Darkside  

Voltar   Darkside > Darkside > Comunidade

Responder
 
Thread Tools
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
Default Ele fala?

29-03-15, 11:55 #1
http://themighty.com/2015/03/when-a-...on-has-autism/

EMTs, firefighters and police officers all have something in common. When crisis arrives and everyone’s running away from it, they’re the ones running towards it. They’re the first on the scene to help, to rescue and to serve. In my world, the term “first responders” means something a little different.

The first year after my son’s autism diagnosis — now five years ago — was by far the hardest. The news hit us like a mack truck. We were lost, confused and in many ways, in a state of grieving the “what could’ve been.” But probably more than anything, I felt alone. I’ll never forget our first responder, “Dana.” She was the first one to reach out. She has a son with autism, and she told us the first year would be the roughest… but she also told us things would get better. She said we’d find our therapists (we did). She said we’d find a school (we did). She said we’d find our “village”(we did). She said we’d find our way (we did). She was the first of our “first responders.” I’d later meet all the aforementioned amazing people who would also become first responders. The ones who reached out. The ones who came to help. The ones who came to “rescue.” The ones who’d devoted their lives to serve kiddos and families like ours. “Dana.” She was the first of my first responders. That’s something you never forget. That’s something I hope one day to pay forward to someone else in need. I hope one day I can be someone’s first responder.

Spring has sprung, and the weather is getting warm again. I can’t help but think about summer. I can’t help but think about the little girl named “Jade.” Last summer we were living in an apartment with a community pool. We would venture out early to avoid the extreme heat, the crowds and to be honest, yes, to avoid the stares. One time a gentleman (term used loosely here), after looking at my son, motioned to his wife that circular motion between his ear and head. You know, the one people use to indicate someone’s crazy. Yeah, that happened. People aren’t always kind. That day, as we walked back towards the apartment, I contemplated all the things I could’ve and should’ve said. And I may have possibly considered running him over with my Prius. OK, maybe not run over but at least tap him with my front bumper (That’ll teach him!) But instead of doing any of that, I went home and I cried, and then I cried some more. I avoided the pool after that as much as I could. My son stims… and he stims a lot. Finger-flicking, hand-flapping and squealing. Behavior that makes him appear weird to most people. Kids never initiate play with him, and typically when one has, as soon as they realize he’s different, they walk away. They always walk away.

Except this one time…

I was sitting by the pool watching my son splashing and squealing, doing his stimmy thing, happy as a clam. In walks “Jade,” somewhere between 7-8 years old, blond hair, freckles across her nose, all 50 pounds of her, if that. She spots him by himself and proceeds to initiate play. She talks, asks him questions and as usual, he doesn’t respond. About this time, I fully expect her to walk away, just like all the others had before her, but she doesn’t. She doesn’t walk away. Instead, she looks at me and asks, “Does he talk?” I respond, “No, he does not.” She asks, “Does he have autism?” I’m not going to lie here, the question stunned me a little. I wasn’t entirely sure how to explain autism to a girl so young. Either way, my response was short and simple, “Yes, he does.” She turns around and changes her approach with him. Instead of asking him questions, she starts telling him what to do.

“Here, get on the float, I’ll pull you,” “I’ll throw the ball, and you catch, OK?” Whoa! Was I really seeing what I was seeing? Was my son playing? Did my son finally have a friend? For about 20 minutes, until the little girl had to go, I got to watch two kids laughing and playing together, and for the first time ever, one of them was mine. Thank God I had sunglasses on because I was a mess. A blubbery, emotional mess at what I’d just witnessed.

Had I not ventured back to the pool because I was too scared to have another encounter like the one with the “gentleman,” I would’ve missed out on two of the remarkable things. The first one was this: in about 20 minutes, the little girl named Jade gave me something I’d waited six years to see. My son, MINE, play with a friend! And the second thing I witnessed, well that was as equally remarkable: That warm summer day, I got to see a first responder being born. And that, my friends, is something you never forget.


 





Jeep is offline   Reply With Quote
marconds
PHD em Dota 2
 

29-03-15, 12:16 #2
Malditos ninjas cortando cebola.

Não se posta um texto desses pra um pai recente. Right inthe feels, bro.

marconds is offline   Reply With Quote
EviLBraiN
Trooper
 

29-03-15, 12:30 #3
Mto legal. Deviam ensinar como lidar com essas situações pra todas crianças. Aí todos cresceriam lidando com isto normalmente.

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
Kerpa!100
Carry
 

PSN ID: Kerpa100 Steam ID: Kerpa Wii Code: 1715 1365 8365 5261
29-03-15, 12:45 #4
Foda

Kerpa!100 is offline   Reply With Quote
Never Ping
🌀 Trooper
 

Gamertag: Willian Braga PSN ID: Never_Ping XFIRE ID: neverping Steam ID: neverping
29-03-15, 13:21 #5
 

Never Ping is offline   Reply With Quote
maurocool
 

PSN ID: maurocool-maurasia Steam ID: maurocool
29-03-15, 14:26 #6
Comovente!!!

Acho que andaram cortando cebola por aqui tb!

maurocool is offline   Reply With Quote
Patua
Trooper
 

PSN ID: fsgarbi-br Steam ID: Patua
29-03-15, 15:54 #7
malditos ninjas, como bem colocou o conds.

Patua is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
06-04-15, 15:50 #8
http://epoca.globo.com/vida/noticia/...bautistab.html

"Não sei se sobrevivo aos ataques do meu filho autista"
Pouco se fala de adultos autistas violentos. Meu filho se tornou um deles e a Justiça não autoriza a internação

MIRIAM CASIMIRO EM DEPOIMENTO A THAIS LAZZERI

[SPOILER]
 

Miriam Casimiro e o marido. O filho autista quebrou a porta de vidro da casa no último surto violento (Foto: Rogério Cassimiro / ÉPOCA)

“Meu filho caçula quebrou todos os vidros da nossa casa. Ele começou pela porta da frente. Depois, foram os vidros do bufê da sala, das prateleiras da estante e a tela da televisão. Tentei segurá-lo antes da quebradeira, mas, aos 63 anos, não consigo mais detê-lo. Ele me jogou no chão. Caí ao lado da porta da entrada e fui coberta pelos cacos. Meu marido tentou acalmá-lo e terminou levando três pontos na cabeça. Consegui me levantar e pedi ajuda para os vizinhos, que há anos acompanham o drama da nossa família. Há seis anos vivemos a mesma incerteza, se sobreviveremos a mais um ataque de fúria. Não sei qual é o meu maior medo: se é ele se matar ou nos matar.

Maurício passou por três clínicas de internação. Meu marido ganha dois salários mínimos, então, recorremos ao Sistema Público de Saúde. Da última clínica, Maurício saiu em 9 de dezembro. Por que ele saiu? A clínica foi fechada por maus-tratos e o médico de lá deu alta para o Maurício. Com medo de que ele se machuque como das outras vezes, entramos com um processo na Justiça para conseguir a internação em outro lugar. O juiz Fabio Calheiros Nascimento, da 1ª Vara Cível de São Roque (SP), onde moramos, entende que, se o médico da última clínica não pediu a transferência, então o Maurício tem condições de ficar em casa. Segundo o entendimento do juiz, não há riscos de mantermos o Mauricio aqui conosco. Decidir internar um filho não é fácil, mas o meu filho precisa. Você acha que não gostaria de tê-lo comigo se isso fosse possível? De conviver com ele como qualquer outra família? Mas não é. Maurício é autista e se tornou agressivo há seis anos.

Pouco se fala de adultos autistas, em especial os que se tornam violentos na fase adulta. Maurício, que vai completar 36 anos, entrou nessa triste estatística. Quando criança, não falava – disse a primeira palavra aos 20 anos: pão. Passava os dias batendo uma colher em latas de tinta vazia que o pai trazia. Cada dia ele destruía uma. Para mim, ele não suportava o silêncio. Também tinha o hábito de morder os dedos por horas. Aos 12 anos, recebeu o diagnóstico de autista. Aos 16, começou a demonstrar agressividade. Quando uma crise vinha, o que era raro, eu corria e segurava o Maurício. Ficava com ele até crise passar. Assim fizemos até 2009, quando a violência ficou incontrolável.

Não gerei o Maurício. Ele chegou à minha casa pelas mãos de uma conhecida. Veio enrolado num cobertor com uma carta. A mãe biológica era viciada em drogas e o abandonou recém-nascido. Ele tinha cicatrizes nas pernas e na cabeça, provavelmente por maus-tratos da mãe, que queimava agulha no fogo e punha no bebê. Nunca encontrei essa mulher. Queria olhar nos olhos dela e perguntar se ela sabe como estragou a vida do meu filho. Porque o Maurício é meu. Levei o bebê ao médico que cuidava das minhas filhas. O médico disse: ‘Miriam, você é doida? Entrega essa criança.’ Um ano depois, peguei a guarda definitiva dele.

De 9 de dezembro de 2014 a 1º de janeiro deste ano, levamos o Maurício nove vezes ao hospital para tomar uma injeção calmante. Sem isso, a crise não vai embora, mesmo com todos os comprimidos que ele toma. Maurício quebrou três vezes os vidros da minha casa toda, tentou virar o armário da sala, destruiu duas vezes o box do banheiro. O único lugar que ele nunca quebrou nada é na cozinha. Só entra quando está com sede. Autistas são loucos por água. No ano passado, ele deu um murro no próprio rosto. Saiu muito sangue.

Tento fotografar tudo porque a advogada diz que pode servir como prova. Mas tem hora, no desespero, que você nem pensa em filmar. Para o juiz, as fotos e os vídeos não provam que o Maurício precisa ser internado. Fizemos boletins de ocorrência todas as vezes que fomos ao hospital, também sem valor legal. Eu e meu marido sermos feridos nas crises também não prova nada. Laudo pericial não tem valor. Para o juiz, não tem validade porque meu filho é incapaz. O testemunho de vizinhos, disse o juiz, também não serve. O juiz tem razão de questionar. Se todo mundo chegar com uma foto na mão pedindo vaga para internar o filho, imagine o que seria. Mas eu não tenho uma foto. Tenho uma vida. Depois de duas tentativas na Justiça sem sucesso com o mesmo juiz, entramos com um terceiro processo. Desta vez, ele pediu um laudo pericial do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo para saber se meu filho é autista mesmo. Não sei por que não pediu antes. Esse laudo decidirá o destino do Maurício. Quando nosso caso será chamado é outra incógnita. Nossa advogada diz que pode levar meses porque existe uma fila bem grande.

Pago uma advogado para acompanhar. Pago pouco, mas pago. É uma conhecida minha que viu o Maurício crescer e se solidarizou com a gente. Tentei ajuda gratuita na Ordem dos Advogados do Brasil. A advogada que me atendeu num posto disse que faltavam alguns documentos para a ficha de cadastro. Ela disse: ‘ele não tem título de eleitor.’ Mostrei pra ela a certidão de incapaz e falei: ‘Ele não vota, não lê nem escreve’. Ela respondeu: ‘ A senhora vai, tira (o documento) e volta’. Fiquei tão brava que saí de lá chorando.

Já fui discriminada várias vezes. Uma vez, por uma funcionária de um centro para pessoas com deficiência. Ela me disse: ‘Você jamais poderia contar que seu filho bateu em você.’ Sou hipertensa. Já tive um derrame e um infarto. Não consigo andar atrás dele como antes. Em outra ocasião, uma médica da saúde mental disse que eu deveria esquecer um pouco o Maurício e sair, tingir o cabelo, cuidar de mim. Tenha dó. Também já me disseram que quero interná-lo porque ele não meu é filho legítimo, acredita? Nunca desejei internar um filho. Queria ficar com ele até o fim, mas não consigo."

Jeep is offline   Reply With Quote
EviLBraiN
Trooper
 

06-04-15, 22:40 #9
[MENTION=1]Jeep[/MENTION];

Antipsiquiatria: http://pt.wikipedia.org/wiki/Antipsiquiatria

O SUS está tomado por profissionais que seguem esta linha. O fechamento de inúmeros hospitais psiquiátrico com substituição apenas por CAPS ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_...o_Psicossocial ) é a prova.

É a velha solução de girico: estava ruim de um jeito, pularam pro lado oposto. Ao invés de manter o que era bom e melhorar o que era ruim.


Nem precisa dizer que aqui na cidade tem um politico defensor disto, mas toda vez q a irma bipolar grave dele surta ele interna no hospital privado q eu trabalhava...

Como sempre, quem se fode é quem depende da saude publica...

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
Responder

Thread Tools

Regras de postagem
Você não pode criar novos tópicos
Você não pode postar
Você não pode enviar anexos
Você não pode editar seus posts

BB code is On
Smilies are On
[IMG] code is On
HTML code is Off

Atalho para Fóruns



O formato de hora é GMT -3. horário: 02:54.


Powered by vBulletin®
Copyright ©2000 - 2024, Jelsoft Enterprises Ltd.