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Trooper
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Embaixada alemã e o ambidestrismo do nazismo
16-09-18, 22:22
#1
Quote:
"Embaixada da Alemanha faz vídeo e explica que Nazismo não é de esquerda [SPOILER]Esse ano um dos assuntos que mais movimentou a internet foi a discussão sobre o regime nazista. “De esquerda ou de Direita?” A polêmica envolveu muita gente, de canais pequenos, a canais consagrados do youtube e nomes polêmicos como Nando Moura e Olavo de Carvalho. Recentemente, a embaixada da Alemanha que fica em Recife (PE) divulgou um vídeo excelente nas redes sociais para explicar um pouco de história e sobre o Nazismo para seus usuários, para que a mentira que estava sendo espalhada de que o nazismo seja um regime de esquerda fosse de uma vez explicado. O órgão explica que a população alemã estuda sobre a Segunda Guerra e o período nazista nas escolas, para evitar que a história seja esquecida e repetida. Devido a ascensão das fake news, e da ignorância de muitos influenciadores digitais, uma das grandes confusões que os usuários brasileiros tem feito é considerar o nazismo como um movimento de esquerda. O vídeo feito pela embaixada da Alemanha também explica que a ideologia é um movimento da extrema-direita, apesar da nomenclatura ‘Nacional Socialismo’, pois a conotação ‘socialismo’ era bem diferente da utilizada atualmente. De acordo com os pesquisadores, no Nazismo, o termo ‘socialismo’ se referia ao fato de o partido de Adolf Hitler priorizar políticas para o povo alemão e não ao fato de o partido ser de esquerda e ter preocupação com causas humanitárias. " |
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Trooper
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17-09-18, 05:30
#2
vish e agora
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Trooper
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17-09-18, 07:18
#3
Quem poderia imaginar?
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Trooper
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17-09-18, 08:30
#4
Quote:
LOOOOOL |
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Trooper
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17-09-18, 16:13
#5
Governo de esquerda alemão dizer que nazismo não era de esquerda, verídico.
Militares brasileiros dizerem que os militares assumiram o país democraticamente com voto e não foi golpe, RAGE ! Adoro dois pesos e duas medidas. |
Trooper
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17-09-18, 16:20
#6
Tudo que você precisa saber é que nazismo e socialismo = coletivista, já quando se pensa em "direita" normalmente se associa com liberalismo.
Também é possível ter governos extremistas considerados de direita: o Chile do Pinochet é um exemplo (e não é o único). No mais, esse vídeo não lança um argumento sequer sobre a questão. É meramente um argumento de autoridade ("nof@, o consulado da Alemanha fez um vídeo e deve ser verdade") sem falar absolutamente nada. Enfim, achem o que quiserem, o problema é de vocês. |
Trooper
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17-09-18, 17:33
#7
o governo alemão é centro-direita, conversador. união democrata cristã
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Trooper
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17-09-18, 17:42
#8
Primeiro parágrafo do baron resume o q eu penso.
Se auto intitular algo não quer dizer muita coisa. Tem que analisar ações e não discursos. |
Trooper
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17-09-18, 19:57
#9
Quote:
se é ruim/odio/malzão, é direita, se é bom/humano/amor é esquerda se o nazismo era malzão, era direita e pronto o proprio texto fala ali em cima: De acordo com os pesquisadores, no Nazismo, o termo ‘socialismo’ se referia ao fato de o partido de Adolf Hitler priorizar políticas para o povo alemão e não ao fato de o partido ser de esquerda e ter preocupação com causas humanitárias. |
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Trooper
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17-09-18, 20:15
#10
AUHUAHauHuhA essa parte em negrito é matadora para mostrar a ideologia suja dos tais "pesquisadores".
Esquerda = causas humanitárias. Ah bom! Agora tudo faz sentido! Stalin, meu muito obrigado pelos serviços humanitários prestados! Que os grandes líderes Maduro e Kim Jon-un continuem a fazer jus à sua memória! Piadistas. |
Trooper
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18-09-18, 12:40
#11
Eu avisei na época que vocês passariam vergonha falando disso,
só não sabia que pegariam gosto |
Trooper
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18-09-18, 13:46
#12
Jeep, podia splitar esse topico...
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Caldas
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18-09-18, 13:47
#13
[MENTION=1]Jeep[/MENTION]; ajuda a gente.
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fagmin
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18-09-18, 16:43
#14
done
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Trooper
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18-09-18, 19:02
#15
Não vi nenhum argumento ou evidências que demonstrem o direitismo do nazismo.
Sou amante da segunda guerra mundial e já estudei muito o tema. Não vejo diferenças entre a Alemanha e a União Soviética naquela época. Hitler e Stalin tinham objetivos e meios de ação muito semelhantes. Um criou um inimigo nas minorias, o outro criou o inimigo nas outras nações e em oposicionistas. A únião entre eles teria sido perfeita se não fosse a ganância de um e a paranóia do outro. A antítese ai eram os EUA, Inglaterra, França, Canadá, etc.. etc.. etc.. |
Trooper
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18-09-18, 19:18
#16
agradeço a internet para me mostrar que a ciencia está errada ja faz 70 anos e peço perdão pelo vacilo.
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Trooper
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20-09-18, 08:11
#18
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Trooper
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20-09-18, 08:51
#19
vish e agora
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fagmin
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20-09-18, 08:52
#20
eu singelamente acho que a teoria da ferradura se aplica aqui. Extremistas de ambos os lados tem vaaaarios pontos em comum. Isso dito, sempre é bom ver a intencao do jornalista ao cortar a frase completa na reportagem.
epoca-> “Socialismo”, Hitler responde belicosamente, baixando sua xícara de chá, “é a ciência de lidar com o bem comum. Comunismo não é o socialismo. Marxismo não é socialismo. Os marxistas roubaram o termo e confundiram seu significado. Eu retirarei o socialismo dos socialistas. O socialismo é uma instituição alemã, do arianismo antigo. Nossos ancestrais alemães possuíam certas terras em comum. Cultivavam a ideia do bem comum. O marxismo não tem o direito de se disfarçar de socialismo. O socialismo, ao contrário do marxismo, não repudia a propriedade privada. Ao contrário do marxismo, não envolve a negação da personalidade; em vez de marxista, ele é patriótico. Nós poderíamos nos chamar Partido Liberal.” Original -> https://www.theguardian.com/theguard...eatinterviews1 "Socialism," he retorted, putting down his cup of tea, pugnaciously, "is the science of dealing with the common weal. Communism is not Socialism. Marxism is not Socialism. The Marxians have stolen the term and confused its meaning. I shall take Socialism away from the Socialists. "Socialism is an ancient Aryan, Germanic institution. Our German ancestors held certain lands in common. They cultivated the idea of the common weal. Marxism has no right to disguise itself as socialism. Socialism, unlike Marxism, does not repudiate private property. Unlike Marxism, it involves no negation of personality, and unlike Marxism, it is patriotic. "We might have called ourselves the Liberal Party. We chose to call ourselves the National Socialists. We are not internationalists. Our socialism is national. We demand the fulfilment of the just claims of the productive classes by the state on the basis of race solidarity. To us state and race are one." |
Trooper
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20-09-18, 09:31
#21
Quote:
Fato que, na concepção dele, a partir do momento que se começou a utilizar a força, ou seja, findando a liberdade, transforma-se em um governo de extrema direita (??????) Eu vejo muito pelo contrário, e a história é prova disso. Todos os governos que tentaram implantar o comunismo e nivelar a sociedade por baixo, foram totalitários. É impossível conquistar esse feito sem a força e sem o exército. |
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Trooper
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20-09-18, 09:35
#22
Talvez o Hitler também tivesse que ter sido corrigido por algum BR na época.
https://www.theguardian.com/theguard...eatinterviews1 Quote:
Quote:
Quote:
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Trooper
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20-09-18, 09:36
#23
Quote:
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Trooper
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20-09-18, 09:45
#24
Sinto apenas minha convicção reforçada após ler a entrevista de hitler.
Considero um governo comunista quando ele utiliza em suas estratégias mentiras endereçadas ao povão para angariar apoio. Quando o governo incentiva o conflito entre a população, e o ódio, demarcando um inimigo em comum ou perseguindo algum grupo. Quando ele defende ou ataca minorias, para formar maioria. E principalmente quando ele toma conta de todo aparato estatal para implantar suas medidas de segregação, extermínio, opressão; tudo sobre a bandeira da liberdade e igualdade, objetivando 'manter a ordem' como nosso velhinho disse ali atrás. Nessa entrevista, vejo hitler demonstrando uma rivalidade com a União Soviética, e não especificamente com o comunismo. Ele diz que é a favor de um regime parecido com o comunismo, porém com outros ideais, que ele define como 'socialismo alemão'. Last edited by troy; 20-09-18 at 09:51.. |
Trooper
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20-09-18, 09:59
#25
Viereck fez a entrevista em ingles?
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Trooper
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20-09-18, 10:40
#26
meu jesus amado, ter essa discussão aqui é um sintoma grave de IDIOCRACIA hein
o Partido do BolsoNazi, opa, dos Nazi, nasceu como a maioria dos partidos, cheio de gente com ALGUMAS ideias em comum, mas divergentes, O PT é assim, O PSDB é assim (ALOW FORO DE SAO PAULO), o PDT é assim, o NOVO é assim. era um partido pequeno, pouco representativo na democracia alemã (acho q antes de chegar ao poder tinha 10 cadeiras), que se vendia como renovação dos valores decadentes alemões (ALOW ELEICOES 2018) tinham as correntes nacionalistas lideradas pelo Hitler e as socialistas lideradas pelos nortistas, nesse momento dentro do partido, pré 1919, tinham propostas até de ESTATIZAÇÂO das terras alemãs estilo URSS só que aí aconteceram umas coisinhas pós 1923, rs o Hitler tentou um golpe, achando q a crise econômica ia ajudar ele, e foi preso. quando ele voltou, em 23, ele organizou a CONFERENCIA DE BAMBERG. limou todos os socialistas, anarquistas, comunistas, budistas, zenfatalistas do partido, e fortaleceu a sua figura, criou os 25 pontos, endireitou o partido, cê tornou EXTREMA DIREITA. em 33 ele chegou ao poder depois do Incêndio no Reichstag demonizando COMUNISTAS (ALOW MACARTISMO) em 34 ele MATOU todos os excompanheiros de partido, inclusive a ex ala comuna, na NOITE DAS FACAS LONGAS. fora isso tudo, ele AINDA entrou em guerra contra a URSS. é só por essas coisinhas que não tem essa discussão na Alemanha, só por isso. Last edited by clash; 20-09-18 at 10:51.. |
Trooper
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20-09-18, 11:12
#27
Minha opinião para esse tipo de discussão é "foda-se". Esse cara seria o que foi independente de partido/ideologia, bastava-lhe o poder ...
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Trooper
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20-09-18, 11:16
#28
Quote:
Foda-se o que o hitler/nazis eram caraleo |
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Trooper
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20-09-18, 11:21
#29
Quote:
Da mesma forma Stalin fez na Russia, exterminando todo mundo que se opunha a seu poder, inclusive comunistas, amigos e parentes. |
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Trooper
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20-09-18, 11:36
#30
Não.
Se você observar a fundo, ele exterminou ex-companheiros, mas fez novas alianças, meu caro. Ele não foi sozinho todo o mal na Alemanha. Ele tinha novos aliados, fez pactos com outros setores e poderes, protegeu alguns figurões antigos, ou seja, fez distinção baseado em ideologia (que é o que todo mundo faz, não existe política sem ideologia). Last edited by clash; 20-09-18 at 11:41.. |
Trooper
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20-09-18, 12:06
#31
Quote:
Um governo comunista é o que quer o comunismo, qualquer ideologia pode fazer isso que você descreveu. Pela sua descrição a ditadura militar brasileira foi comunista. |
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Trooper
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20-09-18, 12:38
#32
Qualquer ideologia pode, mas a que prega a mentira como meio de alcançar o poder em sua filosofia é o comunismo.
As ditaduras de extrema direita tiveram como inimigo os esquerdistas. Perseguindo e oprimindo jovens com tendências comunistas. |
Trooper
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20-09-18, 13:19
#33
Toda ditadura prega a mentira para tentar se manter.
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Trooper
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20-09-18, 13:29
#34
Os métodos de prevalência no poder por uma pessoa, independente se ditadura, monarquia e até mesmo na 'democracia' (maduro?) de fato vão envolver a mentira, mas ai entraríamos em outra discussão.
Estamos falando aqui da FILOSOFIA do movimento esquerdista, que prega a MENTIRA e o EXTERMÍNIO de pessoas, como ferramentas essenciais para alcançar o poder. |
fagmin
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20-09-18, 13:43
#35
https://www.facebook.com/operfildoro...56105254186596
O nazismo hoje é inegavelmente defendido por movimentos de extrema-direita na Europa: é essencialmente xenofóbico e anticomunista. Isso, no entanto, não apaga o fato de que: 1) A direita conservadora, da linhagem de Edmund Burke, nunca teve, nem possui qualquer relação com ele. Mais do que isso: essa direita possui ojeriza ao nazismo. Apontar isso deveria ser tão auto-evidente quando dizer que os eleitores da Marina Silva e do Eduardo Jorge não comungam de qualquer relação com os crimes cometidos pelo Stálin. 2) Direita e esquerda são conceitos frágeis para explicar assuntos complexos. Nem sempre dão conta do recado. É o caso aqui. Hitler era anti-marxista, mas ao mesmo tempo se identificava como um reformador do socialismo. Portanto, mesmo que fosse possível taxá-lo de extrema-esquerda - o que na minha visão é inadequado - não seria possível enquadrá-lo ao lado dos socialistas da linhagem de Marx (a maioria esmagadora dos socialistas brasileiros). É possível, porém, catalogar as ideologias políticas entre autoritárias e democratas - e nesse caso Hitler e Stálin certamente estariam em posições parecidas. 3) Hitler tinha ojeriza do liberalismo inglês (seu principal inimigo) e parte de seu antissemitismo tinha relação com o fato de que os judeus sempre foram estereotipados como representantes do lucro, da usura, do comércio e do capitalismo financeiro. Seu governo, um regime autoritário de Estado máximo, não proibia a propriedade privada (era uma das suas contrariedades com Marx), mas regulava esta instituição de forma a torná-la completamente diferente do conceito liberal (era o governo alemão quem decidia o que deveria ser produzido e em qual quantidade). Havia controle de preços, expansão de obras públicas e forte estímulo a grandes empresas na Alemanha Nazista. 4) Desconheço um único defensor do nazismo. Creio que meus leitores também. Todos nós abominamos o hitlerismo, um regime que assassinou milhões de vidas inocentes, ancorado por sentimentos políticos injustificados. Como ideologia, portanto, ele é uma cortina de fumaça, não defendido por qualquer partido ou movimento minimamente representativo na discussão política brasileira. 5) O nazismo, porém, não foi o único movimento assassino do século vinte. E alguns deles, responsáveis pela morte de dezenas de milhões de pessoas inocentes (inclusive em períodos de "paz"), não apenas continuam atraindo o interesse de seguidores no Brasil - e tenho certeza que meus leitores conhecem pelo menos um caso desse em seus círculos sociais - como recebem financiamento público de campanha (um dos nossos partidos, o PCO, propaga uma revolução socialista e admite publicamente que a violência revolucionária nesse processo é inevitável). Estes ainda são inegáveis casos de descolamento da realidade e apologia à violência a serem tratados no século 21 - embora não recebam a mesma atenção da grande imprensa. |
Trooper
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20-09-18, 14:16
#36
Quote:
Quem não se opunha a ele, eram seus aliados, e muitos se aliaram a ele para não morrer. FEAR |
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Trooper
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20-09-18, 14:19
#37
Extrema direita foi Mussolini (apesar de suas raízes comunistas), Francisco franco, Pinochet.
Esses para mim são bons exemplos de governos de extrema direita. |
Trooper
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20-09-18, 14:46
#38
belo exemplo de governo de extrema direita?
Troy, na ditadura de Franco, quem denunciava um comunista recebia apoio e comida do governo, e meu bisavô foi falsamente acusado de ser comunista, logo preso por isso. Um militar que conhecia meu bisavô e sabendo que ele não era nada do que fora acusado, arquitetou um plano para livrar ele da prisão. Com isso, meu bisavô seria libertado e suas acusações seriam apagadas, desde que saísse da Espanha. Meu bisavô foi libertado e veio para o Brasil trabalhando como pedreiro/mestre de obras. Esse negócio de acusarem falsamente qualquer pessoa para ganhar subsidio do governo ditatorial sempre existiu, seja na Itália, na Espanha, na Alemanha... Do mesmo jeito que na Alemanha de Hitler, descobriam quem era Judeu oferecendo carne de porco, e na época todo Judeu tradicionalista não comia carne de porco, devido aos mandamentos do Torá, ou Velho Testamento. Meu bisavô foi libertado, mas eu imagino quantos não conseguiram ser libertados e se foderam por causa dessas acusações falsamente feitas para ter algum benesse do governo ditatorial instaurado. |
Trooper
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20-09-18, 14:57
#39
"Bom exemplo" no sentido de regimes que deixaram menos dúvidas quanto a sua ideologia e posicionamento, caro yahoo. Seu relato reforça minha fala, pois o governo de Franco foi marcado pela perseguição aos comunistas.
O totalitarismo NUNCA foi bom. Até hoje, só gera morte, injustiça, desigualdade e sofrimento. |
Trooper
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20-09-18, 15:30
#40
Quote:
Isso ficou parecido com os petistas quando questionam a "perseguição" e o "ódio" ao PT... Ficaram 14 anos no poder, óbvio que o partido "de oposição" vai ser menos odiado no momento simplesmente por estar menos em evidência... |
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Trooper
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21-09-18, 00:38
#41
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Trooper
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21-09-18, 19:32
#42
Quote:
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Trooper
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21-09-18, 20:00
#43
É inusitado o embaixador alemão soltar notas sobre esse tipo de questão, em época de eleições, associando e mencionando partidos e candidatos. Ele é desonesto quando diz haver um grande movimento que nega o holocausto. O embaixador alemão em RECIFE. Não sei se vocês viram a declaração de Ciro Gomes hoje, mas ele chamou Bolsonaro de "nazista filho da puta" em frente de seu eleitorado.
Isso cheira a tramóia do cirão da massa, mas vamos ao embaixador: Em primeiro lugar o holocausto é inegável, e qualquer pessoa que diga o contrário pode ser considerado doido ou bobo. E segundo, que essa questão sobre nazismo vs comunismo é muito antiga e já foi discutida, analisada e estudada por diversas pessoas em diversos países do mundo. Ele ignora essa antiga discussão e diminui a questão ao dizer que tudo se resume aos 'extremistas radicais eleitores do bolsonaro' que atribuem o nazismo ao socialismo devido ao nome do partido. |
Trooper
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21-09-18, 23:55
#44
A gente sabe que há determinadas características de ditaduras e regimes violento e ambos (Hitler e Stalin) tem essas características.
Ok, sabemos disso. Agora a pergunta pros aficionados: Qual a relevância e o que vai mudar na sua vida se Hitler for de Direita ou Esquerda? Enquanto você taí querendo explicar um regime com várias características e história complexa na ótica chula de esquerda e direita, seu país, em ano eleitoral, num possível PT que vai voltar com tudo e fazer o que bem entender sobre a alegação de que estava sem perseguido e que "o golpe falhou" ou um Boçalnaro, país quase rasgando o cu nesse embate de extremos. pelo amor de Deus. |
Trooper
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22-09-18, 11:04
#45
UAI,
ser menos BURRO PRA CARALEO? acho q é bom ter esse objetivo de vida, de ser mais esclarecido com o passar dos anos. |
Trooper
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22-09-18, 11:30
#46
Quote:
Com quem ele se aliou? Pq ele não atacou o von Hidenburg que era muito mais popular, héroi de guerra, e ganhou dele em 32? Pq ele era fã? Pq ele matou o Strasser e não matou o Schaffer? Pq ele não proibiu tb os candidatos protestantes como fez com o partido católico? Afinal, a filosofia nazi queria uma nova religião. Entretanto ele conviveu perfeitamente com o Ludwig Muller e a sua influência em 40% da população. e daí que sai a denominação do governo dele ser de extrema direita. |
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Trooper
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24-09-18, 08:14
#47
É impossível q depois de passar essa vergonha completa internacional nego INSISTA em falar bobagem?
Pelo jeito nada é impossível, que mundo maravilhoso |
Trooper
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24-09-18, 13:02
#48
Pelo menos estão tentando argumentar. Contrário do Nando Moura que, quando não sabia como responder, começou a xingar e zoar os casal nerd ou então postou no Twitter que o vídeo da embaixada foi feito por um "estagiário de esquerda".
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Trooper
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24-09-18, 16:43
#49
É triste que as mesmas pessoas (direitista) que (justificadamente) criticam a politização excessiva de muita coisa feita pela ideologia contrária (esquerdista) coisa queiram politizar uma resposta a uma pergunta de sim-ou-não
Nazismo era de esquerda? A resposta é de sim ou não, e você pode adicionar todos os 'não porém's do universo que ela não muda. O que muda é a quantidade de vergonha que você passa ao cometer o erro que esquerdista comete, de cagar pro senso comum e achar que existe uma proporção mágica na qual falar mais e mais merda vai resultar em algo que não é merda. Não tenho muito mais o que falar exceto que todo discurso fica extramente polarizado porque ninguém jamais admite que uma questão pode ser simples e "fortalecer" o argumento do outro. Que tal deixar de ser babaquinha e dizer que o nazismo era claramente um movimento de direita mas que isso não representa em nada os movimentos de direita modernos que X, Y ou Z? Funciona tão bem que eu arrisco até dizer que serviria pra explicar que o comunismo de Stálin não teria nada a ver com a prefeitura do Marcelo Freito. E ambos teriam Socialista no nome! Fim do rant e prometo que a partir de agora deixo vocês passarem a vergonha que quiserem ao errar a resposta de uma questão que é tão fácil que nunca chegaria a cair no ENEM, porque é tão simples que nem é possível inventar 5 alternativas pra fazer uma múltipla escolha. Abraços! |
fagmin
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24-09-18, 17:38
#50
Quote:
https://en.wikipedia.org/wiki/Nazism...tical_spectrum https://en.wikipedia.org/wiki/Nazism#Anti-capitalism e nos demais artigos vc ainda encontra uns trechos de relativismo lixoso, pontuando o pior de cada extremo em varias politicas e decisoes do regime, e nao so de um, que é o certo. Last edited by Jeep; 24-09-18 at 17:46.. |
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Trooper
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24-09-18, 17:46
#51
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Trooper
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24-09-18, 17:50
#52
Hitler estimulava a guerra de classes, estimulava a revolta dos operários contra a exploração capitalista e principalmente judeus capitalistas.
O programa de governo dele pregava a nacionalização de grandes indústrias, dos transportes, saúde, educação, etc... Adotou políticas que forçaram o desarmamento da população, era a favor do aborto, da pornografia, etc... etc... etc.... |
Trooper
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24-09-18, 18:36
#53
Eu acho que prefiro continuar sendo BURRO PRA CARALEO, achando que o Nazismo era uma ideologia louca do Hitler, que apenas seguia o que dava na propria telha, sem preocupar com direita ou esquerda.
O dia que isso tiver alguma influencia na minha vida atual e futura, quem sabe eu queira ser culto quem nem o troy que tem certeza absoluta que era de esquerda ou inteligentissimo que nem o zedd que afirma categoricamente que era de direita. Continuem ae |
Trooper
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24-09-18, 19:16
#54
BURRO PRA CARALEO hahahaha
Cada coisa que nego valoriza |
Trooper
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24-09-18, 19:34
#55
Obviamente eu apenas ironizei o mimimi do zedd, pois sou a favor do debate. É óbvio também que não obteremos um consenso, mas é uma troca de idéias. Eu tenho esse posicionamento pessoal e gosto de colocar os argumentos que me levam a ele, gosto de ouvir o lado oposto pois aprecio o debate.
Ninguém aqui está tentando mudar o mundo, estamos apenas debatendo. Se você observar o vídeo feito pela embaixada eles deixam bem claro que os alemães ESTUDAM na escola desde cedo o nazismo, para que o erro não seja repetido. Da mesma forma para todos nós, é interessante entendermos o que aconteceu naquela época para que não se repita. DS mimimi.. melhor ficar sem postar |
Trooper
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24-09-18, 19:39
#56
se fodeu, vai ser preso
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Trooper
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24-09-18, 20:13
#58
enviesar a ideologia eu até entendo, não concordar com os fatos apresentados
mas agora questionar o pq de estudar e debater algo? oxe a ds é um fórum de discussão pra q q serve isso aqui, então? negligenciar a históra e não estudar o passado é ser ignorante, oras |
Robson
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24-09-18, 21:05
#59
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Trooper
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24-09-18, 21:08
#60
exato, ds tai pra discutir e dar opinioes inclusive quando acham essa discussao bosta
ninguem ta falando pra nao estudar e nao debater, fera e boa sorte a quem quer tentar provar que hitler era de esquerda |
Trooper
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24-09-18, 21:21
#61
NÃO SEI NÃO
OS ALEMÃES JÁ FIZERAM CAGADA COM NAZISMO UMA VEZ? PQ ACREDITAR NELES DE NOVO? |
Trooper
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24-09-18, 22:27
#62
Quote:
No mais, o Misão acha o seguinte: Os proprietários dos meios de produção eram chamados de dirigentes comerciais, ou 'Betriebsführer'. O governo dizia a estes supostos empreendedores o que produzir, como produzir, em quais quantidades e a que preços. O governo também determinava de quem eles deveriam comprar, a quais preços e a quem poderiam vender. O governo decretava os salários que deveriam ser pagos para cada trabalhador. E determinava também para quem e sob quais condições o capitalista deveria investir seus fundos. As transações de mercado não eram genuínas; eram apenas um fingimento, uma simulação. E, dado que todos os preços, salários e taxas de juros eram estipulados pelas autoridades, eram preços, salários e juros apenas na aparência. Com efeito, eram termos meramente quantitativos em meio a um ordenamento autoritário que determinava a renda, o consumo e o padrão de vida de cada indivíduo. Era a autoridade, e não os consumidores, quem comandava a produção. O comitê central de gerenciamento da produção era supremo. Todos os cidadãos se transformaram em meros funcionários públicos. Isso nada mais é do que um arranjo socialista camuflado sob uma aparência externa de capitalismo. Alguns termos que remetiam a uma economia capitalista foram mantidos, mas seu significado era totalmente diferente daquele de uma genuína economia de mercado. Isso aí está no ensaio Planned Chaos de 1961. Aqui tem grátis pra baixar: https://mises.org/library/planned-chaos-0 Last edited by Baron; 24-09-18 at 22:42.. |
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Trooper
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24-09-18, 22:36
#63
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Trooper
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25-09-18, 09:29
#64
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Trooper
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26-09-18, 21:09
#65
Flávio Gordon - Gazeta do Povo
O marxismo-leninismo já não pode ser concebido simplesmente como ‘racional e construtivo’, e o fascismo como simplesmente ‘irracional e destrutivo’. Os principais marcadores utilizados no passado para distinguir entre a esquerda e a direita foram perdidos” (A. James Gregor, As Faces de Janus: marxismo e fascismo no século 20) Na última semana, ressurgiu com força um debate que, de tempos em tempos, irrompe desavisadamente nas redes sociais e na imprensa: a questão do lugar ocupado pelo nazismo no espectro político. Seria o nazismo de direita (como normalmente se acredita) ou de esquerda (como defendem alguns contestadores)? O gatilho para a nova rodada de discussões tão mal conduzidas quanto inúteis foi um vídeo postado no Facebook pela Embaixada da Alemanha no Brasil, no qual se afirmava a importância da memória do Holocausto para a sociedade alemã contemporânea e se condenava o renascimento do “extremismo de direita” no país. Entrando de gaiato no ambiente de intensa polarização política que marca a presente corrida eleitoral brasileira, o material provocou uma inusitada chuva de comentários críticos por parte de internautas de direita, que, desejando naturalmente se livrar da batata quente, questionaram a pertinência daquela classificação, sugerindo, ao contrário, ter sido o nazismo um movimento de extrema-esquerda, porque, afinal, seu partido levava o nome oficial de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Como não podia deixar de ser, internautas de esquerda empurraram a batata quente de volta à origem. Respaldados pela versão ortodoxa, que aprendemos desde os tempos do ensino fundamental, fizeram troça dos contestadores, sob o argumento triunfal de que “todo mundo sabe que o nazismo é de direita, ora bolas”. Surpreso com tamanha repercussão, o chefe da missão diplomática alemã no Brasil, Georg Witschel, deu a vitória final aos ortodoxos, afirmando não haver na Alemanha nenhuma “voz séria” que classificasse o nazismo como de esquerda, e decretando a ignorância ou a desonestidade como as únicas causas possíveis da polêmica. Exultantes, os vitoriosos (dentre os quais, curiosamente, se incluíam muitos jornalistas da grande imprensa) aproveitaram a deixa para zombar ainda mais de seus interlocutores, tratados como um bando de brasileiros caipiras que, segundo eles, “passavam vergonha querendo ensinar história do nazismo aos alemães”. Com espantosa arrogância, o jornal O Globo arvorou-se o papel de fiscal oficial do cânon historiográfico, denunciando o que chamou de fake history (a mais recente atualização do rótulo difamatório “fake news”, com o qual a grande imprensa procura estigmatizar qualquer informação que conteste o jornalismo de péssima qualidade que ela vem praticando ao longo dos últimos anos), e exibindo o seguinte quadrinho, mediante o qual procurava intimidar previamente algum leitor mais cético: “Mito: O nome era Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, logo, de esquerda. Consenso: A palavra ‘socialista’ era um chamariz (sic). O nazismo era de extrema-direita”. Sim, para o jornal O Globo, o fato de Adolf Hitler e seus seguidores se dizerem socialistas não passava de um maroto golpe de marketing. Eis o que acontece quando o estagiário é abandonado na redação com a ordem expressa de manipular a informação, mas sem quaisquer instruções específicas de como fazê-lo. Dispomos hoje de amplo acesso a uma quantidade gigantesca de fontes sobre o nacional-socialismo, incluindo memórias e diários privados de alguns dos mais próximos colaboradores de Hitler, nomes como Albert Speer, Hermann Rauschning, Otto Wagner e o próprio Joseph Goebbels. O que o exame desse material nos permite concluir é o exato oposto do que, por meio de seu estagiário, o jornal O Globo tenta nos impor como verdade histórica inquestionável. Era justamente o discurso antibolchevique que Hitler julgava interessante proclamar em público, a fim de inflamar o ânimo dos seguidores. Já a sua dívida intelectual para com o socialismo marxista só costumava ser confessada em privado, a amigos e aliados íntimos. “Aprendi muito com o marxismo, e não tenho medo de admiti-lo”, ele confessou a Rauschning em certa ocasião. Como escreve o historiador britânico George Watson: “Hoje está claro, para além de qualquer dúvida razoável, que Hitler e seus associados viam-se como socialistas, e que outros, incluindo social-democratas, também assim os consideravam. O título nacional-socialismo era tudo menos hipócrita. Até 1945, as evidências eram mais privadas que públicas, o que talvez seja em si mesmo significativo”. A discussão recente ilustra bem o nível médio do debate público no Brasil contemporâneo, com seu festival de bravatas, carteiradas, argumentos de autoridade e muito histrionismo de parte a parte. Colocado diante dessa poluída urbe de simplificações, frases feitas e meias-verdades manipuladas, o estudioso sério não pode, é claro, se deixar intimidar. Quem quer que pretenda compreender adequadamente o fenômeno do nacional-socialismo deve agir como o anacoreta a caminho do deserto, escapando desse zum-zum-zum tão letal para a inteligência. Deve, sobretudo, rejeitar os termos do debate tal como têm sido postos. Livre do jogo de aparências e interesses mesquinhos que o cercam, e tendo dedicado tempo a devorar estoicamente seleta bibliografia, o interessado no assunto não tardará a perceber o seguinte: a opinião heterodoxa segundo a qual o nazismo é inequivocamente de esquerda (interpretação simplista baseada em imprecisão conceitual, bem como no desprezo por diferenças significativas entre o nazismo e o socialismo de matriz marxista) não é mais embaraçosa do que a ortodoxia, a que “todo mundo sabe”, segundo a qual ele é inequivocamente de direita (interpretação também carente de justa definição prévia, e que padece do problema simétrico e inverso, qual seja o de ignorar semelhanças fundamentais entre o nacional- e o internacional-socialismo). O fato é que um assunto de tamanha complexidade não é coisa para palpiteiros e amadores. E, claro está, não pode ser equacionado pelo decreto informal de um burocrata a quem, mesmo sendo alemão, não se deve conceder a priori tamanha autoridade intelectual, assim como a um burocrata brasileiro não se deve necessariamente conferir o título de expert em história do Brasil. Até porque, ao recorrer ao argumento da ausência de “vozes sérias” classificando o nazismo como de esquerda, o referido burocrata alemão diz, quando muito, uma meia-verdade, ignorando que alguns dos mais importantes estudiosos dos movimentos de massa do século 20 (nomes como Leszek Kolakowski, Vassily Grossman, Jacob L. Talmon, Eric Voegelin, Hannah Arendt, Friedrich Hayek, Erik von Kuehnelt-Leddihn, Hans Maier, Juan J. Linz, Alain Besançon, Pierre Chaunu, Eric Hoffer, George Orwell, Richard Overy, Robert Conquest, John Gray, Stanley Payne, A. James Gregor, entre muitos outros) também tendem a rejeitar a associação fácil e imediata entre nacional-socialismo e direita, como se se tratasse de movimento essencialmente anátema ao socialismo marxista. Mutatis mutandis, esses autores chegaram à conclusão de haver mais semelhanças que diferenças entre os dois tipos de socialismo, justificando que ambos fossem tratados como espécies de um mesmo gênero de fenômenos revolucionários, às vezes agrupados sob o conceito de “totalitarismo” (Arendt, Orwell, Conquest, Hayek), às vezes sob o de “religião política” (Voegelin, Meier, Linz), ou mesmo de “milenarismo político” (Talmon, Gray). Ademais, no meio acadêmico especializado, a dicotomia esquerda vs direita tem sido amplamente contestada como ferramenta heurística adequada à compreensão de movimentos como o nazifascismo. Nas palavras do cientista político A. James Gregor, professor emérito da Universidade da Califórnia (Berkeley) e um dos maiores especialistas contemporâneos em fascismo: “Por mais conveniente e instrutiva seja a distinção entre direita e esquerda no âmbito da política local, ela é amplamente irrelevante no tratamento dos movimentos revolucionários que moldaram o cenário internacional nos últimos 100 anos”. Como se vê, o autor não teve a sorte de aprender com os notáveis especialistas da redação de O*Globo que a identificação entre nazismo e direita é um “consenso” absoluto, que só um idiota ousaria contestar. Pretendo, a partir deste que deverá ser o primeiro de uma série de artigos dedicados ao assunto, recolocar o debate no trilho certo, compartilhando com os leitores algo do que aprendi ao longo de quase uma década de estudo sobre as ideologias revolucionárias modernas. Para se compreender adequadamente o fenômeno, é preciso antes de tudo lidar com a longa história das interpretações do nazifascismo – ou daquilo que, na literatura especializada (ver autores como Roger Griffin, Robert O. Paxton, Stanley Payne, entre outros), se convencionou chamar de “fascismo genérico”, de modo a diferenciá-lo do fascismo de Mussolini propriamente dito. Além disso, há de se enfrentar o complexo problema das definições conceituais, sem as quais todo esforço comparativo se torna um trabalho de Sísifo. “Ao fim do século 20, é provável que fascismo continue sendo o mais vago dos principais conceitos políticos” – escreveu o historiador Stanley Payne logo no primeiro parágrafo de Uma História do Fascismo (1914-1945), obra de referência sobre o tema, manifestando uma inquietação que tem perturbado pesquisadores profissionais durante décadas, mas que não parece ser nem sequer concebida pelos jornalistas brasileiros. Payne acrescentou ainda: “Fascista tem sido uma das pechas políticas mais recorrentemente utilizadas, normalmente como sinônimo de ‘violento’, ‘brutal’, ‘repressivo’ ou ‘ditatorial’. No entanto, se fascismo não significar nada além disso, provavelmente seria preciso classificar os regimes comunistas, por exemplo, como os mais fascistas de todos, destituindo a palavra de qualquer especificidade funcional”. Abordando, com o máximo de profundidade permitido pelos limites de um texto jornalístico, aqueles dois elementos do problema – o do histórico de interpretações e o das definições –, pretendo fornecer aos leitores os instrumentos para um juízo fundamentado sobre o debate, sem me esquivar do dever de, ao fim do trajeto, apresentar a minha própria conclusão pessoal. O objetivo é incentivar os leitores a que não se deixem pautar nem pelos falsos consensos impostos a fórceps por uma classe falante habituada a mascarar a própria ignorância mediante o controle hegemônico dos meios de formação da opinião pública; nem, tampouco, por contestações superficiais, pouco embasadas e politicamente tendenciosas. Quem afirma seguramente que o nazismo foi um movimento de extrema-direita deveria, no mínimo, antes de repeti-la por aí feito um papagaio, conhecer a origem dessa interpretação. Suspendendo, por ora, uma apreciação do seu mérito, convém lembrar que ela nasce dentro do campo intelectual marxista-leninista, e que, portanto, é politicamente marcada desde o início, sendo tributária das premissas gerais do materialismo histórico. O contexto para o surgimento dessa interpretação é a guerra intestina irrompida no seio do marxismo italiano por ocasião da Primeira Guerra Mundial, uma cisão que opôs os “marxistas renegados” (Mussolini e seguidores) aos marxistas ortodoxos – os primeiros favoráveis à entrada da Itália na guerra; os segundos, mais fiéis ao internacionalismo socialista, contrários. O fascismo surgia como uma “heresia do socialismo” (aliás, assim como o bolchevismo, segundo o historiador Richard Pipes). Aquela luta fratricida foi tão intensa que, eventualmente, a vertente ortodoxa começou a negar peremptoriamente as origens marxistas dos primeiros fascistas, passando a atribuir a “deserção” de seus antigos quadros à venalidade pessoal e ao oportunismo. O próximo passo na lógica da negação foi conceber o próprio fascismo como um todo, justamente com os seus “apóstatas” marxistas, como venal e oportunista. Daí para a formulação final de que o fascismo era um “instrumento da burguesia” ou do “capital financeiro” foi um pulo. Imediatamente após a famosa Marcha sobre Roma de 1922, os marxistas-leninistas italianos puseram-se a produzir vasta literatura teórica pretendendo explicar o caráter necessariamente “reacionário” e “direitista” do fascismo, uma literatura que acabaria dando forma às concepções de toda a intelligentsia esquerdista ocidental acerca do fenômeno. A interpretação encaixou-se tão bem nos esquemas conceituais preconcebidos de tantos marxistas europeus que, por mais de um século, se manteve como parte inerente da sabedoria folclórica da ciência política. A partir de então, o fascismo seria para sempre concebido como uma patologia política, uma excrescência “de direita, reacionária e desumana”, ao passo que o marxismo-leninismo seria tido por “de esquerda, progressista e humanista”. Como veremos nos próximos artigos, mesmo que essa visão não tardasse a ser contestada dentro da própria tradição intelectual marxista, ela continua até hoje sendo reproduzida no senso comum midiático, como o confirma a querela em torno do vídeo da embaixada alemã." |
Trooper
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26-09-18, 22:59
#66
O Flávio Gordon é olavete, e como bom olavete, tem se que tomar cuidado com as citações de fontes pq eles costumam jogar um monte de nome aleatório pra inflar bibliografia e fingir que estes autores apoiam a tese, tipo o Nando Moura naquele vídeo rebatido pelo casal.
O Leszek Kolakowski citado, com seu bom humor peculiar riria dessa citação aí. Ele foi sim, um grande crítico do comunismo e da esquerda, um dos proemintes, mas foi do PARTIDÃO quando jovem, justamente por ser crítico do nazismo. https://www.encyclopedia.com/people/...zek-kolakowski "Born in Radom, Poland, on October 23, 1927, he lived in his native land until mid-career. World War II prevented his completion of high school, but he studied energetically to pass the entrance examinations for the University of Lodz. At the age of 18 he joined the Communist Party, attracted by the utopian idealism of Marxism and by the Communist opposition to Nazism." Depois saiu (foi convidado a se retirar) e passou a ser uma das maiores vozes das atrocidades do regime comunista. Ele é referência mundial sobre religião e marxismo. Mas ele nunca rejeitou a aproximação de nazismo e direita e sempre colocou o comunismo e marxismo separados. Tem umas cartas famosas dele sobre esquerda e comunismo com o Thompson e esse trecho aqui dum artigo famoso dele quando ele já tava velhinho: https://www.firstthings.com/article/...t-of-socialism "But everything changed after World War I, when the word “socialism” (and to a large extent “the left”) began to be almost completely monopolized by Leninist-Stalinist socialism, which skewed most of these demands and slogans to mean their opposite. At the same time, most of these “socialist” ideals were in fact realized in democratic countries operating within market economies. Alas, the nontotalitarian socialist movements suffered for decades from ideological inhibitions and lacked the courage to denounce and fight consistently against the most despotic and murderous political system in the world (apart from Nazism)." enfim, essa citação do Flávio aí é ridícula, tem que ficar esperto. |
Trooper
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27-09-18, 08:17
#67
O probleminha é pegar um termo que é pra ser uma simplificacao enorme e, quando alguem tenta usa-lo no seu sentido examplar mais senso comum possivel, debater o sexo dos anjos
O ser humano é capaz de achar complexidade em qualquer coisa https://xkcd.com/915/ Como é que vai ai dentro da caixa discutindo maionese? Aqui fora, quem discute isso passa vergonha qdo o sujeito-objeto da discussão tenta dar aulinha pra vc poder alcancar os coleguinhas no bom senso e vc ignora |
fagmin
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27-09-18, 09:09
#68
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Trooper
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27-09-18, 09:54
#69
N acho que eh burrice, pra ser sincero, so uma curiosidade legitima misturada, infelizmente, com uma teimosia e animosidade meio doentia de uma galerinha aí (que, repito, só sabe se definir em oposição a um inimigo)
N tem problema a parte da discussao que é 'características da direita atual que não eram compartilhadas pelo Nazismo'. Também não tem problema a parte da discussao que eh 'quais caracteristicas de esquerda eram compartilhadas pelo Nazismo'... Em ambos os casos tá OK se for respeitada a noção do que é esquerda, do que é direita (termos *propositalmente* simplificadores) e o bom-senso de que nazismo é classificado como um movimento de extrema-direita Como nenhum assunto é sagrado, vcs podem perder tempo aí na caixa da maionese, mas repito que cá fora chove, chove (e o bom senso impera) |
fagmin
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27-09-18, 10:10
#70
Ja sabemos que a turma do bom senso define nazismo como extrema direita, mas o que essa mesma turma define como extrema-esquerda? caso vc nao se incomode de se lambuzar com um pouco de maionese durante seu passeio de metro.
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Trooper
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27-09-18, 10:39
#71
Dentro da igreja todos acham ÓBVIO que deus existe.
Zedd hellmanns |
Trooper
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27-09-18, 10:48
#72
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fagmin
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27-09-18, 10:53
#73
xiu clash, vc ja ta lambuzado de maionese, deixa o amiguinho se juntar a nossa lambranca.
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Trooper
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27-09-18, 10:54
#74
malz, chefe.
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Trooper
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27-09-18, 12:46
#75
Ditadura do proletariado e Stalinismo
Bonus: PSOL carioca Coisas bem diferentes e o bom senso demanda que sejam classificadas de extrema-esquerda Não doeu nada aqui. Tenta falar em voz alta aí: o bom senso determina que Nazismo é extrema-direita. Vai que nao dói nada também? |
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