Master Chief
|
Artigo rox sobre as novas tecnologias HD-DVD x Blu Ray
Quote:
Consumidores vêem com ceticismo a nova guerra de formatos de DVD
David Pogue Quando foi que você se tornou cético pela primeira vez com relação à indústria de equipamentos eletrônicos?
Foi quando o VHS saiu de moda e você teve que comprar todos os seus filmes novamente em DVD? Ou quando deixou de receber o desconto que lhe foi prometido? Ou quando a garantia de 90 dias do seu computador expirou e a máquina pifou dois dias depois?
Não importa. Na verdade, você sequer conhecia o significado da palavra cético. Neste mês, o aparelho de DVD Toshiba HD-A1 de alta definição chega às prateleiras das lojas. Esta é a primeira ofensiva de mercado em uma absurda e sem sentido guerra de formatos dos DVDs entre os titãs das indústrias de cinema, equipamentos eletrônicos e computadores.
O simples fato de testemunhar a ascensão de um novo formato de DVD é suficiente para que você se sinta enganado. Afinal, o que há de errado com o formato original do DVD? Ele oferece uma imagem nítida, som circundante poderoso e materiais extras. A quantidade de filmes em DVD é imensa e eles são relativamente baratos. E os aparelhos de DVD têm um preço extremamente acessível. Para se ter uma idéia, 82% das residências norte-americanas possuem pelo menos um aparelho de DVD.
Mas, para os executivos da indústria eletrônica, isto só pode significar uma coisa: é hora de jogar esse formato no lixo e começar de novo. É claro que os executivos não explicam essa decisão dizendo "vamos mudar porque saturamos o mercado para os aparelhos comuns de DVD".
Em vez disso, eles falam sobre qualidade de vídeo. Uma imagem de DVD proporciona claridade e cor bem melhores do que a TV comum, mas não tão boas quando as da TV de alta definição. Os novos discos contêm muito mais informação, o que é suficiente para a exibição das obras-primas de Hollywood em verdadeira alta definição (se você tiver um televisor de alta definição, é claro).
Infelizmente, a Sony e a Toshiba tiveram essa idéia simultaneamente. Cada uma delas imaginou o seu próprio formato para um DVD de alta definição. Cada uma montou o seu exército de parceiros. O formato da Toshiba, o HD-DVD, atraiu Microsoft, Sanyo, NEC e estúdios como New Line e Universal. Já o formato da Sony, o Blu-ray, tem ao seu lado Apple, Panasonic, Philips, Samsung, Sharp, Pioneer, Dell e estúdios como Sony, 20th Century Fox e Disney (algumas companhias, como HP, LG, Warner Brothers e Paramount pretendem criar produtos para ambos os formatos).
Os novos aparelhos de DVD reproduzirão os DVDs comuns, mas esta é a única boa-nova no que diz respeito à questão da compatibilidade. Os filmes no formato da Toshiba não poderão ser reproduzidos em aparelhos de DVD da Sony, e vice-versa.
No início, os especialistas acreditaram que o formato Blu-ray da Sony fosse capaz de ganhar, já que a empresa firmou contratos com um número bem maior de estúdios cinematográficos, os seus discos possuem maior capacidade, e o PlayStation3, que se acredita que estará no topo das mercadorias mais vendidas no próximo outono, funcionará também como reprodutor dos DVDs em formato Blu-ray.
Mas a Toshiba conta com dois ases na manga. O primeiro é o fato de o seu primeiro aparelho de HD-DVD já estar disponível no mercado, o que lhe dá uma dianteira; os aparelhos Blu-ray só deverão ser lançados no final de junho. Segundo, esse novo aparelho, o HD-A1, custa US$ 500 - a metade do preço do aparelho mais barato em formato Blu-ray.
O HD-A1 é uma caixa bem grande: 45 cm x 34 cm x 11 cm. Mais semelhante a um videocassete antigo do que a um moderno e delgado aparelho de DVD.
Os US$ 500 não se constituem no único preço que você pagará por ser um adepto insanamente precoce desta novidade. O aparelho é lento - realmente lento. É necessário mais de um minuto apenas para ligá-lo; os menus às vezes são lentos para responder aos comandos; e um DVD recém-inserido demora 45 segundos apenas para chegar à advertência do FBI contra pirataria (e, não, nem mesmo o admirável formato novo de DVD permitirá que você pule esta cansativa advertência).
O controle remoto é um desastre. Os seus botões têm formato idêntico, e são distribuídos de forma ilógica. Eles não apenas não são iluminados, mas os seus símbolos são apagados e em letras miúdas (um modelo aparentado, o HD-XA1, traz pequenos acessórios extras, com um controle remoto iluminado - por US$ 300 a mais).
Mas, finalmente, o filme começa - e a sua muralha de ceticismo começa a desmoronar. Enquanto aprecia as cores brilhantes, os pretos superpretos e os detalhes ridiculamente nítidos - a resolução é até seis vezes maior do que a de um aparelho de DVD comum - você percebe que nunca antes viu algo em sua casa que lembre tanto o cinema.
Nem mesmo a TV de alta definição tem tanta qualidade; a quantidade de informação que o HD-DVD injeta na sua tela eclipsa aquela que é recebida de um sistema de alta definição por satélite ou cabo (um máximo de 36 megabits por segundo, contra 19 ou menos).
No entanto você precisará de uma tela grande para desfrutar de todos os dados imagéticos. O impacto dos detalhes extras começa a se evaporar em telas menores do que, digamos, 35 polegadas.
Porém, mesmo em uma tela pequena, você não terá que interromper o filme para abrir o menu do DVD (para ter acesso a ajustes e extras). Em um DVD de alta definição, o menu aparece na parte de baixo ou na lateral da tela, enquanto o filme continua se desenrolando.
|
continua...
Fonte: de água
|