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Gamertag: Willian Braga PSN ID: Never_Ping XFIRE ID: neverping Steam ID: neverping
Default Dia sem música?

18-11-08, 11:17 #1
http://g1.globo.com/Noticias/Musica/...9-7085,00.html

Artista escocês propõe 24 horas sem música no Brasil
Em 2007, Bill Drummond deixou BBC escocesa sem música durante um dia.
Entre outras coisas, ele é conhecido por ter queimado um milhão de libras.


Ele já chegou ao primeiro lugar das paradas britânicas e escreveu um livro explicando para os outros como chegar lá. Também deixou uma ovelha morta na porta da festa de encerramento do Brit Awards e despejou um carregamento de CDs no mar por “culpa” da banda Abba. Mas o feito - ou a lenda? - pelo qual o escocês Bill Drummond é provavelmente mais conhecido foi por ter queimado, literalmente, um milhão de libras esterlinas.

Agora, ele vem a São Paulo com uma difícil missão: tentar fazer com que os brasileiros passem 24 horas sem ouvir música. Essa é a proposta do Dia Sem Música, evento que Drummond promove anualmente em diversas partes do mundo, sempre no dia 21 de novembro.

O artista e produtor musical - responsável entre outras coisas pelo lançamento da banda Echo and the Bunnymen - diz que o objetivo do evento é fazer as pessoas refletirem sobre a sua "relação com a música, sobre como ela muda e evolui, e para onde ela deveria estar indo".

Em sua passagem pela cidade, nesta sexta (21), Drummond deve participar de debates e palestras - horários e locais ainda não foram divulgados, o produtor ainda quer “sentir o clima’ do país -, além de promover uma “barreira de voluntários” na Avenida Paulista, que tentará fazer com que os transeuntes desliguem seus tocadores de MP3.

Leia a seguir trechos da entrevista concedida por ele ao G1.

G1 - Você foi executivo de A&R (artistas e repertório) para a gravadora WEA, e se demitiu no seu aniversário de 33 anos. Valeu a pena? Você voltaria a trabalhar no coração da indústria musical?

Bill Drummond - Eu só me tornei um executivo porque estava devendo 12 mil libras para o meu banco, e eu precisava de algum dinheiro rápido, antes de ir à falência. Eu me mantive naquele emprego por três anos. Durante esse tempo, não fiz nada digno de nota. Aprendi que eu sou facilmente corruptível. Mas também aprendi como a indústria musical funciona. Não tenho a mínima vontade de voltar a trabalhar com aquilo. Não conseguiria, mesmo que quisesse - tudo que aprendi já está ultrapassado.

G1 - Sua antiga banda, The Timelords, chegou ao topo das paradas em 1988. A "receita" de sucesso que você descreve no livro "The manual" ainda seria aplicável hoje em dia?

Drummond - Tudo mudou atualmente. Para começar, é possível gravar quase tudo em casa. E obviamente nós temos a internet, que mudou todo o resto. Dito isso, o livro já está fora de catálogo há dez anos, já ganhou seu status de cult, e não passa um ano sem que alguma banda dê uma entrevista dizendo que o livro é uma influência no que eles fazem. Para mim, o que é importante no "The manual" é a mensagem implícita, que dizia: "se você quiser fazer algo, não tem que esperar que alguém te dê permissão, vá começar isso logo".

G1 - Sinceramente, vocês REALMENTE queimaram um milhão de libras?

Drummond - Creio que queimamos, sim. O problema é que todo mundo quer saber o porquê, e nós sentimos que devíamos, se não a eles, pelo menos a nós mesmos, uma boa razão para ter feito aquilo. Mas razão nenhuma pareceu boa o suficiente. Então, em vez de tentarmos responder à questão, resolvemos não tocar mais no assunto. A outra coisa que nós percebemos é que parece existir um bom número de pessoas que não acredita que a gente queimou o dinheiro e que não vai mudar de idéia de maneira alguma. E tem todos os outros, que querem acreditar no feito pelas suas próprias razões. O que a gente fez de fato não tem relevância nenhuma num debate desses.

G1 - Ultimamente, você tem escrito mais livros que gravado música. Você ainda se vê no papel de músico?

Drummond - Eu nunca me vi como músico. Eu sou alguém que toca um pouco de violão e sei alguns acordes no teclado, mas eu não sou um músico de verdade. Eu estudei na escola de artes dos 17 aos 20 anos. Aqueles anos parecem ter formado minha atitude a respeito de tudo que eu fiz a partir de então. Seja pintando telas, empresariando bandas, projetando palcos, escrevendo livros, gravando discos ou apenas passeando, parece que eu faço tudo de certa forma baseado naqueles anos na escola de artes. Assim como quando escrevo, não penso em mim como escritor, mas como alguém que esteve na escola de artes e agora escreve livros.

G1 - No seu novo livro, "17", você diz que "a música gravada está esgotada". O que quer dizer com isso?

Drummond - Para mim, parece apenas que a música gravada é um tipo de música que pertence ao século 20. Toda forma de arte tem um tempo de vida que só é contado enquanto ela for crucial e relevante para a cultura de onde ela está surgindo. Eu sinto que chegamos a um momento em que a música gravada está perdendo a sua posição de preponderância na cultura global. Algumas formas de arte, como os filmes mudos, morrem de uma hora para outra, e outras formas levam anos para acabar. Muitas vezes, formas de arte que já morreram continuam sendo produzidas pelas pessoas como hobby, como muita gente faz com aquarelas. Meu palpite é de que as pessoas continuarão a gravar música, mas como um hobby.

G1 - O coral The 17, criado por você, representa a nova maneira como experimentaremos, produziremos e ouviremos novos tipos de música, ou é apenas uma maneira de experimentar em um território musical inexplorado?

Drummond - O The 17 é minha maneira de me reconectar com a música. Não estou dizendo que o The 17 é o futuro de coisa alguma - exceto para eu mesmo. Dito isso, eu acredito que devem existir pessoas com 19, 20 anos por aí que querem fazer um tipo de música que não possa ser baixada na internet e colocada dentro de um iPod. Eles devem estar querendo fazer uma música mais importante que isso, mais vital.

G1 - O que fez você propor a realização do quarto ano do Dia Sem Música no Brasil?

Drummond - A cada ano, eu foquei o Dia Sem Música em um lugar diferente. Em 2007, foi a vez da Escócia. Isso só aconteceu porque um produtor da BBC Radio Escócia (a estação de rádio nacional) me contatou e queria fazer com que a rádio ficasse todas as 24 horas do Dia Sem Música sem tocar uma única nota musical. Foi um grande sucesso, e criou uma série de debates na mídia escocesa. Um tempo depois, ainda em 2007, um brasileiro de São Paulo entrou em contato comigo. Ele queria saber se poderia fazer algo relacionado ao Dia Sem Música no Brasil. Logo que eu li o seu e-mail, pense: "Não seria ótimo fazer o Dia Sem Música de 2008 focando o Brasil?". Não sei se é a verdade, mas o resto do mundo tem a impressão de que no Brasil há música 24 horas por dia, durante os 365 dias do ano, de que os brasileiros fazem tudo usando música com pano de fundo. Pareceu-me o lugar perfeito. Agora eu sei que, na verdade, não vai haver uma nota musical a menos tocada no dia 21 de novembro no Brasil, mas o que é mais importante para mim é que haja um debate, que as pessoas conversem sobre a nossa relação com a música, sobre como ela muda e evolui, e para onde ela deveria estar indo. É claro que isso também é uma bela desculpa para eu viajar para o Brasil.

G1 - Como você explicaria a idéia do Dia Sem Música para uma pessoa comum? Como alguém que ama música pode ficar um dia inteiro sem ouvi-la?

Drummond - Tente. São apenas 24 horas, e depois nós podemos conversar sobre isso. As pessoas também podem visitar nosso site oficial e ver como as outras pessoas se relacionam com a idéia. Parece que existem tantas pessoas considerando a idéia de um Dia Sem Música quanto existem pessoas que acham que tudo isso é uma perda estúpida de tempo.

http://g1.globo.com/Noticias/Musica/...7-7085,00.html

AVISO

DIA SEM MÚSICA: 21 DE NOVEMBRO



No Dia Sem Música:
Nenhum hino será cantado,
Nenhum disco será tocado no rádio,
IPods serão deixados em casa,
Bandas de rock não se apresentarão,
Maestros não subirão ao pódio,
Vitrolas não girarão,
A agulha não cairá,
A tampa do piano não será levantada,
Filmes não terão trilha sonora,
Jingles não irão zunir,
Os leiteiros não assobiarão,
Grupos corais fecharão suas bocas,
Estúdios não gravarão,
MCs não passarão o microfone,
Apresentações de bandas serão adiadas,
Os violinos não farão serenatas,
Nenhuma corda será tocada,
Lojas de discos permanecerão fechadas o dia todo,
E você não participará de qualquer tipo de atividade ou escuta musical,
Dia Sem Música existe por varias razões,
Você pode ter uma.


----------------------------------------------------------------

Eu só digo uma coisa:






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NeckrO
Trooper
 

18-11-08, 11:45 #2
concordo plenamente com o que "voce" diz. aeiaeuhaeiuh

NeckrO is offline   Reply With Quote
Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
18-11-08, 12:30 #3
Dia 21 tem cover de Beatles aqui

Conrado is offline   Reply With Quote
hpunkcgirl
Trooper
 

18-11-08, 12:45 #4
bah, que cara mais imbecil :x

hpunkcgirl is offline   Reply With Quote
krusty
Trooper
 

Steam ID: krystu86
18-11-08, 13:02 #5
Artista escocês propõe 24 horas sem música no Brasil
Em 2007, Bill Drummond deixou BBC escocesa sem música durante um dia.
Entre outras coisas, ele é conhecido por ter queimado um milhão de libras.


Tudo que vem a seguir dessa frase, foi sumariamente ignorada.

krusty is offline   Reply With Quote
seuboi
manboipig
 

Steam ID: seuboi
18-11-08, 13:15 #6
nófa sou excentrico pra caralho, queimo uma vida em dinheiro pois meu interior está em paz e/ou sou descoladão. Façamos uma pausa para refletir sobre a música em nossas vidas.

Vai toma no cu

seuboi is offline   Reply With Quote
Many Kalaveraa
The real (1)
 

XFIRE ID: Mannyy Steam ID: 76561197992661279
18-11-08, 13:16 #7
cabaço ao maximo

Many Kalaveraa is offline   Reply With Quote
OrGg
Trooper
 

Gamertag: Orggbr29
18-11-08, 13:29 #8
qnto idiota no universo... meu deus

sexta feira estarei com meu ipod na av. pta, como de costume, ligado e NO ULTIMO...

vamos tb protestar contra a caça as baleias nos acorrentando a barcos e vamos protestar contra o capitalismo queimando dinheiro na porta do mcdonalds..

quer chamar a atencao enfia um espanador no cu e sai de pavão no carnaval fdp

OrGg is offline   Reply With Quote
Never Ping
🌀 Trooper
 

Gamertag: Willian Braga PSN ID: Never_Ping XFIRE ID: neverping Steam ID: neverping
18-11-08, 14:06 #9
Eu não entendi bem a proposta dele sobre o dia sem música. Assim, eu penso como música como uma multiforma de comunicação que serve para nos provocar quaisquer sentimentos que desejamos. Por isso temos músicas em qualquer lugar, seja no toque do telefone, seja no jogo, seja no comercial, seja no rádio, seja no mp3 player, seja no batuque quando estamos esperando alguém e não há qualquer som que te faça distrair.

Se ele quer que eu reflita sobre a produção musical hoje em dia, eu reflito sempre. Eu reflito sempre na forma como a distribuição audiovisual está cada vez mais nos punindo com preços que eu acho abusivos. Numa palestra, um cara disse algo que eu achei super foda e interessante. Ele disse algo assim

"A produção e o licensiamento audiovisual hoje em dia vive um momento de transformação muito diferente do que havia no passado. Hoje em dia, elas não sabem como vão licensiar um formato que agrade o consumidor. Por exemplo, eu sou fã de O Poderoso Chefão. Eu vi no cinema. Adorei o filme. Quando lançou o VHS, eu o comprei. Assim, eu detinha a licensa daquele filme para poder ve-lô a hora que eu quisesse.... e o que aconteceu anos mais tarde? Inventaram o DVD. E aí eu tive que comprar novamente o direito do filme mais a sua produção. Ué, mas eu já paguei os direitos de exibição no cinema, já paguei também no VHS, porque tenho que pagar a do DVD? A razão estava no formato digital, no formato de cinema, os trailers e teasers presentes no material, comentários de produção... e etc. Meu VHS tinha isso? Não! Bem, então vale a pena pagar. Hoje, o que fazem? Lançam o poderoso chefão em BluRay... e querem que eu pague novamente por tudo o que eu já paguei no cinema, no VHS e no DVD. Desde o custo da produção do disco BluRay como os direitos de exibição. Oras, já não paguei isso três vezes? Por que pagar NOVAMENTE para assistir um filme que eu sei que não mudou nada desde sua primeira produção? Onde está a compensação por já ter pagado os direitos de produção e exibição dos formatos anteriores? E porque eu sou taxado de criminoso quando baixo a versão de DVD sendo que eu já tenho? Isso que é o desafio das produtoras audiovisuais hoje em dia: Como eles vão criar um formato de licensa que seja justo para quem já possui os direitos, no meu exemplo do Poderoso Chefão, até por quem não quer pagar por alguns conjuntos que um DVD ou BluRay tem que ele não queira, como comentários do diretor."

Never Ping is offline   Reply With Quote
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