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rini
 

Default Caso de atleta nos EUA levanta polêmica sobre culpa na transmissão do HIV

23-04-10, 10:41 #1
Gostei do texto.

leiam

Quote:
Já não se ouve mais tanta coisa sobre a Aids nos Estados Unidos. As poucas manchetes são reservadas para relatos do mundo em desenvolvimento, onde os jovens morrendo ainda têm apelo de partir o coração.
Mas a Aids persiste bem aqui nos Estados Unidos: nossas clínicas estão explodindo de pacientes e novos casos aparecem diariamente. Um milhão de histórias não são contadas, mas elas não são as tragédias gregas com a qual nos acostumamos.
Em vez disso, como ilustra o relatório da semana passada sobre um atleta da Flórida acusado de transmitir deliberadamente o HIV, o vírus causador da Aids, essas são fábulas sutis e complicadas, com questões morais que vão além da própria doença.
O atleta, Darren Chiacchia, cavaleiro que ganhou medalha olímpica de bronze, foi acusado, alguns meses atrás, de algo considerado crime capital de primeiro grau na Flórida: expor repetidamente um parceiro sexual ao HIV. Chiacchia recebeu seu primeiro teste positivo para o vírus em 2008, e seu parceiro, diz-se, tinha recebido resultado negativo quando a relação deles começou, no começo de 2009.
O relacionamento acabou com muita hostilidade, seis meses depois, e o parceiro entrou com uma queixa junto ao xerife, alegando que Chiacchia nunca tinha revelado sua infecção – que o parceiro só descobriu quando viu papéis médicos confirmando a doença. Não se sabe se o parceiro realmente contraiu HIV durante esse tempo. Mas o julgamento de Chiacchia começa em junho.
A maioria dos estados decretou legislação punitiva nos dias de histeria em relação à Aids, um período que durou aproximadamente de 1981, quando os primeiros relatos sobre a síndrome foram publicados, até 1996, quando os “coquetéis” de drogas se mostraram notavelmente eficazes contra o HIV. Na época, transmitir a doença para um parceiro sexual que não sabia era considerado equivalente a tentativa de assassinato.
Esses estatutos inda estão em livros antigos, mas a ciência por trás deles mudou radicalmente. As pessoas ainda morrem de Aids nos Estados Unidos – o índice de mortalidade, depois de cair no final da década de 1990, tem permanecido constantes, em 16 mil por ano. Mas, para uma pessoa infectada em 2009 morrer de Aids no futuro, provavelmente seria necessária uma grande quantidade de insensatez ou falta de sorte: os medicamentos, se adequadamente prescritos e adequadamente tomados, parecem quase infalíveis.
Se fosse apenas uma questão de ciência, todos esses estatutos envolvendo a Aids seriam anulados amanhã mesmo. Mas a ciência foi apenas uma pequena parte do pânico criado. E o tratamento eficaz não alterou o resto dessa poderosa mistura emocional: o vírus ainda espalha terror, incertezas, vergonha e complicações infindáveis, seja a infecção escondida ou revelada.
Todos nós, não importa o grau de instrução, carregamos uma criatura eternamente primitiva no cérebro: é um homúnculo que sempre irá reagir a doenças – qualquer doença – com raiva, descrença e a busca por um culpado. Séculos atrás, queimamos bruxas e infiéis por envenenarem nossos poços; as doenças eram culpa dos inimigos (no século 15, a sífilis era considerada uma doença italiana na França e uma doença francesa na Itália).
Agora achamos que sabemos mais... Mas será que sabemos mesmo? Culpamos aquela mulher que tossiu no metrô por nossa gripe, a gigante produtora de carne por nossa intoxicação alimentar, todos os tipos de químicos e radiação eletromagnética por nosso câncer, e cadeias de fast-food por nosso diabetes e doença cardíaca. Não conseguimos ficar doente sem procurar um culpado.
Ao mesmo tempo, acreditamos profundamente na prevenção. Obviamente, se observamos nossa dieta e fizermos nossas mamografias e colonoscopias, lavarmos as mãos, tomarmos a vitamina mais badalada e comermos nossos hambúrgueres bem-passados, podemos evitar coisas ruins. Gerações inteiras cresceram sabendo que gente sensata “não se arrisca”, com a implicação de que, você pegar uma doença sexualmente transmissível, o único culpado é você mesmo.
Assim, de quem é realmente a culpa por uma nova infecção por HIV? É minha, por transmiti-la para você, ou sua, por ser estúpido e arrogante o suficiente para pegá-la?
O tribunal vai acabar resolvendo o caso da Flórida, onde, apesar das particularidades, o caso envolve menos infecção do que o velho lamento “Eu confiei em você e você me traiu”.
Mas as questões mais amplas perduram e eu desconfio que esses estatutos obsoletos sobre HIV também persistam. A Aids é apenas uma de centenas de infecções que podem ser transmitidas de uma pessoa para outra. Algumas viajam pelo ar, como a tuberculose; algumas pelo contato, como estafilococo. O ar que respiramos e as mãos que apertamos nunca serão seguros, assim como o sexo seguro não é inteiramente seguro. Enquanto formos seres humanos falíveis e litigiosos, alguns de nós irão para os tribunais e citarão uma lei de saúde pública bem antiga para satisfazer àquele primitivo monstrinho da culpa que mora na nossa cabeça.
Quanto à Aids, o fato é que, no caso da maioria das novas infecções, a linguagem da culpabilidade simplesmente não se aplica mais. Como Dr. Wafaa El-Sadr, vencedor do MacArthur e especialista em Aids da Columbia University, escreveu com colegas no “The New England Journal of Medicine” do mês passado, novas infecções por HIV estão hoje cada vez mais concentradas em bolsões específicos dos Estados Unidos. Elas são transmitidas entre os mais pobres, as pessoas sem direitos civis e socialmente marginalizadas, onde a educação abaixo do padrão significa que não há escapatória. Nesses locais, a prevalência da doença é tão alta (Washington tem índices tão altos quanto alguns países africanos) que só estar vivo já traz um risco de infecção.
Em outras palavras: se você é uma mulher que mora em determinado CEP, se apaixona e casa, e não tem nenhum parceiro sexual a não ser seu próprio marido, você tem risco de contrair HIV. Vemos essas mulheres em nossas clínicas, cada vez mais, mas não as vemos nos tribunais. Quem elas deveriam processar?
© 2010 New York Times News Service
fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/ci...-obsoleto.jhtm


existem várias estâncias para se pensar antes de julgar casos do tipo mas inicialmente, da pra dizer q o cara foi um total imbecil do caralho.





rini is offline   Reply With Quote
Buwem
Trooper
 

23-04-10, 10:58 #2

Buwem is offline   Reply With Quote
walker
Trooper
 

23-04-10, 11:05 #3
Quote:
Postado por Buwem Mostrar Post
Meu primo pegou aids numa cirurgia Fiquei mto triste por ele. Acho mto foda isso, acho que deveria até rolar processo sim nesse caso dele, mas ne...
numa transfusão de sangue?

walker is offline   Reply With Quote
Buwem
Trooper
 

23-04-10, 11:07 #4

Buwem is offline   Reply With Quote
Buwem
Trooper
 

23-04-10, 11:09 #5

Buwem is offline   Reply With Quote
_j5
Quagmire
 

23-04-10, 11:10 #6
Puta que pariu Bawem, que bosta...

_j5 is offline   Reply With Quote
whiplash
Trooper
 

Steam ID: whi
23-04-10, 11:12 #7
Quote:
Postado por Buwem Mostrar Post
Meu primo pegou aids numa cirurgia Fiquei mto triste por ele. Acho mto foda isso, acho que deveria até rolar processo sim nesse caso dele, mas ne...
como assim?
não tomaram nenhuma medida contra o hospital?

whiplash is offline   Reply With Quote
vegetous
Trooper
 

XFIRE ID: carniceiru
23-04-10, 11:52 #8
Mas que mimimi nada a ver! Queria ver se fosse a mulher dele que tivesse passado HIV propositalmente pra ele, se ele estaria nessa. Uma coisa é uma pessoa transmitir uma doença por acidente (qualquer doença), outra muito diferente é transmitir propositalmente.

vegetous is offline   Reply With Quote
ShadoW
Trooper
 

23-04-10, 15:45 #9
Me parece mais que era a janela imunológica do que qualquer outra possibilidade...

ShadoW is offline   Reply With Quote
hardcore
Trooper
 

24-04-10, 10:21 #10
basso
basso
basso

hardcore is offline   Reply With Quote
EviLBraiN
Trooper
 

25-04-10, 18:04 #11
Quote:
Postado por ShadoW Mostrar Post
Me parece mais que era a janela imunológica do que qualquer outra possibilidade...
É, precisa ver quanto tempo decorreu entre os primeiros exames... mas é bem provável o médicos estavam atentos quanto a isto.

Uma coisa importante é que existe um questionario quando vc vai doar sangue. Justamente para descartar o sangue de quem pode estar na janela imunológica. E existem pessoas que mentem nesse questionário.

Uma vez o cara q morava comigo foi pego no campus da facul por um cara q ia juntando gente e levando de kombi pra doar sangue. No caminho ele orientava as pessoas a mentirem nesse questionário... Isso foi + - em 2002...

É de cair o cu da bunda....

EviLBraiN is offline   Reply With Quote
HeT
Trooper
 

25-04-10, 19:24 #12
Quote:
Postado por EviLBraiN Mostrar Post
É, precisa ver quanto tempo decorreu entre os primeiros exames... mas é bem provável o médicos estavam atentos quanto a isto.

Uma coisa importante é que existe um questionario quando vc vai doar sangue. Justamente para descartar o sangue de quem pode estar na janela imunológica. E existem pessoas que mentem nesse questionário.

Uma vez o cara q morava comigo foi pego no campus da facul por um cara q ia juntando gente e levando de kombi pra doar sangue. No caminho ele orientava as pessoas a mentirem nesse questionário... Isso foi + - em 2002...

É de cair o cu da bunda....
pra q isso?
ganhar bolo e suco de graça?

de qualquer forma os cara fazem testes com o sangue doado, n se baseiam só no questionario

HeT is offline   Reply With Quote
walker
Trooper
 

25-04-10, 19:34 #13
Quote:
Postado por HeT Mostrar Post
pra q isso?
ganhar bolo e suco de graça?

de qualquer forma os cara fazem testes com o sangue doado, n se baseiam só no questionario
De nada adianta este teste se a pessoa estiver dentro da janela imunológica

walker is offline   Reply With Quote
Painkiller
Trooper
 

Steam ID: PAINKILLER
25-04-10, 20:50 #14
Quote:
Postado por Buwem Mostrar Post
Tipo, ele tava doentasso, ja fazia um tempo, ngm descobria o q era. Ele perdeu mto peso e tal, fizeram 5 testes de hiv nele. Tudo negativo. Aí falaram que era problema no basso.

Foi fazer a cirurgia do basso, aí depois ele continuou ruim, nao era o basso nada. Operou mais outra coisa q eu nao lembro e ele começou a melhorar. Mas sei la q q rolou q teve q fazer hIV denovo, fizeram mais 3 e todos positivos

Ele tava com 40kg, totalmente debilitado e nao fez sexo no periodo heheh
Complicado isso do seu primo.
Tem que ver o que realmente ele tinha, pois essa doença anterior deixou ele muito debilitado pelo jeito! Sem muita explicação.

Agora quanto ao caso de processar o hospital, sei que é um pesadelo acordar de uma cirurgia com AIDS. Mas pense bem, o médico, a equipe, o hospital não fizeram isso de propósito nem por descuido. Já que no ato cirúrgico existe muita proteção, tanto para o paciente quanto para a equipe que esta operando. Para que ninguém pegue doenças uns dos outros.

Se foi por transfusão, bom qualquer um está sujeito a isso. Se o filho da puta tem comportamento de risco e vai doar sangue do mesmo jeito, dentro da janela imunológica, não é culpa de ninguém, se não do filho da puta!

Painkiller is offline   Reply With Quote
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