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Trovao
Millenium Falcon
 

Default Gente Vagabunda ou é a Farinha que é pouca...

08-01-14, 14:42 #1
Reflexão de um colega de trabalho que é jornalista e venceu muitos desafios.

Dá um certo nó na garganta e uns zumbidos nos ouvidos quando se ouve dizer que parte da camada da população brasileira assistida com benefícios sociais é “gente vagabunda”. Essa preconceitualização é... um grito surdo que ecoa na alma e provoca instantaneamente uma reflexão em torno de como somos enquanto sociedade; aliás, pensando bem, a ponderação deve ser feita levando em consideração como somos enquanto indivíduos?!
Chamar de “gente vagabunda” e instrumento de massa de manobra é, antes de mais nada, tapar os olhos para as próprias origens e identidades e mostrar um completo desprezo e desconhecimento da própria realidade. Gente que rotula os assistidos dessa forma é parte da casta que nunca bateu com os calcanhares no chão de uma rua ou, pior, já teve os pés descalços e o trauma dessa violência fez apagar do bom senso toda a percepção do próprio meio.
O descompromisso com a própria história e realidade cega ao ponto de não perceberem que se há reparos a serem feitos pela história brasileira estes estão acontecendo agora, gostem ou não os incrédulos. O resgate dessa quase que decência está configurado na garantia da dignidade do ser humano que hoje tem o que comer, mesmo que não seja lasanha e picanha. Não é preciso quase nada para descer da soberba, baixar os vidros dos carros, ralar os sapatos nas ruas para ver que essa “gente vagabunda” também tem cheiro de suor, igual ao de qualquer ser humano sem o perfume importado. Essa “gente vagabunda” também ri, chora e se emociona de verdade. Aliás, não se compara ao fulgor da mais cara joia o brilho do olhar de um pai analfabeto que bate no peito e brinda mudo com um gole de cachaça o feito do filho ter merecido um diploma escolar. É o brilho natural da alma, tão radiante quanto o brilho gerado do encontro do riso entre mãe e filhos, por algum instante, de barrigas cheias.
Pois é, volto a falar em comida pois é disso que essa gente precisa nas secas e cheias, nas pausas das madeireiras e carvoarias e nas longas entressafras das lavouras de cana, café, algodão, soja, milho e outras que ainda torram sob o sol a pele de grande parte de nossa sociedade. E que não ousem acreditar que essas são cenas da realidade agreste, do sertão do norte e do nordeste do nosso país. Há uma outra cultura que traz entressafra muito mais radical e poderosa, marcante principalmente nos centros urbanos: a do desemprego. Essa não queima o lombo, mas torra a decência e esmaga a dignidade a ponto de levar o homem à loucura. Mas, demência mesmo é acreditar que o homem já nasce ladrão e é vagabundo por opção.
Também nem é preciso falar de política, mas este é um outro país, agora talhado nos reclames da ditadura, contra a qual, suponho, alguns pouquíssimos pais desses arautos da soberba devem ter lutado contra e em busca de uma sociedade mais justa e mais igualitária. Nada mais lícito do que proporcionar um pouco de dignidade a quem move a roda bruta do sistema que proporciona casa, comida e roupa lavada, agora, a quem possa interessar.
Ideias diferentes fazem sim fortalecer a democracia, entretanto, a crítica cega é puro desserviço, desses que quase que ingenuamente levantam suspeitas do tipo “a teoria da escassez”, na qual onde todos ter o mesmo direito é premissa de que tudo vai se acabar; afinal, se a farinha é pouca, então, meu pirão primeiro!?.

Alessandro Gomes, ex-vagabundo!





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Stranger
Trooper
 

08-01-14, 15:30 #2
Os programas assistenciais cumprem o seu objetivo de guiar a saída da pobreza?
Não.
Esses programas deveriam deixar de existir?
Deveriam ser reestruturados.
Serão?
Não.

Bolsa-família
Minha casa, minha vida
Minha casa melhor
Isso não resolve a vida de ninguém mas dá voto e verba pra eleição.

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NewKa
Trooper
 

08-01-14, 15:50 #3
stranger, você tocou num ponto essencial da conversa: COM BASE EM QUAIS FATOS você abre a boca pra falar que os programas assistenciais NAO cumprem seu objetivo de sair da pobreza?

Dados plis.

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taco
Trooper
 

08-01-14, 16:06 #4
Com base em tudo que ele aprendeu na escola e faculdade pagas pelo papai.

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zorba
Trooper
 

Steam ID: luizkowalski
08-01-14, 16:13 #5
ouch

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Stranger
Trooper
 

08-01-14, 16:31 #6
http://www.cartacapital.com.br/socie...stas-4653.html

O programa engana o índice(até porque mudaram o índice também) mas não engana a inflação e não muda que sem educação não se faz nada.
Manter o filho a ir na escola é ótimo, só seria melhor se a escola conseguisse fazer sua parte.
O programa ajuda mas não salva.

Minha mãe ter trabalhado atendendo e fazendo fichas pro "minha casa, minha vida" vale pra dizer que o programa não dá casa pra quem realmente precisa?
Já que o programa não dá casa pra quem precisa, o "minha casa melhor" não tem como beneficiar quem precisa.

Quanto a faculdade, cursei estadual, pagas por todos os nossos papais. Vou começar outro curso agora, resultado sai nessa sexta.

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Zedd
Trooper
 

08-01-14, 16:34 #7
Eu também não gosto da idéia de programa assistencialista, ainda mais nessa forma direta (dar dinheiro) em vez de ações afirmativas úteis (e não algumas dessas idéias escrotas que se passam por ações afirmativas que categorizam as pessoas por cor da pele e só concretizam o racismo casual)

Mas dessa vez vou aderir ao coro dos que falam que 'É Brasil, nada vai dar certo' e dizer o seguinte: no Brasil, se não for por interesse populista nego pobre continua pobre e foda-se

Pode ser/ter sido horrível pra todo mundo a longo prazo, mas pra quem não tinha absolutamente nada e agora tem grana pra comprar carne e papel higiênico morando numa casa própria com televisão grande... como é que tu vai culpar o cara em votar em quem quer manter isso? (Evidência anedótica: a empregada que limpava a república onde eu morava, se eu contar a história dela dá mais choro que o Vale dos Dinossauros e a morte da mãe do Bambi)

O Jeep vai me xingar por falar no mesmo assunto que ele desacredita, mas o jeito era ter investido em educação pra hora de trabalho de dessa gente valer um salário melhor
edit: o Stranger concorda comigo nessa parte da educação

Zedd is offline   Reply With Quote
NewKa
Trooper
 

08-01-14, 16:36 #8
serião, você leu a reportagem do link que colocou?
e você percebeu que você tá misturando várias coisas diferentes?

"minha casa, minha vida" não é um programa pra dar casas pra quem precisa.

Eu concordo com você que obrigar o filho a ir na escola não ajuda em muita coisa, porque, de fato, nossa educação pública de base está longe de cumprir o seu papel. Mas já é um começo. Ou é melhor deixar a criança o dia inteiro jogada no meio da favela?

Mas enfim, isso não quer dizer que os programas assistenciais não estão melhorando o perfil da primeira geração que se beneficia dele. Continuo no aguardo de mais detalhes, já que você falou com tanta propriedade.

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ircF
Trooper
 

08-01-14, 16:42 #9
eu comprei meu ape no minha casa minha vida, eu entendo que sim, ajuda, mas nao resolve a origem do problema.

Mas realmente nao atende as pessoas que precisam? Pq?

Que eu saiba com qualquer renda basica vc consegue aprovação, e o subsidio eh grande(no meu caso consegui apenas 1,3k , mas meu cunhado q tem uma renda em carteira q nao deve passar de 1.4k conseguiu quase 13mil de subsidio)...

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Stranger
Trooper
 

08-01-14, 16:50 #11
Claro que li a reportagem.
O que quis mostrar é que se deixou de ser pobre, virou classe média ou melhor "nova classe média" e virou mesmo mas isso não mudou a vida dele, continua vivendo como pobre.

O MCMV é vendido como se fosse para dar casa para quem precisa.
Os critérios e o processo que usam para a fila imploram por corrupção.

Eu apoio os programas só acho que o foco deles é errado. Falei isso nos dois posts.

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Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
08-01-14, 17:26 #12
Quote:
Postado por Zedd Mostrar Post
O Jeep vai me xingar por falar no mesmo assunto que ele desacredita, mas o jeito era ter investido em educação pra hora de trabalho de dessa gente valer um salário melhor
Ué? nao concordo pq? eu acho que educacao no sentido classico faz vc ser mais produtivo e menos controlavel, mas nao faz de vc uma "boa pessoa", so isso, acho importante pra caramba, mas esgoto tratado e uma cama limpa ainda ganha.

Cara, eu frequentava area rural, conheci mta gente que sequer sabia desenhar o nome, mas da um canivete pro cara e ele monta uma casa, da mesma forma que conheci outros que morando em sitio reclamavam do preco da alface e dos ovos que iam comprar na feira. Tem gente que olha ao seu redor e aprende a se virar muito bem mesmo sem educacao, outros nao, muitas vezes nascendo no mesmo teto. So acho que tem que hierarquizar fisiologicamente as necessidades das pessoas, primeiro alimentacao, moradia, higiene e bem estar, seguranca fisica, ai sim vc pode pensar em falar "blz, bora ir aprender o be-a-ba?", senao vc vai ter apenas um corpo sentado na classe vendo a professora falando uns lances.

Sobre dar dinheiro pra quem esta na pior ter folego pra conseguir respirar e ter animo pra melhorar de vida? totalmente a favor, so que do jeito que é hj os proprios numeros mostram que é apenas um buffer de votos, pq quase ninguem sai, um monte entra. Sinceramente, vc acha que alguem falar "estou ha 10 anos recebendo bolsa familia" é prova do sucesso do programa ou prova de fidelidade partidaria? Nem sou fa do aecio, mas depois daquele espetaculo triste do panico das pessoas com o boato do fim do bolsa familia, achei otima a ideia do programa virar diretriz (ou sei la o termo) do pais, e nao algo do partido da vez, pra tirar de vez essa inseguranca da vida dessas pessoas.

Sai muito mais barato vc dar essa grana (sairia mais ainda sem os desvios, corrupcao, falta de acompanhamento e cobrancas, yada yada) e os caras terem um minimo pra sobreviver, um remedio pra tomar, com sorte energia pra conseguir ir na escola e ter uma merenda decente do que esse cara cansar de esperar a morte e resolver encostar a faca na minha garganta pra pegar 100 reais*.

*sonha jeep, vai sonhando

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MdKBooM
Trooper
 

08-01-14, 17:36 #13
Cadê o furaolho?

Eu particularmente acho que os programas funcionam sim, mas a ineficiência do controle permite o desvio de um percentual razoável, além do seu uso para marketing eleitoreiro que tende a se traduzir em uma quase compra de votos. Sanados esses problemas, as políticas assistencialistas psdb/pt têm o meu apoio. Mas acho inadmissível a negligência petista à política econômica, daí minha antipatia ao partido..

MdKBooM is offline   Reply With Quote
ShadoW
Trooper
 

08-01-14, 17:58 #14
Mano, é muito fácil pra um nerd com a mão toda lambuzada de salgadinho falar que o bolsa família não melhoro a vida de ninguém.
O programa tiro muita gente da MISÉRIA, gente que passava fome.

Não to falando que não tem desvio e que não é puramente marketing eleitoreiro, mas que ajuda MUITA gente que precisa de verdade, ajuda sim.

Geral só olha pro próprio umbigo, incrível isso, como é difícil ter uma empatia verdadeira com outros seres humanos

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maurocool
 

PSN ID: maurocool-maurasia Steam ID: maurocool
08-01-14, 18:06 #15
essa melhora é ilusória... gente que recebe coisa de mão beijada, sem oferecer nada em troca, sem se qualificar...

e eh essa mão lambusada de salgadinho que tá bancando essa porra toda

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Stranger
Trooper
 

08-01-14, 18:07 #16
Peço permissão para size=7.

AJUDA MAS NÃO SALVA.

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ragauskas
Trooper
 

Steam ID: ragauskas
08-01-14, 18:45 #17
ENQUANTO ISSO...

como viver sem camarão, lagosta fresca e patinhas de carangueijo?

http://g1.globo.com/ma/maranhao/noti...para-2014.html

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u3663
Trooper
 

08-01-14, 18:47 #18
Quote:
Postado por ShadoW Mostrar Post
Mano, é muito fácil pra um nerd com a mão toda lambuzada de salgadinho falar que o bolsa família não melhoro a vida de ninguém.
O programa tiro muita gente da MISÉRIA, gente que passava fome.

Não to falando que não tem desvio e que não é puramente marketing eleitoreiro, mas que ajuda MUITA gente que precisa de verdade, ajuda sim.

Geral só olha pro próprio umbigo, incrível isso, como é difícil ter uma empatia verdadeira com outros seres humanos
Shadow seu lindo.

É exatamente isso que eles querem que você pense. É exatamente isso que eles querem que os beneficiados pensem.

É assim: Ninguem é contra essas pessoas pobres receberem auxilio do Governo pois elas pagam impostos também. Incentivos como Minha Casa, Minha Vida ou investimento em trabalhadores autonomos é maravilho.

Porém tudo isso é feito de maneira lenta, em um processo vicioso.

Nenhum desses programas sociais resolve o caso. Eles ajudam sim mas não resolvem. Eles postergam o problema para mais pra frente. E é esse o problema.

O Governo faz um projeto, faz outro projeto, projeto... mas nunca ataca o problema de vez. Investimento em escolas? Pra que? O povo está feliz pois ESTAVA na miséria e AGORA tem Fuba!!!!

Enquanto isso:

Mais de R$ 1 milhão em alimentos deverão abastecer as casas oficiais da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB-MA), pelo período de um ano, de acordo com os pregões nº 070/2013 e nº 071/2013, que preveem a contratação de empresa especializada no fornecimento de gêneros alimentícios perecíveis e não-perecíveis, respectivamente.

Lista inclui 80 kg de lagosta e R$ 108 mil em ração para peixes.


Ou seja, os problemas são escondidos por projetos sociais que, sim, ajudam milhões de pessoas.... mas não resolve a vida deles. Não reforma o estado politico em nada.... e faz com que o povo continue votando na Roseana Sarney pois ela não teve Camarão na Ceia.

----- RASGA ME BEIJA SEO LINDO!

u3663 is offline   Reply With Quote
maurocool
 

PSN ID: maurocool-maurasia Steam ID: maurocool
08-01-14, 18:49 #19
Quote:
Postado por Saico Mostrar Post

É assim: Ninguem é contra essas pessoas pobres receberem auxilio do Governo pois elas pagam impostos também. Incentivos como Minha Casa, Minha Vida ou investimento em trabalhadores autonomos é maravilho.
me inclua fora desse ninguém!!!!! eu sou contra PRA CARALHO!!!

pagam imposto? sobre o que?

foda que esse país tá errado de norte a sul... 1.1M de cachê prum show de 1h com Carlinhos Brown e Lulu Santos no ano novo:

http://extra.globo.com/noticias/rio/...-11199122.html


Last edited by maurocool; 08-01-14 at 18:59..
maurocool is offline   Reply With Quote
Blazed
Trooper
 

08-01-14, 19:01 #20
"patinha de caranquejo fresca"

heaohaeoheaoa além de tudo mó viadão.

@http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2014/01/no-maranhao-governo-licita-lista-de-alimentos-de-r-1-milhao-para-2014.html

Blazed is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
08-01-14, 19:11 #21
Quote:
Postado por maurocool Mostrar Post
pagam imposto? sobre o que?
Em praticamente tudo, ué? eles recebem em dinheiro, assim que vao comprar leite ou a calca jeans de 400 reais, os impostos ficam retidos no ato. Por mais sonegacao que se faca, a menos que os comerciantes roubem um caminhao, eles repassam os impostos que pagaram dos seus fornecedores.

outro dia a gente comentou sobre a insistencia em se manter alguns locais "existindo", o newka ate citou bons pontos, mas sei la, eu realmente fico com a impressao que sao literalmente uma criacao de gente mantida de proposito por ali para gerar gastos, tipo "olhem so, tem 2 mil pessoas ali morrendo de fome, nao existe agua, a terra nao é boa pra plantacao, nao da certo criar gado e basicamente marte é menos hostil, mandem recursos interminaveis a troco de nada, grato", me pergunto se esse pessoal pudesse ser transportado para locais melhores e mais promissores se nao aceitariam, ou melhor, pq devemos pagar para pessoas insistirem em viver no meio da areia sem a menor chance de progresso.

Jeep is offline   Reply With Quote
u3663
Trooper
 

08-01-14, 19:20 #22
Todo.

Mundo.

Paga.

Imposto.

E o Minha Casa, Minha Vida não é nem um AUXILIO... é um EMPRESTIMO.

É a Caixa FINANCIANDO a casa para o cara... e ele vai pagar para a CAIXA, com JUROS.

Caraio.

u3663 is offline   Reply With Quote
Kenny
Trooper
 

08-01-14, 19:49 #23
Quem mete pau nesses programas não enxerga os benefícios que eles causam à população. Se apegam em um o outro casos, que são excepcionais, para meter o pau dizendo que os programas sustentam vagabundos.

Deve ter muito pouca gente que pensa: "Ah, sou vagabundão, vou usar os R$ 400,00 que minha família recebe do programa do governo pra beber cachaça o dia inteiro, enquanto um monte de babaca fica trabalhando pra me sustentar".

Isso sem desconsiderar que é o valor desse benefício que coloca muitos excluídos no mercado de consumo. Alguns compram alimentos, outros "uma roupa pras crianças", uma viagem para visitar os país no interior, mais recente tem os subsídios para aquisição de imóveis e móveis. Tudo isso é benéfico para a sociedade, pois faz a roda da economia girar.

Além disso essa ideia parece que será adotada em outros países (claro que de forma mais elaborada):

http://www.estadao.com.br/noticias/i...,1096870,0.htm

http://www.infomoney.com.br/mercados...000-por-pessoa

E outra, vc teve oportunidades para ser rico, tudo bem. Vai ter que contribuir para ajudar aquelas pessoas que não tiveram iguais oportunidades.

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Aveia-Quaker
Trooper
 

08-01-14, 20:01 #24
esperando o EON para falar que bolsa família é dinheiro das FARC

Aveia-Quaker is offline   Reply With Quote
ShadoW
Trooper
 

08-01-14, 20:02 #25
A maioria das medidas que os políticos tomam são pra curto prazo, como as cotas, bolsas misérias, etc. Todo país desenvolvido tem assistências sociais..

Pelo amor, não to defendendo a política brasileira.

ShadoW is offline   Reply With Quote
Eon
Trooper
 

08-01-14, 20:04 #26
A pegadinha do bolsa família é que a idéia se justifica tecnicamente, programas de renda mínima realmente tem o poder de tirar pessoas da miséria, o problema é que o PT transformou cada aspecto do seu governo em esquemas de corrupção em massa, e isso inclui todos os seus programas sociais.

Isso é estratégia socialista básica, se você tornar a vida do cidadão impossível sem a presença do Estado então você sempre terá a garantia de que ele estará sob controle.

O exemplo máximo disso você vê em países como China, Cuba, Venezuela... basicamemte o indivíduo não consegue dar um peido sem autorização de um funcionário público. Não é que uma parcela pobre da população depende de um programa social para continuar vivendo, na verdade todo mundo depende do governo para tudo.

É como disse um milionário chinês numa entrevista esses dias: "quem disser que faz negócios na china sem ter conexões dentro do partido está simplesmente mentindo." A mesma coisa já está acontecendo no Brasil.

Eon is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
08-01-14, 20:08 #27

Jeep is offline   Reply With Quote
Stranger
Trooper
 

08-01-14, 20:15 #28
Quem teve oportunidade pra ser "rico", ganhou essa oportunidade de onde?
Tem alguém aqui na linha de sucessão da coroa? Dono de banco? Herdou campo de mineração? Ou o vô/pai era um cara sem pressa que passou 50 anos ralando?

Do jeito que você fala parece que quem conseguiu mudar de vida fez algo errado e tem que pagar multa por isso.

Só dar dinheiro não resolve, você tem uma dúzia de ditados pra não te deixar esquecer disso, existe contrapartida pra receber a grana e isso que faria o sucesso do programa mas essa parte é a que mais peca.

Ninguém acha que o programa resolveria o problema em pouco tempo, o problema é que passaram dez anos e a porta de saída continua sem atenção.

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NewKa
Trooper
 

08-01-14, 20:27 #29
"porta de saída", nunca tinha ouvido falar nesse termo hehehehe.
Será que a matéria foi comprada?

http://ultimosegundo.ig.com.br/bolsa...eficiaria.html

E será que é realmente tão determinado assim como você fala, Stranger? Estranho.

http://revistaforum.com.br/blog/2013...bolsa-familia/

ficar achando que grande parte dos cerumanos vai simplesmente deitar e ficar vivendo de bico + 100 reais do governo por mês é triste, porque demonstra que você simplesmente perdeu a fé na humanidade (ou a falta dela).

NewKa is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
08-01-14, 20:42 #30
ja falaram desse texto no ultimo topico...
Quote:
Postado por Jeep Mostrar Post
e no link final, 1,69milhoes de familias de um total de 13,8 milhoes. 12% em 10 anos.

é um bom truque, da impressao que todo ano saem 12% (o que ja seria um numero baixo), mas como dito no texto, isso foi o *TOTAL* em 10 anos, ou seja, pegando o numero seco ja é baixo, vendo uma trajetoria de 10 anos, desanima (1% ao ano, ja que se é pra chutar numeros, bora la).
ué newka, existe sim e nao sao poucos, tem ate gato recebendo bolsa familia, imagine a festa. nao é pq tem essa moca que provou que é possivel que nao fica evidente que a quase totalidade permanece.


Last edited by Jeep; 08-01-14 at 20:49..
Jeep is offline   Reply With Quote
Kenny
Trooper
 

08-01-14, 21:43 #31
Stranger, vencer na vida não é errado, é louvável.

Só que quem consegue ganhar mais, acaba pagando mais impostos e contribuindo com a manutenção do Estado, inclusive desses programas sociais.

As oportunidades que falo são: estudar em bons colégios (isso é, não na rede pública), ingressar em uma boa faculdade, ter um lar sem preocupações, sem a obrigação de trabalhar para ajudar no sustento de casa, tendo comida e conforme suficientes .... Imagina que tem muita gente que não tem sequer uma dessas oportunidades, como vc espera exigir alguma coisa delas? Não que não possam se esforças, superar as dificuldades e vencer, mas é muito mais difícil.

E para facilitar as coisas é importante manter esses benefícios do governo.

Kenny is offline   Reply With Quote
maurocool
 

PSN ID: maurocool-maurasia Steam ID: maurocool
08-01-14, 22:00 #32
Nao tem que ser facil... tem que ser arduo.

E quando digo pagar impostos, nao me refiro a comprar produtos cujo preço final tenho impostos embutidos.

To falando de IR, IPVA, IPTU...

quase 4 meses do meu trabalho são entregues de mao beijada, nao vejo praticamente nada sendo revertido pra mim, ja que tenho que pagar o meu transporte, pela minha saude, pela minha comida...

Nossos queridos governantes nao se preocupam em integrar os pobres a sociedade. Praticamente varrem a sujeira pra debaixo do tapete

maurocool is offline   Reply With Quote
Baron
Trooper
 

08-01-14, 22:05 #33
Quote:
Postado por NewKa Mostrar Post
stranger, você tocou num ponto essencial da conversa: COM BASE EM QUAIS FATOS você abre a boca pra falar que os programas assistenciais NAO cumprem seu objetivo de sair da pobreza?

Dados plis.
Podemos começar com base em uma pessoa que viveu o assistencialismo pleno?

Como o assistencialismo corrompeu a Suécia

[SPOILER]

As pessoas mais velhas na Suécia dizem que ser sueco significa saber como suprir as próprias necessidades, saber cuidar de si próprio e nunca ser um fardo para o ombro alheio. Independência e trabalho duro eram as qualidades básicas para se ter uma vida decente, e representavam, acima de tudo, a idéia básica da moralidade. Isso foi há menos de cem anos.
Minha falecida avó costumava dizer que algo de errado havia acontecido com o mundo. Ela tinha orgulho de jamais ter pedido ajuda, de sempre ter sido capaz de valer-se de si própria e de seu marido, e do fato de eles terem podido cuidar de sua família durante toda a vida. Ao falecer com a respeitável idade de 85 anos, tenho a felicidade de dizer que ela se foi com aquela dignidade ainda intacta. Ela nunca foi um fardo.

Minha avó, nascida em 1920, pertencia à última geração a ter aquele orgulho pessoal que é tão especial, a ter uma moralidade firme e profundamente enraizada, e que era autônoma e independente na vida, não importasse o que viesse — eram os senhores únicos do próprio destino. As pessoas da geração dela testemunharam e agüentaram uma ou duas guerras mundiais (apesar de a Suécia nunca ter participado de nenhuma) e foram criados por fazendeiros e operários suecos pobres. Eles testemunharam e foram a força motora por trás do "milagre" sueco.

Sua moralidade assegurava que eles poderiam sobreviver em quaisquer condições. Se eles se encontrassem em uma situação em que não fossem capazes de viver com seus salários, eles apenas iriam trabalhar mais pesadamente e por mais tempo. Eles eram os arquitetos e os operários da construção de suas próprias vidas, mesmo que isso frequentemente significasse trabalho duro e contínuas situações aparentemente desanimadoras.

Eles alegremente se disporiam a ajudar aqueles em necessidade, mesmo se eles tivessem muito pouco a oferecer, mas provavelmente não aceitariam qualquer ajuda que lhes fosse oferecida. Eles tinham orgulho da competência que tinham para cuidar de si próprios; eles apreciavam a independência em relação a terceiros, a independência de nunca ter de pedir ajuda. Eles achavam que se não fossem capazes de cuidar de si mesmos, então não teriam o direito de pedir auxílio a ninguém.

Entretanto, de alguma maneira, eles caíram nas promessas de políticos que diziam que iriam suprir "os fracos", uma categoria de pessoas que não existia naquela época: quem iria admitir ser incapaz de cuidar de si próprio? Mas eles eram pessoas trabalhadoras e de bom coração, e provavelmente pensaram que uma pequena contribuição para prover aqueles em condição muito pior seria uma ação típica de um Bom Samaritano.

Teoricamente, é talvez compreensível e até mesmo invejável. Seus pais e eles já estavam participando voluntariamente de grupos privados locais, arranjando apoio financeiro para aqueles que necessitavam de assistência médica ou que tinham perdido o emprego. Em tempos ruins, como recessões ou rápidas mudanças sociais, tudo isso era um grande ônus, embora voluntário e feito por interesse próprio. Uma versão em larga escala desse mesmo tipo de arranjos mútuos para ajudar terceiros provavelmente soou como uma boa idéia, mesmo que ela tivesse de ser financiada coercivamente através da tributação.

O problema é que nesse momento o estado assistencialista foi criado e ele iria mudar dramaticamente a vida das pessoas e afetar sua moralidade de maneira fundamental. Esse estado de bem-estar poderia ter sido um projeto de sucesso se as pessoas tivessem continuado tendo o orgulho e a moralidade de prover a si próprios e somente procurassem amparo se realmente necessitadas. Ou seja, a criação de um estado assistencialista possivelmente poderia funcionar em um mundo ceteris paribus, que é o que o estado assistencialista de fato presume. Mas o mundo está em mudança constante, e por isso um estado assistencialista requer que as pessoas sejam mais fortes e moralmente superiores às pessoas em sociedades que não possuem um estado assistencialista.

Esse conhecimento, entretanto, não havia sido adquirido — e ainda não foi. Ao invés disso, as pessoas pensaram que coisas como o orgulho pessoal pelo trabalho e pela família eram algo natural, algo que não precisava ser trabalhado e estimulado; por essa perspectiva, essa proposta política deve ter parecido um bom negócio. Tudo o que elas tinham de fazer, disseram-lhes, era deixar a política (e um pouco de poder) para os políticos. Esse argumento, lamento comunicar, ainda parece válido para o populacho sueco; os suecos normalmente saúdam propostas para dar mais poder aos políticos, e eles mesmos tendem a solicitar mais impostos.

A moralidade decente já se foi há muito. Foi completamente destruída em pouco mais de duas gerações — por benefícios públicos assistencialistas e pelo conceito de que há um direito ao assistencialismo.

Os filhos do estado assistencialista

Os filhos da geração dos meus avós, meu pais dentre eles, rapidamente aprenderam e adotaram uma nova moralidade baseada nos "direitos" assistencialistas oferecidos pelo sistema de seguridade social. Enquanto que a geração mais velha não aceitaria ser dependente de terceiros (incluindo receber benefícios assistencialistas do estado), eles não relutaram em enviar a geração mais nova para ser educada em escolas públicas. Certo estou de que eles nunca pensaram ser um "direito" ter seus filhos educados. Antes, eles aceitaram e agradeceram a oportunidade de seus filhos terem uma chance que eles mesmos nunca tiveram — uma educação "gratuita".

Assim, a geração de meus pais freqüentou escolas públicas onde a eles foi ensinado matemática e idiomas, bem como a superioridade do assistencialismo e a moralidade do estado. Eles aprenderam o funcionamento da maquinaria do estado assistencialista e adquiriram uma concepção (errônea) totalmente nova sobre direitos: todos os cidadãos desfrutam de um direito — simplesmente pelo fato de serem cidadãos — a educação, a saúde, ao seguro-desemprego e a seguridade social.

Ser um indivíduo — foi-lhes ensinado — significa ter direito a receber auxílios para suas necessidades individuais. Todo mundo tem direito a todos os recursos necessários para se buscar a felicidade própria e a da sociedade, foi-lhes dito. E todo mundo deve desfrutar do direito de colocar seus filhos em creches estatais enquanto estiver no trabalho, tornando-se possível para cada família ganhar dois salários (mas sem tempo suficiente para criar seus próprios filhos). As oportunidades para a "boa vida", pelo menos financeiramente, devem ter parecido colossais para as gerações mais velhas.

Essa nova moralidade permeou o populacho e se tornou o estado "natural" das coisas, ao menos em suas mentes. Essa geração, nascida durante as duas ou três décadas posteriores à Segunda Guerra Mundial, tornou-se consideravelmente diferente da geração de seus pais tanto moralmente como psicologicamente. Eles se tornaram habituados ao enorme crescimento econômico do pós-guerra (graças ao fato de a Suécia nunca ter entrado nas guerras) e aos cada vez maiores direitos assistencialistas concedidos por um estado em crescimento acelerado. (Para sustentar o crescimento do estado assistencial e satisfazer a demanda popular por benefícios, o governo sueco desvalorizou a moeda várias vezes durante as décadas de 1970 e 1980).

Os efeitos sobre a sociedade advindos do crescimento dessa geração e sua conseqüente entrada no mercado de trabalho foram principalmente dois: aumento da pressão pública para mais políticas progressivas; e um fracasso em larga escala, por toda a sociedade, em se criar filhos independentes e virtuosos, capazes de serem donos de si próprios pelo resto da vida.

A essa altura, a mudança moral e filosófica ocorrida na sociedade tornou-se aparente. Enquanto que no início do século XX os Social Democratas, um poder hegemônico na política sueca por todo o século (e além), haviam demandado cortes de impostos para tirar de sobre os trabalhadores um fardo desnecessário, hoje esse partido rapidamente se transformou em um tributarista feroz e defensor entusiasmado do assistencialismo, e segue pedindo por mais reformas especiais e "emancipadoras". A massa votante, filhos do estado assistencialista, dependentes do sistema, apoiou os aumentos de impostos, que rapidamente ultrapassaram 50%. E eles exigiram que os benefícios sociais, sempre às custas do contribuinte, fossem maiores que os impostos pagos.

A mudança política havida assim que os filhos do estado assistencialista cresceram e começaram a participar da política foi maciça. As revoltas estudantis de 1968, de cunho comunista, provavelmente representaram o pico dessa geração radical exigindo mais para si mesmo através da redistribuição estatal; eles não queriam assumir responsabilidade pessoal por suas vidas, nem jamais pensaram em ter de trabalhar arduamente para se proverem a si próprios. "Tenho necessidades", eles argumentavam, e dessa reivindicação eles diretamente inferiram ter o direito a ter essa necessidade satisfeita — fosse ela comida, abrigo ou um carro novo.

Considerando que meus pais misteriosamente parecem ter herdado muito da "velha" forma de moralidade, a maioria das pessoas da idade deles, e principalmente aqueles mais novos, são paradigmaticamente diferentes da geração de seus pais. Eles são filhos do estado de bem-estar social e são plenamente cônscios dos benefícios assistencialistas aos quais eles têm "direito". Eles não ponderam sobre de onde vêm esses benefícios, mas são bem céticos quanto a políticos os quais eles pensam que podem cortá-los. "Mudança" rapidamente se tornou uma palavra indesejável, já que ela necessariamente implica uma mudança no sistema no qual as pessoas dependem parasiticamente.

Com essa geração, o fato outrora tido como verdadeiro de que a produção precede o consumo foi substituído pela crença de que todos têm um "direito humano" natural e inviolável aos serviços assistencialistas oferecidos pelo estado. Através dos poderosos sindicatos, os suecos assalariados foram premiados com aumentos anuais, independentemente da produtividade real; e com o tempo, aumentos salariais anuais se tornaram uma normalidade. As pessoas que não conseguiam um aumento passavam a se considerar "punidas" por seus empregadores malvados, e assim começaram a haver demandas cada vez maiores para ajudas legais na batalha contra empregadores. As pessoas têm o "direito" a um salário melhor no ano seguinte, assim como o salário atual deve ser melhor que o do ano passado; e por aí vai o pensamento.

Essa mudança na percepção foi, como vimos, precedida por uma mudança nos valores. A mudança social também mudou as condições para a filosofia e, assim, novas e estranhas teorias destrutivas emergiram. As crianças dessa geração, nascidas nas décadas de 70, 80 e 90, tiveram em comum uma criação "livre" (baseada nos ideais de 1968), significando essencialmente uma infância "livre de regras" e "livre de responsabilidades". Para essa geração não há qualquer causalidade na vida em sociedade; o que quer que você faça não é sua responsabilidade — até mesmo ter filhos. Essa é a mentalidade dos atuais jovens adultos da sociedade sueca.

Os netos do estado assistencialista

Eu mesmo faço parte dessa segunda geração de pessoas criadas com e pelo estado assistencialista. Uma diferença significante entre a minha geração e a antecessora é que a maioria de nós não foi criada pelos nossos pais sob qualquer aspecto. Fomos criados pelas autoridades das creches estatais no período da infância; então fomos empurrados para as escolas públicas, depois para escolas secundárias públicas e universidades públicas; e mais tarde para o emprego no setor público e para mais educação através dos poderosos sindicatos e suas associações educacionais. O estado é uma presença constante em tudo, e para muitos ele é o único meio de sobrevivência — e seus benefícios assistenciais a única maneira possível de ganhar independência.

A diferença para as gerações mais velhas é obvia. Meus avós viveram em um mundo totalmente diferente, moral e filosoficamente, e meus pais ainda apresentam alguns vestígios herdados de meus avós, como aquele "velho" senso de justiça e a percepção do certo e do errado. Enquanto que os pais da minha geração estão apenas parcialmente estragados (o que já é ruim o suficiente), minha geração está totalmente sem rumo. Por não ter sido criada com os valores sólidos de nossos avós, mas sim com aqueles propagandeados pelo estado-babá, os netos do estado assistencialista não possuem qualquer entendimento de questões econômicas.

Para os "netos", uma percepção comum de justiça é que indivíduos têm o "direito" de reivindicar perpetuamente que a sociedade supra alguém com o que quer que esse alguém considere necessário (ou divertido). Em um recente debate ocorrido na TV estatal, os filhos e netos do estado assistencialista se encontraram para discutir desemprego e os problemas comuns enfrentados pelos jovens em crescimento e que estão entrando no mercado de trabalho. A exigência dos "netos" era literalmente que os "mais velhos" (nascidos nas décadas de 40, 50 e 60) saíssem de cena (isto é, parassem de trabalhar), porque o trabalho deles "roubava" empregos dos mais jovens!

A "lógica assistencialista" que sustenta tais exigências absurdas funciona mais ou menos assim: a premissa é que cada indivíduo tem o direito a ter uma boa vida. Disso pode se concluir que uma boa vida significa não ter que se preocupar com riquezas materiais, sendo por isso essencial receber benefícios assistencialistas e ganhar uma "independência" financeira. Independência financeira, por sua vez, requer um bom status, um alto salário e um emprego não muito exigente; donde se infere que um bom emprego é um direito humano. As pessoas que atualmente têm esses empregos literalmente ocupam essas posições e, portanto, estão no caminho e devem sair da frente — cada um deles, sem exceção, está violando meu direto àquele emprego. Isso faz com que cada um que tenha um bom emprego seja um violador de direitos e, portanto, um criminoso.

Todos sabemos o que pensar de criminosos: eles deveriam estar trancafiados. Tal sentença também é o que demanda um ainda muito pequeno, porém rapidamente crescente número de jovens na Suécia — sentença essa que deve ser aplicada em donos de negócios que não desejam contratá-los, ou em pessoas mais velhas que ocupam posições que esses jovens desejam. É "necessário" fazer leis mais progressivas.

Mas essa não é uma idéia apoiada apenas pela juventude ignorante. Em 2006, o sindicato nacional dos trabalhadores varejistas exigiu que o estado "redistribuísse" empregos oferecendo pensões estatais a pessoas com mais de 60 anos caso elas se demitissem e seus empregadores passassem a empregar pessoas jovens e desempregadas em seus lugares. Pelos cálculos do sindicato, tal truque "criaria" 55.000 empregos.

O que isso mostra é que a única maneira perceptível de se encontrar empregos para os mais jovens parece ser "liberando" os mais velhos dos seus; postos de trabalho estão escassos e o desemprego está subindo mesmo com a crescente demanda por bens e serviços — graças à pesada regulação estatal sobre o mercado. O estado assistencialista cria problemas e conflitos em vários níveis, forçando as pessoas a competir por fatias cada vez mais decrescentes de riqueza. A solução: mais regulamentação e menos prosperidade. Isso é o que acontece quando a necessidade e a vontade substituem o mérito e a experiência, tanto na moralidade pública como na pessoal.

Exigindo responsabilidade social

Essa moralidade degenerada e a falta de compreensão quanto à ordem natural e real das coisas também é evidente nas áreas que requerem responsabilidade pessoal e respeito para com o próximo. Os velhos hoje são tratados como um lastro, ao invés de como seres humanos e parentes. As gerações mais novas acham que têm o "direito" de não assumir responsabilidade pelos seus pais e avós — e com isso exigem que o estado os alivie desse fardo.

Consequentemente, os velhos na Suécia, em sua maioria, vivem deprimidos e solitários em suas casas, esperando que a morte chegue; ou já foram institucionalizados em asilos públicos sob vigilância 24 horas por dia, sete dias por semana, de modo a aliviar o encargo que representam para as gerações mais jovens. Alguns deles chegam a ver seus netos e parentes por apenas uma ou duas horas no Natal, quando as famílias fazem um esforço para ir visitar seus "problemas".

Mas os mais velhos não são os únicos que se encontram na periferia da sociedade assistencialista, enquanto o estado está cuidando da população ativa. O mesmo ocorre com os mais jovens, que também são entregues ao estado para receber cuidados públicos ao invés de serem criados e educados por seus pais.

Minha mãe, uma professora de escola secundária, já teve de enfrentar pais de seus alunos que exigiam que ela "fizesse algo" quanto à estressante situação familiar pela qual eles passavam. Eles exigiam que a "sociedade" se responsabilizasse pela criação de seus filhos, já que eles próprios já tinham gasto "muitos anos" cuidando deles. ("Cuidando" normalmente significa deixá-los na creche pública às 7 da manhã e pegá-los novamente às 6 da tarde).

Eles enfatizam espalhafatosamente ter o "direito" de serem aliviados desse encargo. Os problemas causados em casa por crianças desobedientes e fora de controle devem ser resolvidos nas salas de aula por funcionários da escola e em creches pela equipe do jardim de infância. As crianças devem ser vistas, mas não ouvidas; e elas não devem de modo algum atrapalhar o direito de seus pais a uma carreira, a longas férias no exterior e a participar de eventos sociais.

Com o intuito de manter a geração adulta trabalhando e criando riqueza que possa ser tributada (as alíquotas de impostos sobre os trabalhadores de baixa renda está em torno de 65% da renda), o estado assistencialista sueco continuamente lança programas progressivos para protegê-los de incidentes e problemas. A liberdade assistencialista representa uma existência livre de problemas, livre de responsabilidades e rica em benefícios.

O que estamos vendo hoje na Suécia é a conseqüência perfeitamente lógica do estado assistencialista: ao distribuir benefícios e, assim, liberar o indivíduo da responsabilidade individual por sua própria vida, um novo tipo de indivíduo é criado — o imaturo, irresponsável e dependente. Com efeito, o que o estado assistencialista criou foi uma população de crianças moral e psicologicamente dependentes — assim como pais que nunca deixam seus filhos enfrentar problemas, assumir responsabilidades e criar soluções sozinhos tornam seus rebentes mimados, em constantes necessidades e extremamente exigentes.

A analogia com as crianças mimadas está se provando verdadeira no cotidiano das pessoas que trabalham no setor público, que estão enfrentando as demandas da população. Já aprendi que não é incomum que jovens pais repreendam professores por acharem que o para casa é uma pressão "desnecessária" sobre os mais novos. As crianças têm o "direito" ao conhecimento, mas aparentemente elas não deveriam ser expostas à educação, já que esta requer estudo e esforço. A função dos professores é obviamente fornecer às crianças um conhecimento que elas possam consumir sem ter de refletir ou mesmo pensar a respeito (ou até mesmo estudá-lo). Ter de fazer algo por conta própria é "opressivo". Uma "obrigação", mesmo que seja um efeito das leis da natureza, é algo totalmente injusto e representa a violação do direito a uma vida livre de problemas. A natureza em si, junto com suas leis, se torna um "fardo".

A economia da dependência

Talvez essa mentalidade explique o aumento na popularidade de teorias irrealistas como o ceticismo e o pós-modernismo, onde nada pode ser tomado como verdadeiro. A lógica, alegam, é apenas uma construção social que não tem qualquer relação com a realidade ou com o mundo (se é que ela sequer existe). Essas teorias são magníficas pelo fato de elas jamais poderem ser provadas — ou refutadas. Não importa o que você diga, você jamais precisará se responsabilizar por sua declaração — ninguém pode verificar sua tese, ninguém pode criticá-la ou mesmo utilizá-la. Ela é sua e existe apenas pra você — e ela é verdadeira só para você.

A inutilidade de tais teorias deveria ser óbvia. Também deveria ser óbvio que os proponentes dessas teorias assumem que certas coisas, como a existência, são garantidas — eles vivem suas vidas baseando-se apenas em dúvidas e na "sabedoria" de que não há nada que alguém possa de fato saber, que nada é o que parece. Mas isso, ao que parece, deve ser a beleza da coisa.

De certo modo, a premissa austríaca de que "valores são subjetivos" foi tomada muito literalmente. Nessas teorias "modernas", a subjetividade é o princípio fundamental da realidade, e não a maneira como a realidade é avaliada ou percebida. Essa "compreensão" é inferida diretamente da moralidade relativa e de lógica relativa das crianças e dos netos do estado assistencialista. Não há necessidade que alguém produza para que um outro possa consumir — e não há necessariamente um ônus sobre aquele que deve fornecer os benefícios que eu preciso para poder viver a "boa" vida. Afinal, viver uma boa vida é um direito humano; sendo que o direito é o único ponto fixo em um universo em constante mudança e subjetivamente instituído.

Da perspectiva de um observador (como eu me considero), toda essa loucura faz sentido — ensinar as pessoas que elas não precisam se preocupar com as conseqüências de suas atitudes torna-as prontamente dependentes. O estado assistencialista criou o monstro egotista contra o qual ele alega querer nos salvar — através da distribuição de privilégios e benefícios para todos às custas de "ninguém".

Os engenheiros sociais do estado assistencialista obviamente nunca consideraram uma possível mudança na moralidade e na percepção — eles simplesmente queriam um sistema que garantisse seguridade para todos; um sistema no qual o capaz poderia e deveria trabalhar para sustentar a si próprio, e que o incapaz também pudesse viver uma vida digna. Quem iria imaginar que as reformas progressistas feitas para garantir direitos trabalhistas e prosperidade para todos no início do século XX iriam ricochetear e moral e filosoficamente?

Já deveria estar óbvio que nada saiu como esperado — a sociedade simplesmente não era tão previsível como foi previsto.

Essa nova moralidade é obviamente oposta àquela da geração dos meus avós. É uma moralidade que diz que a independência só pode ser atingida através da transferência de responsabilidades para terceiros, e que a liberdade só pode ser conquistada através da escravização de outros (e de si próprio). O resultado dessa moralidade degenerada por toda a sociedade é um desastre economicamente, socialmente, psicologicamente e filosoficamente.

Mas isso também é uma tragédia para milhares de suecos. As pessoas parecem incapazes de desfrutar a vida sem ter responsabilidade pelas próprias ações e escolhas, e é impossível sentir orgulho e independência sem ter os meios para se controlar o próprio viver. O estado assistencialista criou pessoas dependentes e totalmente incapazes de encontrar algum valor em sua existência; ao invés disso, eles se vêem incapazes de ter sentimentos tipicamente humanos como orgulho, honra e empatia. Esses sentimentos, junto com os meios para se criar um sentido para a vida, foram tomados pelo estado assistencialista.

Talvez isso explique por que uma grande parte da população jovem de hoje consome medicamentos antidepressivos, sem os quais eles são incapazes de funcionar normalmente em situações sociais. E presumivelmente isso explica por que o número de suicídios entre as pessoas bem jovens que nunca de fato conheceram seus pais está aumentando dramaticamente (o número total de suicídios permanecendo praticamente o mesmo). Ainda assim, as pessoas são totalmente incapazes de ver o problema ou achar uma solução. Como crianças mimadas, elas clamam ao estado por "ajuda".

Isso, minha avó nunca conseguiu entender. Que ela descanse em paz.


* Atualização feita pelo autor em 19 de maio de 2008:

Fui contactado por algumas pessoas que expressavam descrença no fato de que muitas pessoas tomam antidepressivos para se livrar de depressões, da "infelicidade", e da ausência de vontade para viver e trabalhar. Em um artigo publicado em um dos maiores jornais da Suécia, foi afirmado que 500.000 suecos atualmente tomam antidepressivos (=receberam de seus médicos receitas para antidepressivos). 500.000 pessoas em uma população de 9.000.000 — isso representa 5,6% da população, e a maioria deles provavelmente é formada por jovens!

Também é dito nesse artigo (disponível apenas em sueco) que 25% da população vai tomar antidepressivos em algum momento de suas vidas. Eu não sei como isso se compara a outros países, mas a porcentagem sem dúvidas é bastante grande.

O artigo foi escrito pela professora finlandesa Merete Mazzarella, que já escreveu livros sobre aspectos culturais do bem-estar:

http://www.svd.se/kulturnoje/underst...el_1263429.svd



Per Bylund
foi consultor de negócios na Suécia e hoje é Ph.D em economia pela Universidade do Missouri e professor na Hankamer School of Business, da Baylor University, no Texas.


Last edited by Jeep; 08-01-14 at 22:38.. Motivo: spoiler
Baron is offline   Reply With Quote
Kenny
Trooper
 

08-01-14, 22:51 #34
Mauro, concordo.

Só acrescento que aqueles que estão nas regiões mais altas da "pirâmide social" conseguem se manter sozinhos, msm com um Estado estuprando nos tributos.

Os que estão na base, no entanto, não conseguem.

Qual a sua solução para esse problema? Deixar o pessoal de baixo se ferrar? empurrá-los para sub-empregos na esperança que consigam ascender na escala social?

Kenny is offline   Reply With Quote
ds
Trooper
 

09-01-14, 01:06 #35
O bolsa escola tem um brecha do caralho. A criança tem a bolsa cortada se ela
tiver "N" por cento de faltas não justificadas por atestado medico.

A brecha é que um único atestado que a escola recebe já abona toda a porcentagem
de faltas.

Ou seja, tem criança que nem vai pra escola e a mãe aparece com um atestado malandrops no final do mês pra garantir o dim dim

Vi isso no tempo que trabalhei na secretaria de uma

ds is offline   Reply With Quote
Oleleh
Trooper
 

09-01-14, 01:49 #36
Vcs bem de vida, os que já tiveram comida na mesa desde sempre, já se imaginaram nascendo num desses lugares q não ha nada pra comer durante o dia e noite? O que deve ser pra uma mae/pai ver seu filho passando fome? Voce acha q um auxilio não ia ajudar essa familia? Quem é contra uma ajuda dessa nunca passou fome

Ate aqui no japao o governo da ajuda pras familias com filho

15 a 10 mil yenes por crianca por mes

O problema não é o auxilio em si, todo mundo sabe qual é o problema

Oleleh is offline   Reply With Quote
Eon
Trooper
 

09-01-14, 02:27 #37
No japão o governo ajuda quem tem filho porque faltam filhos. O princípio por trás disso é o governo premiar financeiramente o tipo de comportamento que ele considera socialmente desejável.

Pergunta: Um governo que premia a pobreza e pune a riqueza com impostos impagáveis está construindo que tipo de sociedade?

Eon is offline   Reply With Quote
maurocool
 

PSN ID: maurocool-maurasia Steam ID: maurocool
09-01-14, 03:38 #38
Quote:
Postado por Kenny Mostrar Post
Mauro, concordo.

Só acrescento que aqueles que estão nas regiões mais altas da "pirâmide social" conseguem se manter sozinhos, msm com um Estado estuprando nos tributos.

Os que estão na base, no entanto, não conseguem.

Qual a sua solução para esse problema? Deixar o pessoal de baixo se ferrar? empurrá-los para sub-empregos na esperança que consigam ascender na escala social?
O Estado opta por manter regioes do Brasil na mais pura miseria, sem agua, comida, saneamento, energia eletrica... Afinal, este é um problema sem solução, certo? Errado. Quem ja foi pra Las Vegas, por exemplo, sabe o que é possível se fazer no meio do deserto.

Você tem uma concentração gigantesca de industrias na regiao Sul / Sudeste e um imenso vazio em diversos locais do N, NE. O Governo vive dando incentivos fiscais pra diversos setores, pq não incentivar o desenvolvimento desses lugares? Ainda conta com a ajuda do setor privado.

O Estado tb faz a parte dele. Cria escolas, universidades, cursos tecnicos, programas de estagio, programas de urbanização, de incentivo ao estudo...

Pronto, ensinou a pescar e ainda criou um enorme "pesque e pague". Estado, iniciativa privada e população fazendo a sua parte.

Eu sou analista de TI, nao sou economista, nem nada parecido. Tenho certeza que engenheiros, economistas, governantes, etc... se reunidos, achariam soluçoes muito melhores.

Soluçao tem, o que falta é boa vontade

maurocool is offline   Reply With Quote
Oleleh
Trooper
 

09-01-14, 06:30 #39
Quote:
Postado por Eon Mostrar Post
No japão o governo ajuda quem tem filho porque faltam filhos. O princípio por trás disso é o governo premiar financeiramente o tipo de comportamento que ele considera socialmente desejável.



Pergunta: Um governo que premia a pobreza e pune a riqueza com impostos impagáveis está construindo que tipo de sociedade?

Não é bem assim eon, pelo menos não é o que dizem, segundo a televisao, ou os proprios politicos, a ajuda serve para a injetar dinheiro no comercio fznd a economia girar

Tanto é que na epoca pos crise (alguns anos atras) eles ate aumentaram a ajuda pq ninguem tava gastando

Oleleh is offline   Reply With Quote
u3663
Trooper
 

09-01-14, 08:21 #40
Sim Mauro.

Mas não é interessante para eles... e esse é o maior problema desses auxilios.

Eles acomodam o povo. E o povo acomodado, continua submisso.

u3663 is offline   Reply With Quote
SsjGohan
Trooper
 

09-01-14, 09:45 #41
Assistencialismo aos pobre extremos esteve em pauta dos principais congressos mundiais desde década de 90.

Índices como o de GINI foram criados só para se ter noção da diferença entre a pobreza e a riqueza nos países.
E quanto menos essa diferença MELHOR é o pais em TODOS os casos.

Mesmo de forma burra, dar dinheiro pro pobre comer NUNCA será ruim.
A extrema pobreza PRECISA ser erradicada.

A pobreza não.

Entenderam a diferença?

Pra q dar escolas etc etc etc?
Deixa a galera ser pobre, com ideais deturpados e de fácil manipulação.
Agora de nada serve metade da população não conseguindo nem comer.

Dar esperança aos pobres é a melhor forma de controla-los.
Sempre foi e sempre será.

SsjGohan is offline   Reply With Quote
Kenny
Trooper
 

09-01-14, 09:56 #42
Mauro, não há dúvidas que o Estado não tem o mínimo interesse em ajudar o povo.

Mas essa sua visão se aplica somente a uma ou outra capital do N ou NE. Mais pro meio dos Estados o bixo pega. Se o desenvolvimento fosse levado para essas áreas, a coisa era outra, mas nem a iniciativa privada tem interesse nesses locais (geralmente muito distantes do mercado consumidor, sem mão-de-obra qualificada, as vezes sem mão-de-obra suficiente, vai ter Diretor que não quer ir pro "meio do nada" - nem médicos querem ir pra lá, msm com excelentes salários, até os serviços básicos lá são problemáticos, etc.).

Tb acho que deveriam incentivar essas partes do país, como fizeram com a Zona Franca de Manaus, mas tem que criar meios para isso, descentralizar tudo que for possível.

Kenny is offline   Reply With Quote
Stranger
Trooper
 

09-01-14, 10:01 #43
Boa Baron.

Stranger is offline   Reply With Quote
SsjGohan
Trooper
 

09-01-14, 10:18 #44
Iniciativa privada significa povo local tb...

Não só empresas gigantes investirem dinheiro no meio do nada
A própria população precisa se organizar e parar de se matar como no Maranhão.

SsjGohan is offline   Reply With Quote
ragauskas
Trooper
 

Steam ID: ragauskas
09-01-14, 10:36 #45
Nobel de economia alerta para bolha no mercado de imoveis no brasil

foi o cara que previu a bolha da crise dos EUA

http://oglobo.globo.com/economia/nob...rasil-10937197

continuem pagando a fortuna nos APs, conquistando o sonho da casa própria e uma divida de 70 anos, bjs

ragauskas is offline   Reply With Quote
maurocool
 

PSN ID: maurocool-maurasia Steam ID: maurocool
09-01-14, 10:38 #46
acho que isso é offtopic, né??

de qqer maneira, estou tentando convencer meus pais a venderem nosso ape e morarmos de aluguel por um ou dois anos. se essas previsões se concretizarem, daqui 2 anos teremos 2 ou 3 apes pelo preço de 1

maurocool is offline   Reply With Quote
SigSnake
Trooper
 

09-01-14, 10:39 #47
nada ragauskas!

quem compra terra não erra
melhor investimento é o que o vento não passa embaixo
e, como sempre, imovel nunca cai de preço

seu invejoso!

SigSnake is offline   Reply With Quote
ragauskas
Trooper
 

Steam ID: ragauskas
09-01-14, 10:40 #48
não era nesse topico q falavam mal do HUEBR? acho q ta on topic ainda

ragauskas is offline   Reply With Quote
Blazed
Trooper
 

09-01-14, 11:58 #49
Quote:
Postado por SigSnake Mostrar Post
nada ragauskas!

quem compra terra não erra
melhor investimento é o que o vento não passa embaixo
e, como sempre, imovel nunca cai de preço

seu invejoso!
Compra ouro, faz um grillz, pulseira e anel num orero loko, crava umas pedras, leva pra gringa em tempo de crise e vende, muitas vezes rende 9x mais, alta densidade = mt peso pouco espaço = cash in hand

indico o Mr. Bem Haim - 220w 34th street, manhattan NY

brotherzaço, cash up front, compra ouro e diamante.

Blazed is offline   Reply With Quote
maurocool
 

PSN ID: maurocool-maurasia Steam ID: maurocool
09-01-14, 12:41 #50
Quote:
Postado por Kenny Mostrar Post
Mauro, não há dúvidas que o Estado não tem o mínimo interesse em ajudar o povo.

Mas essa sua visão se aplica somente a uma ou outra capital do N ou NE. Mais pro meio dos Estados o bixo pega. Se o desenvolvimento fosse levado para essas áreas, a coisa era outra, mas nem a iniciativa privada tem interesse nesses locais (geralmente muito distantes do mercado consumidor, sem mão-de-obra qualificada, as vezes sem mão-de-obra suficiente, vai ter Diretor que não quer ir pro "meio do nada" - nem médicos querem ir pra lá, msm com excelentes salários, até os serviços básicos lá são problemáticos, etc.).

Tb acho que deveriam incentivar essas partes do país, como fizeram com a Zona Franca de Manaus, mas tem que criar meios para isso, descentralizar tudo que for possível.
eu me referia justamente as regiões mais remotas msm. as capitais são ainda mais faceis de solucionar (na minha opinião, logico) pq tem o turismo, estrutura e tal...

de qualquer maneira, mantenho minha opinião. Solução tem, falta boa vontade e, acima de tudo, interesse <- queria ter dito isso quando postei, mas estava com sono e acabei pulando

maurocool is offline   Reply With Quote
maurocool
 

PSN ID: maurocool-maurasia Steam ID: maurocool
09-01-14, 13:12 #51
http://www1.folha.uol.com.br/cotidia...de-crack.shtml

sou anti PT e acho o Haddad um cancer pra esta cidade. mas quando acerta, acho que devemos aplaudir

09/01/2014 - 04h00
Prefeitura pagará R$ 15 por dia trabalhado a usuário de crack

O secretário municipal de Segurança Pública de São Paulo, Roberto Porto, disse ontem em entrevista à rádio CBN que a prefeitura vai pagar R$ 15 por dia a cerca de 400 usuários da região da cracolândia em troca de trabalho para o município.

O plano da gestão de Fernando Haddad (PT) de empregar os usuários da região em serviços de zeladoria, como varrição de parques da cidade, já havia sido antecipado pela Folha.

De acordo com Porto, os usuários que participarem do programa terão que trabalhar quatro horas por dia na zeladoria. Além disso, eles terão que cumprir mais duas horas diárias em programas de requalificação profissional.

O pagamento será feito com base no dia trabalhado, não por valor fechado no final do mês. Assim, caso a carga horária do dia não for cumprida, ele não recebe.

Em situações nas quais o usuário não esteja bem de saúde, por causa da dependência, e comprove sua passagem por uma das unidades de saúde da cidade, ele ainda receberá os R$ 15 de um dia trabalhado.

Os usuários que serão inclusos no programa de zeladoria receberão ainda café da manhã, almoço e jantar, além de kit de higiene pessoal, vale-transporte e seguro de vida coletivo.

Segundo o secretário, o desmonte da chamada "favelinha", erguida na calçada da alameda Dino Bueno com a rua Helvetia, deverá ser feita pelos próprios usuários.

"Eles mesmos, com a ajuda da prefeitura, vão desmontar os barracos. Isso está pactuado", disse.
Todos serão encaminhados para uma das 400 vagas em hotéis da região. "Essa não é uma iniciativa higienista, não estamos varrendo o problema", disse.

Os cerca de 40 menores que estão na região deverão ser encaminhados a escolas e creches, quando for o caso.

O custo total com a operação, segundo o secretário, ainda não está fechado.

maurocool is offline   Reply With Quote
tdf
 

Steam ID: tdf
09-01-14, 13:28 #52
Segundo a sabedoria popular, uma pessoa só é vagabunda na seguinte situação:

* É do sexo feminino;
* Tem mais de um parceiro no período de duas décadas.

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Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
09-01-14, 14:12 #53
bom, qq tentativa é melhor do que deixar aquilo do jeito que estava, so espero que tenham algum controle senao vai ser um-dois dias trabalhando e depois torrando tudo em pedra.

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maurocool
 

PSN ID: maurocool-maurasia Steam ID: maurocool
09-01-14, 14:16 #54
se for trampando e não roubando, caguei...

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ds
Trooper
 

09-01-14, 15:43 #55
Alguém tinha que abrir um tópico tipo o "Coisas de graça Biturbo" mas só pra postar
quais são as bolsas que o governo concede, por ex:
Quote:
60 MIL Esse é o número de bolsas já concedidas pelo ‪#‎CiênciaSemFronteiras‬ desde o segundo semestre de 2011, quando o programa foi lançado. A ideia é que alunos de graduação e pós-graduação possam aperfeiçoar suas carreiras e contribuir para a inovação e competitividade do País nas áreas de ciência e tecnologia. Até o fim de 2014, estão previstas 101 mil bolsas para dar a jovens a oportunidade de estudar fora do país e voltar para o Brasil cheio de novas ideias, experiências e conhecimento. Deste total, 75 mil bolsas serão custeadas pelo governo federal e 25 mil, por empresas brasileiras. Conheça mais detalhes sobre o programa: http://bit.ly/1cYVlWe
Eu mesmo não abro pq logo ia vir um cheira cola me enche os ovos
uahsuas

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Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
09-01-14, 15:50 #56
eu vi muita gente no face reclamando que devido a isso muitas verbas de pesquisas (algumas ja em andamento) foram congeladas, mas como nao sou da area, vai saber...

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ds
Trooper
 

09-01-14, 17:17 #57
Eu já vi como é a capacitação de alguns jovens antes de serem enviados pra Londres.
A ideia base é pegar um dos melhores moleques de uma região fudida e fazer ele voltar com mais experiências, mas seria interessante que ele não tivesse um perfil mesquinho pra depois ele possa compartilhar as ideias e experiências que ele adquiriu na viagem dele com os amigos e etc.
Do tipo, o cara aprendeu ser gente e agora vai ensinar os amigos dele.

Problema é que pra mesquinharia não há remédio

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Trovao
Millenium Falcon
 

10-01-14, 10:01 #58
Pela perpetuação da "FARINHA" do topo da pirâmide !!!

Roseana renuncia mandato em abril e tenta o Senado

Em meio a uma crise na segurança pública de repercussão internacional, a governadora Roseana Sarney (PMDB-MA) vai renunciar ao mandato em abril para disputar uma vaga no Senado e garantir a permanência da família no poder, o que obrigará o Estado a fazer uma nova eleição para escolha do sucessor dela até janeiro de 2015.
A solução e as explicações para a barbárie nos presídios ficarão para um governador “tampão”, que será eleito pela Assembleia Legislativa, em votação indireta. A renúncia de Roseana forçará uma nova eleição porque o vice-governador, Washington Oliveira, foi nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) numa manobra para tirar o então petista do comando do Palácio dos Leões. A Constituição determina que, neste caso, quando não há o vice, deve haver eleição indireta para o mandato “tampão” - cenário que já ocorreu no Distrito Federal e no Tocantins, por exemplo.
Numa reunião há duas semanas, na Ilha de Curupu, onde a família Sarney tem casa, Roseana afirmou que não tinha intenção de disputar o Senado e que sua vontade seria se mudar para os Estados Unidos. Foi convencida do contrário pelo pai, o senador José Sarney (PMDB-AP). Um dos presentes contou ao Estado que Sarney alertou a filha de que ela era a única que poderia manter o poder político da família (o senador tem 83 anos) e, como congressista, manteria a imunidade parlamentar. Sarney, segundo relatos, comparou a situação à do ex-presidente Bill Clinton.
“Você é a continuidade. Vai sair da política e viver pagando advogados? Depois que a gente senta em certas cadeiras, fica vulnerável a processos. Clinton, quando saiu da presidência, enfrentou vários processos”, disse o senador, segundo interlocutores. Os irmãos Fernando (empresário) e Zeca Sarney (deputado pelo PV-MA) concordaram com o pai.
Ao renunciar ao governo, Roseana deixaria de ser alvo em questões como a crise nos presídios, mudando o foco para a candidatura. Após o apelo do pai, ela cedeu. A família, contudo, tem pela frente mais um complicador: a escolha do candidato “tampão”. Gostaria de indicar um secretário estadual para a disputa, mas o presidente da Assembleia, Arnaldo Melo (PMDB), com votos na situação e na oposição, impôs seu nome.
Emparedada no Legislativo e desgastada pela selvageria nos presídios, a governadora pode acabar cedendo ao peemedebista, evitando que o nome de sua preferência perca a eleição indireta e ela, sua influência no comando do Estado. Principal adversário da família Sarney, o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), também vai renunciar ao cargo no final do mês para se preparar para a eleição de outubro. A decisão pela saída foi reforçada pela crise na segurança.
A oposição considera o momento favorável não só na tentativa de retornar ao Palácio dos Leões, mas de ocupar a vaga em disputa no Senado, com o enfraquecimento político de Roseana. O nome mais cotado é o do vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), aliado do ex-governador e provável candidato ao governo do Maranhão, José Reinaldo Tavares (PSB).
"Se Roseana não sair para o Senado, o grupo dela acaba e eles (os Sarney) precisam de influência lá", afirma Tavares. Ele diz que pretende concorrer ao mandato tampão, mas reconhece ser difícil derrotar o atual presidente da Assembleia. A reportagem procurou Arnaldo Melo, mas ele não ligou de volta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Link: http://br.noticias.yahoo.com/roseana...093000122.html

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