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Helkar
Trooper
 

Default Exemplo

14-07-07, 13:17 #1
Não sei se já abriram este tópico aqui... se já, desculpem-me e fechem, please.
Mas...

Esse cara é um exemplo.
Exemplo maior para o Brasil não há nos últimos tempos.

Tem os defeitos e falhas dele, mas a essa atitude foi foda.
Sei que todo mundo já viu na TV, mas não custa nada.

E a despeito de deixar o filho passar um tempo na cadeia com um monte de bandidos, o moleque nada mais é que mais um deles...

E ainda por cima quebras as pernas dos maconheirinhos de plantão.





O pai que deixou o filho na cadeia


Ele se negou a pagar uma fiança de R$ 500 para libertar o filho, preso por dirigir bêbado e provocar um acidente. Diz que fez isso “por amor”. Você faria o mesmo?

Juraci Martins, de 54 anos, vive da venda de embreagens remanufaturadas. Mora em Londrina, no Paraná, com a mulher, Lourdes, em um apartamento financiado de três dormitórios. O patrimônio do casal se resume a esse imóvel e a uma caminhonete Silverado. Os três filhos, duas mulheres e um homem, já saíram de casa. O caçula, Rodolfo, de 21 anos, tem problemas com álcool e drogas desde os 12. Juraci também foi dependente de álcool desde a adolescência. Diz ter se livrado do vício nove anos atrás.

Seria uma descrição trivial de uma família brasileira comum do século XXI, se um episódio raro não tivesse levado os Martins às manchetes de jornais de todo o país. No domingo 8, Rodolfo pegou escondido o carro do pai. Horas depois, dividia com outros 11 detentos uma cela no 2º distrito policial de Londrina. Fora preso em flagrante por dirigir alcoolizado e com a habilitação vencida, e por ter provocado um acidente (sem vítimas). Num país onde o álcool é apontado como responsável por metade das 35 mil mortes anuais no trânsito, sem que isso se reflita em punições severas para os infratores, o roteiro-padrão prevê que o pai pague a fiança e tudo seja esquecido.

No caso de Rodolfo, o valor dessa fiança era R$ 500, nada pesado para o orçamento da família. Mas Juraci decidiu deixar o filho preso, e a história foi parar no noticiário nacional. “Fiz isso por amor”, diz. O pai conta que, numa briga anterior com o filho, já o havia advertido de que, se ele fizesse algo errado e a polícia o pegasse, não pagaria a fiança. “Disse até que, se precisasse, pagava mais R$ 200 para ele continuar preso.”

Depois de ter dado algumas declarações à imprensa sobre o caso, Lourdes, a mãe, passou a evitar falar sobre o assunto. Abalada, até o final da semana passada não visitara o filho na detenção. Juraci diz que a decisão de não pagar a fiança foi tomada em comum pelo casal. “Não queria chamar a atenção para mim. Se o que eu fiz foi certo, também não quero confete. É muito triste você perder um filho para um traficante.”

A notícia, poucos dias depois do episódio em que um grupo de jovens cariocas agrediu uma doméstica e foi defendido pelos pais, revela que, em meio a uma suposta crise de valores na sociedade brasileira, nem todo pai está disposto a tolerar o crime dos filhos. Alguns afirmam que, se a situação dos Martins chegou a esse ponto, é porque faltou orientação paterna antes. Juraci afirma reconhecer sua parcela de responsabilidade, mas diz não se arrepender. “Errar, eu errei. Poderia ter passado mais tempo com ele. Mas nossos filhos sempre tiveram casa para dormir, comida, roupa e escola para estudar. Disso, nunca vão poder falar de mim e de minha mulher. Meu pai morreu cedo, quando eu tinha 11 anos, mas me ensinou o valor do trabalho e da honestidade.”

Não que Juraci não tenha tentado nada antes. Segundo o pai, Rodolfo foi internado duas vezes em clínicas. A primeira por nove meses e a segunda por cinco. Tudo isso teria custado R$ 20 mil à família. “Rodolfo tentava me agredir. Nos últimos tempos, eu chegava a correr para evitar briga. A pessoa que é viciada fala coisas que nem dá para descrever”, afirma Juraci. Antes de ser preso, o jovem morava na casa da família da namorada e não tinha emprego fixo.


Bebê nascido prematuro, sempre muito franzino, Rodolfo largou os estudos assim que completou o ensino fundamental. “Ele achava que não precisava estudar para ganhar dinheiro”, diz o pai. “Cansei de falar: ‘Rapaz, se você usasse essa sua inteligência para o trabalho, para as coisas boas...’”. Aos 16 anos, o filho confessou, diz o pai, que fumava maconha desde os 12. “Depois, vieram a cocaína e o crack. Este último é maldito, porque acaba com a pessoa.”

Rodolfo pode ser solto na quarta-feira 18, desde que a fiança seja paga. Juraci diz que não imagina qual será a reação do filho no primeiro encontro, mas que já sabe o que dirá a ele: “E então, Rodolfo? Vamos procurar um tratamento para curar isso de uma vez? Estamos aqui, somos sua família e queremos ajudá-lo”. Está à procura de uma clínica “que tenha também espiritualidade, que ensine as coisas de Deus para ele”. O motivo tem a ver com seu próprio passado. Foi em encontros da Igreja Católica que Juraci diz ter se livrado do vício do álcool.

http://revistaepoca.globo.com/Revist...29-478,00.html





Helkar is offline   Reply With Quote
chrysler
Trooper
 

Gamertag: x bOuL Steam ID: kqchrysler
14-07-07, 13:22 #3
foi postado já... dei moral pro pai..
nao sei se eu proprio faria isso.. mas.. a vida é dura pra alguns..
e em alguns momentos nos temos q tomar decisoes q ferem a nos mesmos..

chrysler is offline   Reply With Quote
colher
tony
 

Steam ID: spooneta
14-07-07, 16:51 #4
minhas pernas continuam inteiras, obrigado.
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colher is offline   Reply With Quote
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