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Default Steven Pinker - Tábula Rasa: A negação contemporânea da natureza humana

29-05-15, 07:52 #1
http://www.cella.com.br/literatura.php?idliteratura=21

Um novo olhar sobre a teoria da 'tábula rasa'

Steven Pinker, psicólogo evolucionista e professor de Harvard, defende no livro 'Tábula Rasa' que os genes afetam a personalidade humana, questão negada por acadêmicos Outro livro sobre natureza e criação! Ainda existe gente que acredita que a mente é uma tábula rasa? As frases iniciais do novo livro do psicólogo evolucionista Steven Pinker, Tábula Rasa (Companhia das Letras, R$ 57), (...) parecem a forma menos adequada de se começar um catatau de mais de 600 páginas. Mas não é. Pinker é um unificador que já havia juntado várias grandes idéias em seus livros anteriores - O Instinto da Linguagem e Como a Mente Funciona. Em entrevista por telefone ao Estado, Pinker, que leciona na Universidade de Harvard, une aquilo que chama de mitos sobre a natureza humana e coloca-os na parede, do bom selvagem - " é um mito" - à existência da alma - "uma atividade de processamento de informações no cérebro".

Estado - Em seu livro Tábula Rasa, o senhor afirma que os genes afetam a forma como as pessoas pensam e sentem. Essa não é uma idéia bem estabelecida hoje? Por que escrever mais um livro sobre o tema?

Steven Pinker - O livro é muito mais sobre explorar as implicações morais, políticas e sociais dessa descoberta. Muitas pessoas ficam irritadas com essa idéia e até para alguns cientistas esse não é um conceito do qual eles se lembram com freqüência. Muitas pesquisas em psicologia, por exemplo, ignoram o fato de que os genes afetam a personalidade. Um exemplo são pesquisas que relacionam a forma como os pais tratam uma criança e o que elas se tornam depois. Nelas, uma criança que foi espancada por seus pais irá criar um adulto mais violento. Eles assumem que a relação de "correlação" é uma relação "causal" e concluem automaticamente que foi o comportamento dos pais que moldou a criança. Eles não chegam nem a testar a possibilidade de que pode haver genes que predispõem as pessoas para a violência. Como pais dão para seus filhos genes e um ambiente, essa "correlação" pode estar simplesmente dizendo que pessoas violentas espancam seus filhos e estes filhos, que herdam os genes violentos, são também violentos.

Estado - Mas por que é tão difícil para as pessoas aceitar o fato de que a natureza humana é, ao menos parcialmente, biológica?

Pinker - Há pelo menos quatro razões. Primeiro, há a teoria da diferença, que é a tábula rasa. Ela diz que todos devemos ser iguais, pois zero igual a zero, igual a zero. Se algumas pessoas tiveram algo diferente escrito ou mais coisas escritas na tábula do que outras, elas seriam diferentes. A teoria é que isso justificaria a discriminação e opressão, que isso poderia ser usado para justificar a discriminação de mulheres ou grupos étnicos com base na idéia de que elas são psicologicamente diferentes por causa de seus genes.

Estado - Mas essas diferenças genéticas existem...

Pinker - Muitos estudiosos acham que as diferenças entre mulheres são socialmente construídas ou que as diferenças entre as pessoas são simplesmente produto da forma como eles são tratados pelo mundo. As diferenças entre os sexos certamente não vêm somente da socialização ou cultura, mas esses fatos ainda são negados por muitos acadêmicos. Há muitos que ainda acreditam que todas as diferenças entre os sexos vêm da forma como se educa meninos e meninas. A segunda teoria é de que todos os traços indesejáveis nos seres humanos são inatos, como egoísmo, sexismo ou agressividade; são imutáveis e que qualquer tentativa de mudá-lo é uma perda de tempo. A terceira teoria é a do determinismo, na qual todo o comportamento deve ser atribuído aos genes, então ninguém seria responsável por seus atos. E não poderíamos punir as pessoas por seus comportamentos, pois eles vêm dos genes. A quarta é a teoria do niilismo, a teoria de que tudo que temos de mais sagrado - amor, beleza, moral - é somente pedaços de genes tentando se transmitir para a próxima geração.

Estado - Então não somos intrinsecamente bons?

Pinker - O bom selvagem é um mito. Todos os estudos quantitativos existentes mostram que o homicídio existia antes das sociedades organizadas por leis e que a taxa de violência nessas sociedades mais antigas é bem maior do que as das sociedades industriais modernas. Apesar da idéia muito divulgada de que os caçadores-coletores viviam em paz e harmonia e que a violência é uma criação das instituições modernas. E, também, há estudos que mostram que pessoas, especialmente homens, têm fantasias homicidas. Algumas vezes eles pensam em matar pessoas de que não gostam.

Estado - A violência faz parte da natureza humana?

Pinker - Os pensamentos violentos, sim, mas o que vamos fazer com eles depende do ambiente em que estamos.

Estado - E os relatos de Margaret Mead sobre tribos que não conheciam a violência?

Pinker - As descrições dela sobre os nativos da Nova Guiné, amantes da paz e dos sexualmente displicentes samoanos, basearam-se em pesquisas superficiais e se revelaram quase perversamente erradas. Como documentou posteriormente o antropólogo Derek Freeman, os samoanos podem espancar ou matar as filhas se elas não forem virgens na noite de núpcias.

Estado - E a idéia de que temos algo dentro de nós, que comanda o nosso cérebro, as nossas ações?

Pinker - Todas as emoções e pensamentos podem ser relacionados a uma atividade fisiológica do cérebro e não há nenhuma razão para acreditar que seja necessário uma substância extra, chamada alma, para gerar os comportamentos que temos.

Estado - E o que é alma, então?

Pinker - Acho que é a atividade de processamento de informações no cérebro.

Estado - E quando morremos é o fim?

Pinker - Sim. No século 19, muitos cientistas sérios tentaram se comunicar com os mortos. Tenho de dizer que as experiências foram um fracasso.

Estado - Por que, na opinião do senhor, ainda se acredita no bom selvagem e na alma?

Pinker - Houve boas razões históricas para as pessoas tirarem a ênfase da genética na evolução. Uma delas foi o mau uso delas pelos eugenistas, que há cem anos diziam que a reprodução humana deveria ser controlada para melhorar a adaptação da nossa espécie ao ambiente em que vivemos. Ela foi invocada também para dizer que as mulheres eram biologicamente não adaptadas para pensar e tomar decisões. E mais terrivelmente foram usadas pelos nazistas para justificar o genocídio de judeus e ciganos. Acho que houve uma enorme revolta contra qualquer tentativa de conectar biologia a comportamentos humanos.

Estado - E qual o papel do acaso na nossa vida?

Pinker - Muita da variação de inteligência e personalidade existente entre nós não pode ser atribuída nem a genes nem ao ambiente. Se você olhar gêmeos idênticos que foram criados na mesma família, mesmo local, mesma cultura, mesma casa, você verá que eles são muitos mais parecidos do que outros pares de pessoas, mas eles estão longe de ser idênticos. As similaridades entre suas personalidades e inteligências talvez seja de 50% em média. Isso mostra que as diferenças não podem vir dos genes, pois eles têm genes iguais, e também não pode vir diretamente do ambiente, pois tiveram os mesmos pais, vizinhos, casa. Essas diferenças vêm simplesmente de um processo randômico, do acaso, e têm uma grande influência naquilo que somos. Acasos como um bebê que cai de cabeça no chão, um vírus que ele pega, um pensamento que deixe uma impressão permanente. Esses fatores podem ter uma influência tão grande quanto os genes no que somos, uma influência muito maior do que os pais exercem numa pessoa.

Estado - Boa parte do que somos é, então, produto do acaso?

Pinker - Ao menos boa parte daquilo que nos faz diferentes uns dos outros em uma mesma cultura é o acaso.

Estado - O senhor também afirma no livro que o pós-modernismo é baseado na tábula rasa e que ele destrói toda a graça das artes.

Pinker - O pós-modernismo certamente nega que exista algo como a natureza humana. Para eles, toda nossa experiência, amor romântico, ciúmes, diferença entre os sexos são construções sociais que poderiam ser diferentes se a história tivesse se desenvolvido de outra forma. No caso da arte, o pós-modernismo nega que temos a capacidade de ter prazer com ela. Eles vêem a arte como um produto de forças econômicas e políticas. Ao negar a possibilidade de as pessoas terem uma habilidade inata em ter prazer com a beleza, a melodia, histórias e outras leva à criação de uma arte à qual falta sensibilidade.

Entrevista ao Estado de S. Paulo por ALESSANDRO GRECO


Livros
OS GENES FALAM MAIS ALTO
As ciências sociais têm de aprender com o darwinismo e a genética. É o que propõe o cientista Steven Pinker

Jerônimo Teixeira
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O zoólogo Richard Dawkins, da Universidade de Oxford, costuma dizer que o darwinismo é uma teoria boa demais para ficar restrita apenas à biologia. A idéia foi levada a sério pelo psicólogo evolucionista Steven Pinker, da prestigiosa Universidade Harvard. Seu livro Tábula Rasa (tradução de Laura Teixeira Motta; Companhia das Letras; 670 páginas; 57 reais) é um extenso apanhado das contribuições da biologia darwinista a campos como a antropologia, a sociologia, a ciência política e até a crítica de arte. Na verdade, "contribuição" é uma palavra modesta demais para as ambições do autor. No horizonte talvez não tão longínquo vislumbrado por Pinker, as ciências humanas deverão todas se converter ao darwinismo.

Com um senso formidável para a provocação e uma juba digna de um ídolo pop dos anos 80, Pinker é uma estrela ascendente da divulgação científica. Sua fama deve-se principalmente a Como a Mente Funciona, livro que explica o funcionamento do cérebro humano de uma perspectiva darwinista. O objetivo declarado de Tábula Rasa é nada mais nada menos do que propor uma nova idéia de natureza humana.

A palavra "natureza" deve ser entendida literalmente. Diz respeito à nossa biologia, às determinações inescapáveis que a seleção natural depositou em nosso código genético. Impressas em nosso DNA estariam não apenas as instruções para fazer cinco dedos em cada mão e um nariz no meio dos olhos. Todos nascemos com uma programação básica que nos habilita à condição humana, da capacidade de aprender uma língua ao senso de justiça em trocas comerciais. O apêndice de Tábula Rasa traz uma lista de "universais humanos" compilada pelo antropólogo Donald Brown. Seriam características comuns a todas as culturas do planeta – uma lista de cinco páginas com itens que vão do óbvio ao curioso: medo de cobras, poesia, sorriso, linguagem.

O estudo dessas características comuns do comportamento humano faz parte do programa da psicologia evolucionista, ramo científico relativamente novo, que ganhou força no final do século XX. De certo modo, a psicologia sempre esteve no cardápio darwinista. Afinal, a idéia de que a seleção natural conduz a evolução dos seres vivos, tal como formulada pelo naturalista inglês Charles Darwin no clássico A Origem das Espécies, de 1859, tem um atributo fundamental a toda grande teoria científica: o poder de generalização. Quando geneticistas e biólogos evolucionistas tecem considerações remotamente políticas, porém, há quem ouça velhos esqueletos sacudir no armário. Os críticos lembram do "darwinismo social" de teóricos do século XIX como Herbert Spencer, que consideravam a pobreza um sintoma de inferioridade evolutiva. E, por conta da pseudociência de nazistas e apaniguados, a suspeita de racismo está sempre nas redondezas da pesquisa genética. Pinker desqualifica esses receios como mera paranóia. A nova psicologia evolucionista não deve nada a Spencer ou a Hitler.

Ostensivamente polêmico, Tábula Rasa mete a mão em vários vespeiros (veja quadro na pág. ao lado) e ataca inclusive egrégios darwinistas como o paleontólogo Stephen Jay Gould. Mas o principal alvo é o relativismo cultural que ainda grassa em muitos departamentos de ciências sociais. Antropólogos culturalistas, sociólogos pós-modernos e críticos literários feministas – todos professariam a idéia de que o ser humano é uma tábula rasa, uma folha em branco na qual a família, a sociedade ou a cultura irá imprimir suas marcas. Pinker demonstra muito cabalmente, e com ironia arrasadora, que os fatos não corroboram idéias como a de que as características sexuais masculinas ou femininas, para ficar num exemplo extremo, são meras "construções culturais". Nem todos os argumentos de Tábula Rasa são tão bem arquitetados. No seu ímpeto de introduzir Darwin nas ciências humanas, o livro às vezes força a mão. Especialmente frágil é o capítulo sobre as artes. Depois de sucessivos ataques ao marxismo, Pinker quase evoca, na sua crítica à arte contemporânea, a estúpida pecha de "degeneração burguesa" com que a esclerosada crítica marxista rotulou os modernistas. Mas é empolgante seu esforço em provar que a compreensão dos nossos imperativos biológicos não limita nossa liberdade – pelo contrário, pode aprofundá-la. De certo modo, o cientista canadense retoma o velho humanismo da Renascença – mas um "humanismo realista e fundamentado na biologia". No lugar da divina proporção explorada por Leonardo da Vinci e seus contemporâneos, está a dupla hélice do DNA.

VESPEIRO ACADÊMICO
Quatro áreas nas quais as descobertas da biologia evolucionista têm gerado polêmica:

POLÍTICA – A teoria da evolução afirma que as adaptações complexas pelas quais passou a espécie humana visavam ao bem do indivíduo, não ao da sociedade. A idéia de que o homem é um ser bom por natureza e de que a violência é uma perversão das sociedades modernas tampouco tem sustentação na antropologia evolucionista, que encontrou evidências de guerra entre tribos primitivas. Essas descobertas contrariam muitas ilusões políticas da esquerda.

SEXUALIDADE – Certas correntes radicais do feminismo negam qualquer diferença na psicologia de homens e mulheres. Mas a neurociência já mostrou que o cérebro feminino e o masculino têm configurações diferentes.

EDUCAÇÃO – Pesquisadores têm procurado demonstrar que a influência da educação paterna na personalidade das crianças é pequena. Os genes contam mais.

ARTES – Pinker diz que nosso gosto estético foi configurado pela evolução, com a função primária de nos atrair para ambientes e parceiros sexuais desejáveis. Gostamos instintivamente da harmonia. Artistas que fazem uma arte chocante e reclamam da "incompreensão do público" estão enganados. Eles é que não compreenderam o funcionamento da mente humana.


Leia trecho de A Tábula Rasa, de Steven Pinker
PARTE I
A tábula rasa, o bom selvagem e o fantasma na máquina
Todo mundo tem uma teoria da natureza humana. Todo mundo precisa prever o comportamento dos outros, e isso significa que todos nós necessitamos de teorias sobre o que motiva as pessoas. Uma teoria tácita da natureza humana - a de que o comportamento é causado por pensamentos e sentimentos - está embutida no próprio modo como pensamos sobre as pessoas. Encorpamos essa teoria perscrutando nossa própria mente e supondo que a outra pessoa é como nós, observando o comportamento das pessoas e arquivando na mente as generalizações. Outras idéias absorvemos de nosso clima intelectual: de opiniões de especialistas e da sabedoria convencional de nossa época. Nossa teoria da natureza humana é o manancial de muita coisa em nossa vida. Nós a consultamos quando queremos persuadir ou ameaçar, informar ou enganar. Ela nos aconselha sobre o modo de manter nosso casamento, criar nossos filhos e controlar nosso comportamento.

Suas suposições sobre o aprendizado gerem nossa política educacional; suas suposições sobre motivação gerem nossas políticas para a economia, o direito e o crime. E porque ela delineia o que as pessoas podem conseguir facilmente, o que podem conseguir somente com sacrifício ou dor e o que não podem conseguir de jeito nenhum, ela afeta nossos valores: os objetivos que julgamos racionalmente possíveis de atingir como indivíduos e como sociedade. Teorias rivais da natureza humana entrelaçam-se em diferentes modos de vida e em diferentes sistemas políticos, e têm sido fonte de muito conflito ao longo da história.

Por milênios as principais teorias da natureza humana vieram da religião. A tradição judaico-cristã, por exemplo, oferece explicações para boa parte dos assuntos hoje em estudo pela biologia e psicologia. Os seres humanos são feitos à imagem de Deus e não têm parentesco com os animais. As mulheres derivam dos homens e destinam-se a ser governadas por eles. A mente é uma substância imaterial; tem poderes que nenhuma estrutura puramente física possui, e pode continuar a existir quando o corpo morre. A mente é constituída por diversos componentes, incluindo senso moral, capacidade para amar, capacidade de raciocínio que reconhece se um ato condiz com ideais de bondade, e faculdade de decisão que escolhe o modo de se comportar. Embora a faculdade de decisão não seja limitada pelas leis de causa e efeito, possui tendência inata a escolher o pecado. Nossas faculdades cognitivas e perceptivas funcionam com precisão porque Deus implantou nelas ideais que correspondem à realidade e porque ele coordena seu funcionamento com o mundo exterior. A saúde mental provém de reconhecer o propósito de Deus, escolhendo o bem e arrependendo-se do pecado, e amando a Deus e aos semelhantes em consideração a Deus.

A teoria judaico-cristã baseia-se em eventos narrados na Bíblia. Sabemos que a mente humana nada tem em comum com a dos animais porque a Bíblia afirma que os humanos foram criados separadamente. Sabemos que a constituição da mulher baseia-se na do homem porque, no brevíssimo relato da criação da mulher, Eva foi moldada a partir de uma costela de Adão. As decisões humanas não podem ser os efeitos inevitáveis de alguma causa, podemos inferir, pois Deus responsabilizou Adão e Eva por comerem o fruto da árvore do conhecimento, e isso implica que eles poderiam ter escolhido não fazê-lo. As mulheres são dominadas pelos homens como castigo pela desobediência de Eva, e homens e mulheres herdam o pecado do primeiro casal.

A concepção judaico-cristã ainda é a mais popular teoria da natureza humana nos Estados Unidos. Segundo levantamentos recentes, 76% dos americanos acreditam no relato bíblico da criação, 79% acreditam que os milagres descritos na Bíblia realmente aconteceram, 76% acreditam em anjos, no diabo e em outras almas imateriais, 67% acreditam que existirão sob alguma forma depois de morrer e apenas 15% acreditam que a teoria da evolução de Darwin é a melhor explicação para a origem da vida humana na Terra. Políticos de direita acolhem explicitamente a teoria religiosa, e nenhum político influente ousaria contradizê-la em público. Mas as ciências modernas da cosmologia, geologia, biologia e arqueologia tornaram impossível que uma pessoa com conhecimentos científicos elementares acredite que a história bíblica da criação aconteceu de fato. Em conseqüência, a teoria judaico-cristã da natureza humana não é mais explicitamente sustentada pela maioria dos acadêmicos, jornalistas, analistas sociais e outros integrantes da intelectualidade.

Apesar disso, toda sociedade precisa operar com uma teoria da natureza humana, e nossa corrente intelectual dominante está comprometida com outra. Essa teoria raramente é enunciada ou abertamente defendida, mas está no cerne de numerosas crenças e políticas. Bertrand Russell escreveu: "Todo homem, aonde quer que vá, está envolto por uma nuvem de convicções confortadoras, que se deslocam com ele como moscas em um dia de verão". Para os intelectuais de hoje, muitas dessas convicções estão no campo da psicologia e das relações sociais. Chamarei essas convicções de tábula rasa: a idéia de que a mente humana não possui estrutura inerente e de que a sociedade, ou nós mesmos, podemos escrever nela à vontade.

Essa teoria da natureza humana - ou seja, a de que ela praticamente inexiste - é o tema deste livro. Assim como a religião contém uma teoria da natureza humana, também as teorias da natureza humana assumem algumas das funções da religião, e a tábula rasa tornou-se a religião secular da vida intelectual moderna. É vista como uma fonte de valores, e por isso o fato de que se baseia em um milagre - uma mente complexa surgindo do nada - não é usado para questioná-la. Contestações da doutrina por céticos e cientistas mergulharam alguns crentes em uma crise de fé e levaram outros a desferir os tipos de ataques ferozes comumente destinados a hereges e infiéis. E assim como muitas tradições religiosas acabaram por conciliar-se com aparentes ameaças da ciência (como as revoluções de Copérnico e Darwin), também nossos valores, procurarei mostrar, sobreviverão à extinção da tábula rasa.

Os capítulos desta parte do livro (Parte I) tratam da ascendência da tábula rasa na vida intelectual moderna e da nova visão da natureza e cultura humanas que está começando a contestá-la. Em partes subseqüentes mencionaremos a preocupação provocada por essa contestação (Parte II) e veremos como essa preocupação pode ser abrandada (Parte III). Em seguida, mostrarei como uma concepção mais rica da natureza humana pode nos proporcionar vislumbres esclarecedores da linguagem, pensamento, vida social e moralidade (Parte IV) e esclarecer controvérsias sobre política, violência, gênero, criação dos filhos e artes (Parte V). Finalmente, mostrarei que a extinção da tábula rasa é menos inquietante, e em alguns aspectos menos revolucionária, do que parece à primeira vista (Parte VI).





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EviLBraiN
Trooper
 

29-05-15, 09:42 #2
Eu gosto muito desse assunto. To em ferias mas em uma semana volto e se alguém quiser podemos conversar bastante sobre isso.

Há uns 4-5 anos eu vou todo ano em um congresso chamado cérebro, comportamento e emoções. São estudos justamente tentando entender como funcionam biologicamente no nosso cérebro nossos comportamentos e emoções.

A gente estuda na escola genotipo e fenotipo, mas acaba esquecendo do ultimo. Uma coisa é um gene, outra é a expressão dele. Uma coisa é ter um gene e ele estar dormente, outra é ele estar ativado.

Tem um livro chamado anatomia da violência ( deve ser esse o nome em port, saiu agora a tradução ) q o autor foi investigar presos e achou muita doença neurologia entre eles. Pessoa q do nada aos 40 anos começou com comportamento pedófilo, foi preso. Um dia teve convulsão e ao fazerem exames descobriram câncer no cérebro. Ao operarem e retirar sumiu o comportando e vontade de pedofilia...

Sobre a diferença do cérebro de homem e mulher no ultimo congresso vi horas de palestra sobre isso. Teve um estudo feito com homens e mulheres após sofrerem avc isquemico ( uma parte do cérebro morreu ) e dividiram os grupos por sexo e se o avc pegou o lado esquerdo ou direito. Confirmaram q a mulher processa sentimento e emoções de amor com o lado esquerdo e o homem com o direito. E q o amor da mulher é algo mais maternal, cuidados em geral. Enquanto dos homens é mais sexual e físico. ( resumidamente )

Muita coisa q a gente sempre achou q era assim, agora estão começando a provar q é assim.

Muita coisa na psicologia são teorias. Pouca coisa pode se comprovar com o método científico. Como um psicólogo fodao uma vez falou numa palestra q vi, se vc acredita em algo que não pode ser cientificamente comprovado, o nome disso é fé. Então assim como existe a medicina baseada em evidências, hj já tem a psicologia baseada em evidências. Acreditar e aplicar apenas o que pode ser comprovado e existem testes com resultados comprovados ( aí na parte das intervenções de terapia ).

Se vc coloca no Google imagens: transtorno borderline cortes; deve sair imagens dos cortes a muitos pacientes com essa doença se fazem. Hj ja temos estudos mostrando o q eles relatavam, q qnd estão se cortando sentem alívio da dor q estavam previamente sentido. Ao contrário de uma pessoa q não possui a doença q ao fazer isto sentiria muito mais dor.

Devagar estamos entendendo biologicamente os comportamentos e emoções de muitas doenças ( isso é bem psiquiatria, muitos psicólogos podem ter pavor com esta frase q falei ).

Enfim, se alguém quiser conversar sobre, eu iria gostar. Só não prometo muitas resposta dentro de uma semana. Hehehehe

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
29-05-15, 09:57 #3
na volta das ferias, considere-se intimado

Jeep is offline   Reply With Quote
EviLBraiN
Trooper
 

06-06-15, 10:47 #4
[MENTION=1]Jeep[/MENTION]; então, podemos falar mais sobre. Algo em particular pra começar o assunto ?

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
06-06-15, 11:04 #5
[MENTION=110]EviLBraiN[/MENTION];, acho que se vc expandir seu post #2 seria otimo, se fosse pra escolher algo, ja que vc mencionou horas de palestra, comecaria por:

Quote:
Sobre a diferença do cérebro de homem e mulher no ultimo congresso vi horas de palestra sobre isso. Teve um estudo feito com homens e mulheres após sofrerem avc isquemico ( uma parte do cérebro morreu ) e dividiram os grupos por sexo e se o avc pegou o lado esquerdo ou direito. Confirmaram q a mulher processa sentimento e emoções de amor com o lado esquerdo e o homem com o direito. E q o amor da mulher é algo mais maternal, cuidados em geral. Enquanto dos homens é mais sexual e físico. ( resumidamente )

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_j5
Quagmire
 

06-06-15, 17:31 #6

Esse é um video bem bobo que abre precedente pra abrir um pouco a mente.

Apesar de essencial e de importância inestimável, o problema da ciência materialista é o ego, é muito confortável achar que nada existe além da matéria e que se detém todas as respostas.

Entretanto, a física quântica já está começando a desvendar algumas coisas.

A partir do momento que algo não é comprovável pelas vias convencionais, se assume que não existe aí que está o paradigma, aí só resta a crença de cada um, do materialista e do não materialista.

A ciência materialista crê que é só isso, a ciência quântica abre novas possibilidades, quebra alguns paradigmas que por enquanto só se podem teorizar.

Vai chegar um dia em que a ciência tradicional vai entender que não estava errada, só suas crenças primárias a impediam de conhecer o "todo". Pois tem coisas que só se vivenciam para compreender.

Quando este dia chegar, vai se entender que Stephen Hawking estava certo, Einstein estava certo, assim como Jesus, Buda, entre outros, são formas de ver a mesma coisa, onde tudo se resume a energia, natureza do amor ao próximo, dimensões paralelas, e de como tudo está conectado.

Só gostaria de deixar claro que não tenho religião e não defendo religião alguma, só não acredito mais em simples materialismo, já vivi ótimas experiências e minha verdade é mais ampla - não que seja melhor ou pior do que qualquer outra verdade.

_j5 is offline   Reply With Quote
sibs
Trooper
 

07-06-15, 11:08 #7
[MENTION=146]_j5[/MENTION];
Quote:
Apesar de essencial e de importância inestimável, o problema da ciência materialista é o ego, é muito confortável achar que nada existe além da matéria e que se detém todas as respostas.

Entretanto, a física quântica já está começando a desvendar algumas coisas.

A partir do momento que algo não é comprovável pelas vias convencionais, se assume que não existe aí que está o paradigma, aí só resta a crença de cada um, do materialista e do não materialista.

A ciência materialista crê que é só isso, a ciência quântica abre novas possibilidades, quebra alguns paradigmas que por enquanto só se podem teorizar.
Fisica quantica é a ciência tradicional, é o método cientifico, tentando entender o muito estranho para o nosso cerebro primata, mas ainda é observavel, se você quer dizer fisica teorica ok, mas fisica teorica é basicamente matemática aplicada, occam's razor ainda se aplica, os modelos criados ainda tem que se encaixar com todos os dados e experimentos que nós temos, e não tem absolutamente nada a ver com jesus e buddha.

Sua logica é
1) fisica quantica é muito estranha e complicada
2) ?????
3) logo misticismo follows

sibs is offline   Reply With Quote
EviLBraiN
Trooper
 

07-06-15, 11:49 #8
Não vi o video do j5 ainda, mas parece q ele viu o filme What the fuck do we know ? e fez o post. E no filme tem umas coisas bacanas e outras q acho q até já provaram erradas ( tipo aquele da água, não ? )


Então [MENTION=1]Jeep[/MENTION];, vou falar em geral pq seria sem sentido ficar fazendo muito cientifiquez, mas se alguem quiser eu tento achar o estudo que fala sobre o tema e tal.

Sobre diferença entre homem e mulher teve dois estudos que lembro agora q me chamaram bastante atenção.

Um que comparava o comportamento "amoroso" entre homens e mulheres e tentava correlacionar com áreas cerebrais. Supondo que eram processados em locais diferentes conforme o sexo.

É "sabido" que homem é mais atração física e sexual e mulher é mais afeto, carinho e cuidado. A partir dessa observação foram tentar ver se teria fundamento.

Pegaram homens q sofreram AVC na parte esquerda do cerebro e observaram que não houve mudança nesse comportamento. Já homens que sofreram AVC na parte direita houve redução desse comportamento sexual.

Com a mulheres foi o contrário. As que sofreram avc no lado direito não mudou e as que sofreram no esquedo mudou.

É um estudo inicial, um tanto ainda inespecífico, mas abre portas pra estudos mais detalhados. Já começa uma comprovação biológica de diferença entre homem e mulher no funcionamento cerebral no processamento de um mesmo sentimento ( amor ).

Outro bacana foi com níveis de testosterona. ( que está ligada com apetite sexual - ato sexual em si ).

Compararam homens e mulher em fase de solteiro, namoro, casado. Quanto ao nível, concentração de testosterona.

Na fase de solteiro, mulher possui baixo nível de testosterona e homem alto.
Na fase de namoro ( primeiro ano apenas ) mulher fica com alto nível e homem baixo.
Após 1 ano de relacionamento mulher volta ao baixo nível de solteira e homem volta ao alto nível de solteiro.

Esse era um estudo sobre comportamento de traição. E biologicamente faz sentido. Quando solteiros o homem "caça", quando namorados a mulher fica estimulada pra fazer sexo e engravidar e o homem baixa pra ficar só com aquela parceira. Após 1 ano, quando já deu tempo de procriar, volta a fase de solteiro.

Um resquício talvez de um comportamento mais animal onde o básico seria nascer, reproduzir e morrer.

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
sibs
Trooper
 

07-06-15, 11:59 #9
existem uns estudos hilarios na psicologia.

Apresentam varias fotos de homens/mulheres do lado de carros comuns tipo ford focus, e do lado de carros esportes tipo bentleys, ferraris etc.. as mulheres avaliam os mesmos homens como mais altos e mais atraentes quando de lado de carros esportes, e os homens avaliam as mulheres do mesmo jeito.

já linkei o abstract desse paper mas to com preguiça de achar denovo, tabula rasa é uma teoria insana, não faz o menor sentido evolucionariamente.

sibs is offline   Reply With Quote
EviLBraiN
Trooper
 

07-06-15, 12:08 #10
hehehe comédia.

Eu acho isto bem normal qnd se pensa evolucionamente.

No tempo das cavernas o melhor homem que a mulher podia escolher era o forte fisicamente. Iria proteger ela, iria alimentar pq caçava melhor e daria filhos fortes.

Na sociedade atual "dominada" pelo dinheiro, quem pode dar as melhores coisas são os ricos. Melhor proteção, melhor comida e melhor cuidado/educação/conforto pros filhos.

Vejo como um comportamento animal primitivo adaptado aos dias de hoje.

Vem ni mim feministas.

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
_j5
Quagmire
 

07-06-15, 12:12 #11
Quote:
Postado por sibs Mostrar Post
[MENTION=146]_j5[/MENTION];


Fisica quantica é a ciência tradicional, é o método cientifico, tentando entender o muito estranho para o nosso cerebro primata, mas ainda é observavel, se você quer dizer fisica teorica ok, mas fisica teorica é basicamente matemática aplicada, occam's razor ainda se aplica, os modelos criados ainda tem que se encaixar com todos os dados e experimentos que nós temos, e não tem absolutamente nada a ver com jesus e buddha.

Sua logica é
1) fisica quantica é muito estranha e complicada
2) ?????
3) logo misticismo follows
você ta tentando encaixar o que eu escrevi nos teus conceitos, onde na realidade o conceito não tem importância, de o nome que se identificar melhor, foi mal se confundi por falta de conhecimento meu.


Nao parece que você realmente leu o que eu escrevi, ou já tem todas as crenças formadas e então batemos no paradigma, mas te garanto que não tem nada a ver com religião, fé ou próprio misticismo...

Mas Claro, respeito a sua opinião...

_j5 is offline   Reply With Quote
sibs
Trooper
 

07-06-15, 12:57 #12
Quote:
Postado por _j5 Mostrar Post
você ta tentando encaixar o que eu escrevi nos teus conceitos, onde na realidade o conceito não tem importância, de o nome que se identificar melhor, foi mal se confundi por falta de conhecimento meu.


Nao parece que você realmente leu o que eu escrevi, ou já tem todas as crenças formadas e então batemos no paradigma, mas te garanto que não tem nada a ver com religião, fé ou próprio misticismo...

Mas Claro, respeito a sua opinião...
Você tem que elaborar sua posição um pouco, vou dar um reply um pouco mais aprofundado, explicando minha posição um pouco melhor.

Quote:
Apesar de essencial e de importância inestimável, o problema da ciência materialista é o ego, é muito confortável achar que nada existe além da matéria e que se detém todas as respostas.
A primeira coisa a falar, quanto ao "ego" da ciência é que a ciência não discarta/invalida suas experiências pessoais, mas para se obter conhecimento confiavel, o naturalismo/materialismo é sem igual, e o histórico da ciência "prova" isso, ninguem invoca deus/buddha/meditação em uma universidade séria pra discutir o inicio do universo, são areas completamente diferentes de pesquisa.


Quote:
Entretanto, a física quântica já está começando a desvendar algumas coisas.
Meio que já respondi, fisica quantica é fisica, é ciência, me parece que você ta apelando pra uma falacia do tipo "você vai ver daqui 100 anos eu vou ta certo" (não que você esteja errado - e seja lá qual a sua posição), mas se a ciência naturalista realmente "provar" (no sentido cientifico) que você esta certo, essa vai ser minha posição seja lá qual sua posição for.


Quote:
A partir do momento que algo não é comprovável pelas vias convencionais, se assume que não existe aí que está o paradigma, aí só resta a crença de cada um, do materialista e do não materialista.
É uma questão de probabilidade essa questão, a ciência não lida com absolutos, only a sith deals in absolutes, quando você tem duas teorias competindo pra explicar o mesmo fenomeno, a que assume/inventa a menor quantidade de "coisas" é a mais provavel de estar certa. ( http://en.wikipedia.org/wiki/Occam%27s_razor )

Agora se você ta inventando entidades sem a menor necessidade ai a sua proposição probabilistica diminui de chance quanto maior numero de restrições/especificações você impoe nessa entidade, que por sinal a ciência naturalista não "prova" que não existe, ela so não se interessa por afirmações que não são falsificaveis, testaveis, ou levem a conclusões testaveis/interessantes.

É curioso isso, os teistas falam que a ciência é arrogante, mas é a ciência que faz afirmações cheias de nuance e porems, os teistas que se baseiam na fé e falam que é aquilo mesmo que esta escrito a não sei quantos anos e é absoluto, e nada muda.(Não que você seja um teista)

Quote:
Quando este dia chegar, vai se entender que Stephen Hawking estava certo, Einstein estava certo, assim como Jesus, Buda, entre outros, são formas de ver a mesma coisa, onde tudo se resume a energia, natureza do amor ao próximo, dimensões paralelas, e de como tudo está conectado.
Einstein/Hawking não tem nada a ver com jesus e buddha, o estudo da fisica não traz a ninguem maior entendimento de empatia/compaixão e da natureza humana. Assim como o entendimento da natureza humana não te faz um expert em fisica, são campos diferentes de conhecimento.

Quote:
Só gostaria de deixar claro que não tenho religião e não defendo religião alguma, só não acredito mais em simples materialismo, já vivi ótimas experiências e minha verdade é mais ampla - não que seja melhor ou pior do que qualquer outra verdade.
A ciência não é incapaz de achar explicações para suas experiência pessoais, não que essas explicações validas ou não neguem sua experiência.

sibs is offline   Reply With Quote
_j5
Quagmire
 

07-06-15, 13:16 #13
Sibs, compreendo seu ponto de vista.

É uma discussão sem fim pois estamos em paradigmas diferentes, eu não vim aqui pra mudar a cabeça de ninguém, só vim propor novas idéias onde cada um vê se serve ou não para sua verdade.

Concordo contigo que são campos diferentes de conhecimento, o que busco levantar a possibilidade é que são formas diferentes de ver a mesma coisa, ou seja, você acha que não tem a ver, mas ao meu ver tem tudo a ver, ciência, espiritualidade, campos de energia, poder do pensamento, da empatia, da astrologia, etc etc etc etc, por mais bizarro que pra ti possa parecer.

Infelizmente vivemos em um tempo que estes expertises de conhecimento não se misturam, apesar de já termos indícios de que há novos cientistas quebrando paradigmas (entretanto não vou delongar este assunto, pois novamente meu propósito é levantar novas possibilidades, não contrariar a verdade de qualquer um).

No fundo, um dia, eu sim acredito que as pessoas vão perceber que estes campos se somam, esta é minha verdade, é o que acredito pra mim, entretanto só o tempo dirá... Como você também aparentemente acredita na ciência como o único caminho para qualquer constatação, novamente respeito seu ponto de vista.

Sobre Buda, Jesus etc não ter nada a ver, respeito sua opinião, entretanto ao meu ver te falta muito conhecimento que não se adequa as tuas crenças pessoais, mas esta é só a minha opinião. Te respondendo sobre ateísmo, sou agnóstico.

Espero que tenha visto aquele vídeo que postei, quem sabe assim consigas praticar a empatia e se colocar em outro ponto de vista, sem largar as tuas verdades claro.

Bjs

_j5 is offline   Reply With Quote
_j5
Quagmire
 

07-06-15, 13:37 #14
Pra quem se interessar em ver novos pontos de vista, gosto muito deste vídeo:


Não tem traduzido e o inglês do cara é meio macarronico, hehehe...

_j5 is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
09-06-15, 08:58 #15
[MENTION=110]EviLBraiN[/MENTION]; ja viu isso?

http://cnsnews.com/news/article/mich...der-sex-change

Johns Hopkins Psychiatrist: Transgender is ‘Mental Disorder;' Sex Change ‘Biologically Impossible’

[SPOILER]
(CNSNews.com) -- Dr. Paul R. McHugh, the former psychiatrist-in-chief for Johns Hopkins Hospital and its current Distinguished Service Professor of Psychiatry, said that transgenderism is a “mental disorder” that merits treatment, that sex change is “biologically impossible,” and that people who promote sexual reassignment surgery are collaborating with and promoting a mental disorder.

Dr. McHugh, the author of six books and at least 125 peer-reviewed medical articles, made his remarks in a recent commentary in the Wall Street Journal, where he explained that transgender surgery is not the solution for people who suffer a “disorder of ‘assumption’” – the notion that their maleness or femaleness is different than what nature assigned to them biologically.

He also reported on a new study showing that the suicide rate among transgendered people who had reassignment surgery is 20 times higher than the suicide rate among non-transgender people. Dr. McHugh further noted studies from Vanderbilt University and London’s Portman Clinic of children who had expressed transgender feelings but for whom, over time, 70%-80% “spontaneously lost those feelings.”

While the Obama administration, Hollywood, and major media such as Time magazine promote transgenderism as normal, said Dr. McHugh, these “policy makers and the media are doing no favors either to the public or the transgendered by treating their confusions as a right in need of defending rather than as a mental disorder that deserves understanding, treatment and prevention.”

“This intensely felt sense of being transgendered constitutes a mental disorder in two respects. The first is that the idea of sex misalignment is simply mistaken – it does not correspond with physical reality. The second is that it can lead to grim psychological outcomes.”

The transgendered person’s disorder, said Dr. McHugh, is in the person’s “assumption” that they are different than the physical reality of their body, their maleness or femaleness, as assigned by nature. It is a disorder similar to a “dangerously thin” person suffering anorexia who looks in the mirror and thinks they are “overweight,” said McHugh.

This assumption, that one’s gender is only in the mind regardless of anatomical reality, has led some transgendered people to push for social acceptance and affirmation of their own subjective “personal truth,” said Dr. McHugh. As a result, some states – California, New Jersey, and Massachusetts – have passed laws barring psychiatrists, “even with parental permission, from striving to restore natural gender feelings to a transgender minor,” he said.

The pro-transgender advocates do not want to know, said McHugh, that studies show between 70% and 80% of children who express transgender feelings “spontaneously lose those feelings” over time. Also, for those who had sexual reassignment surgery, most said they were “satisfied” with the operation “but their subsequent psycho-social adjustments were no better than those who didn’t have the surgery.”

“And so at Hopkins we stopped doing sex-reassignment surgery, since producing a ‘satisfied’ but still troubled patient seemed an inadequate reason for surgically amputating normal organs,” said Dr. McHugh.

The former Johns Hopkins chief of psychiatry also warned against enabling or encouraging certain subgroups of the transgendered, such as young people “susceptible to suggestion from ‘everything is normal’ sex education,” and the schools’ “diversity counselors” who, like “cult leaders,” may “encourage these young people to distance themselves from their families and offer advice on rebutting arguments against having transgender surgery.”

Dr. McHugh also reported that there are “misguided doctors” who, working with very young children who seem to imitate the opposite sex, will administer “puberty-delaying hormones to render later sex-change surgeries less onerous – even though the drugs stunt the children’s growth and risk causing sterility.”

Such action comes “close to child abuse,” said Dr. McHugh, given that close to 80% of those kids will “abandon their confusion and grow naturally into adult life if untreated ….”

“’Sex change’ is biologically impossible,” said McHugh. “People who undergo sex-reassignment surgery do not change from men to women or vice versa. Rather, they become feminized men or masculinized women. Claiming that this is civil-rights matter and encouraging surgical intervention is in reality to collaborate with and promote a mental disorder.”

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SigSnake
Trooper
 

09-06-15, 09:30 #16
sempre que vejo esses treco de operação de "mudança de sexo" lembro disso:

 

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EviLBraiN
Trooper
 

09-06-15, 09:45 #17
Bacana jeep. Vou responder de casa com calma e melhor depois. Não conhecia.

Mas a manchete foi meio jornalice né. Ele quis dizer q no final das contas continua sendo um homem q cortaram o pinto fora e inverteram com um tubo de pvc pra virar uma vagina e colocaram prótese de silicone nas mamas. Tentaram maquiar a expressão do genotipo mas o cromosso Y continua la.

Agora se existe alguma diferença biológica no cérebro dessas pessoas, ai ele não tem como dizer. Por esse dado de 80% deixa esse tipo de idéia sozinho, ele supõe q não tem. Mas tb precisa ver bem como chegaram nesse resultado e se é replicavel.

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EviLBraiN
Trooper
 

09-06-15, 20:21 #18
Então, teria que ver os estudos. Pq desse jeito fica um monte de suposições.

Achei bem interessante o que ele aponta para aumento do suicídio nas pessoas após operação. Esperaria-se o contrário, um aumento na felicidade e bem estar. Mas realmente como a cx é algo relativamente novo, efeitos psicologicos no longo prazo estão apenas começando a aparecer.

Quando ele fala:

Quote:
“This intensely felt sense of being transgendered constitutes a mental disorder in two respects. The first is that the idea of sex misalignment is simply mistaken – it does not correspond with physical reality. The second is that it can lead to grim psychological outcomes.”
A segunda parte parte é debatível. Não tem como saber os efeitos no longo prazo ainda. Mas tb se não fizerem a cx hj nunca vão saber. Ou cancela tudo até se ter mais estudo ou que cada um que quiser fazer o faça sabendo dos riscos e incertezas pro futuro ( que já é o q acontece ).

Mas a primeira parte ele não tem como afirmar ao meu ver. O entendimento de como funciona essa noção da sua sexualidade ainda não existe. Ng sabe como isso funciona no cérebro - biologicamente falando. Sem falar em teorias da psicologia. E falando dessa auto percepção de ser homem, mulher, homosexual.... e não de caracteres sexuais primarios e secundarios.

Ele usa, acredito eu, a pesquisa que 80% deixou de ter essas idéias sozinho com o passar do tempo pra embasar isso. Mas só esse fato pode querer dizer mta coisa diferente tb. Desde querer dizer que a condição seria uma doença do cérebro transitória que melhora com o passar da idade até que as pessoas simplesmente desistiram pq era difícil de conseguir fazer. ( quem não mora na cidade que faz a cirurgia por exemplo não consegue fazer, pq precisa meses de acompanhamento e terapia com profissionais da equipe antes do procedimento - pelo menos no Brasil ) Precisaria ver melhor esses estudos q ele cita, nunca li nenhum.

Ele compara com um caso de anorexia. Onde a pessoa estaria abaixo do peso saudável e ao se olhar no espelho se ve gorda e continua tentando emagrecer. É uma comparação polêmica de se fazer. Ele quer dizer então que poderíamos tratar a pessoa a passar a se aceitar no sexo do seu corpo e que talvez um dia descubram a desordem química no cérebro que desencadeia isso. Pode ser que sim, pode ser que não. Atualmente não dá pra afirmar pra nenhum dos lados. Mas tb não dá pra negar.

Fala tb sobre o perigo de se influenciar demais uma criança com as ideias de que tudo é normal. Sim, é verdade que essa influencia existe mas geralmente vai passando conforme a pessoa cresce e amadurece e passa a pensar por si ( nem sempre ocorre, ainda mais qnd a educação e meio social não ajudam ). Mas tem aqueles estudos que perguntam se a pessoa sempre se achou homosexual, nunca se achou, ou se foi a partir de certa idade. ( ja vi compararem pessoas assim entre si e mostrarem que áreas do cérebro são maiores ou menores conforme isto - então pessoalmente acredito que um dia vão mostrar um substrato biológico pra isso )

Ele resolveu tomar uma posição. Eu até tendo pro lado dele. Acho q com o passar do tempo vão descobrir como tudo isso funciona quimicamente. Mas com o que existe até agora não dá pra afirmar, só supor. E ai daria pros 2 lados...

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
09-06-15, 20:31 #19
Pois é, eu te citei pq queria ver se de bate pronto esse cara era algum "maluco conhecido" na area, que ninguem leva a serio

De qq maneira, acho que o que mais parece preocupante sao decisoes terminais meio que empurradas com garantias de felicidade, tipo, tem aquele pessoal que acha que é deficiente fisico e nao sossega ate cortar fora uma perna ou braco absolutamente funcional, isso me parece doenca pura e simples, mas ja tem gente com os relativismos de praxe que julgam "suuuuper natural".

Mas acho que nao adianta teorizar, basicamente é mais um assunto que vamos precisar de uns 20 anos de experiencias pra ver "o que é que da no final"...

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SigSnake
Trooper
 

09-06-15, 20:49 #20
quando descobrirem a cura desse transtorno, imaginem como vai ser retratados pela historia esssas aberrações trans

"antigamente, quando não consideravam o homossexualismo como transtorno, as pessoas faziam cirurgias, algumas caseiras, para alterarem seus corpos para ficarem parecendo do sexo oposto"

SigSnake is offline   Reply With Quote
Hobbes
Trooper
 

09-06-15, 21:05 #21
[MENTION=120]SigSnake[/MENTION]; uma coisa é ser homossexual, outra é fazer operação de troca de sexo

Homossexualidade não é transtorno

Hobbes is offline   Reply With Quote
SigSnake
Trooper
 

09-06-15, 21:17 #22
ok, coloquei mal

troque a palavra "homossexualismo" do meu post por uma palavra que exprima: "alguem que queria virar uma pessoa do sexo oposto"

tem uma palavra pra isso? sei que não é homossexualismo, o que é?

SigSnake is offline   Reply With Quote
EviLBraiN
Trooper
 

09-06-15, 21:39 #23
Transtorno de identidade de gênero.

A pessoa nasceu no corpo de homem mas no seu sentimento tem certeza que é mulher, nasceu em um corpo errado. E vice versa.


Diferente de um homem que sabe que é homem, não tem vontade de ser mulher, mas possui atração sexual por outros homens e não por mulheres.

Se der mta corda fica complexa a parada... hehehe Duro é quando a pessoa com transtorno de identidade de gênero possui orientação sexual homoafetiva...

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
27-07-15, 19:38 #24
voltando, [MENTION=110]EviLBraiN[/MENTION]; e demais

O [MENTION=4078]sibs[/MENTION]; postou uma imagem no topico do "feminismo atualmente" que resume uma parte do que estava em duvida:

 


mt provavelmente é troll, mas eu ja vi coisas mais "leves" que sao bem proximas. Afinal, tem algum metodo ou pelo menos um estudo para diferenciar quando a pessoa realmente "é" ou esta delirando?

Tipo, se eu digo que sou um panda virgem com alma de dragao medieval, "oh, vc pirou", se aos 46 aninhos de uma masculinidade viril exacerbada (ok, so pra efeitos de exemplo ) eu chego e digo que tenho vontade de virar uma mulher trans, que tem atracao por outras mulheres, portanto uma lesbica e portanto apenas continuo a fim de mulheres, apenas nao queria mais o bilau e fazer barba, td bem? sem maiores perguntas? "se te faz feliz, manda bala?". E aos 8 anos?

Jeep is offline   Reply With Quote
EviLBraiN
Trooper
 

27-07-15, 20:06 #25
Primeira coisa que eu pediria seria uma ressonância pra ver se vc não tá com nenhum tumor cerebral... heheheh

É difícil colocar em palavras, mas todo psiquiatra tem um feeling de qnd os sintomas são verdadeiros ou mentira. Ao longo de atender muitos casos reais no hospital, vc "sente" qnd um caso é mentira.

Coisas básicas. Uma vez eu tive uma pct que contava as alucinações mais absurdas. Mas qualquer pergunta sobre INSS ela respondia com exatidão de detalhes. E observando de longe ela interagir com outros pacientes era normal tb.

Basicamente tb o fingimento sempre tem um objetivo, um ganho secundário. Com aquele sintoma a pessoa quer ganhar algo. Seja um afastamento do trabalho ou atenção do conjuge ou o q for... Uma alucinação/delírio verdadeiro em geral só trás prejuízo e a pessoa nem "percebe" ou se importa com isso...

Mais ou menos por ai.


Sobre mudança de sexo, ainda não se tem entendimento científico sobre o que está acontecendo no cérebro dessas pessoas. Então não existe norma alguma oficial. Cada local vai adotar algumas regras próprias (precisa ter ao menos x anos, fazer x meses de terapia, etc... ). Acaba q é mais guiado por este politicamente correto. Se falar não é discriminação. Mas tanto não se sabe nada que aquele psiquiatra do john ropkins q vc postou acima desceu a lenha nisto.

Eu acho q toda sociedade concorda que tem coisas q só se pode ter consciencia a partir de uma certa idade, por questão de maturidade. Qual idade vai muito de cada um, mas pra fazer sexo consentido, votar, dirigir, beber... todo mundo concorda q tem uma idade limite pra começar. Então tb acho q pra uma coisa séria como mudança de sexo tem q ter um limite, 8 anos acho absurdo.

Não respondi mto pq infelizmente não tem mto mesmo...

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
27-07-15, 20:14 #26
se nao tem nada mais definitivo, nem tem pq responder mt mesmo

em parte entao vale o "se te faz feliz" pelo jeito. Complicado...

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sibs
Trooper
 

28-07-15, 09:37 #27

sibs is offline   Reply With Quote
EviLBraiN
Trooper
 

28-07-15, 10:39 #28
https://en.wikipedia.org/wiki/Dissociation_(psychology)

http://apps.who.int/classifications/...2015/en#/F44.8

https://en.wikipedia.org/wiki/Dissoc...ntity_disorder

Sobre did. Seria o termo atual para múltiplas personalidades. É algo extremamente controverso e basicamente quase que só se acredita nisso nos EUA. No Brasil não se faz este diagnóstico. Vi um caso durante a residência que o paciente simulou ter, mas ao se conversar com pessoa da família que morava junto desmentiu tudo que o paciente falava. Esse diagnóstico ficou famoso depois de judicialmente algumas pessoas serem isentadas de crimes por possuírem esse diagnóstico ( nos eua )

Se vc olhar a classificação internacional de doenças ( CID ) ele ficaria no código de outros transtornos dissociativos.

Dissociação é uma separação temporária de “processos” que geralmente estão juntos. Uma separação mente/corpo; a pessoa percebe as duas coisas como distintas e uma não pertencendo a outra. Dissociações da realidade geralmente acontecem quando a pessoa está passando por uma situação muito difícil e que ela não possui recursos mentais/maduros pra lidar, então o cérebro “desliga” como uma forma de defesa. É temporário.

Antigamente essas dissociações eram a histeria. Disso vem os termos pejorativos: mulher histérica, dando piti, etc... Inclusive existe o transtorno de personalidade histriônico que tem tendência a se comportar sempre assim...

Então pra mim, DID tá mais pra 2 coisas: histriônico ( quando não possui um ganho secundário ) ou simulação mesmo...

O filme a outra face do crime ( primeiro filme do Edward Norton ) mora um caso assim, bem bacana.


Aff, q q é isso do vídeo ! Uheueheuheueh


Last edited by Jeep; 28-07-15 at 11:40.. Motivo: link
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EviLBraiN
Trooper
 

30-07-15, 15:02 #29
Olha [MENTION=1]Jeep[/MENTION]; vc que gosta disto...

Um caso que estão discutindo no face. Neste caso estão discutindo se a lesão teria que operar ou não. Mas vou postar aqui pq a lesão mudou a comportamento sexual do paciente. Como não tem identificação alguma dá pra postar.

Quote:
Um caso de modificação de orientação sexual por lesão cerebral.
Há aqui um conflito entre neuroradiologistas, neurocirurgiões e psiquiatras. É o seguinte , um neuroradiologista diz que esta lesão abaixo ( temporal esquerda ) é uma provavel sequela de encefalite( provavelmente herpetica) , com área de encefalomalácia, cisto, hipersinal perilesional. Outro diz que pode ser um tumor temporal, astrocitoma, glioblastoma multiforme de evolução lenta, pseudocístico. Este último levou a um neurocirurgião optar por operar a lesão, segundo os familiares também para reduzir agressividade do paciente, hipersexualidade, homossexualidade ( é um garoto de 15 anos que, de heterossexual passou a ter comportamentos também homossexuais , muito intensos, satiríase ). A agressividade, hiperatividade e hipersexualidade respondeu bem ao tratamento psiquiátrico. Segundo a mãe, com 5 anos de idade o garoto desenvolveu intensa sonolência, 14 horas de duração, depois disto ficou com algumas dificuldades cognitivas, para andar ( disbasia ) , disfasia, também passou a ter crises de ausência. Estudar a lesão é importante porque , se for sequela de herpes ou outra ( tem uma história de provavel TCE com 1 ano de idade ), não deveria operar, e se for uma neoplasia, deveria operar. A parte comportamental, psiquiátrica ( cirurgia de agressividade) não mais se justifica, ele melhorou. A epilepsia é de fácil controle. Se alguém tiver alguma opinião abalizada sobre a natureza imaginológica da lesão, agradeço muito .
[SPOILER]
 


A lesão é a "bola" branca na figura de cima na parte de baixo.


Então este é um caso que vemos na prática que a sexualidade está correlacionada com uma área específica do cérebro. Alterações nesta área, por acidente ou AVC e infecção dão uma consequência no comportamento sexual.

Por isto que acho q no futuro vão conseguir identificar diferenças nesta áreas no cérebro de heterossexuais, homossexuais, transtorno de identidade de gênero e etc...

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

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30-07-15, 15:52 #30
Cacete, mas é uma senhora bolona, nao?

Nao é que eu "goste", é que eu acho um assunto super complicado, mas tem gente que parece ter o roadmap completamente terminado do assunto. É assim pq é assim que tem que ser, nao quero saber de evidencias contrarias, excecoes, estatisticas ou estudos, pare de me oprimir, homofobicos nao passarao!

o velho lance de explicacoes simplorias (e erradas) para assuntos complexos.

Que nem a pataquada de falar que ser gordo nao da nada, que essa patrulhamento é errado, e nem estamos falando de pessoas que estao 20 kilos acima do peso, e sim aquelas que se aposentam pq sequer conseguem andar. Ai os ingleses resolvem cortar parte da aposentadoria desse pessoal obeso caso nao procurem seguir tratamento, atencao, seguir tratamento, nem estao mandando que o tratamento de resultado, e comecou a revolucao no facebook, gordofobia everywhere.

http://oglobo.globo.com/sociedade/sa...mento-17002068


Last edited by Jeep; 30-07-15 at 18:02.. Motivo: typo
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EviLBraiN
Trooper
 

30-07-15, 17:05 #31
Tem que mudar o foco.

Obesos que fazem tratamento correto ganham um bônus ajuda. Quem não faz o tratamento não ganha.

Qnd vc diz a mesma coisa mas: obesos q não fazem o tratamento terão parte do seu auxílio reduzido. Aí a galera pira na revolta !

Marketing é o segredo !

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

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22-08-15, 10:26 #32
http://xibolete.uk/genes-gays/ (site de traducoes do eli vieira)

‘GENES GAYS’: A CIÊNCIA ESTÁ NO CAMINHO CERTO, NASCEMOS ASSIM. LIDEMOS COM ISSO.

Por Qazi Rahman* em The Guardian
[SPOILER]
Um artigo recente [neste jornal] defendeu que a sexualidade vem da escolha em vez da genética. Mas as evidências científicas dizem o contrário, e apontam para uma origem fortemente biológica.

Num artigo recente no Guardian, Simon Copland defendeu que é muito improvável que as pessoas nasçam gays (ou presumivelmente com qualquer outra orientação sexual). As evidências científicas dizem o contrário. Apontam fortemente para uma origem biológica das nossas sexualidades. A descoberta de evidências para uma base biológica não deveria nos amedrontar ou enfraquecer os direitos de gays, lésbicas e bissexuais (LGB; os estudos que cito não incluem indivíduos transgêneros, então vou me ater a lésbicas, gays e bissexuais). Eu diria que entender nossa natureza biológica fundamental deveria revigorar nossa promoção dos direitos LGB.

Vejamos alguns fatos e perspectivas sobre o assunto. As evidências independentes de grupos de pesquisas que estudaram gêmeos mostram que fatores genéticos explicam cerca de 25-30% das diferenças de orientação sexual entre as pessoas (heterossexuais, gays, lésbicas e bissexuais). Estudos com gêmeos são um ponto de partida na genética de uma característica e nos dizem que existem “genes para orientação sexual” (odeio a expressão “gene gay”). Três estudos de busca por genes mostraram que irmãos gays compartilham marcadores genéticos no cromossomo X; o estudo mais recente também encontrou marcadores compartilhados no cromossomo 8. Essa pesquisa mais recente supera os problemas de três estudos anteriores que não encontraram os mesmos resultados.

Esforços para encontrar genes têm problemas, como argumenta Copland, mas esses são problemas técnicos e não erros catastróficos na ciência. Por exemplo, características psicológicas complexas têm muitos genes causais (não simplesmente “um gene gay”). Mas cada um desses genes tem um efeito pequeno na característica, por isso não atingem níveis tradicionais de significância estatística. Em outras palavras, muitos genes que influenciam a orientação sexual podem estar fora do radar. Mas as técnicas científicas vão alcançá-los quando propício. Na verdade há problemas mais importantes que eu gostaria de ver tratados, como a inadequação da pesquisa com sexualidade feminina. Talvez é pelo estereótipo de que a sexualidade feminina é “complicada demais” ou de que as lésbicas são mais raras que os homens gays.

De forma alguma genes são a história completa. Hormônios sexuais na vida pré-natal têm um papel. Por exemplo, meninas nascidas com hiperplasia adrenal congênita (HAC), que resulta em níveis naturalmente mais altos de hormônios sexuais masculinos, têm incidência relativamente alta de atração pelo mesmo sexo quando adultas. Mais evidências vêm de pessoas geneticamente masculinas que, por acidente, ou por nascerem sem pênis, foram submetidas à mudança de sexo e criadas como meninas. Quando adultos, esses homens tipicamente se sentem atraídos por mulheres. O fato de que você não consegue fazer uma pessoa geneticamente masculina se sentir atraída por outro homem criando-a como uma garota faz de qualquer teoria social da sexualidade uma teoria muito fraca. Os genes poderiam em si dar um empurrãozinho em direção a uma orientação sexual em particular, ou os genes podem simplesmente interagir com outros fatores ambientais (tais como hormônios sexuais no ambiente uterino) para influenciar mais tarde a orientação sexual.

Os cérebros de pessoas gays e heterossexuais também parecem ser organizados de forma diferente. Por exemplo, os padrões de organização cerebral parecem ser similares entre homens gays e mulheres heterossexuais e entre mulheres lésbicas e homens heterossexuais. Homens gays parecem, em média, ser mais “tipicamente femininos” em respostas dos padrões cerebrais e mulheres lésbicas são um tanto mais “tipicamente masculinas”. Diferenças na organização cerebral significam diferenças na psicologia, e estudo após estudo mostra diferenças cognitivas entre pessoas heterossexuais e gays. Portanto, diferenças gays não dizem respeito somente a quem te atrai. Estão refletidas na nossa psicologia e nas formas com que nos relacionamos com os outros. A influência da biologia percorre através das nossas vidas sexuais e relacionadas a gênero, e aquelas diferenças, aquela diversidade, devem certamente ser celebradas.

Alguns autores tendem a dispensar as evidências científicas instando-nos a olhar para a história da sexualidade, ou alegando que a homossexualidade é uma construção social (como Michel Foucault e similares). Mas essas explicações são no máximo meras descrições, não teorias científicas. Explicações construcionistas sociais não geram hipóteses sobre a orientação sexual e não são submetidas a testes sistemáticos. Então por que deveríamos levar suas alegações a sério? O construcionismo social e a teoria pós-moderna questionam a própria validade da ciência empírica para começo de conversa. Isso faz dessas teorias algo nada melhor que o negacionismo do aquecimento global.

Alguns dirão que nossas experiências de senso comum estão cheias de pessoas que são “fluidas” em suas orientações sexuais ou mudam suas sexualidades. Isso também não é suficiente, pois nossas experiências pessoais nos enganam o tempo todo. A mudança é usada amplamente para argumentar contra explicações biológicas. Críticos dirão que se o comportamento muda, ou é “fluido”, então certamente não pode ter bases biológicas. Isso é falso porque é nossa biologia que nos permite aprender, responder à socialização, e que nos ajuda a gerar nossa cultura. Então mostrar evidências de mudança não é um argumento contra a biologia. Há de fato alguma fluidez na sexualidade ao longo do tempo, predominantemente entre mulheres. Mas não há “curva do sino” para a orientação sexual. As pessoas podem mudar os rótulos identitários que usam ou com quem fazem sexo, mas atrações sexuais parecem ser estáveis ao longo do tempo.

Lembre-se, a orientação sexual é um padrão de desejo, não de comportamento ou atos sexuais apenas. Não é um simples ato de vontade ou uma performance. Apaixonamo-nos por homens ou mulheres porque temos orientações gays, heterossexuais ou bissexuais, não por opção. Então paremos de fingir que há escolha na orientação sexual. Quem realmente “escolhe” alguma coisa relevante afinal de contas? Certamente nossas escolhas são resultado de coisas que não escolhemos (nossos genes, personalidades, criações e cultura).

As pessoas se preocupam que a pesquisa científica nos levará a “curas” para a homossexualidade (o que é uma preocupação estranha de se ter se você não acredita no argumento “nascemos assim”). Preocupam-se mais com isso do que com as consequências das explicações baseadas em oção ou em ambiente, que também não são desprovidas de risco. Mas claramente nenhuma das previsões alarmistas se concretizou. As identidades de minorias sexuais não permaneceram medicalizadas nem houve qualquer triagem genética. Testes genéticos jamais resultariam na identificação com 100% de certeza de indivíduos LGB porque, como eu disse, os genes são menos de um terço da história. Nas políticas sociais e na área jurídica fomos na direção de mais direitos e mais liberdades para pessoas LGB (ao menos no ocidente), não menos.

Então, as causas da sexualidade deveriam influenciar como vemos as identidades sexuais minoritárias? Não. As causas de uma característica não devem influenciar como a vemos. Mas a ciência nos mostra que a sexualidade tem uma base biológica: isso é simplesmente como os estudos resultaram. Não há por que negar. Então usemos para suplementar, mas não substituir, a discussão sobre direitos LGB e políticas sociais. A biologia da diversidade sexual diz ao mundo para lidar com ela. Somos quem somos, e nossas sexualidades são parte da natureza humana.

Minha preocupação com as alegações de construção sexual, opção e similares é que se encaixam perfeitamente na ideologia homofóbica, nas “terapias de aversão”, e numa cultura crescente que busca minimizar as diferenças gays. Isso me lembra algo a que Noam Chomsky aludiu: se humanos fossem criaturas completamente sem estrutura, seríamos submetidos aos caprichos totalitários de forças externas.





* Dr. Qazi Rahman é um acadêmico do Instituto de Psiquiatria do King’s College London. Estuda a biologia da orientação sexual e suas implicações para a saúde mental e é co-autor de Born Gay? The Psychobiology of Sex Orientation.

Tradução: Eli Vieira

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