Darkside  

Voltar   Darkside > Darkside > Comunidade
FAQ Calendário Postagens do dia Buscapé Search

Responder
 
Thread Tools
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
Default Suiá Missu

11-01-13, 20:28 #1
se nao tiverem mt tempo, tentem assistir a partir de 3:30


Quote:
a tradução de “corredor” é beira de estrada
http://www.codigoflorestal.com/2013/...tia-abreu.html

Presidente da CNA denuncia injustiças na desocupação da Fazenda Suiá-Missu
Postado por Petterson Molina Vale
Injustiça Legalizada
Por Katia Abreu

Decisão judicial não se discute. A Justiça determinou e os agricultores que ocupavam a área da antiga fazenda Suiá Missu, em Mato Grosso, foram despejados. Saíram sob a coerção de cassetetes e balas de borracha, em meio a bombas de efeito moral que, lançadas por helicóptero, deram contornos de operação de guerra à “desintrusão” promovida pela força- tarefa designada pelo Estado.

Todos foram obrigados a vender seus bens a toque de caixa e a preços aviltantes determinados pelo mercado de ocasião, sob pena de serem confiscados. Deixaram para trás histórias de vida, escolas públicas, a igreja que frequentavam e até alguns entes queridos, enterrados em um cemitério não índio, oficialmente criado ali. Mas a violência maior só ganha alma na voz sofrida da agricultora Rosilda Pimentel de Souza.

A casa simples de madeira, erguida para abrigar a família, foi expropriada sem direito à indenização. “Tem 20 anos que nóis mora aqui, e o que nóis vai fazer? Morar embaixo da lona?”, pergunta a agricultora. O ar de espanto se justifica diante da ação do próprio Estado, que havia levado vários programas, como o Luz para Todos, ao povoado de Posto da Mata.

Confesso que chorei quando assisti ao depoimento desesperado de Rosilda sobre a perda do pedaço de chão em que criou os filhos. “Já derramei muito suor aqui. O que eu tenho está aqui. Agora, esse mundo de gente só prometendo, mas no fim a gente vai prá debaixo da lona, porque não tem outra terra e eu não tenho outra casa. O que eu vou fazer? Ir pro corredor...só pode”. No linguajar simples do campo, a tradução de “corredor” é beira de estrada. E quem quiser ver e ouvir Rosilda, basta uma pesquisa rápida no youtube. O depoimento está lá. Quando fala da terra que julgava sua, ela relata que pagou pelos 62 hectares. “Nóis não entrou, nóis não invadiu. Nóis comprou. E aqui não tinha índio, não morava índio. Como é que agora tem? Não conheci nenhum índio morando aqui.”

A desocupação foi feita sem a devida proteção determinou que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) enviasse representante de suas comissões de direitos humanos para acompanhar a operação. Mas a regional do Mato Grosso não encontrou nenhum profissional disposto a cumprir a tarefa humanitária. Nem o apoio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) os pequenos agricultores tiveram. O artigo 4º do Decreto nº 1.775, de 08 de janeiro de 1996, determina que o Incra dê prioridade ao reassentamento de ocupantes de terras identificadas como tradicionalmente indígenas. O plano de desintrusão até previa reassentar a parcela de pequenos agricultores que tinha perfil de reforma agrária. Mas, nos lotes, em Ribeirão Cascalheira (MT), não há infraestrutura alguma. Nem água para matar a sede dos animais.

O Incra ofereceu apenas barracos de lona para abrigar aquelas famílias de pequenos produtores que, da noite para o dia, viraram sem-terra. Aos que não tinham perfil de reforma agrária, nem o transporte prometido chegou. Uma “norma de execução” do Incra diz que apenas “ocupantes não índios de boa fé”, enquadrados nos critérios de reforma agrária, fazem jus a reassentamento. Rosilda e sua boa fé ficaram fora do programa. Nem por isso a “desintrusão” de Suiá Missu foi ilegal. O mais honesto, no entanto, seria falar em injustiça legalizada. Brasileiros sofridos do campo foram expulsos da terra que julgavam ser deles por causa da fragilidade e da falta de clareza da legislação que regula as terras indígenas.

A desocupação acabou, mas o quadro de insegurança jurídica permanece. Quantas “Suiá Missus” mais teremos que assistir, por deficiência da legislação vigente? Nada contra a preservação ou criação de áreas indígenas. Tudo a favor da segurança jurídica de um processo baseado em leis claras, de forma a não alimentar a antropologia da vingança em que gente simples, como a agricultora Rosilda, acaba no corredor e sem direito à indenização.

*Kátia Abreu é Senadora da República e Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA. Artigo publicado no Jornal A Gazeta, de 11/01/2013





Jeep is offline   Reply With Quote
Oleleh
Trooper
 

11-01-13, 20:53 #2
Porra cara, como é q coisas como essa ainda acontecem no brasil? Ta tudo errado isso

Poder legislativo, poder judiciario, poder executivo todos uma merda só

Da muita tristeza e indignidade ver isso

Oleleh is offline   Reply With Quote
Baron
Trooper
 

11-01-13, 21:12 #3
Brasil é uma terra que não respeita a propriedade privada.

Baron is offline   Reply With Quote
Putzolino
Trooper
 

Steam ID: Putzo
11-01-13, 21:52 #4
Pessoal bem articulado. Só não entendi a razão da desapropriação? Reserva Indigena?

Putzolino is offline   Reply With Quote
cebols
Trooper
 

14-01-13, 10:48 #5
BR é uma merda e fica abrindo as perninhas pra essa cambada de indio fdp. Por mim mata tudo esses indios que tem contato com a sociedade moderna. São tão bandidos quanto o MST mas são protegidinhos do governo e bla bla bla.

Tem pessoas que perderam milhões com isso ae, por causa de indio que ja ja ta vendendo sua parte de terra.

O topico nao foi pra frente e pelo visto nem irá, mas se forem atrás de noticias sobre isso ae, vão encontrar muita coisa. Nos ultimos 4 meses isso foi bastante divulgado na mídia. Se alguem quiser algumas dicas de onde encontrar material, me manda mp que eu passo

cebols is offline   Reply With Quote
u3663
Trooper
 

14-01-13, 10:58 #6
O problema não é esse.

O problema é o poder do legislativo e judiciario e como o povo AINDA VOTA mesmo sabendo que "todo politico é filho da puta".

Porque a maior mentira funcional é que o voto muda alguma coisa.

u3663 is offline   Reply With Quote
rockafeller
Chief Rocka
 

14-01-13, 11:25 #7
podicre, esses políticos do Judiciário sao fodas.

rockafeller is offline   Reply With Quote
whiplash
Trooper
 

Steam ID: whi
14-01-13, 11:31 #8
comprou de quem? quem vendeu era dono? com base no que? a área já era reserva antes? é legítimo exigir defesa a "propriedade privada" de uma área que provavelmente foi invadida e vendida ilegalmente?
é TANTA coisa pra levar em consideração e que a gente não faz nem ideia que vir aqui e só despejar três parágrafos de puro estrume vira pura cretinice

whiplash is offline   Reply With Quote
cebols
Trooper
 

14-01-13, 11:49 #9
Exatamente, é MUITA coisa pra se levar em consideração, whip. Eu confesso que estou com PREGUIÇA de digitar mil textos explicando mil coisas, por isso falei pra quem tiver interesse, ir atrás

Desculpa a minha cretinice então, mas eu trabalho com isso e sei o que se passou na região. Lia e continuo lendo sobre isso todos os dias, e não aceito o que fizeram. Tem gente que está na região há mais de 30 anos, herdou terras, criou gado por todo esse tempo e da noite pro dia teve que retirar 4 mil cabeças de gado de apenas UMA fazenda. Só nessa brincadeira ae, foram praticamente 13 milhões de reais perdidos

A funai já emitiu certidão 40 anos atrás dizendo que nas terras não havia a existencia de indios..

Enfim, a merda ja foi feita e eu ja fiquei muito puto com isso. Não to afim de ficar esquentando a cabeça novamente. Quem tiver interesse, o google pode ajudar

cebols is offline   Reply With Quote
Stranger
Trooper
 

14-01-13, 11:51 #10
Oi, o vô do meu avô viveu por essas terras, logo, essas terras são minhas.

Oi, o vô do meu avô era escravo, logo, essas vagas são minhas.

Oi, o meu avô virou cinza em Treblinka, logo, essa terra é minha e ninguém pode revidar nem falar mal de mim.

Oi, sou uma negra, mãe-solteira, disléxica e transexual, logo, todos esses direitos são meus.

Stranger is offline   Reply With Quote
ragauskas
Trooper
 

Steam ID: ragauskas
14-01-13, 11:56 #11
po, uma das mulheres mostrou escritura do lugar whi, ahuhasduhasudh

ragauskas is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
14-01-13, 11:58 #12
so pinheirinho da ibope.

Jeep is offline   Reply With Quote
Baron
Trooper
 

14-01-13, 12:02 #13
Era exatamente isso que eu ia dizer. Você acha que a escritura foi falsificada pelo morador?

Obviamente é uma possibilidade, mas eu não acreditaria nisso. De qualquer maneira é muito fácil comprovar se a escritura é real ou não.

Baron is offline   Reply With Quote
ragauskas
Trooper
 

Steam ID: ragauskas
14-01-13, 12:04 #14
foda, o povo nao sabe nem ler e escrever, quem dirá falsificar uma escritura hauhauha...

pareceu bem legitima, com carimbos e assinaturas do cartório local, espero q isso ajude em algo, pq puta filha da putagem o q tao fazendo

ragauskas is offline   Reply With Quote
u3663
Trooper
 

14-01-13, 12:39 #15
Quote:
Postado por rockafeller Mostrar Post
podicre, esses políticos do Judiciário sao fodas.
Como eu estou conversando um adolescente, eu explico:

Legislativo estipula as leis, regras e todo o resto.

Judiciario cumpre cegamente e sendo manipulado torto e direito.

Os politicos estão no legislativo.

Faça a sua interpretação do texto.

u3663 is offline   Reply With Quote
rockafeller
Chief Rocka
 

14-01-13, 13:05 #16
aaaaaah só!
valeu bro

rockafeller is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
14-01-13, 17:16 #17
http://www.revistainfovias.com.br/po...34/_Ent_evista

Quote:

Revista Infovias: Os Indígenas estão sendo financiados por ONGs internacionais?

Edward: Eu diria, uma parte significativa do movimento indigenista brasileiro, está sim recebendo dinheiro de organizações não governamentais, de agências de cooperações internacionais dos países do hemisfério norte. Por exemplo; a GTZ, ONG alemã, foi quem financiou por décadas todas as iniciativas de demarcação de terras indígenas no Brasil. Praticamente todas as demarcações ocorridas na década de 90 foram financiadas pela agência alemã de cooperação.

Revista Infovias: Então há interesses internacionais em frear o desenvolvimento do Brasil?

Edward: As provas e evidências que eu coletei até o momento, indicam que sim. Há um crescente interesse no controle e domínio de recursos naturais nacionais. Tais interesses excusos se escondem por trás de iniciativas e atividades aparentemente legítimas, como por exemplo, demarcar terras indígenas, criação de territórios quilombolas, de comunidades tradicionais e unidades de conservação. Reconhecer territórios indígenas e de comunidades tradicionais poderia ser um importante instrumento para assegurar o desenvolvimento desta parcela da população nacional. Contudo está se tornando um instrumento descontrolado de reforma agrária às avessas e de criação de conflitos sociais que joga os indígenas contra a sociedade nacional.

O problema é: a forma de demarcação de terras indígenas atualmente vigente no Brasil, não se preocupa com os custos sociais e econômicos das demarcações, não busca o consenso, e sobretudo, não garante segurança constitucional e jurídica a ninguém.

Jeep is offline   Reply With Quote
Pablo Escobar
Trooper
 

14-01-13, 18:21 #18
índio só quer saber de dinheiro, ficam no meio do mato só pra receber auxilio do governo

Pablo Escobar is offline   Reply With Quote
Baron
Trooper
 

14-01-13, 18:28 #19
Filhos da puta! Bora financiar os nazistas da ex-alemanha oriental!

Falando sério: quem é o lazarento? As ONGs OMFG motherfuckers ou esse governo lixo que só ganha dinheiro às nossas custas? As ONGs são empresas, elas querem lucro. E o seu próprio governo comendo o seu cu, isso pode arnaldo?

Sinto muito, mas este quilombo chamado braZil não passa de uma colônia, que ao invés de cuidar de seus próprios problemas fica reclamando dos 'outros'. Sempre os 'outros' que são os malditos exploradores. Antes eram Portugueses, holandeses, franceses, ingleses. Depois passou para os ianques, agora são as Ongs alemãs.

Puta mundo injusto meeeeeeu


Last edited by Baron; 14-01-13 at 18:35..
Baron is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
14-01-14, 12:42 #20
[disclaimer]
corram, texto de reacionario abaixo!
[/disclaimer]

http://veja.abril.com.br/blog/reinal...o-no-maranhao/

Um direito, para ser humano, tem de ser de alguma “minoria” influente entre esquerdopatas. Gente pobre que trabalha que se dane! Ou: O outro crime cometido no Maranhão!

Quem é este segurando, com esse ar de prazer, uma bala de borracha?

Vocês o conhecem. Já chego lá.

Um estrangeiro ou um marciano que visitassem o Brasil e decidissem se inteirar dos números da nossa economia certamente esperariam ver uma nação grata ao agronegócio, quase reverente, reconhecendo que, afinal, o setor livra o país do buraco. Em vez disso, os agricultores brasileiros têm de enfrentar a difamação promovida por setores do governo e da imprensa, pelo MST, por ONGs que se apresentam como porta-vozes de índios e quilombolas e até por atores da Globo e alguns comediantes, que não resistem à tentação de pôr a sua ignorância engajada a serviço da desinformação. Recentemente, o ataque mais boçal à produção agrícola brasileira e ao homem do campo partiu de uma autoridade do governo. Refiro-me ao senhor Paulo Maldos, velho conhecido deste blog, que é secretário de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência — braço-direito de Gilberto Carvalho. É aquele que aparece ali no alto. Já chego ao caso. Antes, é preciso lembrar alguns números para que se possa fazer um debate instruído.

Em 2013, a balança comercial brasileira teve o seu pior desempenho em 13 anos, com um saldo positivo de, atenção!, apenas US$ 2,5 bilhões. E, na verdade, ele é falso. Tem mandracaria aí, uma das muitas artimanhas da contabilidade criativa. O país registrou como entrada US$ 7,7 bilhões por conta da (falsa) exportação de sete plataformas de petróleo que, na verdade, não saíram de Banânia: foram fabricadas aqui, compradas por empresas como a Petrobras no exterior e alugadas para operar no Brasil. Entenderam? Sem o truque, a balança teria fechado no vermelho: US$ 5,2 bilhões.

E o agronegócio com isso? Pois é. Leiam post na home. No ano passado, o superávit comercial do setor foi de US$ 82,91 bilhões. Só para vocês terem uma ideia: o país exportou em 2013 US$ 242,17 bilhões — US$ 99,97 bilhões desse total — 41,28% — pertencem ao agronegócio. Em contrapartida, importou modestos US$ 17,06 bilhões — apenas 7,11% de um total de US$ 239,61 bilhões. Vejam que coisa: os brasileiros gastaram só em viagens no exterior, no ano passado, US$ 23,125 bilhões — 35,6% mais do que tudo o que importou o setor que livra o país do buraco.

Aplausos? Reconhecimento? Reverência? Que nada! O agronegócio brasileiro — na verdade, os produtores rurais de maneira geral — é tratado a tapas e pontapés. E, claro!, no grupo dos detratores que vai lá no primeiro parágrafo, é preciso incluir certo ambientalismo doidivanas. Um setor da economia opera com eficiência máxima para, na prática, financiar a farra daqueles que o difamam. Ou haveria o circo se começasse a faltar pão — inclusive sobre a mesa dos brasileiros? Porque é preciso deixar claro que o agronegócio opera a preços competitivos lá fora e abastece o mercado interno com uma das comidas mais baratas do planeta. Tudo isso é matéria de fato, não de gosto. As coisas são assim porque assim são as coisas. Não são matéria de gosto, de opinião, de achismo.

Acontece que…
Acontece que uma das configurações que assumiram as esquerdas contemporâneas prevê, deixem-me ver como chamar, a “reindianização” do Brasil. Mais números, que são, sim argumento: esse fantástico desempenho do agronegócio brasileiro é obtido com a agricultura e a pecuária ocupando pouco mais de 27% do território nacional. É nesse espaço que se produzem aqueles números que nos livram da bancarrota.

Atenção: essa área corresponde ao dobro daquela que é hoje ocupada por reservas indígenas, que abrigam uns 600 mil índios, onde não se produz uma espiga de milho. Ao contrário: os indígenas brasileiros — bem como boa parte dos sem-terra — se alimentam com cestas básicas fornecidas pelo poder público: sim, são os alimentos produzidos pelo “detestável”… agronegócio!!! Os comediantes, de fato, teriam com o que se fartar caso buscassem se informar, fugindo da piada fácil e do discurso ideológico bocó.

Maranhão
Brasil afora, multiplicam-se os confrontos entre índios e produtores rurais, decorrentes, na maioria das vezes, da reivindicação para ampliar áreas de reserva já estabelecidas ou da decisão da Funai — e seus antropólogos invisíveis —, de considerar indígenas territórios em que agricultores estão instalados há mais de século.

Neste exato momento, a tragédia de Pedrinhas não é o único crime — ou penca deles — que se comete no Maranhão. Há outro em curso. Agricultores instalados há décadas numa área declarada como pertencente aos índios Awá-Guajá terão de deixar suas terras. Atenção! São 1.200 famílias — perto de 6 mil pessoas. A própria Justiça admite que a esmagadora maioria é formada por agricultores pobres, que têm pequenas propriedades. O ódio ao agronegócio contamina, agora, até os pequenos produtores.

De volta a Maldos
Pois bem, na semana retrasada, o senhor Paulo Maldos falou à Voz do Brasil sobre o assunto e disse a seguinte barbaridade (em vermelho):
“A maioria dos ocupantes que se encontram ali vivem da extração da madeira, plantação de maconha e outros ilícitos, como já foi identificado há pouco tempo trabalho escravo na região. Então, a gente tem uma crise humanitária, digamos, em que você, por um lado, povos indígenas sem contato algum com a nossa sociedade, ou um contato muito recente, e, por outro lado, representantes, digamos, da nossa sociedade, que são o que temos de mais criminoso. Então, uma situação que o estado tem que se fazer presente, dando suporte a uma decisão judicial”.

Existem madeireiros na região? Sim! Há pessoas praticando crimes por ali? Não duvido. Mas é a regra? Não! Ao contrário. A maioria das famílias é formada de gente que ganha a vida honestamente, produzindo alimentos. A fala é absurda, truculenta, escandalosa. A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidente da CNA reagiu (em azul):
“A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil vem a público repudiar as declarações levianas, irresponsáveis e ideológicas de um servidor público mal- intencionado, contra as quais buscará as medidas judiciais cabíveis.”

A presidente Dilma obrigou Maldos a se desmentir. Em nota, ele tentou remendar (em vermelho):
“Em relação à desintrusão da terra indígena Awá-Guajá gostaria de esclarecer que não foi minha intenção generalizar e afirmar que os agricultores que se encontram naquele local são plantadores de substâncias ilícitas. No local vivem muitos agricultores corretos e decentes. Se houve qualquer mal entendido a partir de minhas declarações, deixo claro que não foi essa minha intenção.”

A fala dele à Voz do Brasil é muito clara. De resto, este senhor tem uma atuação pregressa conhecida. Já lembrei aqui alguns de seus feitos.

Maldos é braço-direito de Carvalho. A ele cabe conversar com os movimentos sociais. Essa “conversa” assume um sentido muito particular: na prática, o governo os organiza e os financia. Maldos foi, por exemplo, o coordenador-geral do grupo de trabalho criado pelo governo federal para promover a desocupação de uma região chamada Marãiwatséde, em Mato Grosso.

Como ele trabalha? Nessa área, havia uma fazenda chamada Suiá-Missú, que abrigava, atenção!, um povoado chamado Posto da Mata, distrito de São Félix do Araguaia. Moravam lá 4 mil pessoas. O POVOADO FOI DESTRUÍDO. Nada ficou de pé, exceto uma igreja — o “católico” Gilberto Carvalho é um homem respeitoso… Nem mesmo deixaram, então, as benfeitorias para os xavantes, que já são índios aculturados. Uma escola que atendia 600 crianças também foi demolida. Quem se encarregou da destruição? A Força Nacional de Segurança. Carvalho e Maldos foram, depois, para o local comemorar o feito. Republico este vídeo impressionante que mostra o que restou daquela comunidade.


Maldos já disse a interlocutores que não descansa enquanto 25% do território brasileiro não forem destinados a reservas indígenas. Tem dito também que a violência dos índios é compreensível porque isso é uma espécie de direito à rebelião. De novo: o Brasil já destina hoje a menos de 600 mil índios (de um total de pouco mais de 800 mil) uma área correspondente a 26,6 Holandas, 11 Portugais ou duas Franças. Maldos quer 40 Holandas, 17 Portugais e 3,1 Franças. Agora o Pinheirinho.

Pinheirinho
Maldos não é um qualquer. Trata-se, reitero, de um profissional do conflito — e não da resolução de conflitos. Vocês devem se lembrar da desocupação do Pinheirinho, no interior de São Paulo. A Justiça determinou — e não cabia contestação à ordem — a desocupação de uma propriedade. Carvalho e Maldos acompanhavam tudo de perto. A Polícia Militar não podia mandar a Justiça às favas. Tinha de cumprir a ordem. O governo federal poderia ter resolvido tudo com uma assinatura: bastava desapropriar o terreno. Não o fez. Ficou esperando o conflito. Esperando? Não! Fez um pouco mais do que isso.

No dia da desocupação, adivinhem quem estava lá, ajudando a organizar a “resistência” dos invasores? Acertou quem chutou “Paulo Maldos”. Depois ele veio a público, com grande estardalhaço, anunciar que tinha sido atingido por uma bala de borracha. ATENÇÃO: ELE SE NEGOU A FAZER EXAME DE CORPO DE DELITO. Saiu a exibir uma bala de borracha por aí (foto no alto), dizendo ter sido atingido por um artefato daquele e posando de herói. Sim, uma tragédia poderia ter acontecido. Não aconteceu. Forças do oficialismo chegaram a denunciar ao mundo a existência de mortos e desaparecidos. Era tudo mentira.

Eis aqui um agricultor que está sendo expulso de sua terra no Maranhão. É este homem que Maldos considera “o que há de mais criminoso no Brasil”.


Encerro
As 1.200 famílias que lá produzem seu sustento acabarão deixando a terra. A exemplo do que se viu em Raposa Serra do Sol, não se plantará mais nenhum grão ou pé mandioca por lá. Se não saírem por bem, pais de família serão coagidos pelas forças policiais. Hoje, são donos do seu destino. O governo lhes oferece como saída se cadastrar no programa de reforma agrária.

Escrevi na tarde de ontem um texto sobre a expansão do Bolsa Família. Brasileiro bom é brasileiro dependente da caridade oficial, não é mesmo? Gente que produz tem mais é de ser tratada a chicote. Sem querer pautar comediantes, dou uma dica: o próprio ouvidor da Secretaria Nacional de Direitos Humanos confirmou, em depoimento na Câmara dos Deputados, que os direitos fundamentais dos antigos moradores da fazenda Suiá-Missú foram violados. Quem se importa?

Afinal de contas, direitos, para que possam ser considerados “humanos”, têm necessariamente de ser direitos de alguma minoria sociológica influente no imaginário esquerdopata. Brasileiro pobre que trabalha que se dane. Que vá pedir esmola a Lula e Dilma, pô!

Jeep is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
21-01-14, 22:09 #21

http://www.questaoindigena.org/2014/...adores-de.html

No dia 3 de janeiro, o Secretário de Articulação Social da Secretaria Geral da Presidência da República, Paulo Maldos, o centro do núcleo indigenista no Governo do PT, deu uma entrevista à "Voz do Brasil" sobre a retirada de não indígenas da reserva Awá-Guajá, no noroeste do Maranhão. No programa, Maldos disse que a maioria dos agricultores que estão perdendo suas terras se dedica a atividades ilícitas, como plantação de maconha.

A presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, reagiu emitindo uma nota de repúdio e indicando que processaria Maldos pelas acusações: "as declarações levianas, irresponsáveis e ideológicas de um servidor público mau intencionado, contra as quais buscará as medidas judiciais cabíveis". Na nota, Kátia Abreu explicou que os agricultores que terão de sair da área são pobres e estão sendo "enxotados de suas terras" pela Funai. Segundo ela, a declaração de Maldos ataca-lhes a honra e a integridade, e "configura violência ainda maior que a do despejo que lhes foi imposto.”

Pressionado, Maldos recuou e emitiu nota em resposta, onde afirma que não teve a intenção de fazer o que fez. "Gostaria de esclarecer que não foi minha intenção generalizar e afirmar que os agricultores que se encontram naquele local são plantadores de substâncias ilícitas. Se houve qualquer mal entendido a partir de minhas declarações, deixo claro que não foi essa minha intenção", escreveu Maldos.

Veja no documentário acima, a declaração de Maldos. Avalie se ele teve ou não intenção de generalizar a acusação como forma de legitimar a operação de limpeza étnica dos indigenistas do Planalto. Mas sobretudo, vejam quem são as pessoas que o Governo está expulsando da área demarcada pela Funai no oeste do Maranhão.

Paulo Maldos as teria expulsado sem qualquer atenção se a Senadora Katia Abreu, o Deputado Weverton Rocha e alguma poucas e roucas vozes da internet não tivessem denunciado o abuso.

Eles fizeram isso na Apyterewa: Os degredados da Apyterewa

Eles fizeram isso na Suiá-Missu (Marãiwatsédé): Os degredados da Suiá-Missu

Catorze das mais de cem famílias que foram notificadas para desocuparem voluntariamente a área demarcada pela Funai decidiram fazer o cadastro junto ao Incra. O objetivo delas é serem reassentadas pelo governo, caso se enquadrem no perfil restrito de cliente da reforma agrária.

A entrega das notificações aos moradores da área começou na última quarta-feira (15). De acordo com o Incra, 187 pessoas receberam os documentos. Boa parte delas sequer sabe ler. A estimativa da Justiça é que haja entre 300 e 500 ocupações no território, que tem área total de 116 mil hectares.

A partir do momento em que receberem a notificação, os moradores têm 40 dias para retirar seus pertences e saírem da terra de forma voluntária. Depois desse período, serão retirados à força. Todas as casas serão destruídas após a retirada das pessoas sm etnia. A região compreende os municípios maranhenses de Centro Novo do Maranhão, Governador Newton Bello, Zé Doca e São João do Caru, uma das regiões mais pobres do Maranhão.

O superintendente regional do Incra, José Inácio Sodré Rodrigues, afirma que há área disponível para realocar as famílias que se cadastraram para o reassentamento. “Hoje, segundo nosso levantamento, concretamente nós temos área suficiente para atender às famílias cadastradas”, diz José Rodriques sem indicar quando nem onde.

O Incra ainda trabalha para adquirir terras por meio de um edital lançado em dezembro de 2013. Segundo o superintendente, duas propostas de venda de terras foram feitas ao instituto. “A nossa equipe está avaliando para que a gente possa fazer a compra. Nos próximos 20 ou 30 dias, no máximo a avaliação deve estar concluída e a negociação avançada”, disse. Não se sabe quando o processo será concluído.

Outras possibilidades de adquirir áreas para reassentarem pequenos trabalhadores rurais com as quais o Incra trabalha são a revisão ocupacional de assentamentos que estejam desocupados, a regularização de áreas públicas e novos assentamentos em áreas decretadas pela presidenta Dilma Rousseff.

O juiz responsável pela ação, José Carlos do Vale Madeira, exigiu que o instituto discrimine, nos próximos dias, as medidas que estão sendo tomadas para o reassentamento dos produtores rurais.

Jeep is offline   Reply With Quote
Jeep
fagmin
 

XFIRE ID: ds-jeep Steam ID: jeep_ds
26-02-14, 15:24 #22
ja era.

http://www.questaoindigena.org/2014/...ora-tenta.html
http://www.questaoindigena.org/2014/...-maranhao.html
http://www.questaoindigena.org/2014/...-reinaldo.html
http://www.questaoindigena.org/2014/...to-gerado.html
http://www.questaoindigena.org/2014/...magens-do.html
http://www.questaoindigena.org/2014/...lir-casas.html

http://veja.abril.com.br/blog/reinal...ra-agricultor/

videos e fotos no link

[SPOILER]
Agricultores miseráveis são expulsos de suas terras no Maranhão de forma truculenta, sob o silêncio cúmplice ou o aplauso da imprensa. Ou: Bala de borracha contra black bloc é crime; contra agricultores, é poesia! Ou: O dia em que o governo admitiu a violação oficial dos direitos humanos

Vejam este homem.
 

Ele é o símbolo da injustiça social no Brasil à moda lulo-dilmo-petista. Não, leitor, você não entendeu. Este senhor exerce na narrativa esquerdopata destes tempos o papel de opressor, não de oprimido. Vocês vão ver por quê. Este é um post que trata de algumas questões muito sérias. Inclusive para a imprensa brasileira. Há aí alguns vídeos que talvez vocês não conheçam. Leiam com atenção. Vejam tudo. Se acharem pertinente, passem adiante e façam o debate.

Uma ação vergonhosa começou a ser perpetrada nesta terça: a tal “desintrusão” — esta palavrinha cada vez mais odiosa, que faz com que brasileiros sejam considerados estrangeiros em sua própria terra — dos não índios da chamada reserva indígena awá-guajá, cuja demarcação foi concluída e 2005, com um decreto assinado pelo então presidente Lula. Serão 116 mil hectares de terra destinados a 400 índios nômades. Ou por outra: esses 400 indígenas, segundo a Funai (há fortes suspeitas de que esses números estejam superestimados), ocuparão 1.160 km² de terra. Só para comparar: é quase o tamanho da cidade de São Paulo, que tem 1.522 km². Corresponde a 3,5 vezes a cidade de Belo Horizonte, com 330,95 km² e 1,7 vez a cidade de Salvador, com 696,76 km².

Já escrevi a respeito. Essa região começou a ser povoada por agricultores pobres — muitos deles com a origem indígena estampada na cara — no começo do século passado. É uma área tão extensa que compreende os municípios de Centro Novo do Maranhão, Governador Newton Bello, Zé Doca e São João do Caru. O lobby de ONGs, de ambientalistas e de celebridades é grande. Falo a respeito mais adiante. Já escrevi sobre essa questão quando Paulo Maldos, o braço-direito de Gilberto Carvalho no diálogo com “movimentos sociais”, concedeu uma entrevista indecorosa, indecente, afirmando que os agricultores que moram na região se dedicavam ao corte de madeira e à plantação de maconha.

Estimava-se inicialmente que 1.200 famílias — cerca de 6 mil pessoas — de não índios morassem na reserva. Que se saiba, até agora, foram notificadas 427 famílias (perto de 1.300 pessoas), 224 das quais se encaixariam no perfil da reforma agrária. As outras 203 estão condenadas à beira da estrada. O governo manda caminhões para carregar os pertences que podem ser carregados (foto abaixo), e o resto fica para trás. Atenção! A ocupação da área foi considerada de má-fé — e isso quer dizer que as famílias não receberão um tostão de indenização.

awá-guajá caminhão

Estamos falando de grandes proprietários de terra, de fazendeiros ricos, daqueles plutocratas do agronegócio, que só existem na imaginação dos esquerdopatas? Não, senhores! É gente pobre! As coisas estão sendo feitas nos costumes pela Secretaria-Geral da Presidência, comandada pelo companheiro Gilberto Carvalho. A Força Nacional de Segurança (foto na sequência) e a Polícia Federal chegam para garantir a operação, armadas até os dentes, os pobres-coitados tiram o que podem, e tratores começam a demolir as palhoças (foto). Uma equipe da Globo conseguiu acompanhar parte do trabalho. Vejam uma “mansão” de ruralista, coberta de sapé, sendo destruída.

awá-guajá tapera

awá-guajá soldados

Vejam lá no alto a imagem de um agricultor expulso de sua terra. Abaixo, a de uma agricultora e seus meninos.

awá-guajá agricultora

Eles não são mesmo a cara da riqueza e da opulência? Assistam a este vídeo em que aqueles nababos respondem à acusação feita pelo auxiliar de Carvalho:



A Justiça havia determinado que o governo encontrasse um lugar para alocar essas famílias. Não apareceu até agora. O tal lugar, por enquanto, só existe na imaginação de Miriam Leitão, aquela senhora que acha que fico bem no papel de rottweiler. Pode ser. Mas sou um rottweiler preconceituoso: não mordo calcanhar de miseráveis! Vejam com que entusiasmo ela escreveu a respeito, em sua coluna no Globo, na véspera de Natal (em vermelho). Depois revejam a cara das pessoas de quem ela está falando.
(…)
Vão se deslocar para cumprir a ordem judicial, e o plano do governo, tropas do Exército e funcionários da Funai, ICMBio, Incra, Ministério Público, Força Nacional de Segurança, Polícia Militar do Maranhão. Foi criado, por ordem do juiz, o Comitê de Desintrusão da Terra Awá Guajá, com representantes de todos esses órgãos e mais a OAB, ABIN, Secretaria-Geral da Presidência, Ibama, um integrante da Assembleia Legislativa e outro do Governo do Maranhão.
(…)
O governo vai derrubar as cercas e fechar os ramais que foram abertos pelos madeireiros nas invasões frequentes da Terra Awá.
(…)
Em agosto, o GLOBO publicou uma longa reportagem feita por mim e pelo fotógrafo Sebastião Salgado. “O Paraíso Sitiado” teve como título na primeira página o resumo do que vimos lá: “Eles estão em perigo.”
(…)
A ordem judicial determina que os posseiros recebam ajuda do governo através de financiamentos do Pronaf, sementes, inclusão no Bolsa Família, inscrição no INSS e concessão de terra através do Incra. Há uma área próxima, em Bom Jardim, onde devem ser assentadas 60 famílias. Outras receberão crédito fundiário.

Retomo
Como os meninos da agricultora não poderão comer os papéis do “crédito fundiário” e como Miriam Leitão não vai voltar lá com Sebastião Salgado para dar um lanche de mortadela pra eles, a molecada vai pra baixo da lona passar fome. Mas a consciência indigenista da jornalista está certamente em paz. Esses pobres não têm pedigree progressista. Que se danem!

Sessenta famílias??? Até agora, o governo não tem onde colocar essa gente. Serão largadas por aí, ao relento. Que entrem na fila da reforma agrária se quiserem. Reproduzo a fala de um nos agricultores:
“O governo está tratando nós como bandidos, como os vândalos. Ou pior. Porque no Rio de Janeiro, nas grandes cidades aí, nós vemos os vândalos quebrando as obras públicas, e eles não fazem nada lá, e nós que estamos lá na nossa área de trabalho, eles vêm fazer uma operação dessa daí pra intimidar a gente ou pra humilhar, mais do que a gente já é humilhado”.

É uma pena que os agora sem-terra e sem-teto não tenham o telefone de Miriam Leitão para perguntar onde fica a tal área que vai receber as famílias desalojadas. Talvez Sebastião Salgado saiba, um homem tão viajado e que sabe estetizar como ninguém a miséria. Os desgraçados nas suas fotos são sempre tão bonitos, né?! Só é uma pena quando pobre começa a falar, com a boca quase cheia de dentes, e estraga o retrato e a poesia da comiseração que tanto agrada à sensibilidade dos descolados. O problema é quando esses miseráveis começam a ficar de carne e osso..

A violência se repete
A violência se repete. Já escrevi a respeito da desocupação da fazenda Suiá-Missu, no Mato Grosso. Maldos — o tal auxiliar de Gilberto Carvalho — foi o coordenador-geral do grupo de trabalho criado pelo governo federal para promover a desocupação de uma região chamada Marãiwatséde, onde ficava a fazenda.

Mostrei como ele trabalha. A Suiá-Missú abrigava, atenção!, um povoado chamado Posto da Mata, distrito de São Félix do Araguaia. Moravam lá 4 mil pessoas. O POVOADO FOI DESTRUÍDO. Nada ficou de pé, exceto uma igreja — o “católico” Gilberto Carvalho é um homem respeitoso… Nem mesmo deixaram, então, as benfeitorias para os xavantes, que já são índios aculturados. Uma escola que atendia 600 crianças também foi demolida. Quem se encarregou da destruição? A Força Nacional de Segurança. Carvalho e Maldos foram, depois, para a região para comemorar o feito. Republico este vídeo que mostra o que restou daquela comunidade. Vocês já conhecem este vídeo. Ele serve de gancho para eu publicar dois outros, que ainda não apareceram aqui.



Voltei
Muito bem! Enviam-me agora um vídeo sobre o início do cerco à fazenda, quando agricultores ainda acharam que poderiam resistir. Vejam como foram tratados pela Força Nacional de Segurança.



Aquilo ali é bala de borracha. Não é contra black blocs. São balas contra, como vou chamar?, essa “morenada brasileira” que insiste em ganhar o sustento com o suor do rosto, uma atividade cada vez mais criminalizada no país, não é mesmo?

Pergunto: vocês viram essa operação ganhar destaque na imprensa? Creio que não! Afinal, se há índios de um lado e não índios de outro, é evidente que a escolha já está feita, pouco importando os fatos. O mais escandaloso nesse caso é que o ouvidor da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Bruno Teixeira, em depoimento prestado na Câmara dos Deputados, admitiu que houve agressão a direitos fundamentais de famílias pobres, de gente que não tinha onde morar, que foi parar em barracos de lona na beira da estrada. E não se ouviu uma palavra a respeito. Reproduzo o vídeo.



Ele foi indagado sobre a não intervenção da secretaria, de que é titular a sempre buliçosa Maria do Rosário. Respondeu o seguinte:
“Se, naquele momento, não conseguimos resolver, foi devido a forças maiores, porque a Secretaria de Direitos Humanos faz parte de um governo que tem interesses. E a nossa posição, naquele momento, foi no sentido de que se observasse o direito e a garantia das pessoas.”

Entendi tudo.

Repito a fala daquele agricultor:
“O governo está tratando nós como bandidos, como os vândalos. Ou pior. Porque no Rio de Janeiro, nas grandes cidades aí, nós vemos os vândalos quebrando as obras públicas, e eles não fazem nada”.

Temos, enfim, um governo que se orgulha de bater em pobre e que se jacta da tolerância com a violência dos chamados “movimentos sociais”. Tá certo, ué! Pobre que não é de esquerda tem mais é de ser tratado como lixo! Pobre bom é o que serve de modelo para Sebastião Salgado enternecer os socialistas dos Jardins e da Vieira Souto. O seu Antônio e a dona Raquel não comovem ninguém. Bala de borracha neles!


Jeep is offline   Reply With Quote
Responder


Regras de postagem
Você não pode criar novos tópicos
Você não pode postar
Você não pode enviar anexos
Você não pode editar seus posts

BB code is On
Smilies are On
[IMG] code is On
HTML code is Off

Atalho para Fóruns



O formato de hora é GMT -3. horário: 20:40.


Powered by vBulletin®
Copyright ©2000 - 2024, Jelsoft Enterprises Ltd.