02-11, 20:17 #41
Engraçado, essa idéia da imposição do moralismo me ocorreu logo depois que eu vi o filme, lembrando um pouco do fim do "Requiem For A Dream", mas concordo com o Norton.

Hobbes is offline   Reply With Quote
Zigfried
Trooper
 

XFIRE ID: k00patroopa Steam ID: koopatroopa_
24-02-11, 20:51 #42
concordo com o Jiraya.

Acho bem moralista e preconceituoso.


O filme se torna mto bom apenas por causa da atuação da Portman. Se nao fosse essa ótima atuação o filme seria BEM meaboca. Uma boa história, mas nada mais.
E, de fato, usar o msm final de O Lutador foi foda.

Pensei nisso na hora.


Nao merece a ganhar Oscar de Melhor Filme nem sob reza brava.

Zigfried is offline   Reply With Quote
SigSnake
Trooper
 

24-02-11, 22:01 #43
E dai que é moralista e preconceituoso? Filme agora pra ser bom tem que ter uma mensagem que vc concorde?

Igual o requiem, o filme é uma propaganda contra as drogas, mas e dai? Os sentimentos que ele consegue passar pra vc sao vicerais, e esse é o objetivo.

SigSnake is offline   Reply With Quote
Zigfried
Trooper
 

XFIRE ID: k00patroopa Steam ID: koopatroopa_
24-02-11, 23:40 #44
eu nao disse que o filme é ruim em nenhum momento.

é um ótimo filme. òtimo msm.

Zigfried is offline   Reply With Quote
DiE LuCiaNo
Trooper
 

Steam ID: luhdie
26-02-11, 01:17 #45
Assisti há pouco no cinema.
Realmente sensacional o filme, recomendo bastante.
Depois leio todo o tópico

DiE LuCiaNo is offline   Reply With Quote
DiE LuCiaNo
Trooper
 

Steam ID: luhdie
02-03-11, 23:04 #46
PORRA!!!!
Winona Ryder era Beth!?!?

Eu tenho uma grande facilidade em reconhecer rapidamente faces e vozes, mas Winona Ryder tem o DOM de passar desapercebida por mim oIHEIOhjeio
Em Star Trek eu demorei pra perceber que ela tava lá!
E agora em Cisne Negro eu só soube quando li a lista do elenco

DiE LuCiaNo is offline   Reply With Quote
intel
Banned
 

22-03-11, 10:49 #47
Quote:
Dublê de cisne
Vai dar confusão isso… A bailarina Sara Lane, dublê de corpo de Natalie Portman no filme Cisne Negro, deu uma entrevista à Dance Magazine contando que um produtor da Fox Searchlight pediu que ela parasse de dar entrevistas até depois da premiacão do Oscar. Ao que parece Jane foi inclusive apagada de um vídeo que mostrava como foram feitos os efeitos especiais para que o rosto de Natalie fosse sobreposto ao da bailarina. O que não adiantou muito porque outros foram postados na web (veja vídeo abaixo). Para piorar o nome de Jane não consta como dublê de Natalie nos créditos do filme e sim como “lady in the lane”, ou seja como uma figurante. Sara ainda disse nunca esperou que Natalie a incluisse nos muitos nomes que citou durante os agradecimentos do Oscar, já que o estúdio estava tentando criar a impressão que Natalie havia se tornado uma prima ballerina em apenas um ano. Bastante gente do mundo do balé ficou incomodada, já que uma bailarina estuda durante décadas para chegar a ser uma principal e que a a tentativa de vender o milagre instantâneo de Natalie fere os verdadeiros artistas, que dedicam uma vida toda à perfeição do balé. Já deu pra ver que vai dar muito pano pra manga essa história.
http://juliapetit.com.br/home/duble-de-cisne/

apesar da SS abaixo, o vídeo não é PRON, mas contém SPOILERS!!!!
Só assista o making of se vc já viu o filme:

incrível a quantidade de edição que os caras fazem em cima de coisas "bestas" tipo limpar o chão e aumentar o cenário.

intel is offline   Reply With Quote
DiE LuCiaNo
Trooper
 

Steam ID: luhdie
22-03-11, 12:53 #48
Muito massa!

DiE LuCiaNo is offline   Reply With Quote
Responder

Thread Tools

Regras de postagem
Você não pode criar novos tópicos
Você não pode postar
Você não pode enviar anexos
Você não pode editar seus posts

BB code is On
Smilies are On
[IMG] code is On
HTML code is Off

Atalho para Fóruns



O formato de hora é GMT -3. horário: 09:09.


Powered by vBulletin®
Copyright ©2000 - 2024, Jelsoft Enterprises Ltd.