fagmin
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ICD e a morte subita
03-03-11, 17:10
#1
http://meiobit.com/81985/cincia-comp...agres-existem/
por Carlos Cardoso em 3 de março de 2011, 16:07 Imagine algo ruim, tipo um ataque cardíaco. Agora imagine algo pior e mais fulminante. OK, agora imagine algo pior que o Chuck Norris. Você tem as mortes súbitas cardíacas causadas principalmente por arritmias. Essas mortes súbitas são situações onde o coração deixa de funcionar, sem nenhum dos avisos associados aos ataques cardíacos, como dor no peito e falta de ar. Mais ainda: Não dependem de condição física. Você pode ser sedentário ou um atleta, se sofrer de uma condição genética poderá morrer de uma hora para outra, sem aviso. Em qualquer idade. A morte súbita cardíaca é a principal causa de óbito entre atletas jovens. As origens genéticas são muitas, assim como os tratamentos para controlar a condição, mas na hora que o bicho pega, só quem te salvará será uma força superior. Na verdade uma das Forças Fundamentais do Universo: Eletricidade. Quando de uma arritmia extrema seu coração pára de bater. Não fica quieto, mas os sinais elétricos saem de ritmo, são emitidos aleatoriamente por todo o músculo cardíaco, cessando o bombeamento de sangue. Isso é péssimo, todo homem sabe que o cérebro, nosso segundo órgão mais importante depende de sangue para exercer sua função. Aliás, o primeiro também. Quando o sujeito entra em taquicardia ventricular, parte do coração pulsa com ritmo próprio. Um choque elétrico sincronizado com o ritmo cardíaco principal, em um processo chamado cardioversão costuma resolver. Já na fibrilação ventricular, melou tudo. Os ventrículos se contraem sem ritmo nenhum, aleatoriamente. O paciente fica sem pulso detectável, um dos cinco médicos que sempre estão no quarto grita “code blue” e em 5 segundos uma enfermeira chega empurrando um carrinho da NASA. House acompanha tudo enquanto come um churro e olha pras pernas da M3. Na vida real tirando alguns detalhes é assim mesmo. O famoso carrinho existe (ao menos nos hospitais que frequentei) mas o choque é aplicado não para reiniciar o coração, e sim para pará-lo. Exato. O desfibrilador é um reset. Faz com que o coração receba uma carga muito maior do que a que está sendo repassada pelo tecido fora de sincronismo. As células musculares entendem como um CALABOCA! NÃO VAI SUBIR NINGUÉM! TODO MUNDO EM FORMA! faz-se o silêncio e com sorte o ritmo natural é restaurado. Um erro que Hollywood já eternizou é: Não se desfibrila um coração parado. Flatline, quando o eletrocardiograma está em modo piiiiiiiiiiiiiii… Isso indica que não há nenhuma atividade elétrica no músculo cardíaco. Não somos Frankenstein. Um choque não fará diferença nenhuma nesse caso. O tratamento é massagem cardíaca e, como diria Charlie Sheen, drogas, muitas drogas. Problema é que não dá para levar na rua um carrinho com um desfibrilador, não em todo lugar. Como fazer se sua condição genética te torna propício a uma morte súbita? Reze, meu filho, e sua resposta virá do Sinai. Mais precisamente do Hospital Sinai, em Baltimore, onde em 1969 um grupo de pesquisadores, Michel Mirowski, Morton Mower, e William Staewen tiveram a idéia de um dispositivo implantável que detectaria arritmias graves e as trataria, com choques elétricos. A idéia foi tão ousada que foi descartada inclusive pelo criador do desfibrilador manual. A idéia foi tão ousada que Arthur Clarke só inventaria o ACOR – Alarme Coronariano como parte de seu excelente romance de ficção científica As Fontes do Paraíso em 1979, e mesmo assim Clarke não pensou no ACOR como um agente ativo, apenas um sistema de alerta ao paciente. A idéia foi tão ousada que o primeiro aparelho só foi implantado em um paciente em 1980. Hoje empresas como a Medtronic fabricam cárdioversores-desfibriladores implantáveis dos mais variados modelos. O “Zippo” da imagem de abertura é um exemplo, dos antigos! Os mais modernos reconhecem alterações normais de ritmo devido a atividade física (provavelmente usando dicas como temperatura e acelerômetros) e dispõe de vários programas para situações específicas, também deduzidas através de sensores. Assim existe menos chance de um esforço físico genuíno resultar em uma descarga elétrica indesejada, o que diminui a vida da bateria, que é de alguns anos, e, convenhamos incomoda. Esses aparelhos mudaram a vida de muita gente, inclusive de um atleta de 20 anos chamado Anthony Van Loo, que joga pelo Roeselare, da Bélgica. Portador de uma condição arrítmica dessas, foi equipado com um cárdioversor-desfibrilador implantável, e recebeu OK para continuar com atividades físicas. Em uma partida contra o Antwerp o pior –mas esperado- aconteceu. Ele entrou em arritmia aguda, em estado de Morte Súbita Cardíaca. Sua única chance seria uma equipe de emergência bem equipada e treinada, do contrário da morte ninguém volta. Exceto os discípulos de Volta. Conforme programado o ICD (sigla em inglês do negócio) detectou o estado arritmico, percebeu a atividade física, considerou isso como um fator mas manteve a contagem. Quando depois de 30 segundos o ritmo não se estabilizou, começou a carregar os capacitores. Identificada como uma arritmia ventricular, era caso de carga máxima. Aqui, e somente aqui Anthony percebeu que havia algo errado. Foi quando ele foi ao chão. Depois de oito segundos o ICD emitiu sua descarga elétrica, reiniciando o coração condenado do igualmente quase morto jogador. Ritmo cardíaco restaurado, ele se senta e pede pra voltar pro jogo, pedido que compreensivelmente é negado pelo técnico. A diferença desses milagres da tecnologia dos milagres dos velhos livros de história é que não é preciso sequer acreditar para saber que os modernos acontecem. Bastar ter olhos para ver. Sim, a sutil mas vital ação do ICD foi registrada em vídeo. Aqui, para da próxima vez que sua tia falar de gente que ressuscitava os mortos, você dizer que conhece um isqueiro que faz o mesmo: |
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Trooper
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03-03-11, 17:26
#2
sensacional cara
não sabia da existência desse negócio só vi algo parecido no casino royale (filme do 007) heauhaehau bom, será que é caro um brinquedinho desse? e quais o percentual da população que pode sofrer disso? |
maggots!
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03-03-11, 17:38
#3
aehueahueheuuh
a gente aprende isso na faculdade, mas devido ao fato dessa condicao ser rara, nunca tinha visto a condicao a que me refiro sao essas paradas cardiacas sem aviso previo nos hospitais brasileiros nao eh "code blue", eh uma enfermeirinha de 1,50m, com uma voz mais estridente que uma sirene da PM, gritando PARADAAAAAAA legal jeep |
Trooper
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03-03-11, 18:15
#4
A idéia realmente era ousada. Foi isso que aprendi com o artigo.
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Trooper
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03-03-11, 18:36
#5
Nossa muito bom. Valeu so por saber que coração parado nao adianta dar choque...
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Trooper
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03-03-11, 18:49
#6
Muito bom Jeep!!!!
Valeu por compartilhar, muito interessante!!!! |
Carry
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03-03-11, 18:59
#7
Uso isso ae em cães! (não o device implantável, mas o desfibrilador em si)
Quem sabe um dia... Marcapasso já tem (pelo menos nos EUA) |
Trooper
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03-03-11, 20:21
#8
Caraaaaaaaaaca que foda
Isso que é tecnologia +zin pro inventor auehauhea |
Trooper
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03-03-11, 21:47
#9
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Trooper
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03-03-11, 21:56
#10
Eu gostava muito das aulas de fisiologia cardíaca... saudades da facul
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Carry
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03-03-11, 21:58
#11
Cardiologia é mto rox! Iria seguir essa área se eu não fosse pra anestesio....
Vou ler mais sobre esse dispositivo aí |
Trooper
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03-03-11, 22:01
#12
iaehaea que massa!
sho-ray no video, que coisa louca! e muito legal saber que hollywood me enganou |
fagmin
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04-03-11, 11:55
#13
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maggots!
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04-03-11, 21:57
#14
com frete e instalacao gratis?
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fagmin
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04-03-11, 22:14
#15
e ainda sintoniza fm, toca mp3 e recarrega via usb.
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Chief Rocka
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06-04-11, 21:08
#16
além dos leds coloridos por todos os lados.
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Trooper
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06-04-11, 21:53
#17
vem um chines descartavel pra instalar pra vc
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07-04-11, 06:15
#18
minha vó foi assim, pressao no dia 12 por 8, a noite "vo subi pq nto mto bem".
Com a enfermeira do lado , puft caiu =/ |
Trooper
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07-04-11, 21:53
#19
e o final da historia, slay?
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Trooper
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07-04-11, 21:58
#20
Ai ela morreu né.. =/
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09-04-11, 12:45
#21
a enfermeira tento reanima , chamo samu etc. nem adianto ja tava morta
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Trooper
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09-04-11, 13:21
#22
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Trooper
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05-08-11, 22:57
#23
Putz eu nem queria continuar esse assunto no tópico do Zerg
Mas minha namorada tem sopro, será q é muito caro e foda de manter isso? Se for algo até uns 50 mil e uma manutenção q não seja algo muito foda, isso é uma boa, pois td hr ela se controla pra não correr e nem fazer muito esforço, mas sempre tem um engraçadinha q da aqueles sustos. Mas manter a vida assim sem muito desgaste deixa o coração mais fraco ainda. Alguém ai tem mais noticias disso? |
Trooper
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06-08-11, 13:28
#24
Eu ACHO que pra salvar meu irmão somente um desfibrilador muito perto, pois quando o socorro chegou ja era tarde d+. Me disseram que tinha uma pessoa que era residente de medicina na hora que aconteceu, fez massagem cardíaca e respiração boca a boca, ele voltou umas duas vezes e na terceira nao voltou mais... Mas no atestado de óbito ainda saiu sem causa morte e aguarda exames complementares, a pessoa do IML disse ao meu tio que o caso dele era bem estranho, pois nao conseguiram afirmar como sendo infarto...
foda d+ custo-me a acreditar ainda que aquela era a hora dele... :/ |
Trooper
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06-08-11, 15:11
#25
Então essa é a idéia do aparelho, ele fica ligado o tempo td, dai quando percebe uma parada ele da uma carga direto no peito, um desfribilador automático.
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