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Default Histórias que fazem a gente parar pra pensar

03-09-10, 20:19 #1
http://revistamarieclaire.globo.com/...-17597,00.html




Depois de encontrar um nódulo na cabeça da filha, a empresária Rosimeire Rossi, 45 anos, a levou a oito médicos. Todos disseram que a menina estava saudável. Por insistência da mãe, o último deles retirou o tumor. O disgnóstico da doença veio quatro meses depois. Depoimento a Patricia Moterani

Por Patricia Moterani
Sempre quis ser mãe. Casei aos 17 anos e com essa idade já pensava em ter filhos. Engravidei e abortei espontaneamente quatro vezes em sete anos. Clinicamente, nem eu nem meu marido tínhamos problemas de fertilidade. Como nenhum médico conseguia explicar o motivo dos abortos, perdi a esperança de realizar meu sonho. Aos 24 anos, sofrendo de enjoos e desconfortos, mas menstruando normalmente, marquei uma consulta com um clínico geral. Saí do consultório com receitas para remédios contra gases, que tomei por três meses. Até que minha tia, desconfiada de uma gravidez, me levou a um ginecologista. Foi quando vi o que parecia impossível se realizar: eu estava grávida de cinco meses. Levei um grande susto, mas a alegria foi imensa.

Leia mais: Eu, leitor - “Entrei de cabeça num amor não correspondido” “Entrei de cabeça num amor não correspondido”

Saí do hospital dando pulos de felicidade. Mas, ainda que o bebê estivesse bem, a gravidez era de risco por causa dos abortos anteriores. O médico que me acompanhou durante o pré-natal recomendou repouso absoluto. Eu tinha um restaurante e parei de trabalhar; passei a coordená-lo a distância. Minha intuição e meu desejo diziam que seria uma menina. Tive essa certeza 15 dias antes de a Maria Fernanda vir ao mundo. O parto não foi fácil. Ela nasceu muito roxinha porque demorou para sair da minha barriga. Estava com a cabeça para cima, e não para baixo, como deveria, e o cordão umbilical estava enrolado em seu pescoço. Como consequência, enquanto a maioria das mulheres leva até dez pontos em uma cesárea, eu levei 27. Apesar disso, tudo correu bem. Ela nasceu com 39 centímetros, cabeludinha, com 3,940 kg — uma criança linda.

Maria Fernanda é a minha única filha, minha obra perfeita. Aos 3 anos já sabia ler e escrever. Jamais foi uma criança retraída. Tinha muitos amigos e participava de todas as festinhas da escola, adorava se fantasiar e acreditou em Papai Noel até os 9 anos. Durante essa fase da sua infância, eu também estava bem profissionalmente. Tão bem que percebi que deveria fazer alguma coisa pelo próximo e passei a ajudar instituições de crianças com câncer — uma escolha aleatória, que nem sei explicar por que, já que o mais natural teria sido eu me aproximar de portadores de síndrome de Down, uma vez que tenho um irmão com essa síndrome.

Tudo correu muito bem até os oito anos e meio da minha filha. Em outubro de 1997, ao dar banho e lavar seus cabelos, senti um carocinho do tamanho de um feijão na cabeça dela. Meu coração apertou. Perguntei a ela se tinha caído e batido a cabeça em algum lugar da escola e ela me disse que não. Comentei com o meu marido, que não deu bola. Maria Fernanda também não ligou — sentia-se bem, sem nenhum sinal de que pudesse estar doente. Alimentava-se e brincava com o mesmo pique de sempre. Na verdade, ninguém da minha família ligou para o fato. Todos insistiam que eu estava fazendo drama, mas a famosa intuição de mãe não me deixava em paz. Eu chorava sozinha de preocupação.

Marquei consulta com um neurologista. Segundo ele, o carocinho era normal e não indicava problema. Não fiquei convencida. Fui a outro médico, que deu o mesmo diagnóstico do primeiro. Fui a um terceiro, que teve a mesma impressão dos primeiros, mesmo depois de tomografias e ressonâncias magnéticas. Foi assim com mais quatro médicos. Até que com o oitavo, que também dizia não ser nada, sugeri que tirássemos o carocinho alegando ser um caso de estética. Disse: ‘Doutor, ela faz natação, balé e usa touca, imagine isso aparecendo entre os amiguinhos; é provável que eles tirem sarro’. O caroço não tinha essa proporção, mas o médico, mais por cansaço do que por preocupação, topou fazer uma cirurgia para retirá-lo.

Antes da operação, saímos de férias. Lembro que, quando olhava para ela na praia, sentia algo dentro de mim doer, me escapar pelas mãos. Eu não compartilhava minha dor com ninguém. A cirurgia foi simples. Quando terminou, o médico me disse: ‘Mãe, vou mandar o carocinho para a biópsia porque é uma questão de protocolo, mas fique bem tranquila, isso não vai dar em nada. Se fosse alguma coisa, nós teríamos percebido agora’. Depois da cirurgia, relaxei. Dez dias depois, voltamos ao consultório para retirar os pontos. Na sala de espera, notei que o clima estava diferente. A secretária, que costumava ser brincalhona, não estava falando tão animadamente com a gente.

Quando entramos, o doutor estava sério. Enquanto ele tirava os pontos da cabeça dela, me perguntou quantas promessas eu havia feito para que não fosse nada. Respondi: muitas. Ele fechou os olhos. A minha espinha gelou. Ele pediu, então, que a Maria Fernanda saísse da sala, porque tinha uma coisa importante para conversar comigo e com o pai dela. Ele não teve coragem de falar. Apenas empurrou um papel para mim. Eu abri e, quando li neoplasia maligna: sarcoma de Ewing, apertei forte a mão do meu marido, meu coração e minha perna doeram, e disse, já chorando: ‘Imagine, doutor, vocês erraram feio, vocês me garantiram que não era nada’. O médico explicou que era um câncer raro, que costuma dar em braços e pernas e se manifesta no estágio final da doença. Graças a Deus, a doença estava no início, e depois de mandar repetir o exame da biópsia quatro vezes, porque eu me recusava a acreditar no diagnóstico, começamos uma corrida contra o tempo.

O tumor já havia começado a corroer a primeira calota craniana e, se eu não tivesse insistido tanto nessa investigação, a teria perdido em seis meses. Quando soube da doença, fiquei desesperada. Pensei em colocar a Maria Fernanda num carro e jogá-lo, comigo dentro, de um penhasco. Por causa do meu trabalho voluntário, sabia o que era passar por uma quimioterapia. Não suportava pensar na minha filha nessa situação. Jamais imaginei ser possível sentir tanta dor. Mas logo voltei a mim, percebi que não tinha esse direito, e decidi que lutaríamos juntas e vitoriosas.

Fomos ao melhor oncologista do país. Foi no consultório desse médico que ela soube o que estava acontecendo. Ele foi muito insensível. Usou as seguintes palavras: ‘Sua doença é muito grave, você vai perder seu cabelo e provavelmente os seus dentes, e eu não sei se você vai ter cura. Você vai vomitar bastante e passar muito mal’. Nós três começamos a chorar compulsivamente, e na minha cabeça só vinham imagens do nascimento dela, dos primeiros passos, da primeira vez em que ela me chamou de mãe, do primeiro dia na escola. Foi horrível. Eu olhava para ela e me perguntava até quando ela estaria ao meu lado, ao mesmo tempo em que não admitia perdê-la.

A primeira sessão de quimioterapia foi devastadora. Maria Fernanda teve reações fortes: perdeu momentaneamente os movimentos das pernas e sua mandíbula travou. Ela ficou nove dias internada e perdeu oito quilos. Foi muito impressionante vê-la passar por tudo aquilo, sendo que no dia anterior estava bem fisicamente. Ela tinha crises de vômito muito fortes e a enfermeira me dizia que não havia nada a ser feito, que dali em diante a coisa só pioraria. O meu marido entrou em desespero e foi embora do hospital. Decidi que trocaria de médico.

A pedido desse segundo doutor, um anjo que ficou conosco até o fim, comecei a abraçá-la e apalpá-la muito. Era um momento de carinho entre nós, claro, mas a cada abraço eu estava também procurando um possível novo tumor. Bloqueei qualquer pensamento que a excluísse do meu futuro. Continuava tentando adivinhar o que ela seria quando crescesse e cheguei a apostar que optaria pela medicina, tamanha foi sua imersão no entendimento da doença. Quando o cabelo dela começou a cair, me senti dilacerada. Engolia seco ao ver aquele punhado de fios se soltarem, mas, por incrível que pareça, ela manteve o bom humor e me disse que o lado bom seria a economia com xampu. Chegou a dizer também que estava careca de saber como seria o tratamento dela. Isso me fazia rir. Ao mesmo tempo, achava que ela estava mascarando sua dor. Durante todo o tempo, uma não quis mostrar à outra o que realmente sentia.

Meu casamento mudou. Maria Fernanda passou a dormir comigo na cama. Meu marido e eu não conversávamos sobre a dimensão de tudo aquilo. Tanto que só soube depois do fim do tratamento que ele não acreditava que ela sobreviveria. Eu o proibi de chorar na frente dela. Eu chorava sempre sozinha, em casa ou no carro, a caminho do hospital. Viajava de São Paulo para Suzano, onde ficava meu restaurante, todos os dias. Não larguei o trabalho porque não queria que nada faltasse à minha filha. Dormia de duas a três horas por noite — perdi para sempre o hábito de dormir. Ela continuou matriculada na escola e ia quando conseguia. Quando chegavam as festinhas, eu rezava para que a peruca não caísse ou se deslocasse da cabecinha dela.

Resolvi distraí-la dando novos brinquedos a cada sessão de quimioterapia. Enquanto as meninas da idade dela brincavam de Barbie, ela preferia a boneca Susi, pois dizia que seu cabelo não embaraçava. Durante os dois anos e meio de tratamento, comprei cerca de 140 bonecas e todos aqueles complementos que eram lançados, como casa da Susi, moto da Susi, etc. Às vezes ela ganhava até três bonecas por sessão. Sempre era uma alegria imensa: ela passava horas trocando as roupinhas e penteando os cabelos delas, com muito cuidado. As Susis acabaram virando um símbolo da nossa luta.

Nesse período, fazíamos exames a cada três meses para checar a eficiência dos remédios. A cada resultado, uma boa notícia. Aos poucos, ela foi vencendo o câncer. Minha memória mais emocionante é a do dia em que o médico me chamou e disse que precisávamos conversar. Falou que tinha uma boa e uma má notícia. A má era que não iríamos mais nos ver. Entrei em desespero achando que ele mudaria de hospital. Ele repetiu que não iríamos mais nos ver, e que essa era também a boa notícia. Demorei alguns segundos até entender que o sofrimento tinha acabado. Respirei fundo e comecei a chorar. Maria Fernanda estava curada. Não havia mais vestígios da doença nela. Minha vontade era pular no pescoço dele e abraçá-lo, gritar, ligar para toda a minha família, beijar os enfermeiros. Fiquei eufórica. Do mesmo jeito que jamais pensei que sentiria tanta dor, não achei que fosse possível sentir tamanha alegria. Corri para o quarto, onde estavam Maria Fernanda e meu marido, e gritando contei que a luta tinha chegado ao fim. Todo mundo chorou, a equipe médica aplaudiu e a minha filha saiu do hospital com buquês de flores.

O tipo de câncer dela, na calota craniana, foi o 11o a ter cura no mundo inteiro. A notícia foi uma tremenda surpresa. Pelo protocolo, ela teria de ter feito pelo menos 56 sessões de quimioterapia, mas se curou na 48a. Quando finalmente esse martírio chegou ao fim, Maria Fernanda tinha 11 anos. A doença não afetou seu desenvolvimento — quem faz quimioterapia pode ficar estéril e não crescer muito. Mas minha filha mede 1,68 m de altura e tem o aparelho reprodutor perfeito. Está noiva e cursa o quarto ano da faculdade de direito. As únicas sequelas são um problema na mandíbula, que ainda trava de vez em quando, e a visão, afetada por seis graus de miopia e hipermetropia.

Às vésperas do aniversário dela de 21 anos, no início deste ano, estávamos meio brigadas, uma coisa boba entre mãe e filha. Tive a ideia de fazer uma surpresa. Resolvi restaurar toda a coleção de Susis, que hoje conta com umas 180 bonecas, para dar de presente a ela. Liguei para a fabricante do brinquedo para saber onde isso poderia ser feito e acabei contando minha história. A empresa resolveu fazer uma homenagem e criou uma boneca especialmente para a Maria Fernanda. Mandei como exemplo uma foto dela em sua festa de 15 anos e a Susi batizada em seu nome usa a mesma roupa que minha filha usou nesta data. Juntei essa boneca ao restante da coleção restaurada, e Maria Fernanda chorou de emoção ao vê-las.

Eu mudei bastante depois dessa experiência. Meu casamento acabou há poucos meses. A doença da nossa filha fez com que começássemos a nos ver mais como amigos do que como um casal. Também sinto que sou menos fútil. Embora tivesse contato com esse tipo de tristeza, a dimensão exata dessa dor ficou palpável quando aconteceu comigo. Hoje sei que cada um de nós tem uma missão aqui. Continuo ajudando famílias de crianças com câncer e a Maria Fernanda entrou nessa comigo. Como minha dor durante essa luta foi silenciosa, minha válvula de escape foi escrever um diário. Ele virou um livro e vai ser distribuído nas instituições que ajudo. Quero que outras mães não deixem de acreditar que seus filhos podem sair vivos e saudáveis desse sofrimento.”


______________

Quase chorei velho.





tdf is offline   Reply With Quote
Tchelo
Trooper
 

03-09-10, 20:35 #2
E eu chorei!

Tchelo is offline   Reply With Quote
WaR WoLf
Trooper
 

03-09-10, 20:41 #3
Um dos melhores virais que já vi, se tivesse uma Susi Princesa Léia eu comprava.

WaR WoLf is offline   Reply With Quote
NeckrO
Trooper
 

03-09-10, 20:54 #4
ww insensivel pcaralho aeiuaehuaehaeuh
Bela historia, real ou nao
Serve como injeçao de animo, pra quando bate aquele mimimi de barriga cheia.

NeckrO is offline   Reply With Quote
Never Ping
🌀 Trooper
 

Gamertag: Willian Braga PSN ID: Never_Ping XFIRE ID: neverping Steam ID: neverping
03-09-10, 21:17 #5
 



It was the least i could do.

Never Ping is offline   Reply With Quote
CaSaLDo
 

Steam ID: dodgebot
03-09-10, 22:34 #6
 

CaSaLDo is offline   Reply With Quote
marz
Trooper
 

03-09-10, 22:45 #7
parei em “Entrei de cabeça num amor não correspondido”

AEHAEHUAEHUAEHUAEHAEUHAUA

marz is offline   Reply With Quote
serjaum
Master Chief
 

Gamertag: serjaum
03-09-10, 22:53 #8
aproveitando

o vocalista do behemoth ta com leucemia num estado avançado que quimio nao vai resolver mais...soh transplante

olhem o q ele escreveu

Quote:
Eu não pretendia manifestar-me de forma alguma e, especialmente, nesta fase, para compartilhar meus sentimentos ou qualquer outra notícia com o mundo por razões óbvias. É demasiado cedo para isso. Mas foram vocês quem me provocaram a dizer algumas palavras. Quanto a minha opinião pessoal de ruim sobre a humanidade, eu estou chocado com a reação sobre minha doença. Eu realmente não esperava NADA, mas o que tenho recebido de resposta superou todas as expectativas. Quero assegurar-lhes que eu leio cada e-mail que recebo, embora seja incapaz de responder a todos eles. O poder de suas palavras é pura magia e eu agradeço a todos por isso. Vocês são um gigantesco exército indestrutível que realmente me inspira neste momento difícil. O fato é que uma luta com esta doença vai durar por muitos meses. A maior parte deste tempo eu vou passar no hospital e eu vou passar por vários estados psicofísicos. Se você conhece a história do BEHEMOTH, você também sabe que nós conseguimos tudo com trabalho duro e determinação férrea. O mesmo se passa para a minha vida privada. Acontece que eu sou um filho da puta forte. Eu não tenho fé, mas confio em uma vitória de 100% e tenho certeza de que sairei dela mais forte do que nunca. Sun Tzu, em seu "Arte da Guerra" disse que, se você conhece o inimigo e a si mesmo o resultado de mil batalhas não vai surpreendê-lo... Eu entro no ringue com esta atitude nietzschiana e vou deixá-lo como um vencedor, como de costume. Basta esperar e verão!

Então, eu quero enfatizar que BEHEMOTH não atravessará todo um estado de hibernação. Obviamente, todos os planos de concerto devem ser adiados até certo ponto desconhecido no futuro, mas as coisas estão acontecendo! Ultimamente o nosso novo vídeo para "...Alas, Lord is Upon Me" estreou e agitou bastante, causando uma tempestade nos meios de comunicação de massa, o que nos enche de orgulho total. Além disso, nós acabamos de terminar o projeto do nosso novo DVD, "Evangelia Heretika" em uma versão de três discos, uma enciclopédia real do BEHEMOTH com quase cinco horas de material e um bônus de CD de áudio que será lançado em novembro (Metal Blade E.U.A. - Nuclear Blast Europa). Espere uma experiência visual de loucura como nós fomos de volta ao inferno para fazê-lo! Nossa Webstore oficial está funcional a poucos dias, e produtos oficiais e algumas coisas muito exclusivas podem ser compradas lá. No início de 2011, Peaceville na Europa e Metal Blade em E.U.A. reeditará os EPs com novas capas, bônus, notas e muito mais. Como você pode ver, apesar de uma situação complicada e circunstâncias difíceis que estamos restantes ativos sempre que podemos.

Finalmente, quero comentar algumas opiniões que, provocadas por círculos religiosos, levaram a interpretações imprecisas. Fiquei surpreso ao ouvir que minha doença se tornou um pretexto para algumas pessoas embarcarem em sua própria cruzada. Opiniões sugerindo que eu poderia me aproximar de Deus ou abandonar meus ideais e rastejar para a visão de mundo única e correta neste país, não só surpreendeu, mas também me assustou. Este é um exemplo típico de como apoiar próprios pontos de vista da pessoa, predando a infelicidade de alguém. "Ele ficou doente, por isso ele vai se converter ao cristianismo, ele vai descobrir a religião que ele lutou contra." Alto lá! Por que a doença deve mudar meu ponto de vista? É verdade este é um momento difícil para mim e os pensamentos das questões finais são difíceis de se afugentar. Mas a idéia de que vou mudar minhas opiniões, prioridades e valores, como consequência da minha doença, soa como se fosse a minha mente, e não o meu corpo, que estivesse doente. Boatos de que eu possa me converter são ridículos. Para o que eu converteria? Afinal, eu sei muito bem a mitologia cristã, não só na sua versão literária, e não acho nada de bom, criativo ou bonito nela. Eu li livros melhores e mais sábios do que a Bíblia. Guerra, sangue, chantagem, violações, incesto, pedofilia, zoofilia, colaboração e traição - cada página emana o mal. Alguns podem dizer que eu não entendi a mensagem da Bíblia. Eu prefiro dizer que o cristianismo não é nada mais do que uma estrutura arcaica e enferrujada que vai cair a qualquer momento. Ele dura apenas por causa dos crédulos que seguem cegamente o pastor, sem qualquer dúvida, sem qualquer consideração, rumo não a qualquer terra prometida, mas a um massacre intelectual. Então, eu digo para aqueles que enxergam alguma chance de eu quebrar as minhas regras, por causa da doença: somente sobre o meu cadáver!

A versão oficial de Nergal sobre shows beneficentes, angariadores de fundos, etc, é focada em doações de medula como um problema de todo todo, e não sua situação específica. Se você quiser ajudar Nergal, a melhor coisa que você pode fazer é registrar-se para ser um doador de medula óssea. Toda pessoa que se inscreve para ser um doador aumenta as chances de sobrevivência de Nergal e qualquer outra pessoa lá fora que sofre da mesma doença.
reflitão

serjaum is offline   Reply With Quote
taco
Trooper
 

04-09-10, 10:39 #9
chorei

taco is offline   Reply With Quote
Psycose
Let it Be!
 

Gamertag: AdZotin PSN ID: AdZotin XFIRE ID: AdZotin Steam ID: AdZotin
04-09-10, 10:41 #10
Descobri um câncer no início deste ano, maligno, no testículo direito.
Posso garantir que passei os piores meses da minha vida, mas depois de 2 cirurgias e do tratamento, hoje já estou curado.
Tenho 2 cicatrizes, uma na virilha e uma atravessando toda a lateral ba barriga, perdi uns 11 quilos e de 3 em 3 meses precisarei ainda fazer os exames de rotina para ver se não vai voltar, mas acho que sou um cara bem melhor que antes.
Acho que entendo um pouco o que essa mulher quis dizer...

Psycose is offline   Reply With Quote
sibs
Trooper
 

04-09-10, 12:32 #11
li e me arrependi de ter lido profundamente.

sibs is offline   Reply With Quote
krusty
Trooper
 

Steam ID: krystu86
04-09-10, 12:48 #12
Quote:
Postado por sibs Mostrar Post
li e me arrependi de ter lido profundamente.
Por isso nem li

krusty is offline   Reply With Quote
Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
04-09-10, 12:51 #13
Cara,
A coragem e determinação do vocalista do Behemoth é admirável, claro.

Mas eu não posso deixar de expressar minha vergonha alheia quando esses caras se metem a discutir religião. "Eu conheço a mitologia cristã e não vejo nada de bom nela". Na boa, conhece bosta. Uma coisa é a instituição, outra coisa é a religião. Eu fico com vergonha justamente porque eu já fui do mesmo jeito, lia Nietzsche e achava que sabia de muita merda.

Mas eu tinha 15 anos. Ver alguém que já passou dos 30 com essa cabecinha é no mínimo embaraçoso.

Conrado is offline   Reply With Quote
AracnotroN
Trooper
 

04-09-10, 13:02 #14
A história é muito intrigante mesmo.

Doenças existem. Se manifestam em qualquer idade e são dos mais variados tipos, como o cancer.

O triste de tudo é ver que os médicos, pela repetição talvez, ficam assim, descrentes e tratam a pessoa com um carro com defeito. Não os recrimino. Cada um é cada um.

Sorte de quem supera, melhoras de quem tá na fossa, meus pêsames para quem já foi solicitado no céu.

Pensamento positivo sempre.

AracnotroN is offline   Reply With Quote
ThE.EnigmA
Trooper
 

05-09-10, 20:15 #15
Se for verdade:

Acho muito legal ( me emocionei ) com o caso, determinação, garra, e defender o filho como uma LEOA mesmo! E fico triste pela atuação médica, que por mais que a doença seja RARA, PORRRA, eles são médicos, são eles que devem descobrir!!!


Se for mentira:

Serve para refletir!!!



Belo conto, anotação, diario, nota!!

ThE.EnigmA is offline   Reply With Quote
Potato
Trooper
 

Steam ID: guilhermeaiki
06-09-10, 02:57 #16
história bem bacana!!!
feeling de mãe nao tem igual

Potato is offline   Reply With Quote
sibs
Trooper
 

06-09-10, 04:55 #17
Quote:
O triste de tudo é ver que os médicos, pela repetição talvez, ficam assim, descrentes e tratam a pessoa com um carro com defeito. Não os recrimino. Cada um é cada um.
Quote:
Acho muito legal ( me emocionei ) com o caso, determinação, garra, e defender o filho como uma LEOA mesmo! E fico triste pela atuação médica, que por mais que a doença seja RARA, PORRRA, eles são médicos, são eles que devem descobrir!!!
A chance de ser cancer eh quase nao existente, o processo de verificacao se eh cancer nao eh agradavel/facil/rapido, e infelizmente nao existem medicos/infraestrutura pra dar atencao total a tudo e a todos. Os medicos tao certos, a mae deu uma "sorte" incrivel.

Talvez no futuro se o diagnostico do caroco ficar mais facil mude o protocolo dos medicos.

sibs is offline   Reply With Quote
Liguria
Trooper
 

06-09-10, 15:03 #18
Acho que tenho problema mental.

Eu chego a ter gastura quando vejo falarem coisas do tipo: "tudo tem um lado bom".

Porra...

Como que o ser humano consegue ser um bicho tão retardado...

O caso da menina aí, ela se fodeu. Tomou um gancho de direita certeiro da vida, deu nocaute. Não existe essa de lado positivo, ela simplesmente se fodeu. Acontece com todos, cedo ou tarde. Não tem que "amenizar" o golpe.

Maquear as coisas pra fazerem elas bonitas é a atitude mais mongol e fraca que eu consigo conceber. Falar que tá "tudo bem" numa dessas é a mesma coisa que ver um objeto azul e ficar querendo convencer todo mundo que ele é laranja, tipico pensamento meigo e fofucho.

O mais bonito e nobre da coisa não é maquear, amenizar, fantasiar que as coisas ruins podem ser boas, que nada tá perdido. Cadê a porra da nobreza? Tomou um K.O? Levanta e devolve um certeiro na cara da vida, na mesma moeda.

Liguria is offline   Reply With Quote
DiE LuCiaNo
Trooper
 

Steam ID: luhdie
06-09-10, 16:15 #19

DiE LuCiaNo is offline   Reply With Quote
Liguria
Trooper
 

06-09-10, 16:23 #20
aHUUHAuhaUAHAHUauh pqp! juro que não lembrava do mestre balboa e essa lição luci huauhHUhua, devo ter escrito isso com essa influencia no subconsciente hoAahooha

Liguria is offline   Reply With Quote
DiE LuCiaNo
Trooper
 

Steam ID: luhdie
06-09-10, 16:44 #21


Mas então, na história da mãe e da menina, o câncer era raríssimo, e ela foi a décima a se livrar. Na minha opinião, foi válido. E ela não apelou pra religião nem nada, foi mais como um relatório da insistência e do sucesso. E de como elas caíram e se levantaram

DiE LuCiaNo is offline   Reply With Quote
Conrado
Trooper
 

Gamertag: Conrado88 PSN ID: Conrado888
06-09-10, 17:07 #22
Eu entendi o que você quis dizer, Beowulf, e concordo. Mas não é nada saudável esquecer que tudo nesse universo tem, sim, dois pólos. E que a fórmula pra um entendimento razoável é a união de opostos, como já diziam os alquimistas.

Conrado is offline   Reply With Quote
Liguria
Trooper
 

06-09-10, 17:07 #23
Ah sim, claro, eu citei a história mas num falei que elas, a mãe principalmente, tomaram a atitude mais sensata possível.

Mas imagina o tanto de "conselhos e consolos" do tipo "olha pelo lado bom" ou "isso aconteceu pra te deixar mais forte", bla, bla, bla...

Só de imaginar me dá gastura velho huauha.

Liguria is offline   Reply With Quote
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