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rini
 

Default Permita-ma uma analogia

24-02-14, 21:59 #1





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sibs
Trooper
 

05-03-14, 10:28 #2
É o problema do petroleo, você tem um recurso natural "finito" com consumo exponencial, vai acabar mas continuamos usando como se não fosse.

é aquele negócio em quantos segundos um estádio de futebol enche de agua colocando 1 gota da'gua por segundo duplicando a quantidade de gota a cada segundo?

[SPOILER] 45s se eu me lembro direito , se você tem a manha com base de 2 fica facil saber que é menos de 60, pois 2^64 é um numero insanamente alto

PS: TIL, basic math.

sibs is offline   Reply With Quote
Kenny
Trooper
 

05-03-14, 11:01 #3
Essa conta do 2^64, é feita naquele livro "O homem que calculava":

[SPOILER]A Lenda sobre o Jogo de Xadrez
Malba Tahan

Em um reino muito distante havia um rei que estava muito triste.Sua vida era monótona. Um dia, afinal, o rei foi informado de que um moço brâmane solicitava uma audiência que vinha pleiteando havia já algum tempo. Como estivesse, no momento, com boa disposição de ânimo, mandou o rei que trouxessem o desconhecido à sua presença. E o jovem começou a falar:

– Meu nome é Lahur Sessa e venho da aldeia de Namir, que trinta dias de marcha separam desta bela cidade. Ao recanto em que eu vivia chegou a de que o nosso bondoso rei arrastava os dias em meio de profunda tristeza, amargurado pela ausência de um filho que aguerra viera roubar-lhe. Grande mal será para o país, se o nosso dedicado soberano se enclausurar, como um brâmane cego dentro de sua própria dor. Deliberei, pois, inventar um jogo que lhe desse alegria novamente. E é isto que me traz aqui.

Como todos os soberanos, este também era muito curioso, e não aguentou para saber o que o jovem sábio lhe trouxera. O que Sessa trazia ao rei consistia num grande tabuleiro quadrado, dividido em sessenta e quatro quadradinhos, ou casas, iguais. Sobre esse tabuleiro colocavam-se, não arbitrariamente, duas coleções de peças que se distinguiam, uma da outra, pelas cores branca e preta,repetindo porém, simetricamente, os engenhosos formatos e subordinados a curiosas regras que lhes permitiam movimentar-se por vários modos. Sessa explicou pacientemente ao rei, aos monarcas, vizires e cortesões os que rodeavam, em que consistia o jogo, ensinando-lhes as regras essenciais. (...) Depois, dirigindo-se ao jovem brâmane, disse-lhe:

– Quero recompensar-te, meu amigo, por este maravilhoso presente,que de tanto me serviu para o alívio de velhas angústias. Diz-me oque queres, qualquer das maiores riquezas, que te será dado.

– Rei poderoso, não desejo nada. Apenas a gratidão de ter-te feito algum bem que basta.

– Causa-me assombro tanto desdém e desamor aos bens materiais.

Por favor, diga-me o que pode ser-te dado. Ficarei magoado se não aceitar.

– Então, o invés de ouro, prata, palácios, desejo em grãos de trigo.Dar-me-ás um grão de trigo pela primeira casa, dois pela segunda,quatro pela terceira, oito pela quarta, dezesseis pela quinta, e assim sucessivamente, até a sexagésima quarta e última casa do tabuleiro.

Todo mundo ficou espantado com o pedido. Tão pouco!

– Insensato, chamou-lhe o rei, donde já se viu tanto desamor pelos bens materiais?

Chamou então, o rei, os algebristas mais hábeis da corte, e ordenou-lhes que calculassem o valor. Após muito tempo, voltaram:

– Rei magnânimo! Calculamos o número de grãos de trigo que constituirá o pagamento e obtivemos um número cuja grandeza é inconcebível para a imaginação humana.

Lathur Sessa abriu mão de seu pedido, mas mostrou ao rei uma nova maneira de pensar. Ganhou com isso um manto de honra e ainda 100 sequins de ouro.

Explicação:

Assim chegou-se a este resultado: ::1:2:4:16:32:64
A soma dos 64 primeiros termos dessa progressão é obtida por meio de uma fórmula muito simples, estudada em matemática elementar.

Aplicada a fórmula, obtemos para o valor da soma S S=2^64 - 1

Para obter o resultado final devemos elevar o número 2 asexagésima quarta potência, isto é, multiplicar 2.2.2.2.2.2.2.2.2.2.2..... tendo esses produto sessenta e quatro fatores iguais a dois.

Depois do trabalhoso cálculo chegamos ao seguinte resultado: S= 18 446 744 073 709 551 616 - 1.

Resta agora, efetuar essa subtração. Da tal potência de dois tirar 1. E obtemos o resultado final: S= 18 446 744 073 709 551 615 Esse número gigantesco, de vinte algarismos, exprime o total de grãos de trigo que impensadamente o lendário Rei prometeu, em má hora, ao não menos lendário Sessa, inventor do jogo de xadrez.


[PS] Pelo que me lembro, na versão do livro que tenho em casa, o Rei se comprometia a pagar o prêmio solicitado, dando-se conta, depois, do equívoco cometido. O inventor, da mesma forma que acima exposto, abria mão do prêmio.

Kenny is offline   Reply With Quote
tdf
 

Steam ID: tdf
05-03-14, 11:13 #4
Progressão geométrica é bizarro...
Se pensarmos nesse exemplo da gota, tudo o que levou 1 trilhão de anos pra pingar vai ser duplicado no próximo segundo heauhe

tdf is offline   Reply With Quote
Eon
Trooper
 

05-03-14, 11:28 #5
Tenho tantas objeções a esse vídeo que não sei nem por onde começar.

A primeira delas é que isso é Malthus requentado. Malthus veio com essa conversa de crescimento exponencial mais de um século atrás, dizendo que a essa altura todos nós já estaríamos mortos, e adivinha... ele errou feio. Mas não antes de ser abraçado por um monte de ideólogos genocidas de regimes totalitários, que seguindo a risca a idéia de que haviam "pessoas demais e recursos de menos" escolheram o caminho mais curto para diminuir a população total e aumentar a riqueza dos demais: genocídio. Essa relação entre o surgimento da teoria Mathusiana do crescimento e genocídio é algo que já foi demonstrado à exaustão.

E porque Malthus errou? Ora, precisamente porque seres humanos não são bactérias. A simples analogia com bactérias já mostra a visão genocida que está por trás de quem defende a teoria Malthusiana. Outros já fizeram analogias com ratos e coelhos. O que está por trás de todo esse pensamento é que seres humanos não são qualitativamente melhores do que nenhuma dessas coisas... e se seres humanos podem ser comparados a bactérias na formulação do problema, então eles podem ser comparados dessa forma também na solução. E bingo... assim começa um genocídio, atribuíndo-se um valor à vida humana muito abaixo daquilo que ela realmente merece.

Serem humanos não são bactérias. Nem a mãe desse japonês filho da puta aí do vídeo merece ser comparada com uma bactéria. A dignidade do ser humano está muito acima do que qualquer coisa que possa ser encontrada sobre a face da terra, assim como a sua capacidade intelectual. Malthus errou na previsão porque não levou em consideração que cada ser humano conta também como parte da solução para o problema que ele mesmo propôs. No meio desse "excesso populacional" dos últimos séculos estavam Albert Einstein, Richard Feyman, Georges Lemaitre, Henry Poincaré, e tantas outras mentes cujas contribuições nos levaram para a próxima etapa do jogo. No meio do "excesso populacional" atual estarão tantos outros engenheiros, cientistas da computação, biólogos, matemáticos, que nos levarão cada vez mais longe. Conquistaremos o espaço, a próxima grande fronteira a desbravar. Dominaremos novas fontes de energia renovável. Aumentaremos drasticamente a produção de alimentos, como já aconteceu muitas vezes no passado, pelo uso da tecnologia. Tudo isso porque somos seres humanos, não bactérias.

Outro ponto completamente errado dessa analogia é que a nossa luta não é por espaço físico no mundo. E mesmo se fosse, planeta não é um tubo de ensaio com uma quantidade fixa de espaço habitável, e sim um espaço com inúmeras possibilidades de colonização que podem ser expandidas drásticamente mediante avanço tecnológico. Lugares totalmente inabitáveis há 500 anos atrás hoje comportam metrópoles com milhões de habitantes. Ilhas como o japão por exemplo chegaram ao limite do espaço disponíveis e hoje eles avançam SOBRE O MAR, por meio de plataformas artificiais. Nas cidades o espaço horizontal acabou e então nós começamos a colonizar verticalmente, contruindo arranha-céus cada vez mais altos. O próximo passo será construir na vertical para baixo, no subterrâneo, e debaixo do mar. Daqui a uma centena de anos teremos a revolução dos materiais super-resistentes, como o grafeno. Teremos elevadores espaciais, anéis orbitais, coisas que hoje só vemos em filmes de ficção científica.

Mas como eu disse, o nosso real desafio não é espaço, pois espaço há de sobra, motivo pela qual a analogia já seria inválida. O problema principal é energia. Nós previsamos avançar pelo menos mais um grau na escala Kardashev, urgente. Enquanto nós não atingirmos esse ponto, não somos nada enquanto civilização, numa escala interplanetária. Energia barata e abundante é a chave para a sobrevivência da raça humana, não comida, nem muito menos espaço. Quando há energia de sobra, o resto simplesmente ACONTECE.

E por último, o planeta não está caminhando para superpopulação. Ao contrário, tudo indica que haverá uma estabilização nas próximas décadas. Mesmo países como o Brasil, que sempre tiveram crescimento populacional grande, estão rapidamente entrando em processo de implosão demográfica. Ao ponto que para alguns países europeus o risco é de desaparecimento por FALTA de população nativa.

Mathusianos são derrotistas e do pior tipo, do tipo que desconsidera que a vida inteligente é de longe a maior riqueza que existe no universo. A terra inteira, com todas as suas árvores e baleias intactas NÃO TERIAM UTILIDADE NENHUMA, se não houvesse vida inteligente (nós) para fazer uso dela, para expandir seus recursos e alcançar as estrelas, o verdadeiro destino da humanidade. Esse tipo de gente é tão burra e tão tapada que é incapaz de olhar para cima e perceber o que nos aguarda, um espaço praticamente infindável, possibilidades de exploração e conhecimento muito além do que somos capazes de conceber agora.

Não precisamos de menos pessoas. Precisamos de mais pessoas. Porque só a humanidade pode trabalhar pela humanidade para ir adiante, e ninguém no universo vai fazer isso por nós. Se nossos ancestrais tivessem ficado em casa se lamentando pela falta de recursos e tendo 1 filho por casal por "o futuro que nos espera é cheio de dificuldades" nós não teríamos saído nem do vale do Tigre-Eufrates.

Bando de chorões. Bando de bundões. Se a humanidade avança, não é por causa de histéricos como vocês!

Eon is offline   Reply With Quote
whiplash
Trooper
 

Steam ID: whi
05-03-14, 11:35 #6
que post sensacional eon
parabéns
rs

whiplash is offline   Reply With Quote
taco
Trooper
 

05-03-14, 11:36 #7
A igreja que vc tanto defende, é um grande freio para a ciência meu caro... inclusive lembro de vc opinando sobre pesquisas com células-tronco embrionárias aqui, seu hipócrita de merda

taco is offline   Reply With Quote
jacu
Trooper
 

05-03-14, 12:02 #8
Tem coisa no post dele que faz sentido rs

Achei o raciocínio do vídeo muito simplista

jacu is offline   Reply With Quote
mojud
Trooper
 

05-03-14, 12:25 #9
Bastante simplista, dois pontos interessantes para aprofundar a discussão:

- Non conventional energy sources

O petróleo não vai acabar nas próximas décadas, o petróleo muito barato vai acabar. Na primeira revolução industrial haviam receios de que com a expansão da produção o carvão mineral, um recurso finito, iria acabar. Bem, a Era do Carvão acabou muito antes do carvão e a Era do Petróleo irá acabar muito antes do petróleo acabar. O gás de xisto nos EUA é o maior exemplo atual disso.

- O efeito do crescimento exponencial das bactérias não explica o efeito do crescimento exponencial em sociedades complexas

Em 1947 John B. Calhoun desenvolveu estudos com ratos sobre superpopulação. No seu experimento mais famoso, chamado de Utopia, ele criou condições perfeitas de fartura para a população, partindo da hipótese de que com o crescimento exponencial em um determinado momento o espaço seria completamente tomado por ratos. Bem, o que ocorreu é que a população se autoregulou ao espaço, o que acabou foi a organização social.

Quote:
After 104 days they adjusted to the new world and the population began to grow, doubling every 55 days. By day 315 the population reached 620. Then it stopped. The population grew much more slowly as the mice came against the limit of space, their only limiting frontier.

Society broke. Young were expelled before they had been properly weaned and were arbitrarily attacked by excessive aggressive male mice. Females became more aggressive, non-dominant males became passive, not retaliating to attacks. The last healthy birth came on the 600th day. Then there were no new mice. Then there were none.
Tinha um link que explicava bem o experimento, mas não to achando, só tá aparecendo material superficial no google, depois tento achar.

mojud is offline   Reply With Quote
Stranger
Trooper
 

05-03-14, 13:20 #10
O vídeozinho explica bem.

Tinha postado ele no tópico do experimento com ratos fazendo pontes entre qualidade de vida e dependência química.

Stranger is offline   Reply With Quote
SsjGohan
Trooper
 

05-03-14, 13:44 #11
Nossa o q o EON falou foi só merda
Malthus assim como ricardo falaram isso de forma matemática, única e simples como forma de alertar.
Não como forma de controle de população, mas sim para explicar como funciona a economia.
Só isso.

Quem tem um terreno perto,fértil, plano e com o clima estável = Ganha mais dinheiro

Quem tem um terreno longe, pedregoso, na montanha, com o clima instável = menos dinheiro

MAS os dois produzem alguma coisa.

Ele só falou isso.
E o erro dele foi não pensar no avanço da tecnologia.

Coisa q foi corrigida depois por solow

E isso é como TODAS as ciências, o cara não sabe de td.
Demorou algumas décadas para verem q isso não funcionava.

Assim como muitos outros foram lapidando essas teorias, mas elas surgiram de la.

E sim o video é idiota da mesma forma q aquele professor defensor de direitos humanos na explicação da população nas cadeias no filme tropa de elite.

Na vida real não existe isso de dobrar a cada x tempo

Na vida real com esse 1% q sobrou podemos fazer MAIS do q com os 99% q ja usamos.

Um mundo sem petróleo?
Grandes merda, com certeza acharemos formas de viver com isso.

O problema é um mundo com poluição desenfreada.
Pq viver em cúpulas deve ser um saco.
Mas não deixaremos de viver.

E mesmo no japão existe espaço de SOBRA ainda.
Estão indo pro mar, por causa de cidades como o rio de janeiro, q não podem crescer pro interior. Só por isso.

Pode ter certeza q estamos MUITO, mas MUITO longe de uma Coruscant.

SsjGohan is offline   Reply With Quote
Stranger
Trooper
 

05-03-14, 13:56 #12
Já tivemos nossa picoCoruscant.

http://en.wikipedia.org/wiki/Kowloon_Walled_City

[SPOILER]
 

Stranger is offline   Reply With Quote
sibs
Trooper
 

05-03-14, 14:15 #13
Quote:
Na vida real não existe isso de dobrar a cada x tempo
ieiohe é um modelo matemático como qualquer outro, e pode ser usado sim em varias coisas da "vida real".

petroleo é um problema foda pois precisamos dele pra tudo agora, o preco do petroleo aumenta o preco de praticamente tudo aumenta consequentemente, o fim do petroleo "barato" significa uma queda no nivel de vida de todo mundo, não que o mundo vá implodir por não ter petroleo né...

Quote:
Postado por tdf Mostrar Post
Progressão geométrica é bizarro...
Se pensarmos nesse exemplo da gota, tudo o que levou 1 trilhão de anos pra pingar vai ser duplicado no próximo segundo heauhe
e 10s depois vao ser adicionados 1024x o q levou 1 trilhao de anos!

sibs is offline   Reply With Quote
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