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Trooper
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04-02-10, 16:53
#76
Quote:
o negócio é não criar utopia, de 'como deveria ser', é adequar as coisas do jeito que elas funcoinam (nao estou entrando no mérito, se funcionam bem ou mal..) eu concordo que cadeia não reeduca ninguém (sim deveria, mas não o faz), então eu, na minha humilde opinião acho que eles ficam melhores lá dentro, desde assassinos à ladrões de galinha, pelo tempo máximo que der, do que nem ser decretada prisão ou coisa do tipo vai resolver o problema? não mas por um curto período de tempo a sociedade fica imune àquele indivíduo Last edited by LuCk; 04-02-10 at 17:01.. |
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Engineer
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04-02-10, 17:20
#77
Eu estou me referindo aos comentários do próprio tópico, pois não tenho elementos para dizer o que aconteceu no caso concreto. Estão falando que "se o povão matou é porque eram os bandidos" e que "se a multidão" e o caralho a quatro...
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Trooper
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04-02-10, 18:42
#78
Last edited by MansoN; 04-02-10 at 18:52.. |
Trooper
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04-02-10, 19:43
#79
Quote:
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Trooper
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06-02-10, 13:50
#80
Porra examinem os fatos. Os nego invadiram a casa e a criança apareceu morta, consequentemente eles sao suspeitos. Consequentemente um deles foi espancado até a morte.
O que está em discussão aqui não é se eles mataram ou não a criança, o que é EVIDENTE, mas não pode ser escrito num jornal. Por isso o termo "suspeitos". A discussão é o linchamento. Ele mostra a revolta da população com a justiça falha, com juízes corruptos, com advogados de defesa safados que livram criminosos da cadeia com base em imperfeições das leis, quando o que eles deviam fazer era exigir a aplicação da pena justa, nem maior e nem menor. A culpa é do Judiciário, o pior dos 3 poderes brasileiros, mais escandaloso e desonesto que o Legislativo e mais incompetente e ineficiente do que o Executivo. |
Trooper
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06-02-10, 14:42
#81
porra hades ainda bem que vc escreveu: "quem oferece a um amigo", ai pelo menos nao precisamos recomecar a velha discussao.
e é isso ai mesmo pacu, concordo. só nao concordo com a ultima fase, acho ainda que é o menos pior dos 3, nao que isso o faça bom. |
Trooper
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06-02-10, 14:51
#82
Quote:
a cupla é do judiciário? puta que pariu.. |
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Trooper
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06-02-10, 15:38
#83
opa, alguem aqui nao conhece o poder executivo hein?
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Trooper
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06-02-10, 16:09
#84
O Tenente ali da entrevista já levou um pito obviamente
E o cara morto pela "população" não foi espancado até a morte, invadiram a casa dele (de fundos pra casa do guri esfaqueado) e baleaream ele por supostamente ser um dos suspeitos |
Trooper
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06-02-10, 16:57
#85
Ai ai, confesso que há muito estou sem ânimo de postar aqui. Mas uma notícia dessas num sábado de manhã, além de uma salva de palmas, merece alguma atenção. Eu ainda abro essas páginas com a impressão subliminar de que estou me dirigindo a adolescentes - sendo eu um deles - em fase de auto-afirmação que mudam de opinião a cada nova cobertura da Globo, a cada nova aula na escola com um professor carismático, ou a cada post eloqüente no Darkside. Mas já somos todos adultos com opinião formada... Então fala por último quem tem mais tempo e paciência, e não quem tem argumentos mais sólidos, sejam estes lógicos, filosóficos, ou até mesmo teológicos.
Hoje vou exagerar nos parênteses... Concordo muito com Goethe (como bem lembrado pelo seuboi) no que diz respeito que a maioria é repugnante. Nada mais negligente do que decisões unânimes. Provavelmente, baseado em presunção mesmo, esses populares se compunham de um pai e/ou alguns parentes enlouquecidos (errados estariam se não estivessem), uns quatro revoltados e todo um resto de homens flagelados pela impunidade do nosso sistema penal patético e deplorável, que por uma tragédia irreparável se viram com ao menos uma chance de, antes de partirem dessa vida, contribuir para algo que possa ser chamado de justiça. Relembrando que parto apenas de presunções, são provavelmente homens honestos (tradução coloquial para carioquês de favela: otário | para paulistês de quebrada: vacilão), obrigados a dividir a rua com sujeitos sabidamente (por vc ou alguém ter visto) merecedores de umas surras ou pior (e.g. Flanelinhas, nóias, ladrões disfarçados de mendigo), que não conseguem ser presos por que nesse país, se você não comete latrocínio, assassinato premeditado ou deixar de pagar algum imposto, não existe condenação que valha à pena. Sinceramente, quem acredita na justiça brasileira (e na justiça da grande maioria dos países "aliados") se encaixa em ao menos um dos grupos: - Ingênuos (crianças que acreditam na tia Márcia da primeira série, e alguns adultos que até hoje ainda acreditam.); - Velhinhas beatas (tá na Bíblia ó: Não matarás! Pronto! Ponto.) e equivalentes de outras religiões; - Moradores de cidades pequenas (Último assassinato: Briga de bêbados, de peixeira, em 1985, enquanto todo mundo estava distraído com a posse do Tancredo); - Visionários (Gandhi nunca pensaria assim! [Gandhi podendo ser substituído por Gandhi, Madre Teresa, William Bonner, Cavalo de Fogo, Madona ou Harry Potter]) - Advogados que não atuam no direito penal, principalmente os que atuam no direito fiscal/tributário, onde a legislação é "a harmony of mathmatical precision" (Matrix - The Architect). Enfatizando que não julgo nenhum dos grupos acima como inferiores ou incapazes. Apenas diferentes. Devem existir outros nichos, esses são os que eu mais encontro no dia-a-dia. A natureza humana é diversificada, e não podemos simplificar tudo entre o bem e o mal. Talvez entre aliado ou adversário de pensamento. Ou simpatizantes. Talvez mais. Quem usa termos como "ignorante" ou "retardado" para definir os que pensam diferentemente demonstra estar apenas com preguiça de tentar entender, e prefere simplesmente generalizar, para encaixar em alguma linha de pensamento já previamente elaborada, stressada, reforçada, e menos vulnerável de ser contra-argumentada. É uma estratégia fruto de, ainda que subconscientemente, malícia e/ou preguiça. Não me julgo infalível a essa falha. Eu mesmo lá em cima disse que seria errado para um parente não estar enlouquecido, e mais abaixo tentei classificar os simpatizantes da legislação penal brasileira em meras cinco categorias. Vamos agora pensar filosoficamente (disciplina ou a área de estudos que envolve a investigação, a argumentação, a análise, discussão, formação e reflexão das ideias sobre o mundo, o Homem e o ser)... Se eu, ser assumidamente e quase que orgulhosamente imperfeito, ainda assim tivesse a prepotência de tentar definir o bem e o mal, o certo e o errado, o joio do trigo, eu diria que tudo é certo, exceto o errado, (parece óbvio, mas tem muita gente que acha que tudo é errado exceto o certo, ferindo a liberdade, que é algo certo) e que errado é tudo que provoca dano a outrem, inimportante da natureza do dano. Eu eventualmente iria me deparar com conflitos de interesse (onde o certo pra um prejudica o outro, tornando-se certo e errado ao mesmo tempo), e diria que nesses casos, fugindo da lógica matemática, que o certo é encontrar o mais certo, e que o mais certo é melhor determinado por quem tem mais maturidade. Maturidade (como eu a defino hoje em dia) é a habilidade de assumir ônus a curto prazo, para ganhar bônus a longo prazo. E a maturidade não pode ser ensinada, ela deve ser vivida. Aí eu, ainda prepotentemente engajado em definir o certo e o errado, nomearia as mentes mais sábias e vividas do meu convívio para serem os juízes de tais conflitos. Isso certamente iria desagradar os mais novos, que não gozam da mesma vivência e maturidade, de forma que nas questões mais polêmicas (leia-se: vida e morte) o juiz abdicaria da decisão, reservando-se apenas à condução do processo, e concedendo a decisão a populares: O juri. Populares: O juri. Qual era mesmo o tópico? Alguém consegue, agora sem buscar quaisquer referências, recitar uma definição de justiça? Profissionais de direito, por motivos óbvios, não contam. Não quero que postem, quero apenas que respondam para si mesmos antes de seguir para o próximo parágrafo, que é a minha definição pessoal. [SPOILER] Justiça é compensação. É colocar do outro lado da balança um peso que foi desferido no seu próprio lado, de forma que numa sociedade utópica prevalesça o equilíbrio, que é o certo, ou o mais certo, para todos. [SPOILER] ... e se eu tentar remover o termo "utópico" do parágrafo acima, eu precisaria terminar a frase com "a maioria" ou "ao menos a maioria". Claro que existem outras variávies como nobreza e plebe (alguém acha que esses termos estão extintos?), valores teológicos (e.g. dogmas), econômicos, etc. Mas ainda assim, nossos instintos naturalmente selecionados clamam por justiça a cada golpe que nos é desferido. E a legislação que somos obrigados a tolerar nos dias de hoje, foge completamente da intrínseca sensação de compensação que a justiça deveria, enquanto sociedade civilizada, nos proporcionar. Cada vez que precisamos da justiça e ela não nos é concedida, um peso a mais no lado errado da balança é colocado, o que nos torna mais duros, mais radicais, e mais vulneráveis a soluções alternativas de alcançá-la. Bom, não vou me prolongar mais. Vou apenas terminar esse textículo com um peso a mais no lado errado da balança de todos vocês... Quote:
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Last edited by Locutus; 06-02-10 at 17:10.. |
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