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Churrasquero
Trooper
 

Default Além do próprio umbigo

21-09-05, 11:43 #1
Se é pra meter a boca vamos fazer isso de forma generalizada, porque ao contrário do BURRO do Lula, temos pessoas muitos espertas na jogada:

Reforma em Itanhaém (litoral sul de SP) custou R$ 5,5 mi; neste ano, movimento médio foi de 5 pessoas ao dia

Alckmin amplia aeroporto "fantasma"

Itanhaém, no litoral sul de São Paulo, tem 85 mil habitantes, praias de areia dura e agora um aeroporto totalmente reformado e ampliado, com uma pista capaz de receber até um Boeing 737, com cem passageiros a bordo.

Inaugurado na década de 50 com apenas uma pista de terra, o aeroporto estadual Antônio Ribeiro Nogueira Júnior passou nos últimos cinco anos por grandes modificações. Ganhou um terminal de passageiros, sede para os bombeiros, estacionamento, pátio de aeronaves e uma pista de 1.350 metros de extensão -maior até do que a do aeroporto Santos Dumont (RJ), por onde é feita a ponte aérea Rio-São Paulo.

Ao lado do gasto de R$ 5,5 milhões da administração Geraldo Alckmin (PSDB) para concluir a reforma em dezembro do ano passado, o que chama a atenção é o pequeno movimento: apenas cinco pessoas, em média, utilizaram o aeroporto a cada dia, entre janeiro e julho deste ano.

Há dias em que não há nenhum pouso ou decolagem em Itanhaém. Entediados, funcionários fazem palavras cruzadas e alguns até cochilam nas dependências do aeroporto no horário de serviço.

O secretário estadual dos Transportes, Dario Rais Lopes, justifica os gastos com a obra com dois argumentos: diz que a reforma do aeroporto aumentou a segurança de vôo no Estado -dando mais uma alternativa de pouso para aviões que tenham problemas durante o vôo- e propiciou uma melhor infra-estrutura turística para o litoral sul.

"O aeroporto será um indutor para o crescimento da região", diz Lopes (leia texto na pág. C3), que comemora o aumento de 17% no movimento de aeronaves em julho deste ano em comparação com o mesmo mês de 2004.

Mas as estatísticas do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), órgão que controla 30 aeroportos pequenos e médios do Estado, mostram uma realidade diferente da festejada pelo governo.

Queda no movimento

Em relação ao número de pousos e decolagens, o pico dos últimos cinco anos foi registrado em 2002, ano em que o secretário Lopes, piloto amador, estreou a nova pista no comando de um avião Seneca, um bimotor.

O aeroporto de Itanhaém teve então 5.241 movimentações de aeronaves entre janeiro e julho daquele ano.

Mas de lá para cá, enquanto as obras eram feitas, o tráfego aéreo diminuiu em Itanhaém. Nos primeiros sete meses deste ano, foram registrados 4.088 pousos e decolagens – valor inferior até mesmo em relação ao mesmo período do ano passado, com 4.138 movimentações aéreas.

Em relação ao número de passageiros que utilizam o aeroporto, os números do Daesp também revelam uma diminuição gradativa.

Em 2000, ano em que começou a reforma, 2.542 passageiros passaram pelo aeroporto entre janeiro e julho. O número foi caindo gradativamente até chegar aos 1.068 deste ano. De 17º aeroporto mais movimentado por passageiros dos 30 mantidos pelo Daesp, passou para 21º neste ano.





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Churrasquero
Trooper
 

21-09-05, 11:45 #2
continua....


Sem estudo

Para decidir pela reforma e ampliação do aeroporto de Itanhaém, o governo estadual não utilizou estudos técnicos para avaliar a demanda reprimida de vôos no litoral paulista nem tinha informações sobre o potencial econômico da região. O último dado disponível era da década de 80 -material desatualizado, segundo o próprio secretário.

Especialistas ouvidos pela Folha afirmam que, antes de investir na reforma, o governo deveria ter feito um estudo de demanda que apontasse a relação custo-benefício da obra (leia na pág. C3).

Hoje, de cada dez aeronaves que chegam ao município, seis são helicópteros e quatro, aviões de pequeno porte. E nenhum Boeing jamais pousou no município, para tristeza do administrador regional do aeroporto, José Antonio da Fonseca.

"Aqui só vem aviãozinho que puxa faixa na praia com anúncio publicitário e helicóptero do pessoal que faz prospecção de petróleo na bacia de Santos", afirma, com o olhar perdido nos 7.000 m2 do pátio das aeronaves, de onde se vê, ao longe, a serra do Mar.


TRANSPORTES

Para secretário da gestão Alckmin, reforma também oferece opção ao piloto em caso de pouso de emergência

Nova pista incentiva turismo, diz governo

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário dos Transportes da administração Geraldo Alckmin (PSDB), Dario Rais Lopes, diz que a ampliação e a reforma do aeroporto de Itanhaém se justificam pelo aumento da cobertura aérea -que, segundo ele, produz maior segurança de vôo em casos de emergências- e por ser um indutor ao crescimento do turismo no litoral sul de São Paulo.

"Quando se fala em segurança de vôo, é preciso ter o que chamamos de prontidão operacional, com aeroportos em boas condições a cada 50 ou 60 quilômetros em linha reta para o caso de haver a necessidade de um piloto realizar um pouso de emergência. E, na região sul do Estado, principalmente no litoral, havia um vazio em nossos mapeamentos", afirma o secretário.

O secretário citou outras obras realizadas em aeroportos, concluídas ou em andamento, casos das cidades de Itapeva, Registro e Ubatuba, esta última no litoral norte paulista.


Pacotes turísticos

Dario Lopes acredita que, com o aeroporto mais preparado, empresas de turismo terão interesse em fazer pacotes para trazer brasileiros de outros Estados para visitar o litoral sul de São Paulo. "Vai se consolidar a categoria de aviões na faixa de 50 assentos. Há muito o que ver na região, as praias, Cananéia...", afirma.

Questionado sobre o motivo de não ter sido atualizado o estudo de demanda antes da ampliação do aeroporto, o secretário afirmou que "as características geossociais indicavam que haveria resposta a esse investimento".

Foram gastos na ampliação e na reforma do aeroporto de Itanhaém R$ 5,5 milhões, durante um período de cinco anos.

"Transporte é uma das poucas infra-estruturas que são indutoras de desenvolvimento. Se você levar a rede de esgoto para lugares onde não mora ninguém, você não irá induzir a ocupação nem a instalação de indústrias na área. Mas melhorando a acessibilidade você inverte o processo e estimula a demanda", afirma Lopes.

Sem inauguração

Apesar de a ampliação da unidade ter sido concluída no final do ano passado e de o aeroporto já estar operando normalmente, a data da inauguração oficial ainda não foi marcada. Depende da agenda do governador do Estado, Geraldo Alckmin, de acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria dos Transportes.

Procurado por meio de sua assessoria de imprensa para comentar a reforma no aeroporto de Itanhaém, Alckmin não respondeu aos telefonemas da Folha. (FS)

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Churrasquero
Trooper
 

21-09-05, 11:47 #3
continua...

Especialistas apontam falta de estudo prévio

DA REPORTAGEM LOCAL

Especialistas em infra-estrutura aeroportuária e em turismo consultados pela Folha concordam, em tese, que a reforma e ampliação do aeroporto de Itanhaém, no litoral de São Paulo, é uma obra indutora de novos negócios.

Mas ressaltam que o governo estadual deveria ter utilizado um estudo de demanda para avaliar a relação custo-benefício do empreendimento antes de decidir pela sua realização.

Cláudio Jorge Alves, professor titular de infra-estrutura aeroportuária do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), questiona um dos argumentos usados pelo Estado para justificar a reforma – a suposta melhora da cobertura aérea.

"Quantos aviões já precisaram pousar lá? Será que é um número grande que justifica uma pista desse tamanho?", pergunta.

Funcionários do aeroporto e da Prefeitura de Itanhaém disseram não se lembrar de nenhuma situação de emergência ocorrida na última década na região.

Na mesma linha de raciocínio do professor do ITA, o engenheiro Ernesto Klotzel, especialista em aeronaves, acha fraco o argumento do governo estadual. "Itanhaém é muito perto de Congonhas. Um piloto teria de estar em uma situação muito desesperadora para ter de pousar no litoral, pois em cinco minutos ele alcançaria Congonhas", diz.

Já Luiz Gustavo Barbosa, especialista em turismo e hotelaria da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, afirma que melhorias na infra-estrutura são sempre positivas. "Investimentos atraem investimentos, mesmo que a longo prazo. A ampliação é positiva."

No entanto, ele diz que estudos de demanda são essenciais para conjugar a expansão turística de uma região à infra-estrutura adequada para seu tamanho.

Otimismo

O prefeito em exercício de Itanhaém, Ruy Santos (PSDB), mostra-se otimista com "as novas perspectivas que se abrem para o município" com o aeroporto.

"A CVC vende 6.000 pacotes por mês para cidadãos da Baixada Santista, a maior parte com destino a cidades do Nordeste. Estamos negociando com a TAM para fazer vôos fechados sem que a clientela tenha de subir a serra para pegar o vôo."

A TAM disse não haver nenhum estudo para vôos fechados saindo de Itanhaém.

A CVC, maior operadora turística do país, diz que o litoral sul não é o foco de seus novos negócios. O único projeto em desenvolvimento é uma linha rodoviária em direção a Santos. (FS)


http://www.ita.br/online/2005/itanam...hasp6set05.htm

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Churrasquero
Trooper
 

22-09-05, 09:05 #4
Cade o Pit Bull pra comentar aqui???? Não é o LULA mas é um outro politico ladrão, meta a boca também.

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AracnotroN
Trooper
 

22-09-05, 18:18 #5
Barbaridade não?

Onde iremos parar? Ó Deus, eu me pergunto!!!




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clash
Trooper
 

22-09-05, 18:46 #6
Caro Aracnotron,
onde está, o já trivial, ESSE BRASIL ME ENERVA! ?

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jacu
Trooper
 

22-09-05, 18:51 #7
O erro não foi a obra
Foi a falta de um estudo de demanda mais aprofundado que mostrasse se a obra era viável ou inviável, e boa ou ruim a longo prazo.
A obra só deveria ter sido feita ou não depois disso.

jacu is offline   Reply With Quote
s p o o l
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22-09-05, 18:54 #8
Quote:
Postado por jacu
O erro não foi a obra
Foi a falta de um estudo de demanda mais aprofundado que mostrasse se a obra era viável ou inviável, e boa ou ruim a longo prazo.
A obra só deveria ter sido feita ou não depois disso.
o que faz da obra um erro?

s p o o l is offline   Reply With Quote
jacu
Trooper
 

22-09-05, 19:07 #9
não dá pra saber

talvez a obra realmente desenvolva a região a ponto de ter valhido a pena
Agora vamos ter que esperar bastante tempo pra saber
De fato transporte é um indutor de desenvolvimento

Podíamos ter feito estudos/simulações e descobrido ANTES de fazer a obra.


Se é que não foram feitos esses estudos, acho difícil reunir $$ e condições técnicas pra fazer algo desse porte sem se ter todo um estudo dde viabilidade...

jacu is offline   Reply With Quote
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